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Infectados pelo coronavírus têm 40% mais chances de desenvolver doenças reumáticas e autoimunes

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Mesmo com a diminuição dos casos graves de covid-19 em todo o mundo, surge um novo alerta: pessoas que foram infectadas com o coronavírus, especialmente pela variante ômicron, têm 40% mais chances de desenvolver doenças autoimunes e/ou doenças reumáticas, que acometem o aparelho locomotor. O levantamento foi realizado por médicos do University Hospital Carl Gustav Carus Dresden, na Alemanha, e revelou que as doenças podem ser desencadeadas logo após a fase aguda da infecção viral, que ocorre entre a terceira e quarta semana da contração do vírus.

De acordo com o doutor em Medicina Interna e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), Renato Nisihara, uma infecção viral é um fator importante para o desenvolvimento de algumas doenças autoimunes, mas não é o único, tampouco o principal. “Por conta da resposta do sistema imunológico à covid-19, é provável que ela aumente a possibilidade de desencadear uma doença autoimune, mas desde que o paciente já tenha uma predisposição, pois existem vários fatores que contribuem para o desenvolvimento desse tipo de doença, como fatores genéticos, imunológicos e ambientais”, detalha. O professor ressalta ainda que os resultados da pesquisa alemã possivelmente devem-se ao fenômeno chamado de tempestade de citocinas, que ocorre nos pacientes que contraíram o coronavírus. “A tempestade de citocinas é uma resposta imunológica excessiva do corpo que, em alguns casos, pode causar danos respiratórios e circulatórios”, explica.

A pesquisa mostrou que, das 30 doenças investigadas, três se destacaram em maior número: artrite reumatoide, tireoidite de Hashimoto e síndrome de Sjögren, com os diagnósticos aparecendo de 3 a 15 meses após o resultado positivo para covid. Entretanto, assim como as outras doenças autoimunes, essas também não são desencadeadas apenas por uma infecção viral, mas, sim, por uma série de fatores aliados. “Entre 5% e 10% da população mundial tem ou terá alguma doença autoimune, então, não é somente por conta do coronavírus. Essas doenças citadas são comuns em pessoas acima dos 40 anos, principalmente mulheres. A artrite reumatoide, por exemplo, atinge cerca de 1% das pessoas com mais de 50 anos. Ao analisar essas questões, pode-se dizer que, além das predisposições e das infecções virais, o envelhecimento populacional e mudanças nos hábitos de vida, como tabagismo, má alimentação e fatores estressores, podem contribuir para o aumento dos casos”, alerta Nisihara, que aponta também que os estudos da área imunológica levam tempo para serem concluídos, pois são muito aprofundados e contam com inúmeros aspectos interferentes. “Ainda é cedo para afirmar o papel da covid nas doenças autoimunes, mas é altamente provável, pois já se sabe há tempos que a infecção viral é um dos fatores envolvidos nessas patologias”, finaliza.

Sobre a Universidade Positivo

A Universidade Positivo é referência em Ensino Superior entre as IES do Estado do Paraná e é uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta e mais de 400 mil metros quadrados de área verde no campus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A Instituição conta com três unidades em Curitiba (PR), uma em Londrina (PR), uma em Ponta Grossa (PR) e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de graduação, centenas de programas de especialização e MBA, cinco programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam cerca de 3.500 metros quadrados. Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações em up.edu.br/

Positivo retoma projeto de expansão e anuncia compra de escola em SP

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Grupo paranaense anuncia primeira aquisição fora da Região Sul

O Colégio Positivo acaba de anunciar a aquisição do Colégio Santo Ivo, em São Paulo. Com mais de 8 mil metros quadrados divididos em duas unidades no Alto da Lapa e na Vila Leopoldina, o Colégio Santo Ivo atende mais de 800 alunos, da Educação Infantil ao Ensino Médio, aliando a tradição de 56 anos à inovação pedagógica.

A negociação faz parte da estratégia de foco no ensino básico, com a expansão do Colégio Positivo em território nacional, que teve início em 2016, quando o Grupo assumiu a administração de duas unidades em Joinville (SC). Em 2017, o Positivo agregou às suas unidades uma sede em Londrina (PR) e, em 2018, entrou em Ponta Grossa (PR), com o Colégio Positivo – Master. Em 2019, o Positivo vendeu a universidade para se concentrar na Educação Básica e novas unidades foram incorporadas ao Grupo: o Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR), a escola Passo Certo, em Cascavel (PR), e o Colégio Expoente, em Curitiba (PR), que agregou mais duas unidades ao Colégio Positivo na capital paranaense. Em 2021, mais uma escola em Santa Catarina foi adquirida e o Positivo entra na capital catarinense com o Colégio Vila Olímpia. A última aquisição, em 2022, foi em Londrina, da St. James’ International School.

