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De motivo de vergonha à itens de desejo: as transformações que passaram as wigs

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De motivo de vergonha à itens de desejo: as transformações que passaram as wigs

Que mulher nunca sonhou em mudar o visual rapidamente e sem se arrepender depois? Ainda mais no Brasil, quarto país do mundo no mercado da beleza, segundo a empresa Euromonitor International. 

A Associação Brasileira da Indústria, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), mostrou que somente nos últimos cinco anos (2018-2022), o crescimento desse setor foi de 560% em relação aos períodos anteriores.

Atenta a esse mercado e a outra grande paixão nacional, os cabelos, a empresária paranaense Andrea Oliveira, decidiu empreender no mercado da beleza dos cabelos. “Eu sempre fui apaixonada por cabelo, cresci vendo os cuidados necessários e, quando descobri o câncer de mama, perdê-los, foi meu primeiro temor”, conta. 

Andrea é uma das pioneiras das wigs sintéticas no Brasil, a primeira no Estado do Paraná. O nome, pode soar estranho, mas quem não lembra das boas e velhas perucas!

Que de velhas, atualmente, não tem nada. Elas deixaram de ser objetos vistos de forma pejorativa, para tornarem-se tendência de moda. “Recebo inúmeras mulheres, de várias idades, até crianças. As mais jovens, querem usar as wigs como um acessório de moda, podendo trocar de cabelos como quem troca de bolsa ou de sapatos conforme o evento ou a ocasião. As mais maduras buscam nas wigs passar pela transição capilar dos brancos de forma elegante ou ainda tem aquelas que querem mais volume quando os cabelos começam a ficar mais finos especialmente no topo da cabeça, evitando assim qualquer constrangimento”, explica a empresária. 

Um dos fatos verificados pela empresária, foi a busca dos itens como acessórios, vários modelos, cores, tamanhos diferentes. “Assim como um colar, um brinco, as wigs estão tomando conta da cabeça das mulheres, literalmente”, contou. 

 Mas engana-se quem acredita que as wigs, são como as antigas perucas. Andrea importa os produtos de vários países como Alemanha, França, Estados Unidos, já que os cabelos sintéticos possuem qualidade superior ao cabelo humano especialmente para a manutenção, são fios inteligentes, tão realistas, que podem ser moldados para o lado que a cliente quiser, usar calor para modelar, ficando difícil identificar se é cabelo natural ou se é uma wig. 

“Em um mercado crescendo cada vez mais, tínhamos que achar um grande diferencial. Então optamos pela qualidade dos materiais que ofertamos”, ressaltou ela. 

Vencendo o preconceito- No Brasil, a tendência pode ainda gerar estranheza para algumas mulheres, mas muitas celebridades nacionais e internacionais, já assumiram o uso das perucas. Beyoncé, Rihanna, Anitta, Bruna Marquezine, Ludmilla, Kardashians, Cacau Protásio e Taís Araújo, por exemplo, já usaram os acessórios como moda.

As wigs são compostas na testa por uma tela invisível (lace top) que se parece com o couro cabeludo, o que faz com que seu uso seja imperceptível. “Muitas vezes vemos muitas famosas mudarem os cabelos em pouco tempo, mas sabemos que não há saúde capilar que suporte tamanhas alterações, então, não tem como fugir, o uso das wigs é obrigatório”, finaliza Andrea.

https://instagram.com/andreaoliveira_wigs?igshid=ZmxoZWI1bDJ0czZy

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