O estresse, uma reação natural do corpo a situações de ameaça, tem se tornado uma preocupação crescente no cotidiano da sociedade moderna, afetando cerca de 90% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com uma rotina atribulada, caracterizada por excesso de trabalho, problemas financeiros e os desafios contínuos em casa e no trabalho, é cada vez mais importante buscar formas de combater e lidar com esse problema que afeta a saúde de todos.
Segundo o especialista em bacteriologia do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski, o estresse não é apenas uma questão psicológica, é também um precursor de doenças graves, sendo fundamental investir em exames que possam detectar o problema. “Distúrbios hormonais desencadeados pelo estresse podem levar a compulsões alimentares, sedentarismo, dores musculares, aperto da mandíbula e insônia até problemas de pele, irritabilidade excessiva e hipertensão. Em estágios mais avançados, manifestações como tonturas frequentes, úlceras, apatia podem surgir, indicando uma possível exaustão física e mental. Sentindo algum desses sintomas, é importante consultar um médico e realizar exames de sangue que possam detectar que o estresse está atuando no organismo do indivíduo”, afirma.
Cortisol o hormônio do estresse
Kozlowski explica que o estresse prolongado desencadeia a liberação de hormônios como o cortisol, que têm efeitos supressores sobre o sistema imunológico, resultando em uma diminuição da produção de células de defesa do corpo, como os linfócitos T e as células natural killer (NK), que desempenham um papel fundamental na proteção contra agentes patogênicos. “A influência do estresse na saúde física pode ser monitorada através de exames de sangue, que permitem a detecção de marcadores como cortisol, vitamina D e lítio. Os exames de sangue que avaliam os níveis dessas substâncias podem ajudar a identificar desequilíbrios causados pelo estresse, fornecendo insights valiosos sobre a saúde do paciente. O cortisol, por exemplo, é um indicador do estado de estresse do corpo, enquanto desequilíbrios de vitamina D e lítio podem contribuir para uma série de problemas de saúde, incluindo ganho de peso, pressão alta e depressão”, afirma o especialista.
Para combater os efeitos nocivos do estresse, o especialista reforça que é fundamental adotar estratégias de autocuidado, como exercícios físicos, momentos de relaxamento e uma dieta balanceada. “Compreender os impactos do estresse em nosso corpo é fundamental para promover uma vida mais saudável e equilibrada. Sendo assim, é importante a realização de check-ups médicos regulares para monitorar a saúde e detectar precocemente quaisquer problemas relacionados ao estresse. Além disso, com o auxílio de exames de sangue e medidas de autocuidado, podemos identificar e mitigar os efeitos negativos desse problema, garantindo o bem-estar a longo prazo”, finaliza.
Exame de sangue para identificar o estresse
Cortisol
O cortisol é um hormônio liberado pelo corpo em resposta ao estresse. Exames de sangue podem medir os níveis de cortisol, fornecendo informações sobre a atividade do sistema adrenal e os níveis de estresse experimentados pelo paciente. Níveis elevados de cortisol podem indicar estresse crônico.
Vitamina D
Estudos mostraram uma relação entre deficiência de vitamina D e estresse. Exames de sangue podem medir os níveis de vitamina D no corpo, ajudando a identificar se a deficiência desse nutriente está contribuindo para os sintomas relacionados ao estresse.
Lítio
O lítio é um mineral que desempenha um papel na regulação do humor e pode estar associado ao estresse e à saúde mental. Exames de sangue que medem os níveis de lítio podem ajudar a avaliar se o estresse está afetando a saúde emocional do paciente.