O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos principais agentes de uma infecção aguda nas vias respiratórias, que pode afetar os brônquios e os pulmões. Sendo responsável pelo aparecimento de bronquiolite aguda e pneumonia, especialmente em bebês prematuros. Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz – 2024), o VSR é o responsável por quase 60% do total de casos recentes entre crianças nos últimos meses. A pesquisa preocupa especialistas em saúde que, observaram, um crescimento acelerado de mortalidade infantil por síndrome aguda grave entre crianças de até dois anos em 2024.
Semelhante ao resfriado, o VSR apresenta sintomas como espirros, congestão nasal, coriza, tosse, febre e mal-estar, que se inicia, de quatro a seis dias após serem infectadas. Porém, alguns casos mais graves podem evoluir, por exemplo, para uma pneumonia. A professora do Curso de Biomedicina da Universidade Anhanguera, Angélica Orlandini destaca alguns pontos sobre a doença. “O vírus é de fácil contágio e pode ser transmitido através de gotículas expelidas ao tossir ou espirrar, por meio de contatos próximo como o beijo, ou por superfícies contaminadas. Pessoas contaminadas transmitem o vírus por três até oito dias, já bebês podem disseminar o vírus por até quatro semanas”, explica.
Prevenir é possível
Atualmente, ainda não existe uma vacina capaz de combater o VSR, mas o Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza, gratuitamente, um medicamento eficaz na prevenção de formas graves da doença, através do uso de anticorpos monoclonais indicados para bebês e crianças com algumas condições de saúde e que são do grupo de risco.
Mas, para além da prevenção da vacinação, algumas outras medidas podem ajudar no combate ao contágio e transmissão, como lavar as mãos frequentemente; evitar tocar no rosto, nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; evitar contato próximo com pessoas doentes; limpar e desinfetar superfícies que são tocadas com frequências; e evitar sair de casa quando estiver doente.
Para Angélica é necessário também ficar atento aos idosos, que também são do grupo de risco da doença. “É importante destacar que crianças pequenas são frequentemente expostas ao VSR, em ambientes como creches, escolas, parquinhos e festinhas, podendo transmitir o vírus para outros membros da família, como os avós. Nesse sentido, é necessário ficar em alerta, entender sobre a doença e seus riscos, procurando um médico caso tenham sintomas respiratórios”, conclui.