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Em parceria com MONIN, wine & cocktail bar curitibano anuncia carta de drinques feitos com exclusiva linha de cordiais botânicos

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Os licores Paragon, linha de bebidas da marca Monin especialmente criada para alta coquetelaria, serão os protagonistas dos novos drinques autorais do Five Lounge. O cardápio inédito será servido até 15 de setembro

Uma carta de drinques inspirada nos sabores da natureza: a reconhecida marca francesa de soluções aromáticas, MONIN, acaba de lançar uma linha de cordiais botânicos não alcoólicos chamada Paragon. Essa novidade explora uma variedade de sabores de  pimentas e combina técnicas elaboradas de extração de sabores para capturar nuances delicadas de paladar, aromas, brilho, transparência e textura. Conhecida como Pepper Collection, essa linha inspirou o mixologista Ariel Todeschini a criar uma carta de drinques exclusiva em parceria com a marca. 

Dentre os destaques, o drinque Cristalina é feito com Paragon White Penja, cachaça Dona Maria, jerez fino e cynar. O licor tem o sabor marcante da pimenta Penja branca, colhida quando madura na província de Moungo, nos Camarões. Essa fruta exala aromas frescos de mentol e cânfora. Já o Timur Collins é composto por Paragon Timur Berry, gin Tanqueray, framboesa e soda. A Timur Berry – também conhecida como pimenta toranja – é proveniente do Nepal e é colhida de pequenas árvores, proporcionando notas frescas e cítricas, além de toques amadeirados. Por fim, o Funky Sip traz o Paragon Rue Berry, vinho rosé, jerez Oloroso e Campari. Esse cordial botânico é produzido com a pimenta Rue Berry, cultivada na África tropical, mais especificamente na Etiópia. As folhas têm um aroma adocicado, com toques florais de jasmim, maracujá e feno, enquanto as bagas possuem um sabor mais forte e picante. “Cordiais são xaropes concentrados feitos com água, açúcar, ácidos e agentes de sabor que podem ser extraídos de frutas ou especiarias. Eles proporcionam sabores complexos e marcantes para os coquetéis. A linha Paragon proporciona isso de uma maneira não convencional com ingredientes exóticos. Estamos felizes com essa parceria”, detalha Ariel. Cada criação tem o valor de R$ 35,00. 

Para acompanhar as novidades, o chef Silvonei Sousa criou quatro pratos com inspiração espanhola, que exploram o mar e a terra, para integrar o menu do Five Lounge. As novidades são: tapas de jámon com queijo brie e damasco (R$27), croquetas de bacalhau (R$23), croquetas de mexilhões (R$26) e tapas de chorizo espanhol com azeitonas pretas (R$29). Esses menus especiais, desenvolvidos em parceria com a Paragon, estarão disponíveis até 15 de setembro, e não é necessário fazer reserva antecipada. O Five Lounge está localizado no bairro Batel, mais precisamente no segundo andar do Complexo The Five, e funciona todos os dias de 15h às 00h30. 

Serviço: 

NH Curitiba The Five 

Rua Nunes Machado, 68 – Batel | Curitiba – PR

E-mail: nhcuritibathefive@nh-hotels.com

Telefone: (41) 3434-9400

Site: www.nh-hoteles.pt/hotel/nh-curitiba-the-five

Instagram: @nhhotelsbrasil

SOBRE NH HOTELS

NH Hotels é a marca de luxo do NH Hotel Group, destacada por seus hotéis modernos e singulares em localizações perfeitas na Europa e na América Latina, que se conectam facilmente com as cidades e bairros. Cada NH Hotel é cuidadosamente projetado para oferecer uma experiência confiável que sempre atenderá às expectativas dos hóspedes. Seu estilo descontraído, urbano e fresco faz deles um marco para se hospedar, trabalhar e interagir agradavelmente fora de casa.

7º Festival de Carne de Onça vem aí com 38 bares participantes

Ela é Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba e caminha para tornar-se um de produto com Indicação Geográfica (IG). Falamos da Carne de Onça, petisco popular dos bares da capital paranaense e que tem seu próprio festival, agora chegando à sétima edição. Organizado pela plataforma de gastronomia Curitiba Honesta, o 7º Festival de Carne de Onça acontece de 13 de setembro a 4 de outubro em 38 bares da cidade. Todos irão vender o prato a R$ 22.
A receita tradicional de carne de onça, que deverá ser depositada nas próximas semanas no INPI para solicitar a Indicação Geográfica, é feita da seguinte forma: carne bovina moída temperada com sal e pimenta, servida sobre broa de centeio e coberta com cebola branca picadinha, cebolinha verde e azeite de oliva. Essa é a chamada Carne de Onça de Curitiba.
Sérgio Medeiros, organizador do Festival, comemora o sucesso do evento. “A Carne de Onça é a única comida típica de Curitiba, patrimônio cultural da cidade. Temos muito orgulho de saber que a Curitiba Honesta contribuiu para a notoriedade do prato”, diz ele, que é presidente da Associação dos Amigos da Onça, entidade criada para solicitar a Indicação Geográfica para a carne de onça.
O 7º Festival de Carne de Onça tem apoio do Instituto de Turismo de Curitiba e Curta Curitiba.
O que é Indicação Geográfica
O registro de Indicação Geográfica (IG) é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer
Conheça os participantes do festival:
• A Ostra Bêbada
• Âmbar Curitiba
• Armazém Garagem
• Armazém Santa Ana
• Baba Culinária Árabe
• Bar do Dante
• Barbaran
• Baroneza
• Bastards
• Bom Scotch
• Boteco do Batista
• Boteco do Bolacha
• Burguer Bar – Juvevê
• Burguer Bar – Xaxim
• Canabenta
• Cartolas
• Cervejaria Joy
• Charles Burguer
• Gasoline
• Gastbier
• Green Gate
• Jabuti
• Jackson Assados – Quatro Barras
• Jipe Bar – Anexo ao Jeep Club
• Kanavial
• Lupita
• Maia Box
• Mercearia Fantinato Box – Mercadoteca
• O Botequeiro
• O Cachaceiro
• O Taberneiro
• Ofusion
• Quermesse
• Quintal 68
• Sambiquira
• Silzeus
• The BlackBird Pub
• Ushuaia
Para conhecer todos as receitas e endereços, basta acessar o site www.curitibahonesta.com.br.
Serviço:
7º Festival de Carne de Onça de Curitiba
De 13 de setembro a 4 de outubro de 2023

festivaldecarnedeonça

Informações: www.curitibahonesta.com.br
Instagram @curitibahonesta
Facebook: https://www.facebook.com/curitibahonesta

O que podemos aprender com o futuro?

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*Cristiano Caporici

Quais são as lições que o futuro tem a nos ensinar? Pode parecer confuso, mas me refiro, mesmo, ao futuro, que ainda não chegou, mas já estende seus dedos ágeis sobre o presente e pode ser pressentido, previsto e antecipado. Conhecer as tendências do hoje nos ajuda a compreender melhor como será esse amanhã que aguarda a humanidade na próxima esquina. E é muito saudável, individual e coletivamente, refletir e falar sobre ele. 

Ao redor do mundo, muita gente tem se dedicado a fazer esse exercício. São os chamados think tanks, compostos por estudiosos, cientistas e especialistas, mas também por pessoas comuns, que se preocupam com o próprio impacto no planeta e nas outras pessoas e querem, de alguma forma, deixar um mundo melhor para as gerações que virão. 

Se prestarmos atenção a não mais do que cinco minutos de notícias todos os dias, já teremos como certo que uma dessas preocupações e desafios tem a ver com a sustentabilidade das vidas e dos negócios. Ou o que, enquanto empresas, convencionou-se chamar de ESG. A sigla para governança ambiental, social e corporativa precisa ser mais que uma tendência. Devemos começar a pensar nas consequências, por exemplo, do uso indiscriminado da inteligência artificial e de outros recursos tecnológicos no universo do trabalho. 

Embora essas ferramentas contribuam significativamente para o aumento da produtividade, também é verdade que elas transformarão a maneira como trabalhamos. Pessoas precisarão ser realocadas e capacitadas para outras funções e áreas de atuação. É necessário encontrar um caminho por meio do qual as novas tecnologias disponíveis nos ajudem a atingir nossos objetivos sem, com isso, causar perdas. 

Digitalizar processos que fazem parte do cotidiano pode ser um desses caminhos. Afinal, facilitar as tarefas com as quais as pessoas precisam lidar em suas vidas diárias, desburocratizando esses processos, é uma forma de trazer mais tempo e, por consequência, qualidade de vida aos profissionais. 

Outro ponto que deve receber atenção são as mudanças climáticas. Suas consequências, inclusive, já estão entre nós, com verões mortais em países de clima historicamente gelado, como os da Europa, enchentes, deslizamentos, ondas de frio congelante em lugares que antes tinham sol a pino o ano todo. Os refugiados do clima serão, cada dia mais, uma realidade com a qual teremos de conviver. O estudo “3M Forward: o futuro hoje”, divulgado recentemente pela 3M, apontou que 93% da população de 17 países estudados se mostram preocupados com os impactos dessas mudanças e 90% dizem crer que a ciência pode contribuir para reduzir esses impactos. 

Um dos pontos mais importantes, nesse sentido, é a busca por energias alternativas e renováveis que permitam a continuidade do desenvolvimento humano e tecnológico sem que, com isso, o meio ambiente seja tão prejudicado. O sol, o vento e outros recursos renováveis deverão ser cada vez mais utilizados, substituindo, aos poucos – ou o mais rápido possível – o petróleo, o carvão, as termelétricas e outras fontes. 

Não é exagero, portanto, afirmar que temos muito a aprender com o que ainda virá. Por que esperar que o futuro seja presente – ou, pior, passado – para só então tirar dele as lições de que precisamos para evoluir enquanto espécie? Se já conhecemos as tendências, podemos também refletir sobre elas e, assim, antecipar problemas, encontrar soluções mais rápidas e desfrutar das boas consequências dessa relação amistosa com o amanhã. 

*Cristiano Caporici é jornalista, cientista da comunicação, conselheiro do Núcleo Futuro e Tendências da ADVB/PR e diretor de marketing da Tecnobank.

Sem logística reversa, baterias de carros elétricos podem virar 43 mil toneladas de lixo perigoso até 2030

Levantamento feito pela Universidade Veiga de Almeira (UVA) em 2022, aponta que a ausência de uma regulamentação para a logística reversa das baterias que armazenam a eletricidade dos veículos elétricos representa um potencial risco ambiental para o país, apesar do impacto positivo da tecnologia usada nesses automóveis na redução de emissões de gases de efeito estufa. Segundo os dados, se não houver boas práticas de descarte, as baterias de carros elétricos podem virar cerca de 43 toneladas de lixo perigoso até 2030. Embora a inserção desses veículos seja cada vez mais pronunciada no Brasil e no mundo, nem todos os impactos ambientais são potencialmente positivos.

Para especialistas, é preciso a realização de debates e regulamentações para o aumento do fluxo da logística reversa de baterias de carros elétricos. Segundo o Coordenador do Curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Anhanguera, Mauro Paipa Suarez, essas desvantagens precisam ser analisadas, visando o meio-ambiente e a qualidade de vida da população. “Desde sua fabricação, até o seu descarte, o uso da modalidade de VEs ainda conta com grandes desafios em relação a produção, tempo de vida e, principalmente, ao descarte das baterias. Existem propostas de reaproveitamento, mas isso não resolve o problema do descarte do material, que causa um enorme impacto ao meio ambiente, podendo ser letal até 2030”, diz.

Para Mauro, apesar da alta usabilidade de veículos elétricos, o crescimento ainda é lento, em função desconfiança por parte da população. Ele acredita ser necessário prestar atenção aos materiais utilizados nas baterias dos VEs, antes que eles sejam popularizados. “Este mercado continuará a crescer com a evolução da modalidade, principalmente, no Brasil. Porém, ainda é necessário resolver os problemas de uso de materiais adequados na construção das baterias, com o melhoramento nas velocidades e carregamentos, antes deles serem adquiridos pela população nos próximos anos”, conclui.

Sobre a Anhanguera

Fundada em 1994, a Anhanguera oferece educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho por meio de seus cursos de graduação, pós-graduação, cursos Livres, preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos, presenciais ou a distância, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno. São mais de 15 mil profissionais e professores entre especialistas, mestre e doutores.

Além disso, a instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas. A Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar conhecimentos com toda a sociedade a fim de impactar positivamente as comunidades ao entorno das instituições de ensino. Para isso, conta com o envolvimento de seus alunos e colaboradores a partir de competências alinhadas às práticas de aprendizagem e que contribuem para o desenvolvimento do País.

Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 106 unidades próprias e 1.398 polos em todos os estados brasileiros.

Setembro amarelo: Vício em tecnologia compromete a saúde mental

Mais da metade dos brasileiros não consegue ficar um dia inteiro longe do celular, aponta o IBGE. Segundo o levantamento, 16% dos brasileiros admitem que o uso de smartphones prejudica o trabalho e afeta relacionamentos familiares.

Para 12%, a dependência da internet leva a distrações no trânsito e 9% dos entrevistados reconhecem que o uso excessivo da tecnologia causa problemas de saúde, influencia negativamente nos estudos (8%) e compromete a vida sexual (6%).

Um estudo da Hibou Pesquisa e Insights é ainda mais preocupante: 56% dos brasileiros não ficam longe do smartphone por mais de uma hora. Por isso, no mês dedicado à saúde mental e à prevenção ao suicídio, o psicólogo Guilherme Alcântara Ramos alerta: a tecnologia é viciante e causa uma sensação imediata de bem-estar, mas o excesso tem efeitos negativos à saúde mental a médio e longo prazo.

“A internet, em especial as redes sociais, e os jogos eletrônicos são programados para oferecer conteúdo de interesse para o usuário e, assim, captar a atenção. Isso consome muito do nosso tempo e nos leva a negligenciar os cuidados com a saúde, com as emoções e com os relacionamentos”, diz o especialista.

Mestre em Análise do Comportamento e professor do curso de Psicologia do UniCuritiba, Guilherme diz que o primeiro passo para identificar o desequilíbrio no uso de tecnologias e da internet é avaliar as mudanças nos hábitos e comportamentos. “Uma criança que faz uso exagerado de celular, tablet ou computador deixa de brincar com outras crianças e de aperfeiçoar habilidades sociais. O efeito nos vínculos de amizade não demora a aparecer.”
A situação é tão preocupante que o vício em internet é considerado um transtorno de dependência. No caso específico dos jogos eletrônicos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) compara o problema à dependência química, com consequências físicas e mentais semelhantes.

O risco das tecnologias digitais

Estudos internacionais mostram os riscos da utilização exagerada das tecnologias na saúde mental. Pesquisadores da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, constataram que adolescentes excessivamente expostos a dispositivos eletrônicos manifestam com mais frequência sinais de insatisfação com a vida, infelicidade e problemas de autoestima.

O comportamento suicida entre usuários de tecnologia e internet também tem sido alvo de estudos. Na Universidade de Oxford, pesquisadores analisam a relação entre práticas de autolesão e atividades online, como navegação na internet, tempo gasto em redes sociais e visitação em sites sobre suicídio.

O desafio da Psicologia, aponta o professor Guilherme Alcântara Ramos, do UniCuritiba, está em dosar o uso das tecnologias, já que elas fazem parte das rotinas de trabalho, estudo, lazer e interação. “O fato de a internet ser muito acessível facilita o uso irrestrito e dificulta o controle dos efeitos negativos no bem-estar ou na saúde mental e emocional.”

Frustração, ansiedade e depressão

A falsa impressão de vidas perfeitas passada pelas redes sociais está adoecendo as pessoas. A exposição constante a imagens de corpos perfeitos, padrões de vida elevados, luxo, viagens e sofisticação é um dos principais fatores para a redução da autoestima e o sentimento de inferioridade.

Associado a isso está a ansiedade e à depressão. Um estudo com dez mil jovens canadenses revelou que quem passa mais de cinco horas diárias em redes sociais tem mais de 50% de chances de sofrer de depressão.

Dicas para equilibrar o uso
Ter a mão um aparelho multitarefas, como o smartphone, pode ser vantajoso para quem sabe administrar o tempo e tem autocontrole. O problema é quando o uso das tecnologias priva as pessoas de encontros presenciais e impedem o fortalecimento dos laços sociais.

“Estamos permanentemente em contato com pessoas graças à internet, mas a intensidade do vínculo é superficial. A tecnologia pode ser benéfica ou prejudicial e tudo vai depender da forma como é utilizada”, diz o professor Guilherme.

Para alcançar o equilíbrio, o psicólogo sugere que o usuário reflita sobre o tempo gasto nas redes sociais e na internet. “O que eu proponho é uma reflexão sobre o uso da tecnologia e seus impactos nos projetos pessoais e profissionais, nas expectativas, sonhos e projetos. O exagero leva ao imediatismo, mas se o uso das tecnologias não estiver vinculado aos projetos de vida, não contribuirá para o sucesso e o bem-estar.”

Desintoxicação gradativa

A forma como as pessoas utilizam o celular e o tempo que passam conectadas à internet têm total influência na saúde mental, assim como a qualidade da informação consumida. Ainda que os aparelhos mais modernos tenham dispositivos para mensurar o bem-estar digital e bloquear o uso de aplicativos após determinado período, as pessoas enfrentam dificuldades para se desconectar.

Apesar da necessidade de equilibrar o uso de tecnologia em prol da saúde mental, o psicólogo Guilherme Alcântara Ramos avisa: o processo de desintoxicação precisa ser gradual.

“Quem tem o hábito de usar a tecnologia por horas e horas todo dia terá dificuldades de fazer reduções drásticas. A dica é diminuir gradativamente o tempo de conexão, substituindo o uso da internet por outras atividades prazerosas.”

O primeiro passo é avaliar a real necessidade do uso da tecnologia para o trabalho e o estudo. Estimar, de fato, quanto ela é essencial para o sucesso profissional, os relacionamentos sociais, a interação com amigos e familiares. “Não tem problema utilizar a tecnologia, desde que seja de forma adequada e coerente aos objetivos pessoais, sem interferência no bem-estar, na socialização e na qualidade de vida”, ensina o professor do UniCuritiba.

Importância de pedir ajuda

Se estabelecer limites para o uso diário de tecnologia, seja o acesso à internet, redes sociais ou jogos eletrônicos, for complicado, a dica é pedir ajuda. O cuidado deve começar na infância e os pais devem impor regras.
Segundo a Associação Pan-Americana da Saúde (Opas), 50% dos problemas relacionados à saúde mental têm origem adolescência, por volta dos 14 anos, levando à prevalência da depressão em adultos jovens.

O comportamento de crianças, adolescentes e jovens serve de alerta, em especial se ocorrerem alterações frequentes de humor. Tristeza e raiva súbitas são indicativos de que algo está errado, assim como o hábito de relembrar, com frequência, experiências ruins do passado.

Outros sinais envolvem a obsessão por problemas (quando a pessoa não consegue visualizar uma solução para resolver o que incomoda), insinuações verbais sobre a falta de expectativa no futuro, consumo abusivo de álcool e drogas, isolamento social e ideação suicida.

Nestes casos, segundo o psicólogo Guilherme Alcântara Ramos, estudioso de educação e saúde mental, a melhor estratégia é recorrer a um especialista, que saberá orientar sobre as estratégias para vencer o vício em tecnologia e conduzir o tratamento contra a ansiedade ou a depressão.

Sobre o UniCuritiba
Com mais de 70 anos de tradição e excelência, o UniCuritiba é uma instituição de referência para os paranaenses e reconhecido pelo MEC como uma das melhores instituições de ensino superior de Curitiba (PR). Destaca-se por ter um dos melhores cursos de Direito do país, com selo de qualidade OAB Recomenda em todas as suas edições, além de ser referência na área de Relações Internacionais.

Integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima, o UniCuritiba conta com mais de 40 opções de cursos de graduação em todas as áreas do conhecimento, além de cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.

Possui uma estrutura completa e diferenciada, com mais de 60 laboratórios e professores mestres e doutores com vivência prática e longa experiência profissional. O UniCuritiba tem seu ensino focado na conexão com o mundo do trabalho e com as práticas mais atuais das profissões, estimulando o networking e as vivências multidisciplinares.

Mobilidade sustentável: Brasil está na vanguarda da descarbonização de transportes

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Estudo do IPCC revela que de 1,42 bilhão de toneladas de CO2 despejadas na atmosfera, 13% foram provenientes de escapamentos

Etanol, motor flex, biodiesel e energia elétrica gerada a partir de fontes limpas, a gama de possibilidades para alcançar uma mobilidade com pegada de carbono reduzida é diversa e promissora. A transição energética, que desenha o cenário para o futuro do país, é acelerada por colaborações entre instituições públicas e empresas privadas, e o programa Combustível do Futuro, lançado em 2021, é um exemplo de projeto para iniciar o processo de desenvolvimento de energia limpa. Em comparação a outros países, o Brasil se mostra em situação menos crítica, conforme mostra o Estudo do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – IPCC de 1,42 bilhão de toneladas de CO2 despejadas na atmosfera, 13% foram provenientes de escapamentos brasileiros. Nos Estados Unidos, por exemplo, dos 5,79 bilhões de toneladas de CO2, o transporte respondeu por 29% e, na União Europeia, por 23% de 3,33 bilhões de toneladas. Atualmente, o setor de transporte é responsável por cerca de 20% das emissões globais de gás carbônico, cerca de 8 milhões de toneladas. Dessas emissões, aproximadamente 75% são provenientes do modal rodoviário.

Esses resultados destacam a importância para tecnologias sustentáveis que conservem o meio ambiente e freiem esses números, distanciando-se das médias globais. Para discutir a abrangente transformação no setor, explorando novos requisitos, conceitos e modalidades que surgiram após rápidas modificações nos últimos anos, a SAE BRASIL promove o 20° Fórum SAE BRASIL da Mobilidade. O evento, com o tema “Desafios e Oportunidades para o Brasil na Construção do Futuro da Mobilidade Sustentável”, está sendo organizado pela Seção Regional Paraná e Santa Catarina. Ele é voltado para toda a sociedade, incluindo engenheiros, executivos, profissionais da área da mobilidade, estudantes e entusiastas “Sabemos que o ecossistema da mobilidade deverá passar por uma transição tecnológica em favor da descarbonização e de um futuro sustentável. Neste aspecto, o nosso país é privilegiado por ter a disponibilidade de diversas alternativas de energia de baixo carbono, que associadas às tecnologias apropriadas, podem atender não só as metas de redução, mas também ao bolso do consumidor. As rotas tecnológicas são diversas, indo de um motor a combustão eficiente até um veículo elétrico ou até mesmo a hidrogênio, passando pelas soluções híbridas. Nosso dever é focar no desafio de desenvolver as competências necessárias para que a nossa engenharia possa trilhar estas diferentes rotas” comenta o diretor regional da SAE BRASIL PR/SC, Renato Faria.

O encontro vai contar com mais de 35 convidados, incluindo palestrantes e moderadores, que participarão de 10 painéis abordando diversas temáticas, como eletrificação, combustíveis, sustentabilidade, cidades inteligentes, agricultura, entre outras. Na palestra de abertura, o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, abordará a agenda econômica para 2024 e a perspectiva do Brasil. O presidente da Renault e chairperson do evento, Ricardo Gondo, também estará presente, destacando a transformação profunda que a indústria automotiva e a mobilidade estão vivenciando. Ele ressalta que o Brasil desempenha um papel de protagonismo nesse cenário. “Juntos, debateremos  as tendências e o futuro do setor, desde a evolução dos motores até a mobilidade em ambientes urbanos e  rurais, além de temas super importantes, como sustentabilidade e a mobilidade urbana”, afirmou o chairperson.

O encontro será realizado nos dias 12 e 13 de setembro no Centro de Eventos FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), em Curitiba. Os interessados podem se inscrever pelo site da SAE BRASIL. Confira a programação completa:

12 de setembro (terça-feira)

Abertura – 8h45

Palestra de Abertura – 9h10

O Brasil em perspectiva. Agenda econômica para 2024, com Fernando Honorato, economista chefe do Bradesco.

Painel de Eletrificação – 9h55

Eletrificação no transporte coletivo urbano, com Gelson Forlin, gestor técnico da CWBUS Inovação; 

Tendências de eletrificação de veículos comerciais e ônibus com Fabio Nicora, Innovation Manager da IVECO;

Oportunidades na mobilidade sustentável com a eletrificação, com Alexandre Selski, Diretor de Eletromobilidade de Ônibus da VOLVO.

Painel de Combustíveis – 11h40

Projetos Inovadores em Engenharia: Desenvolvimento de Motores utilizando Biocombustíveis Avançados, com Roberto Berlini, pesquisador da UNIFEI-MG.

Motores a Hidrogênio de Alta Eficiência, com Rafael Brisolla Obara, Especialista Tech da TUPY;

Caminhos para uma mobilidade de baixo carbono, com Fabio Ferreira, Diretor de Produto Powertrain da BOSCH.

Painel Veículos de Passeio – 14h

Tendências Tecnológicas em busca à Neutralidade de Carbono, com Murilo Ortolan, gerente de engenharia da RENAULT/HORSE;

Way to Zero”: Desafios e Oportunidades na Região América do Sul, com Roger Guilherme, Gerente Way to Zero Center da Volkswagen South America.

Painel Agro – 15h10

Mobilidade Sustentável no Campo: Motores a Prova de Futuro, com Andre Rocha, Gerente de Vendas e Pós Vendas da AGCO POWER;

Autonomia e Mobilidade no seu Campo, com Rafael Stein, Gerente de Marketing de Produto da NEW HOLLAND.

Painel Construção e Mineração – 16h30

A Mobilidade na Mineração: Impactos e Desafios com Thiago Santos, Consultor Eficiência Operacional SR da SOTREQ; 

Futuro das Máquinas de Construção, com Boris Sanchez, Head de Produto da Volvo Construction Equipments.

Painel Sustentabilidade e ESG – 17h25

ESG e Circularidade na prática, com Ariane Santos, Founder/CEO do BADU DESIGN;

Soluções de mobilidade para todos com Ricardo Mendes, Head da Mobilize Brasil RENAULT;

ESG 4.0 – Geração de Valor Compartilhado, com Claudia Coser, Founder/CEO da NOBIS;

Moderador: Eduardo Souza, Gerente Nacional de Transportes – PepsiCO.

Debate 20 anos do Fórum da Mobilidade e o Futuro da Mobilidade – 18h30

Com Everton Lopes, diretor de tecnologia da MAHLE, Marcio Melhorança, gerente-geral de engenharia da RENAULT e Otacilio Duarte, product engineering/validation manager tractors da CNH Industrial.

Keynote: Spoiler Smart Cities e Destinos Turísticos Inteligentes – 19h

Com Angelica Molteni Paixão, Diretora MICE Curitiba.

13 de setembro (quarta-feira)

Abertura – 9h

Painel Smart Cities – 9h10

Mobilidade como Vetor de Desenvolvimento das Cidades, com Ariadne dos Santos Daher, sócia da Jaime Lerner Arquitetos;

A mobilidade urbana na equidade de acesso à cidade, com André Turbay, professor da PUCPR;

As cidades e os seus desafios atuais com Juliana Palácios, gestora de projetos estratégicos da iCities.

Painel Profissional do Futuro – 10h40

Habilidades do futuro, profissionais do agora, com Lucas Lima, sócio executivo da AAA Inovação;

Tendências de Mercado para Executivos, com Rafael Santiago, managing director & partner da DeBernt; 

Ambientes Promotores de Inovação, com Júlia Maia, Líder de implantação do Parque Tecnológico da Indústria do Senai PR. 

