Chamada de “nomofobia”, ansiedade causada pelo afastamento do aparelho prejudica raciocínio; saiba como lidar com isso
Um medo irracional de ficar longe do celular que pode causar irritabilidade, ansiedade e até mesmo pânico – essa é a definição de “nomofobia”, um termo que surgiu no Reino Unido há quase 15 anos, e que significa, literalmente, medo de estar sem o celular (em inglês, “no mobile phobia”). Em um mundo cada vez mais digitalizado, esse medo pode atingir pessoas de todas as idades, mas é mais comum entre os jovens que estão acostumados, muitas vezes desde a infância, a ter o dispositivo em mãos o tempo todo. Esse pode ser um grande problema em situações em que é obrigatória a ausência do celular, como durante a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Principalmente durante os estudos, até mesmo na sala de aula, o celular pode ser uma grande fonte de desvio de foco. Para o consultor pedagógico da Conquista Solução Educacional, Anderson Leal, uma dica importante é “ir praticando” ficar longe do celular por algumas horas, simulando o que acontece durante a realização da prova. Assim, o estudante pode chegar mais acostumado a essa situação e sentir menos os efeitos de ficar longe do dispositivo.
O especialista afirma que uma boa estratégia é evitar mexer no celular durante as horas de estudo para o Enem. “Assim, com o tempo, seu cérebro vai entendendo que você precisa se concentrar nas atividades e esse ‘medo’ de perder o que está acontecendo no mundo externo vai se apaziguando”, explica. Ele sugere, ainda, que, caso não seja possível estudar sem o auxílio do aparelho, é fundamental, ao menos, desativar as notificações dos aplicativos para manter o foco.
Questão emocional
Divulgado no periódico Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking pela City University de Hong Kong, um estudo realizado na Coreia do Sul aponta que, para estudantes universitários, os smartphones são uma extensão do próprio corpo e identidade. Ficar longe dos aparelhos, segundo a pesquisa, causa angústia e ansiedade nos jovens.
O psicólogo, doutor em Filosofia e professor do curso de Psicologia da Universidade Positivo (UP), Romano Scroccaro Zattoni, ressalta que esse tipo de sofrimento emocional pode ser combatido durante a preparação para o Enem, realizando atividades longas de avaliação, como simulados, já com a ausência do aparelho. “É fundamental se acostumar com essas situações de provas extensas antes da chegada da data do Enem, a fim de saber o que esperar durante o teste e encarar essa dificuldade da ausência do celular como uma tarefa necessária”, aconselha. Zattoni também recomenda conhecer o local da prova com alguns dias de antecedência, pois o alinhamento de todos esses fatores pode mitigar a dificuldade de ficar longe do smartphone por algumas horas.
Além disso, Leal reforça que é indispensável manter-se hidratado e alimentado durante a realização do Enem também porque, caso bata a ansiedade de ficar sem o celular no meio da prova, um corpo bem hidratado e sustentado saberá lidar melhor com os sintomas da nomofobia. “Não deixe de levar água e lanchinhos para consumir durante o teste. O consumo dessas bebidas e alimentos vai prover a energia necessária para manter o foco para a resolução das questões da prova”, finaliza.
Sobre a Conquista Solução Educacional
A Conquista é uma solução educacional que oferece aos alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio uma proposta de educação e futuro que integra a família, a escola e a comunidade. Com diversos recursos, material didático completo e livros de Empreendedorismo e Educação Financeira, o objetivo da solução é ajudar, de forma consistente, os alunos no processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de suas capacidades. Atualmente, mais de 1.700 escolas de todo o Brasil utilizam a solução.