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Dor de cabeça não é normal e precisa de diagnóstico médico

Dor de cabeça não é normal e precisa de diagnóstico médico

Existem mais de 200 tipos de dores de cabeça (cefaleias) identificadas, segundo a Classificação Internacional das Cefaleias. E, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), metade da população mundial sofre com dor de cabeça em alguma fase da vida. Chama atenção a enxaqueca, um tipo de cefaleia que é a própria doença – e não o sintoma de outra patologia – e é a maior causa de incapacidade funcional de pessoas com idade entre 18 e 50 anos, no mundo. No entanto, menos de 5% dos pacientes que sofrem de enxaqueca procuram atendimento com especialistas.

Com objetivo de esclarecer e conscientizar a população sobre a necessidade de se procurar um diagnóstico para cefaleias, o Hospital INC realiza, na próxima terça-feira (30), o evento Maio Bordô – Dor de cabeça não é normal. A iniciativa vai promover uma programação de palestras gratuitas na sede do INC, no bairro do Campo Comprido, e na filial do Pátio Batel. As palestras serão apresentadas pela equipe especializada do hospital, formada por neurologistas, fisioterapeuta e cirurgião-dentista, e vão abordar a relação entre dores de cabeça e dores no pescoço e o bruxismo, esclarecimentos sobre a enxaqueca e quando se deve procurar um médico.

O diagnóstico das dores de cabeça é clínico. De acordo com o neurologista do INC Mohamad Ali Hussein, deve-se buscar ajuda de um especialista quando a recorrência de cefaleia é de mais de três dias, por mês, ou diante de alguns sintomas associados à dor de cabeça como febre, aumento da frequência, intensidade e duração da dor. Atenção para a dor de cabeça relacionada à mudança de postura corporal (levantar ou deitar) ou se for desencadeada pelo esforço físico, como exercícios e relação sexual. Outro sinal de alerta é quando há histórico de câncer, especialmente os de pulmão, mama e melanoma. Dados do SUS apontam que, de 2017 a 2021, o número de internações por enxaqueca foi de 50.354, sendo 29,17% dos casos registrados na região Sul do país.

As principais cefaleias primárias, que são os casos quando a dor de cabeça é a própria doença, são a cefaleia tensional e a enxaqueca, com uma incidência de 63% e 15%, respectivamente. “Embora a cefaleia tensional seja mais prevalente, a enxaqueca é a principal causa da procura por tratamento nos consultórios. Trata-se de uma doença de aspecto poligênico, ou seja, associada a diversas variações genéticas, sendo as mulheres mais predisponentes. Um homem a cada quatro mulheres apresentam a doença”, informa, acrescentando que os tratamentos mais recentes para a enxaqueca são os anticorpos monoclonais, aprovados no Brasil desde 2019. A aplicação é feita por meio de injeções subcutâneas, a cada um ou até três meses.

Ainda há fatores que podem piorar as dores de cabeça: pressão alta, diabetes, depressão, ansiedade, insônia, obesidade, sedentarismo, distúrbios da ATM (articulação temporomandibular) e uso excessivo de analgésicos. “Aliás, dentre os fatores de cronificação das dores de cabeça, o uso excessivo de analgésicos é o mais grave. Tomar analgésicos por mais de dez dias, no mês, pode piorar consideravelmente as dores de cabeça, a depender da classe de analgésicos”, alerta o neurologista.

SERVIÇO:
Maio Bordô – Hospital INC
Data: terça-feira, 30 de maio de 2023
Hora e local:
9h às 10h – Filial INC Pátio Batel (Av. do Batel, 1868 – Piso S1)
16h às 17h – sede do Hospital INC (Rua Jeremias Maciel Perretto, 300)
Participação: gratuita
Inscrições: www.eventosinc.com.br

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