Com a chegada do mês de setembro, a conscientização sobre o câncer de pâncreas ganha destaque através da campanha do setembro roxo. Uma iniciativa importante para disseminar informações cruciais sobre essa doença, que muitas vezes passa despercebida até alcançar estágios avançados. Conversamos com o cirurgião oncológico do IOP, Dr. Cristiano Ontivero – CRMPR: 33.392 / RQE: 28.088, para compreender a complexidade desse câncer e como a conscientização pode fazer a diferença.
O cenário desafiador desse tipo de câncer é ressaltado pelo especialista que afirma que “o câncer de pâncreas é um dos tumores sólidos mais agressivos e tem diagnóstico tardio, sendo muitas vezes detectado em estágios avançados, o que enfatiza a importância da conscientização em relação a essa doença”.
O câncer de pâncreas é uma doença que apresenta uma série de fatores de risco. Entre eles, a idade avançada e o consumo de cigarro e bebidas alcoólicas ganham destaque. Além disso, o desenvolvimento da pancreatite crônica, decorrente do consumo excessivo de álcool, também é associado a um risco aumentado de câncer de pâncreas. Outro fator preocupante é o excesso de peso e a obesidade, que podem aumentar a suscetibilidade à doença. “Uma alimentação saudável, rica em frutas e vegetais, tende a ser protetora, enquanto a obesidade e maus hábitos alimentares são fatores de risco significativos que aumentam a vulnerabilidade para uma possível doença”, destaca o Dr. Ontivero.
A relação entre o câncer de pâncreas e o diabetes também é mencionada pelo especialista. Ele explica que o diabetes, especialmente em longo prazo, pode aumentar o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer. Além dos fatores de risco ligados aos hábitos de vida, existem condições hereditárias que também podem influenciar, como o câncer de pâncreas hereditário. Assim como a fibrose cística, outra doença relacionada como um fator de risco em longo prazo.
O câncer de pâncreas é conhecido por seu diagnóstico tardio devido à falta de sintomas claros nas fases iniciais e, por isso mesmo, o diagnóstico precoce muitas vezes não é realizado. Diferentemente de outras neoplasias, o câncer de pâncreas não possui um programa de rastreamento estabelecido, uma vez que seus sintomas demoram a se manifestar. Geralmente, a detecção é realizada por acaso, quando exames de imagem são feitos por outras razões e acabam revelando a presença do tumor. O diagnóstico tardio, aliado ao comportamento biológico agressivo do câncer de pâncreas, contribui para a alta letalidade dessa doença. “O câncer de pâncreas cresce e se espalha rapidamente, muitas vezes já atingindo outras áreas do corpo quando é diagnosticado, tornando-o mais difícil de tratar”, explica o cirurgião.
Entre os principais sinais estão perda de peso inexplicável, desconforto abdominal que evolui para dor, icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), e em alguns casos, até o desenvolvimento ou agravamento do diabetes. Dr. Ontivero explica: “É um desafio porque os sintomas podem ser vagos e muitas vezes associados a outras condições”.
E complementa: “tecnologias como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética têm nos ajudado a identificar o câncer em estágios mais iniciais, possibilitando tratamentos mais eficazes”.
Com base nestas informações podemos afirmar que os tratamentos para o câncer de pâncreas variam de acordo com o estágio da doença. Casos localizados e operáveis podem ser tratados com cirurgia, enquanto tratamentos de quimioterapia e terapias paliativas são indicados para estágios mais avançados. “O diagnóstico precoce é chave para melhores resultados, mas mesmo em estágios avançados, a abordagem multidisciplinar, envolvendo oncologistas, cirurgiões e outros profissionais, pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, enfatiza o profissional.
Conscientização para a Vida
Campanhas como o setembro roxo visam educar sobre a importância da detecção precoce e o papel fundamental da conscientização na luta contra o câncer de pâncreas. “Informação é poder, e ao entender os fatores de risco e os sintomas, as pessoas podem buscar ajuda médica mais cedo e, assim, ter melhores resultados no tratamento”, conclui Dr. Ontivero.
Com a conscientização em ascensão e a evolução da medicina, a esperança reside em oferecer diagnósticos mais cedo e tratamentos mais eficazes para enfrentar esse desafio. O conhecimento sobre essa doença e a busca por hábitos de vida saudáveis podem fazer a diferença na prevenção e no manejo desse câncer desafiador. Por isso, o IOP, comprometido com a saúde e bem-estar de seus pacientes, continua trazendo informações atualizadas e suporte nessa jornada contra o câncer de pâncreas. Seja parte dessa conscientização e ajude a salvar vidas.
Sobre o IOP – Instituto de Oncologia do Paraná:
Com quatro sedes estrategicamente localizadas em Curitiba (PR), o IOP (Instituto de Oncologia do Paraná) comemora seus 28 anos de fundação. Hoje a empresa faz parte de uma holding, o Grupo Med4U. Além do IOP, estão no guarda-chuva o Mantis Diagnósticos Avançados, o Valencis Centro de Paliativismo, o Centro de Pesquisas Clínicas IOP e o Oncoville, centro de radioterapia.
Destaques para a parceria com o Hospital Marcelino Champagnat, desde dezembro de 2021, assim como a parceria com o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Vale ressaltar que o IOP é a única clínica do sul do Brasil a fazer parte da Rede Einstein de Oncologia e Hematologia, para discussão de casos, troca de conhecimentos e encaminhamento de casos raros e mais complexos quando necessário.
Com 87 médicos no corpo clínico e 184 colaboradores, o IOP oferece os mais avançados tratamentos no câncer, conjugando Medicina de qualidade, tecnologia e humanização. Conta ainda com uma equipe multidisciplinar, incluindo Nutrição, Psicologia, Enfermagem e Farmácia para o enfrentamento positivo da doença. Os tratamentos de ponta ainda são beneficiados com diferenciais como cromoterapia, aromaterapia e musicoterapia. Mais informações: