Com a nova elevação da taxa básica de juros brasileira (Selic) para 15,00% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no final de junho, investidores e empresários enfrentam um novo cenário que exige a reorganização de suas estratégias financeiras. Enquanto os juros pressionam os custos do crédito tradicional, soluções alternativas, como o crédito com garantia de imóvel, ganham destaque e se consolidam como um caminho seguro e estratégico.
Noé Santiago, CEO da ANIDEA, fintech especializada em crédito com garantia de imóvel, alerta que o momento exige atenção redobrada dos empresários que ainda dependem de capital de giro ou crédito rotativo. “Empresário que está operando com crédito rotativo ou capital de giro tradicional precisa rever sua estratégia. A tendência é que o custo do capital continue subindo, e quem não alongar suas dívidas vai sentir isso direto no caixa”, adverte.
Com a Selic em seu maior patamar desde 2006, o impacto é imediato: o crédito bancário encarece, o consumo retrai e os investimentos exigem maior cautela. Por outro lado, ativos de renda fixa se tornam mais atraentes, e setores como o imobiliário voltam a ser vistos com bons olhos por investidores mais conservadores.
Investimento em Imóveis como Reserva de Valor
Mesmo com a taxa Selic elevada, o mercado imobiliário continua sendo uma alternativa sólida para quem busca proteger o capital da volatilidade. “O imóvel é um ativo real, com potencial de valorização e que pode ser monetizado via crédito com garantia. Isso é muito mais saudável financeiramente do que recorrer a capital de giro com juros que chegam a 4% ou 5% ao mês em média”, afirma Santiago.
A modalidade conhecida como home equity — onde o proprietário oferece um imóvel como garantia para obter crédito com juros mais baixos e prazos maiores — tem ganhado espaço no país. A procura por essa linha de crédito cresceu 40% no primeiro semestre de 2025, reflexo direto das pressões macroeconômicas e da busca por soluções de financiamento mais inteligentes.
Perspectiva para Investidores
Para investidores que já possuem imóveis, o cenário também pode ser vantajoso. Com a renda fixa oferecendo rentabilidades mais atrativas, o imóvel passa a desempenhar outro papel: o de ativo lastreável, que permite gerar liquidez sem a necessidade de venda.
Sobre as incorporadoras, embora haja relatos pontuais de oportunidades, é necessário cautela. “Na minha visão, o aumento no juro desacelera a demanda no mercado imobiliário, o que torna mais complexo para as incorporadoras realizarem reinvestimentos”, observa Santiago. “O segredo agora é planejamento. Quem conseguir alavancar crédito barato com base em ativos sólidos, como o imóvel, poderá atravessar esse ciclo de juros altos com muito mais fôlego e competitividade.”
Sobre Noé Santiago
Noé Santiago é economista formado pela Universidade Federal do Paraná e líder de pessoas pela Fundação Getúlio Vargas. Ele é CEO e idealizador da ANIDEA Soluções Financeiras. Com uma década de experiência no mercado financeiro, incluindo atuação como gerente em um dos maiores bancos do país, dedica-se a impulsionar empresas brasileiras através da educação financeira. Sua abordagem prática visa impactar positivamente o caixa das empresas, oferecendo soluções financeiras que promovem crescimento sustentável.
Serviço: Anidea Soluções Financeiras
- Noé Santiago
- Economista
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