De origem milenar, o saquê é frequentemente servido frio ou em temperatura ambiente ou como substituto de bebidas como a cachaça e a vodka, para a realização da famosa saquerinha, por exemplo. No entanto, sua versatilidade vai muito além disso, revelando uma riqueza de possibilidades que poucos conhecem.
“Normalmente, nós tomamos saquê frio, gelado ou em temperatura ambiente, mas pouco se fala sobre ele ser tomado quente. O saquê é uma bebida extremamente versátil. A ideia de esquentar a bebida surgiu quando estava muito frio e os japoneses queriam continuar degustando a bebida. Então, criou-se a ideia de aquecer. Não são todos os saquês que podem ser aquecidos. Os que têm maior propriedade aromática, como os ginjos, acabam perdendo um pouco das suas propriedades quando aquecidos”, explica o chef Lucas Coelho do Hai Yo e Sake Expert formado pela Japan Sake Association.
Em termos de qualidade, o saquê quente pode variar dependendo do tipo utilizado e da temperatura a que é aquecido. Saquês mais robustos, como os junmai ou honjozo, são frequentemente preferidos para essa preparação.
“Outra coisa que é importantíssimo, o saquê que a gente aquece é o honjozo, aqueles que contém uma adição de álcool em sua composição. E o saquê junmai, aqueles que têm apenas água e arroz como ingredientes. Esses são os melhores para o aquecimento devido a sua estrutura mais encorpada e a sua capacidade de suportar o aquecimento sem perder suas características essenciais”, pontua Coelho.
Essa é uma forma tradicional de se apreciar a bebida que oferece uma experiência sensorial única. Ao ser aquecido, o saquê revela uma complexidade de aromas e sabores que são suavizados pelo calor. O processo de aquecimento realça notas adocicadas e um umami profundo, que podem ser perdidos quando o saquê é servido frio. (estou confirmando essa informação com o Chef Lucas).
“Um perigo que existe sobre o saquê quente, é que a maioria acha que ele potencializa o álcool, mas na verdade, não é isso. O que acontece é que o nosso corpo metaboliza mais rápido aquilo que está mais próximo da nossa temperatura. Então, o que pode acontecer, é que quando você bebe o saquê quente, seu corpo metaboliza o álcool mais rápido, ou seja, você acaba ficando alcoolizado mais rápido e mais fácil, esse é um cuidado que devemos ter”, finaliza o chef e sake expert.
Sobre o Hai Yo
Localizado no Grand Mercure Curitiba Rayon (Rua Visconde de Nácar, 1424, Centro, em Curitiba/PR), o Hai Yo é reconhecido por suas diversas premiações, entre elas, como um dos melhores restaurante de hotel de Curitiba e entre os 50 melhores restaurantes do país.
Ele também é conhecido por oferecer uma deliciosa experiência a partir de uma viagem gastronômica que integra diferentes regiões, entre as quais estão China, Japão, Vietnã e Coreia.
Com capacidade para 56 pessoas, o restaurante funciona de segunda a quinta-feira, das 19h às 23h30. Já na sexta-feira, sábado e feriado, o funcionamento é das 19h até meia noite e meia.
Mais informações @haiyo_restaurante e pelo WhatsApp (41) 9 9961-1599.