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Lesões repetitivas em esportistas podem levar à artrose

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Lesões repetitivas em esportistas podem levar à artrose

Quantas são as pessoas que conhecemos que optam pelo futebol no final de semana, ou aquele pedal pela cidade ou ainda a corrida? E quantos destes fazem essas atividades somente nos dias de folga, sem nenhum preparo físico adequado? Com certeza são várias pessoas.

Tanto esportistas quanto atletas de final de semana devem ter muito cuidado e não se exceder na prática de atividade física. Em excessos, os exercícios provocam problemas hormonais e diversos tipos de lesões.

Nosso corpo precisa de regularidade para obter os resultados que buscamos. Por exemplo, ao passar a semana toda sem fazer uma caminhada e, nos finais de semana, decidir correr, seu organismo sentirá uma sobrecarga além do que está acostumado e corre o risco de lesionar algum membro.

“A atividade física é imprescindível para qualquer pessoa”, alerta o médico ortopedista especialista em cirurgia do joelho e trauma esportivo do Grupo Ctea, Dr. Fernando Martins Rosa (CRM 29728 – RQE 19444). Segundo ele, escolher ou ditar a atividade física ideal ao paciente é muito complicado, pois envolve o bem-estar, a paixão e o gosto próprio. “Caso o paciente goste do futebol aos finais de semana, nosso objetivo não é retirá-lo da atividade que lhe dá prazer, mas sim auxiliá-lo para que não tenha as lesões durante a sua atividade que traz o bem-estar”, explica. Mas o médico enfatiza que qualquer atividade física realizada sem uma supervisão ou feita de forma inadequada aumenta, e em muito, o risco de lesões.

Os atletas de final de semana podem fazer qualquer tipo de lesão, desde as tendinites (que são inflamações dos tendões) – uma das mais frequentes, até lesões mais graves como fraturas, por isso a importância de estar preparado. “Igual o atleta profissional, que treina para jogar, precisamos estar aptos também para realizar nossa atividade que dá mais prazer”, ressalta o médico.

 Se gosta de jogar aquela partida semanal de futebol, por exemplo, o ideal é lembrarmos que após os 30 anos perdemos 1% de massa magra (músculo), portanto o ideal para quem quer estar ativo nessa modalidade, é um reforço da musculatura com funcional, academia, futebol fit, modalidades onde há possibilidade de estar equilibrado para jogar, correr, saltar, disputar de forma adequada, evitando assim lesões repetitivas e fraturas. Vale ressaltar que lesões repetitivas devido a esforços físicos ou esportes, como o futebol, podem ser uma das causas da Artrose (osteoartrite).

Uma das cirurgias mais comuns em atletas é do ligamento cruzado anterior (LCA), um importante estrutura que tem como principal função a estabilização do joelho. quando o ligamento cruzado anterior é atingido e não atua adequadamente, o joelho torna-se instável, e novos entorses são bem mais frequentes. Para esse procedimento ainda não é indicada o uso da cirurgia robótica. Segundo Fernando, “hoje a cirurgia robótica de joelho está focada nas próteses de joelho, que é um procedimento realizado para artrose, lesão degenerativa, onde há a troca da articulação para um implante metálico com uma interface de polietileno (plástico). Não que no futuro ela não evolua para as lesões esportivas, mas essa evolução ainda não chegou no nível terapêutico”, ressalta.

 No entanto, como a artrose não é incomum nos atletas que possuem recorrência nas lesões, a cirurgia robótica pode ter sua finalidade, bem como em atletas de final de semana que não possuem um bom preparo físico, estejam acima do peso, e com isso, sem conhecer suas limitações, ao se lesionar, podem vir a necessitar de uma prótese total ou parcial de joelho.

Artrose não é doença de velho — muito jogador de futebol e ginasta olímpico, entre outros atletas, encerraram a carreira por desgastes nos joelhos ou nos quadris —, mas, na maioria das vezes, é um processo lento e degenerativo que atinge as articulações com o avançar da idade.

 Sobre a Cirurgia Robótica em Joelho

Na cirurgia de prótese do joelho, o robô auxilia o cirurgião a visualizar a anatomia e a mobilidade dinâmica do joelho, a realizar os cortes ósseos com maior precisão e a ajustar milimetricamente a tensão dos ligamentos do joelho, o que favorece um encaixe mais anatômico da prótese, uma melhor mobilidade do joelho e um alinhamento do membro inferior de acordo com o perfil do paciente. 

A precisão que a cirurgia robótica oferece é de suma importância para o sucesso do procedimento. Segundo estudos, nas cirurgias convencionais, os implantes imprecisos alcançam a marca de até 30%, isso independente da experiência do cirurgião. “Para o paciente o robô garante menor agressão cirúrgica e que favorece a uma recuperação mais rápida, além de uma alta acurácia na execução”, explica Fernando Rosa.

O robô para cirurgias ortopédicas é o ROSA® Knee System, desenvolvido pela multinacional americana Zimmer Biomet. Além da precisão, o robô armazena os dados intraoperatórios em tempo real sobre os tecidos moles e a anatomia óssea, projetada para facilitar o corte ósseo e a análise de amplitude de movimento. “O procedimento proporciona maior assertividade, melhor planejamento da cirurgia e com isso, personalização no resultado”, finaliza.

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