Para que os negócios prosperem, toda empresa que se preze possui uma estrutura organizacional. Aliás, é por meio dela que os diferentes departamentos, cargos e colaboradores coexistem de maneira saudável, benéfica e, sobretudo, produtiva. Em outras palavras, é o básico para quem quer empreender e se manter no jogo.
No comando de tudo, com olhos e, principalmente, ouvidos atentos, temos os gestores, considerados elos fundamentais entre os membros que fazem qualquer atividade acontecer de fato. Nas mãos desses profissionais, responsáveis por guiar o “barco”, uma importante decisão: qual modelo de gerenciamento será utilizado diante dos desafios e adversidades impostos pelo ramo no qual atuam? E mais: como se diferenciar no mercado tendo em vista que a concorrência está cada vez mais acirrada?
Diante do cenário, a gestão horizontal tem sido a resposta dada para fortalecer a rede de cooperação voltada à inovação, bem como a cultura organizacional. Além disso, engajar o comprometimento dos funcionários em assuntos do interesse de todos e, mais importante, alcançar resultados rápidos e positivos, são metas que ao longo do tempo se tornam mais palpáveis com esse tipo de abordagem. “Nesse sentido, mudar a dinâmica do trabalho, jogando luz a formas mais funcionais e efetivas, tem sido a estratégia adotada para obter operações e processos fluidos, bem como entregas mais consistentes. Não por acaso, gigantes como Netflix, Google e Tesla – conhecidas por impulsionar a criatividade – funcionam assim”, aponta Clodoaldo Oliveira, diretor da JValério Gestão e Desenvolvimento.
Ele explica que, na prática, adotar o modelo de gestão horizontal significa extrair o melhor das relações entre os envolvidos para viabilizar operações. Ou seja, cada passo pode contar com a expertise de colegas no intuito de gerar uma união de forças multidisciplinares.
Ao colocar os conceitos tradicionais em xeque, os líderes percebem o crescimento individual dos “subordinados”, que passam a ter maior interesse em formação continuada, por exemplo. Por consequência, a empresa só tem a ganhar. “Portanto, na gestão horizontal, a figura do líder não deixa de existir, mas passa a ter outra função indispensável, que é a de organizar as informações e ideias até que se encaixem no planejamento proposto”, enfatiza Oliveira.
Exemplos de empresas com gestão horizontal
Não existe uma regra para o código de postura nas empresas, independentemente do tipo de gestão escolhido. Mas, de uma forma geral, a horizontal tende a ter um clima organizacional mais descontraído e menos baseado na formalidade — o que não significa menos produtividade, como os exemplos de empresas com gestão horizontal.
Netflix
A Netflix, líder mundial no serviço de streaming desde 1997, não é inovadora somente no modelo de negócio, mas também vanguardista quando o assunto é gestão. Com aproximadamente 230 milhões de assinaturas em mais de 190 países (segundo dados dela mesma), a empresa norte-americana faz questão de frisar que sua prioridade são as pessoas e não os processos. O que, conforme o feedback dos próprios funcionários, a torna flexível, estimulante, colaborativa e criativa. Para o público externo, basta saber o quanto a plataforma é bem-sucedida.
A empresa frisa reforçar os seguintes aspectos na sua gestão de pessoas:
● Encorajar a tomada de decisão por parte dos colaboradores;
● Compartilhar informação de forma aberta, ampla e deliberada;
● Ser extremamente gentis uns com os outros;
● Manter na equipe somente profissionais altamente eficientes;
● Evitar regras.
No dia a dia do maior buscador do mundo, os funcionários acessam com facilidade todos os níveis hierárquicos existentes, uma vez que são abertos à comunicação indiscriminadamente.
Um dos resultados mais diretos disso é que os colaboradores podem se encontrar diretamente, trocar informações entre si e tomar decisões em conjunto. Para isso, basta que respeitem uma série de valores que estão descritos no código de cultura do Google.
● Seguir os três valores da empresa em todas as comunicações: respeito ao usuário, aos colegas de trabalho e às oportunidades;
● Responsabilizar-se para que o Google seja um ambiente seguro, inclusivo e produtivo para todos e a todo momento;
● Evitar conversas que excluam pessoas ou grupos, pois elas não são aceitas na empresa;
● Responsabilizar-se pelas palavras ditas e pelo seu efeito agindo e dizendo coisas de forma respeitosa;
● Ter cuidado com os dados da empresa e dos usuários.
Tesla
Após ver ações despencando na bolsa de valores, desde 2018 a empresa de Elon Musk adotou a gestão horizontal. O anúncio foi feito pelo próprio CEO do império que, na ocasião, emitiu um comunicado interno que também foi enviado aos principais jornais dos EUA.
Um dos trechos do documento dizia que “como parte da reorganização, estamos horizontalizando a estrutura de gestão para melhorar a comunicação”. Com a mudança, Musk passou a coordenar pessoalmente os departamentos de vendas e serviços.
Como implementar a gestão horizontal?
Redefinir a gestão é algo que está no planejamento? O primeiro passo para fazer isso com clareza envolve capacitação. Pensando nisso, a JValério oferece o programa Parceiros para a Excelência (PAEX), voltado a sócios ou gestores que desejam elevar os níveis de eficiência e performance de colaboradores e processos. A solução possui a chancela da Fundação Dom Cabral (FDC), eleita pelo Financial Times como uma das 10 melhores escolas de negócios do mundo.
O PAEX é recomendado para gestores que buscam um diagnóstico completo do seu negócio aproveitando o know-how dos maiores especialistas do mercado. Por meio do aprendizado em rede, será possível ampliar a visão estratégica, aumentar a capacidade dos executivos em resolver problemas e desenvolver competências gerenciais. Como resultado, a construção de modelos de gestão modernos, voltados à estratégias e resultados.