Palestra de encerramento – 12h

Habilidades do agora para um futuro em movimento, com Karina Cardozo, gerente de experiência e produto da CONQUER.

SERVIÇO: 

20.° Fórum SAE BRASIL da Mobilidade

Endereço: Centro de Eventos FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná)

Av. Com. Franco, 1341 – Jardim Botânico, Curitiba (PR)

Data: 12 e 13 de setembro

Horário: Dia 128h às 19h; Dia 13 – 8h às 13h30

Site: https://saebrasil.org.br/eventos/20o-forum-sae-brasil-da-mobilidade-secao-pr-forum-sc/ 

Sobre a SAE BRASIL

A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que reúne engenheiros, técnicos, executivos, acadêmicos e estudantes de engenharia unidos pela missão de difundir técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade nos modais: automotivo, ferroviário, aéreo e naval. A entidade tem como objetivo ser a “Casa do Conhecimento da Mobilidade Brasileira”. A associação é filiada à SAE INTERNATIONAL, compartilhando  os mesmos  objetivos. Em  mais de um século de existência, a SAE INTERNACIONAL se tornou uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento nas áreas automotiva e aeroespacial, com a criação de mais de 35 mil normas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países. Mais informações: https://saebrasil.org.br/.

Street Style CWB movimenta a moda sustentável

Cosmopolita e moderno. Assim pode ser definido o Street Style CWB – um encontro de brechós e marcas locais que acontece, mensalmente, há mais de um ano no Nott (Al. Dr. Carlos de Carvalho 708) um espaço super amplo e bem localizado no Batel. No próximo fim de semana, dias 09 e 10 de setembro, sábado e domingo, das 10 às 18 horas, será realizada a 14ª edição dessa feira que, como o nome adianta, trabalha essencialmente com roupas e acessórios de Street Style, com mais de 60 expositores que oferecem, durante dois dias, mais de 10 mil produtos novos ou usados de marcas locais e grifes famosas. Uma novidade nessa edição será a 1ª batalha de danças urbanas all style, com a participação de dançarinos e premiação para os dois primeiros colocados. A entrada para os dois dias de evento é gratuita.

A empresária e modelo Stefanny Souza, é quem organiza tudo. Ela conta que a ideia nasceu de suas observações participando, desde 2018, de eventos semelhantes com seu brechó que era mais voltado ao Street Wear e acabava se misturando com outras linguagens da moda. “Eu percebi que faltava esse nicho no mercado de moda sustentável. Um encontro só com expositores desse segmento, voltado para o público do hip-hop e de suas variações”. Deu certo. Inaugurado no ano passado, seus encontros têm atraído um público enorme – de todas as idades – que consome roupas, acessórios e tudo relacionado a cultura Street Style – que inclui também expositores de tatuagens e body piercing.

Batalha de dança

A próxima edição do Street Style CWB – que acontece regularmente sempre no segundo fim de semana de cada mês – terá como novidade a 1ª Street Style Battle – uma batalha de danças urbanas all style.

As inscrições estão abertas até completar 30 participantes, dançarinos profissionais ou amadores, – em modalidades como o break, House, Afro Dance, Vogue e outras vertentes – que que vão se enfrentar individualmente. A apresentação, com a participação do DJ James CWB, será no domingo às 14 horas, com júri técnico (Flávia Martins e Dylan Damas) e votação do público, e terá uma premiação para os dois primeiros colocados. As inscrições custam R$20 e podem ser feitas no Instagram do evento @streetstyle.cwb.

Stefanny conta que a batalha é a primeira de uma série de atividades culturais que ela está pensando para suas próximas edições. “A gente já colocava um set musical na hora do almoço com a DJ Medusa, que é argentina e traz um som de Hip-Hop e Latinidades. Nossa ideia, e reeditar a batalha nos próximos meses e trazer outra expressão da cultura de rua que é a batalha de rimas para dentro do encontro”, adianta.

Street Style
O encontro mensal abrange brechós e marcas do street style – que é o estilo responsável por disseminar tendências entre os amantes de moda. O Street reflete um comportamento internacional e contemporâneo para que todos possam se expressar da forma como quiserem. É como o lema de Londres: “anything goes”, ou seja, tudo pode. Desde looks casuais até propostas mais vanguardistas. E, a partir deste conceito, Stefanny selecionou seus expositores.

São 45 por dia, e alguns não vão duas vezes seguidas, o que abre espaço para um total de 60 participantes. “As marcas são autorais e os brechós são de peças selecionadas então o público vai encontrar um pouco de tudo, com um padrão de estilo e grande variedade”, garante.
A organizadora explica que existe um cuidado muito especial na seleção de quem vai participar como expositor. “Para as marcas locais são 10 expositores com peças novas, de produções autorais independentes de Curitiba e região que fazem seu próprio design. Já os brechós têm quase o dobro de participantes. Todas as roupas são higienizadas e etiquetadas e estão em condições de venda e pronta para uso”. Só como exemplo, ela explica que se chegar cedo é possível encontrar marcas famosas como Burberry, Tommy, Lacoste, Guess, Gucci… originais em ótimas condições e por um preço muito abaixo das lojas.

Stefanny aproveita para convidar quem ainda não conhece o evento. “É um programa para quem gosta de moda e da cultura do Street Style. São em torno de 100 araras e quase 10 mil peças diferentes por dia. Desde os acessórios como brincos, colares, óculos, boinas, tênis… até as roupas novas, algumas de alfaiataria, ou usadas, como as famosas peças vintage colecionáveis, difíceis de encontrar, com mais de trinta anos que tem como essência a moda sustentável”.

