
Menos casamentos e mais solteiros: como isso impacta a economia
No Dia Nacional dos Solteiros (15/8), especialista em Marketing e Comportamento do Consumidor analisa os desafios e as estratégias do mercado single
O Brasil vive uma transformação demográfica e social profunda, impulsionada, entre outros fatores, pelo crescimento expressivo da população de solteiros. Dados recentes divulgados pelo IBGE mostram que o número de divórcios chegou a 440,8 mil em 2023 – um aumento de 4,9% em relação a 2022. No mesmo período, os casamentos registraram queda de 3%.
Essa mudança se reflete na composição dos lares brasileiros. Com 81 milhões de solteiros contra 63 milhões de casados, é natural que o número de domicílios unipessoais esteja em crescimento. O Censo 2022 confirmou essa tendência histórica, revelando que 15,9% dos lares brasileiros são ocupados por uma única pessoa, um aumento de 3,7 pontos percentuais em uma década.
Segundo o especialista em Marketing, Comportamento do Consumidor, Pesquisa de Mercado e Sociedade Digital, professor doutor Sérgio Czajkowski Júnior, a nova configuração dos lares – cada vez mais individuais – impacta diretamente a maneira como as marcas se conectam com seus clientes. Mais do que isso, representa oportunidades para diversos setores da economia, especialmente a construção civil, o turismo, a indústria e o varejo.
“Se temos uma quantidade crescente de pessoas vivendo sozinhas e, mesmo entre os casais, 20% afirmam que ter filhos não está nos planos, é preciso repensar toda uma gama de bens e serviços para esse público. Desde apartamentos compactos a alimentos e bebidas em porções individuais, passando por eletrodomésticos menores e mais práticos, como panelas elétricas, e embalagens descartáveis ecologicamente corretas, sempre com foco na comodidade e na sustentabilidade, as tendências são muitas”, explica o professor do UniCuritiba.
Além disso, continua Sérgio, há uma demanda crescente por serviços que facilitem a vida dos solteiros, como entregas rápidas ou com horários agendados, e pacotes turísticos pensados para quem viaja sozinho. “Compreender essa nova dinâmica social é fundamental para que as empresas não apenas aumentem suas vendas, mas também fortaleçam o relacionamento com consumidores autônomos e independentes.”
Na avaliação do professor do UniCuritiba, o mercado single precisa investir em personalização, em experiências de compra diferenciadas e em comunicação direta (mas não invasiva) para conquistar e fidelizar esse grupo em expansão. “A personalização das ofertas e a experiência de compra são elementos essenciais para o sucesso das estratégias mercadológicas direcionadas aos solteiros. Mais do que uma adaptação, enxergar os solteiros como um nicho de mercado com grande potencial é uma vantagem competitiva.”
Dedicado também ao estudo do mercado do luxo, Sérgio destaca: as organizações que vêm despontando junto aos solteiros são justamente aquelas que adotaram estratégicas autênticas de comunicação. “As pessoas, e mais ainda os solteiros, cansaram de imagens tratadas e fotos com filtros e efeitos nas redes sociais. Os solteiros desejam ter um contato com o real world”, afirma o professor.
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