Novos modelos driblam a demora no atendimento SUS e os valores inacessíveis de planos de saúde convencionais
Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam que cerca de 52 milhões de brasileiros possuem planos de assistência médica. Os números são referentes ao ano de 2024 e mostram que, consequentemente, mais de 75% da população depende exclusivamente do SUS ou de atendimentos particulares de saúde. Pensando nesse público, empresas oferecem modelos diversos que facilitam o acesso à saúde. No Paraná, por exemplo, o Caron Mais é um clube de benefícios que garante descontos em consultas, exames e procedimentos por meio de uma assinatura mensal.
De acordo com Paulo Cardoso, CEO da instituição, a assinatura é uma forma de dar acesso ao atendimento particular por um preço menor, ou seja, uma alternativa mais viável para a estrutura das famílias do Brasil que, em média, têm uma renda per capita de pouco mais de 2 mil reais. Com o pagamento de um valor fixo por mês, com planos a partir de R$ 39,90, o formato oferece descontos de até 50% em exames laboratoriais e de imagem, em procedimentos ambulatoriais e condições especiais para consultas particulares, que custam a partir de R$ 110. Além disso, 50% do valor da mensalidade é devolvido como cashback para utilização em consultas e procedimentos médicos.
Outras opções de pacote incluem assinaturas para a realização de partos e de cirurgias bariátricas, com o pagamento mínimo de três meses de antecipação ao procedimento. Com foco na autonomia do cliente, o clube não tem carência, cobra o mesmo valor independentemente da idade para utilização em parceiros como o Hospital Angelina Caron (HAC), que é referência na Região Sul.
“Ter o respaldo do HAC é fundamental, porque as pessoas sabem que podem contar com toda a estrutura, com o alto nível de qualificação dos profissionais e a tecnologia de ponta oferecida pelo hospital”, destaca o especialista. Entre os demais parceiros estão a a+ Medicina Diagnóstica, a Bio Imagem e empresas de outros nichos, como lojas de conveniência, postos de gasolina, cinemas e vestuário.
Muita procura, pouco acesso
Pesquisa encomendada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) afirma que ter um plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, logo após a conquista da casa própria e o acesso à educação. Mesmo diante dos dados, devido aos altos valores cobrados, a maioria da população não pode contratar o serviço. “No Caron Mais, 80% dos assinantes são idosos, porque no plano de saúde o idoso pode ter uma mensalidade que custa até seis vezes mais do que o preço da primeira faixa etária. Normalmente, você tem um plano que é de 300 reais para 0 a 18 anos, mas para o idoso ele é de R$ 1.800. Então, o acesso é mais difícil ainda”, conta o CEO.
Ao mesmo tempo, sem condições financeiras de contratar um plano de saúde, o indivíduo que depende 100% do SUS leva, em média, 57 dias para conseguir uma consulta com um especialista, segundo dados do Ministério da Saúde referentes à 2024. Neste cenário, em casos de doenças mais graves, como câncer, cardiopatias, diabetes e doenças autoimunes, a espera pode resultar em prejuízo no tratamento.
“Nosso grande impacto é a viabilização do acesso para que as pessoas antecipem o diagnóstico, para que façam a mamografia, o exame de próstata e uma lista de exames de laboratório para conseguirem antecipar o diagnóstico. Assim, é possível ter uma chance maior de cura com procedimentos menos invasivos e uma qualidade de vida melhor”, observa Cardoso.
Saiba mais em: https://caronmais.com.br/