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Curitiba debate o futuro da educação, impacto e ética da Inteligência Artificial

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O futuro da sala de aula foi discutido ativamente em Curitiba no último final de semana. A International School of Curitiba – ISC Brazil sediou o evento AI4Good Learning, nos dias 19 e 20 de setembro, reunindo alguns dos nomes mais importantes da área educacional para debater a Inteligência Artificial.

O encontro se destacou por envolver não apenas educadores, mas também pais reforçando a visão de que é essencial que todos compreendam e vivenciem essa transformação no aprendizado.

Com a presença de 116 participantes, 17 palestrantes de 13 escolas e 6 empresas, incluindo especialistas de renome internacional como Fiona Reynolds e Tricia Friedman e nacionais como Pedro Pinheiro, a conferência teve como objetivo explicar os fundamentos da IA e, principalmente, esclarecer as oportunidades e os perigos do uso dessa tecnologia na educação.

Nova Realidade
Um dos pontos centrais debatidos na conferência foi a urgência da adaptação escolar. As escolas precisam se preparar para um mundo caracterizado por mudanças rápidas e incertezas. Fiona Reynolds enfatizou que as instituições devem focar na resiliência e na segurança emocional.

Em vez de fingir estabilidade, as escolas devem se tornar âncoras, onde a conexão humana e a segurança emocional vêm antes da entrega de conteúdo. Fiona reforçou duas verdades cruciais que a IA ajuda a resolver: nem todos os alunos aprendem no mesmo dia ou da mesma maneira; e estudantes já chegam à aula sabendo cerca de 40% a 50% do conteúdo, mas o conhecimento é único para cada um. Neste cenário, a IA surge como uma ferramenta indispensável para ir além das limitações humanas e garantir a personalização do aprendizado.

Vantagens
A principal promessa da IA na educação é o suporte a caminhos de aprendizagem individualizados para os estudantes.A tecnologia foi descrita como uma forma de fornecer um “Chão Baixo, Teto Alto e Paredes Largas”. Na prática, isso significa que a IA pode:

Garantir a acessibilidade ao conteúdo para todos (“Chão Baixo”).
Permitir complexidade e avanço para os alunos mais dedicados (“Teto Alto”).
Oferecer flexibilidade e amplitude de recursos (“Paredes Largas”).

Para os professores, a IA deve funcionar como um “Parceiro de Pensamento”. Ao analisar grandes volumes de dados que os educadores coletam – incluindo notas, perfis de estudantes e feedback aberto -, a tecnologia auxilia na modificação do conteúdo e no melhor atendimento às necessidades específicas de cada aluno.

O ISC, por exemplo, apresentou estudos de caso sobre a criação de caminhos personalizados para alunos dos Ensinos Fundamental e Médio utilizando IA.

Alerta: ética, privacidade e amizades digitais
O encontro dedicou atenção especial aos riscos e às questões éticas da IA. A integridade acadêmica e a privacidade dos dados foram temas centrais, com sessões dedicadas a navegar pelas oportunidades e riscos da proteção de dados.

O especialista Pedro Pinheiro ressaltou para os pais a importância de acompanharem de perto a atividade de seus filhos no uso da IA. E a vigilância, segundo ele, deve acompanhar o crescimento das crianças. “Um pai não deixa uma criança pequena atravessar a rua sozinha. Ele dá a mão. E assim deve ser com o uso da IA. Os pais devem dar mais liberdade e autonomia à medida que seus filhos t6em condições de compreender o que estão fazendo”, exemplificou.

Outro ponto de grande interesse para os pais foi a discussão sobre a IA Companheira (Companion AI), trazida pela palestrante Tricia Friedman. Ela alertou que a IA Companheira é um “filhote que crescerá rápido”. Pesquisas indicam que mais da metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos já utilizou IA Companheira.

Para acompanhar essa transformação, alguns cuidados são essenciais para os pais. Ë fundamental manter um diálogo aberto com os filhos. O conselho fundamental para pais é iniciar conversas – sem julgamento – com seus filhos adolescentes sobre quais plataformas eles usam e como se sentem em relação às amizades com IA versus amizades humanas. E fazer perguntas críticas, questionando os sistemas de IA. Por exemplo: O que a IA faz com os dados do meu filho? Que lições da nossa história de vida com companheiros são válidas para este novo futuro?

Escola Internacional de Curitiba: Modelo de Vanguarda
Ao promover o AI4Good Learning, a Escola Internacional de Curitiba reforça seu modelo de vanguarda na preparação para o futuro. A iniciativa evidencia a importância de que a adoção da tecnologia seja guiada pela ética, pela equidade e por uma mentalidade que prioriza a conexão humana.

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