O UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação – se destacou neste ano com o maior número de participantes “eleitos” (11 estudantes) e a conquista de cargos importantes: Letícia Coradim foi a governadora universitária; Matheus Oliva ficou na presidência da mesa diretora; Marcelo Lopes atuou como líder do governo e Graziela Modesto assumiu a liderança do bloco parlamentar.
As atividades do Parlamento Universitário ocorreram de 20 a 28 de julho, na Assembleia Legislativa, em Curitiba, e devem continuar rendendo bons frutos. Alguns projetos de lei dos estudantes foram parar nos gabinetes de deputados estaduais interessados em colocá-los em prática. “Vamos discutir essas propostas e, quem sabe, em breve, teremos algumas delas tramitando oficialmente na Assembleia Legislativa”, espera Graziela Modesto, 22 anos, estudante do 7º período do curso de Direito do UniCuritiba e autora de dois projetos de lei em análise.
Casos assim já ocorreram antes. Participante de uma das primeiras edições do Parlamento Universitário, a então estudante do curso de Direito do UniCuritiba, Gabriela Lolia Damaceno, viu seu projeto – aprovado durante a simulação na Escola do Legislativo – ser adotado por um deputado estadual. Depois de apresentado e aprovado, o projeto virou lei (lei 20.160/2020) e já está em vigor no Paraná.
Novas lideranças políticas
O deputado Ademar Traiano, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, diz que o Parlamento Universitário tem como objetivo despertar o interesse dos jovens pela vida pública e formar novas lideranças políticas. Para o professor do curso de Direito do UniCuritiba, Roosevelt Arraes, a iniciativa é importante para a formação acadêmica. “Durante quase dez dias os estudantes vivenciam o processo de elaboração das leis e a atuação de um parlamentar, no caso, de um deputado estadual.”
O professor de Direito Eleitoral no UniCuritiba, Luiz Gustavo de Andrade, concorda. “Uma parte das atividades consiste em simular a elaboração de projetos de lei e analisar projetos elaborados por outras instituições. Assim, os estudantes têm a oportunidade de unir os conhecimentos teóricos com a atuação junto à Comissão de Constituição e Justiça. Ou seja, os alunos reforçam o que aprenderam, vivendo a prática.”
Toda a atividade do Parlamento Universitário ocorre nos espaços da Assembleia Legislativa, que cede sua estrutura e os equipamentos de votação. Com o apoio da Escola do Legislativo e da assessoria dos parlamentares estaduais, a simulação se aproxima do real. “Os alunos desenvolvem a argumentação jurídica e a oratória, pois, assim como fazem os deputados, os parlamentares universitários defendem na tribuna a necessidade e a importância de aprovação de seus projetos”, explicam os professores do UniCuritiba.
Protagonismo estudantil
Aos 22 anos, a estudante do 8º período do curso Direito do UniCuritiba, Letícia Coradim, foi a segunda governadora universitária mulher do estado do Paraná. “Participar do Parlamento Universitário foi uma experiência sem igual, não apenas por vivenciar o processo legislativo, mas por sair de lá com uma bagagem de aprendizado enorme e, principalmente, outra visão sobre a atuação dos deputados.”
Para ela, a proximidade com a política permite a revisão de conceitos e incentiva o exercício da cidadania e a luta por ideais. “Ser governadora universitária ampliou meus horizontes. Agora, tenho ainda mais certeza de que, futuramente, quero atuar na política.”
Como presidente universitário da mesa diretora da Assembleia Legislativa, Matheus Oliva considera a experiência uma das mais “enriquecedoras e extraordinárias” da sua formação. “Tive uma oportunidade ímpar de desempenhar um papel vital na condução dos trabalhos da Casa legislativa estadual”, conta o estudante do 8º período de Direito.
Na avaliação do líder de governo, Marcelo Lopes, 21 anos, estudante do 7º período de Direito, a experiência foi enriquecedora. “Estou muito honrado por ter representado o UniCuritiba. Tivemos duas semanas de muito trabalho, diálogos e articulações e tudo isso irá contribuir para o meu futuro como jurista e como cidadão paranaense. O resultado me deixa muito feliz, especialmente por termos levado o nome do UniCuritiba para o mais alto patamar do Parlamento Universitário.”
Negociação e trabalho em equipe
A estudante Graziela Modesto nutre o interesse pela política desde a infância e garante que a experiência reforçou seu desejo de ingressar na vida pública. “Aprendi que não se faz lei de forma solitária. Você pode até apresentar um projeto, mas ele nunca será aprovado sem apoio. Nesses dias de negociações, indicação de colegas, elaboração de projetos de lei e jogo de cintura para lidar com conflitos e opiniões divergentes, percebi a importância do trabalho em equipe.”
Aumentar a representatividade feminina na Assembleia Legislativa é outro tema que a jovem estudante do curso de Direito defende. “Apenas 20% das cadeiras no legislativo estadual do Paraná são ocupadas por mulheres e isso me encorajou a pensar em uma carreira política no futuro.”