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 Médicos das Unidades de Saúde de Curitiba cogitam greve

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 Médicos das Unidades de Saúde de Curitiba cogitam greve
Greve

Médicos/as das Unidades de Saúde de Curitiba se mobilizam por melhores condições de trabalho e não descartam greve

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) está convocando uma Assembleia Geral Extraordinária dos médicos e médicas funcionários da Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba (FEAS) que trabalham nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e no Hospital do Idoso Zilda Arns. A Assembleia será no dia 02 de maio de 2022, às 20 horas, na Sede do Simepar, no Bairro Bom Retiro em Curitiba.

Na oportunidade, os/as médicos/as vão discutir medidas jurídicas e de mobilização visando reverter as péssimas condições de trabalho nas UPAs e nas UBSs da Capital paranaenses.

O principal problema é a escassez de médicos, gerando sobrecarga de trabalho, ameaças e agressões de pacientes e familiares, cobranças dos gestores para que as consultas sejam cada vez mais rápidas, constantes trocas nos locais de trabalho sem aviso prévio, entre outros problemas.

Mas a precarização não para por aí. Nas UPAs do Boqueirão e do Pinheirinho, os consultórios médicos foram substituídos por biombos (boxes) em que os/as médicos/as atendem em pé, sem computador ou mesa, e sem qualquer privacidade para a consulta.

Somam-se a esses problemas a falta de médicos pediatras, que põe em risco a vida das crianças. Mesmo sabendo que a FEAS não dispõe de pediatras suficientes, a entidade não incluiu essa especialidade no último processo seletivo aberto em fevereiro deste ano.

Há ainda indícios de novas tentativas de terceirização da mão de obra dos/as médicos/as com remuneração superior à dos profissionais contratados diretamente pela Fundação.

Os médicos e médicas também pleiteiam a reposição das perdas causadas pela inflação nos últimos anos.

Todos esses problemas e reivindicações vêm sendo reiteradamente apresentados aos gestores da FEAS, à Prefeitura de Curitiba e até ao Ministério Público do Trabalho.

Por tudo isso, os médicos e médicas da FEAS não descartam a possibilidade da deflagração de uma greve nas próximas semanas.

A Diretoria do Simepar ressalta que o Sindicato está sempre aberto à negociação; mas, infelizmente, essa não é a postura apresentada pela gestão da FEAS e pela Prefeitura de Curitiba.

Veja aqui o Edital de convocação da Assembleia Geral Extraordinária.

Assessoria de Comunicação do Simepar – Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná

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