O espaço do Street Style CWB é amplo e com três ambientes: na parte da frente são seis expositores, o Garden espaço da praça de alimentação e onde vai acontecer a batalha de dança, e a parte dos fundos com dois andares: na parte de baixo com 22 expositores, e no mezanino ficam mais 16 expositores, os tatuadores e body piercing. O evento é pet friendly.

SERVIÇO: 14º Street Style CWB
Encontro de Brechós e Marcas Locais
Dias 09 e 10 de setembro, sábado e domingo, das 10 às 18 horas no Nott (Al. Dr. Carlos de Carvalho 708 – Batel).
No domingo, às 14 horas, acontece a 1ª batalha de danças urbanas all style. Classificação: Livre
Instagram @streetstyle.cwb
Entrada gratuita.

Pernas arqueadas: problemas nos joelhos são causas comuns de dores e alteram qualidade de vida de pacientes

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Opções de tratamento vão desde fisioterapia até cirurgia com auxílio de robô

Homens e mulheres, jovens e adultos. Não existe um padrão para que as pessoas apresentem alterações nos joelhos, como curvaturas no eixo, que causam dores e afetam a rotina. Em uma situação normal, os joelhos seriam retos  – normo eixo – com uma variação de até três graus para dentro – chamado de valgo. Quando os joelhos são projetados para fora, são chamados de varo. Essas condições atípicas podem comprometer a qualidade de vida, mas o tratamento é eficaz e pode variar conforme a avaliação médica, podendo ser desde fisioterapia até intervenção cirúrgica.

Em casos em que o paciente é idoso e a deformidade se acentua devido a lesões degenerativas, a cirurgia pode ser necessária. Tadeu Celso Macanhão, de 73 anos, por exemplo, passou por cirurgias nos dois joelhos em 2022, com um mês de diferença entre elas. “Sentia muitas dores nos joelhos e mal conseguia andar. Após a cirurgia com o auxílio do robô, não sinto mais nenhuma dor. Já cheguei a andar 10 quilômetros em um dia sem dor e agora ando quatro quilômetros todos os dias. Nem lembro que tenho joelhos”, diz Tadeu.

Correção precisa

O robô mencionado pelo paciente é o chamado Robô Rosa, usado pelas equipes do Hospital São Marcelino Champagnat para auxiliar em cirurgias ortopédicas. De acordo com o médico do Tadeu, o ortopedista Antônio Tomazini, em casos como o dele, não é possível corrigir os joelhos com cirurgias menores, como artroscopia. “Nesses casos, precisamos de prótese e, para isso, usamos o Robô Rosa, que permite uma correção precisa do eixo em cada milímetro, resultando em um joelho simétrico. Essa ferramenta tem se tornado fundamental nas cirurgias”, relata.

Segundo o cirurgião ortopedista, não há uma razão específica para as alterações nos eixos dos joelhos, mas já se sabe que o joelho valgo é mais comum em mulheres,  enquanto o joelho varo é mais frequente em homens. Pacientes asiáticos tendem a ter joelhos mais projetados para fora por questões fisiológicas, mantendo a simetria em ambos os joelhos. Porém, nem todos os casos precisam de intervenção cirúrgica.

“Só indicaremos uma intervenção em pacientes jovens com essa deformidade se for causada por lesões, como no ligamento, por exemplo. Essa região é responsável por suportar a maior parte do peso do corpo. Ou seja, se uma cirurgia de ligamento for realizada nesse paciente, corrigindo também o menisco, que já tem uma grande lesão, existe o risco de o joelho se deformar ainda mais a curto e médio prazo, comprometendo o ligamento recém operado”, explica.

Nessas situações, a opção mais indicada é a correção do eixo por meio de uma cirurgia chamada  osteotomia, que consiste em cortar o osso, colocar o enxerto, alinhar a perna e reconstruir o ligamento. “Por meio de exames, podemos identificar lesões na região da cartilagem e, portanto, precisamos intervir por meio de cirurgia, porque o eixo não está corretamente alinhado, o que pode levar ao aumento da deformidade e ao desgaste mais rápido do joelho. Dessa forma, é possível tratar tanto o alinhamento quanto o ligamento, aumentando as chances de que este último tenha uma durabilidade maior, uma vez que não vai sofrer tração ao longo do tempo ”, finaliza Antonio.

O Medo do Conhecimento

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Daniel Medeiros*

Em 1600, quando vários membros da Igreja levaram o filósofo e matemático Giordano Bruno para ser queimado em praça pública, colocaram uma máscara de ferro em seu rosto, para que ele não dissesse nada “perturbador” diante das centenas de pessoas que se amontoavam na Piazza Dei Fiori, no coração de Roma. Bruno morreu por defender que as estrelas não estavam fixas no céu, como defendia a Igreja, e que essa ilusão ocorria porque elas estavam muito distantes de nós. Bruno defendeu que ao redor das estrelas deveriam existir planetas, e que nesses planetas poderiam existir vida como aqui. Também afirmou que o Universo não poderia ser finito, pois se o fosse, o que haveria depois dele seria o Nada e isso não era compatível com a ideia de que D’us criou Tudo. Logo, o Universo só poderia ser infinito e, portanto, sem um centro definido. 

Essas ideias “perturbadoras” eram incompatíveis com a doutrina da Igreja, que imaginara um céu que corroborasse a ordem social que sustentava aqui na Terra: fixo, regular, eterno, tendo a Igreja como centro e todas as outras instituições girando em um movimento circular perfeito em torno dela. Conservar essa ideia na mente das pessoas, ensinando-as desde cedo, e impedir que qualquer ideia diferente – as heresias – fosse difundida, insinuando-se no tecido social, era uma tarefa importante dos operadores da religião. A censura e a violência eram os instrumentos de intimidação e supressão. 

