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Opinião: Estudantes cativados, estudantes motivados

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Opinião: Estudantes cativados, estudantes motivados
Crédito: Divulgação

Cleonara Schultz Diemeier*

Quando me perguntam como motivar os estudantes na escola, não penso imediatamente em atividades desafiadoras e bem desenvolvidas pelo professor, mas acredito que a palavra-chave é cativar. A tarefa pode ser exaustiva ou dinâmica; se a criança se sente pertencente àquele espaço e valorizada pelo professor, ela se encanta, tenta alcançar os objetivos propostos e, pode ter certeza, estará motivada.

Propor para a criança um ambiente que valorize a individualidade, que reconheça o esforço do estudante e celebre pequenas conquistas, faz com que se sintam reconhecidas, fortalecendo a autoestima. Não podemos esquecer que a motivação é intrínseca, o que significa que nós, educadores, devemos desenvolver autonomia, fortalecer a autoestima e mostrar para a criança que pensamos e somos diferentes, mas nos tornamos aprendizes apaixonados quando reconhecemos nossos potenciais. É importante definir metas realistas e alcançáveis para os estudantes, levando em consideração os níveis individuais de habilidade e desenvolvimento.

Contar com a participação da família nesse processo é fundamental para que a criança seja estimulada e reconhecida. A família deve entender que a aprendizagem pode gerar frustrações em momentos de dificuldade e, assim, a criança poderá necessitar de um pouco mais de tempo para absorver determinados conteúdos. É importante sempre apoiar, valorizar as conquistas, permitir que a criança enfrente os desafios sem fazer por ela, mas mantendo uma escuta ativa dos relatos que ela traz da escola e envolvendo-se com a vida escolar. Família e escola precisam compreender que, ao nos deparamos com obstáculos ou situações que não saem como planejado, somos incentivados a buscar novas abordagens, a desenvolver habilidades de resolução de problemas e a perseverar diante das dificuldades, percebendo assim a nossa capacidade de superar desafios e alcançar nossos objetivos. A frustração pode nos impulsionar a sair da nossa zona de conforto, a expandir nossos limites e a nos tornarmos mais resilientes.

Se o professor cativa e está munido de aulas bem preparadas, ele terá estudantes encantados pela aprendizagem. Atividades significativas e estimulantes têm o poder de transformar a dinâmica da sala. Uma das ferramentas que o professor deve aplicar é o uso de atividades em grupo, estratégia eficaz para promover a interação entre as crianças. Ao combinar atividades significativas em grupo, os estudantes têm a oportunidade de compartilhar ideias, discutir conceitos e colaborar na resolução de problemas. É essencial criar um ambiente seguro em que os estudantes possam expressar suas opiniões, ideias e dúvidas, sem medo de julgamento. Isso pode incluir o uso de espaços de sala de aula diversificados e confortáveis, onde os alunos fiquem à vontade para interagir e colaborar.

E, por fim, utilize a tecnologia para enriquecer as experiências de aprendizagem, proporcionando acesso a recursos educacionais interativos, plataformas de aprendizagem on-line e ferramentas de colaboração digital que estimulem a participação e a criatividade.

*Cleonara Schultz Diemeier, psicopedagoga, é assessora de Matemática dos Anos Iniciais do Colégio Positivo.

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