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Natal Inclusivo: como celebrar sem deixar ninguém de fora

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Natal Inclusivo: como celebrar sem deixar ninguém de fora

O clima natalino já tomou conta das cidades: luzes brilhando nas ruas, músicas temáticas enchendo os corredores de shoppings e lojas, e Papai Noel chegando para encantar crianças e adultos. A sensação de “vencemos mais um ano” também invade as empresas, marcando o fechamento de um ciclo e renovando esperanças. Contudo, em meio a toda essa magia, é preciso refletir sobre como tornar essas festividades mais inclusivas. Para famílias de crianças com autismo ou Síndrome do X Frágil, a temporada natalina pode ser desafiadora devido ao excesso de estímulos e mudanças de rotina.

Em muitos locais, ainda faltam iniciativas adaptadas para acolher essas crianças e suas famílias. Um exemplo positivo, no entanto, vem do Jockey Plaza Shopping, em Curitiba. O shopping se destaca por promover ações inclusivas em todas as suas atrações infantis ao longo do ano. Para o Natal, por exemplo, oferece um dia especial com sons e luzes controlados e horários exclusivos para que crianças com necessidades sensoriais específicas possam aproveitar a magia natalina sem estresse. “Preparamos todo o ambiente para garantir maior conforto e silêncio para as crianças e suas famílias, sem ruídos de máquinas, música ou público externo, e abrimos o shopping mais cedo, fora do horário habitual, para receber as famílias”, afirma a gerente de marketing do Jockey, Michelle Cirqueira. Este ano, a ação será realizada no dia 8 de dezembro, reafirmando o compromisso com a acessibilidade e o cuidado com a diversidade. Além disso, o balanço e o carrossel presentes na atração “Natal de Nova Iorque” deste ano são inclusivos para PCDs: o acesso é feito por rampa e comporta uma cadeira de rodas para o passeio.

A sensibilidade sensorial é um dos maiores desafios para essas famílias, como explica Anahi Romero, voluntária do Programa Eu Digo X e terapeuta ocupacional. “O excesso de informações nos espaços pode ser muito interessante para algumas crianças, mas também extremamente aversivo para outras. Conhecer previamente as características do local e preparar a criança para o ambiente é essencial”.  Além disso, ela destaca a importância de ferramentas como abafadores de som, brinquedos sensoriais e a previsibilidade da experiência por meio de histórias e explicações.

Para Sabrina Muggiati, idealizadora do Programa Eu Digo X e mãe de um jovem com autismo e Síndrome do X Frágil, a experiência natalina exige planejamento e adaptação. “É difícil estar em locais com muito movimento nessa época. Sempre precisamos ir acompanhados, reduzir o tempo de visita e utilizar abafadores para minimizar os estímulos. Um espaço preparado faz toda a diferença para o bem-estar dele e da nossa família”, conclui.

Além de espaços como o Jockey Plaza, a terapeuta reforça que a comunicação é fundamental. “Os pais devem informar escolas e locais frequentados pelas crianças sobre suas necessidades específicas para garantir um ambiente inclusivo. Adaptar o espaço, controlar ruídos e permitir pausas são ações simples, mas transformadoras”, explica Anahi.  

Vale destacar que ações inclusivas não precisam estar restritas a épocas específicas do ano. Ao realizar eventos adaptados em todas as campanhas sazonais, o Jockey Plaza mostra que a inclusão é um compromisso contínuo, não apenas um gesto pontual.

O Natal é um momento de união, e a inclusão deve ser parte dessa celebração. Criar memórias afetivas e acolher todas as crianças, com suas singularidades, é o verdadeiro espírito natalino. Afinal, a magia desta época só se completa quando todos podem vivê-la plenamente.

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