Assim como ocorreu com Giordano Bruno e quase também com Galileu Galilei, que, usando uma tecnologia aperfeiçoada por ele, o telescópio, provou que havia planetas girando em torno de Júpiter, o que queria dizer que a Terra não era o centro de tudo, havia outros centros, possivelmente inúmeros centros, o que quer dizer que não havia, de fato, centro nenhum. Galileu foi preso e acorrentado em uma masmorra, escapando da morte porque abjurou de suas descobertas. Morreu em prisão domiciliar, sem poder publicar mais uma linha sequer. 

Com o passar do tempo, porém, e ao custo de muitos outros sacrifícios, a Ciência  conseguiu superar as amarras da religião e demonstrou que o Universo é absolutamente ignorante sobre as pretensões centralizadoras da Igreja e os seus anseios conservadores. O Universo visível estende-se por 15 bilhões de anos-luz e, além dele, quem pode afirmar quanto mais de Universo ainda existe? Fomos transferidos da posição de centro do Universo para a condição de micro poeira cósmica, girando em falso em torno de uma estrela de quinta grandeza, em uma galáxia comum, como outros trilhões de galáxias penduradas no Universo observável. 

Essa insignificância permitiu que abandonássemos nossa ridícula sensação de grandeza e voltássemos nossa atenção a nós mesmos e à nossa possibilidade de vivermos o átimo de tempo que nos é destinado com o máximo de qualidade e respeito mútuo possível. Também permitiu que entendêssemos que não há posição fixa incontornável e que o que chamamos de tradição é só uma ignorância que perdura um pouco mais de tempo, até descobrirmos que há sempre muito mais coisas do que buscamos classificar e definir como “o certo” ou como o “verdadeiro”. Essa é a tarefa do Conhecimento e esse é o maior temor dos que querem conservar certas visões de mundo: o temor de ser desbancado de sua posição de importância e de poder, como foi a Igreja em um certo tempo da nossa História. Nessas horas, é possível que muitos desses conservadores devam suspirar com certa nostalgia do tempo no qual eles podiam encerrar um pensador em uma masmorra ou colocar nele uma máscara de ferro e  transformá-lo em cinzas, em plena luz do dia.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.

@profdanielmedeiros

Educação: o projeto

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Daniel Medeiros*

Sartre disse, no final da guerra, sobre o que cabia a cada um diante das adversidades brutais daquele momento: Não importa o que fizeram de nós. O que importa é o que faremos do que fizeram de nós.

A Educação brasileira passou, particularmente nos últimos quatro anos, por uma guerra desigual e injusta, uma guerra de corte de verbas, de congelamento de planos de carreira, de ataques ideológicos, de tentativas repetitivas de desmoralização da Universidade Pública e de desqualificação dos docentes. No entanto, apesar de os bombardeios recentes terem deixado muitos mortos e feridos, a guerra contra a Educação no Brasil é de longa data. 

Conforme afirmou o antropólogo Darcy Ribeiro, o quadro de pauperização da nossa escola não é uma crise, mas um projeto. Um projeto que tem origem no nosso passado escravista, o construtor principal da sociedade de privilégios na qual estamos inseridos e que inscreve a lógica de que o avanço na Educação pública é uma ameaça a esses privilégios alicerçados na ignorância e na violência. Como bem demonstrou o filme de Anna Muylaert, Que horas ela volta?, o progresso material e intelectual das classes populares descortina toda a falácia da “superioridade” de uma parte da classe média brasileira, conivente com toda a exploração e preconceito com os mais pobres, mas que não tem, ela própria, substância, não tem estofo, exceto pelos símbolos de consumo que ostenta como troféus de latão envernizados de dourado.

A Educação é a arma principal da equidade capaz de tornar nosso país uma Nação de verdade, e não esse sistema feudal mal disfarçado, essa casa grande & senzala de prédios modernos e favelas carcomidas pela falta de serviços públicos, normalizados pela visão embaçada de quase toda gente, como se fosse parte da “nossa natureza”, indisfarçável natureza de um povo incapaz de se indignar com a sua incapacidade de garantir um mínimo para todos. Prova disso foram as jactâncias do ex-presidente, que afirmava que o “Brasil alimenta o mundo”. Ou não estamos no mundo, ou há uma parte do Brasil que não interessa que exista para essa gente. 

E diante de tudo isso, a pergunta que se faz é: O que devemos fazer? Antes de cairmos na armadilha de sobrepor a esta pergunta outro questionamento, que é: Vale a pena fazer algo?, precisamos lembrar do adágio de Sartre. Se nos deixarmos ceder às dificuldades que são criadas exatamente para que confirmemos nossa suposta incapacidade, só perpetuaremos o estado de coisas que nos sufocam e amargam nossa terra com suas chuvas ácidas. Se nos deixarmos sucumbir aos discursos de que o “problema do Brasil são os brasileiros” e que não somos capazes de atingir os níveis de “países desenvolvidos”, discursos que só servem para legitimar quem explora, diminuindo assim o peso do explorar, como se fosse esse o nosso destino manifesto e que não há outro caminho, esquecendo, como já disse o poeta, de que o caminho se faz ao caminhar, aí, de fato, seremos sempre, para sempre, essa procissão de almas desacorçoadas.

Mas há um chamado possível, para além dessa má fé que é crer que somos assim porque não há como ser diferente. O chamado de que podemos escolher, a qualquer momento, o que queremos fazer com nossas vidas. E que escolher é a expressão mais essencial da nossa Liberdade e que a Liberdade é a marca mais indelével da nossa Humanidade. 

Não importa o que fizeram até aqui com a Educação de nosso país. O que importa é o que faremos do que fizeram até aqui com a Educação de nosso país. Esse é o chamado. Necessário e urgente.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.

@profdanielmedeiros