Adolescência foi uma das produções mais assistidas do streaming Netflix neste primeiro semestre e levantou uma série de preocupações entre quem convive com esses jovens, incluindo as escolas
Bullying, machismo, misoginia e as linguagens secretas dos jovens nas redes sociais estão entre as questões levantadas pela série Adolescência, produção britânica do streaming Netflix, que esteve entre as mais assistidas e comentadas nas últimas semanas. Longe de serem apenas parte da ficção, essas questões permeiam a vida dos jovens e levantam uma preocupação: como as famílias e a escola podem ajudá-los a enfrentar esses problemas? Esse é um dos importantes papéis do coordenador pedagógico das instituições de ensino.
Para falar mais sobre esse trabalho, o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) realiza, na próxima quarta-feira (9/4) a palestra ‘Coordenador pedagógico no cotidiano escolar: papéis e desafios na educação contemporânea’ (veja mais informações abaixo). A palestrante, Josemary Morastoni, diretora executiva do Instituto Casagrande, é doutoranda em Educação pela Universidade de Aveiro, mestre em Educação pela Universidade Tuiuti do Paraná, pedagoga e psicopedagoga pela Universidade Federal do Paraná.
A especialista vai trazer um histórico, relacionar as questões práticas com as questões do profissional coordenador. “Eu fui diretora e coordenadora, por muito tempo, de escolas de educação básica, da educação infantil, ensino médio e até educação profissional, das áreas pública e privada. Então, vou fazer um apanhado geral de como esse papel foi se modificando e de como nós estamos posicionados hoje”, detalha Josemary. “O profissional coordenador pedagógico interfere positivamente, sim, nos resultados da escola”, adianta.
Entre os temas que serão abordados estão a introdução ao papel do coordenador pedagógico, seus papéis, o relacionamento com as famílias e com a comunidade e os desafios e estratégias.
Papel muda com a sociedade
Josemary reforça que o coordenador é a interface da escola com toda a comunidade externa, mas também com a comunidade interna. “O olhar, portanto, deve ser estratégico, tanto para o que acontece em sala de aula, com a formação dos professores, com as diretrizes curriculares do Ministério da Educação (MEC), quanto com o que acontece na sociedade no âmbito das famílias”, conta.
Diretamente ligada à temática da série Adolescência, ela cita a questão das novas tecnologias, dos grupos de WhatsApp, como fatores que exigem total atenção dos coordenadores. “O que acontece dentro da sala de aula pode ser exposto nas redes sociais, isso exige conhecimento do funcionamento e preparo”, exemplifica. A série expõe, de acordo com a especialista, como se conhece pouco esses jovens e adolescentes, mesmo com a convivência – tanto na família quanto na escola.
“Tudo isso passa para que a gente discuta e ache formas melhores de lidar e de nos aproximar desse aluno. Trazer as famílias para a escola, ajudar nessa questão toda. Porque se nós, que somos da área da educação e temos um preparo, temos dificuldade para lidar com isso, evidentemente as famílias têm muito mais dificuldade”, sugere.
A série
Os quatro episódios da minissérie Adolescência serão transmitidos gratuitamente nas escolas de ensino médio do Reino Unido, por ordens do governo britânico. O anúncio foi feito depois que o primeiro-ministro Keir Starmer se reuniu com os criadores do programa e organizações beneficentes e juvenis para discutir os problemas expostos pelo programa.
Adolescência conta a história de um garoto de 13 anos, Jamie, que é preso e acusado de esfaquear uma estudante até a morte. Ao longo da trama, são expostos os motivos que podem ter levado o jovem a cometer o crime.
Serviço:
Palestra – Coordenador pedagógico no cotidiano escolar: papéis e desafios na educação contemporânea
Data: 9/4 (quarta-feira)
Horário: das 19h às 21h
Local: Auditório do Sinepe/PR – Rua Guararapes, 2028 – Vila Izabel – Curitiba/PR
Valor: Associadas – R$ 60,00 / Não-associadas – R$ 150,00
Inscrições: https://x.gd/gYJA5
Informações: 41 3078-6933