Com a aquisição do Santo Ivo, o Positivo passa a contar com 22 unidades de ensino, em três estados e oito cidades, que atendem, juntas, aproximadamente 18,5 mil alunos desde a Educação Infantil ao Ensino Pré-Vestibular. De acordo com o diretor-executivo dos Colégios do grupo Positivo, Celso Hartmann, as aquisições têm sempre como prioridade o respeito à cultura, às práticas e à gestão das instituições. “Os próximos passos da administração são focar na integração dos colaboradores ao Positivo e estreitar a comunicação com pais e alunos. A transição, como sempre, será feita com zelo e prudência, acolhendo as comunidades docente e discente da instituição”, ressalta.

Segundo ele, o Colégio Santo Ivo permanecerá sendo um colégio com marca independente, mantendo o propósito e proposta pedagógica e preservando o corpo técnico-pedagógico, docente e administrativo. “Toda a história, tradição e propósito da escola serão preservados”, garante Hartmann. O diretor destaca ainda que a proposta pedagógica diferenciada, alicerçada em princípios humanistas e nos valores inerentes à cultura de paz do Colégio Santo Ivo vem ao encontro do trabalho realizado nos colégios do Grupo Positivo, que fazem parte do PEA-Unesco (Programa das Escolas Associadas da Unesco), assumindo o compromisso de atuar em busca de quatro objetivos principais: a aprendizagem intercultural; a adoção de atitudes para uma vida sustentável; a promoção de uma cultura de paz; e o esclarecimento acerca do próprio funcionamento e importância das Nações Unidas.

O presidente da Positivo Educacional, Lucas Raduy Guimarães, aponta o desejo da continuidade dos investimentos do Grupo Positivo em novas escolas de Educação Básica, em diferentes regiões do país.  “Desde que iniciamos a estratégia de expansão com foco no Ensino Básico, buscamos unidades que tivessem identificação para que pudéssemos garantir a continuidade do negócio, crescimento planejado e, acima de tudo, para assegurarmos a oferta de ensino de qualidade”, pontua. Segundo ele, as parcerias têm sempre como prioridade o respeito à cultura, às práticas e à gestão das instituições. 

Histórico

O Positivo nasceu em 1972 a partir da ideia de uma equipe de professores que criaram um curso pré-vestibular inovador. Hoje, a marca Positivo consolidou a liderança em todas as suas áreas de atuação: ensino, soluções educacionais, tecnologia e gráfica. O Grupo atua desde a Educação Infantil até o pré-vestibular, com, aproximadamente, 18,5 mil alunos em unidades próprias. Além disso, 400 mil alunos utilizam o Sistema de Ensino Aprende Brasil, em escolas públicas de todo o país. Com presença em cerca de 14 mil escolas em todo o Brasil e em mais de 40 países, a Positivo Tecnologia Educacional é hoje a empresa com o maior número de soluções pré-qualificadas e inseridas no Guia de Tecnologias do MEC. A Posigraf, uma das maiores gráficas da América Latina, imprime e distribui mais de 50 milhões de livros por ano. O Grupo conta ainda com o Instituto Positivo, que desenvolve ações voltadas para a melhoria da educação pública.

Inovação paranaense no agronegócio recebe um prêmio nacional

O Prêmio Nacional de Gestão Educacional (PNGE) elegeu as melhores práticas educacionais do Brasil. O grande vencedor da categoria Inovação Acadêmico Pedagógico foi o projeto BeAgro Integrado, a vertical do agronegócio do Grupo Integrado, instituição que fica no município de Campo Mourão (PR). A cerimônia de entrega aconteceu em São Paulo, durante o maior congresso educacional do Brasil.

Realizado pela consultoria Humus, o PNGE é uma referência nacional, incentiva e valoriza as práticas eficazes de gestão educacional, destaca e reconhece as ações bem-sucedidas nas instituições de ensino do país.

Para Fabrício Pelloso Piurcosky, que coordena o Núcleo de Empreendedorismo, Pesquisa e Extensão do Integrado, o prêmio é “um reconhecimento de um trabalho sério, realizado por uma instituição que é referência em educação e que agora se posiciona como o principal ecossistema de formação no agronegócio brasileiro”.

Sobre o projeto vencedor
A BeAgro Integrado é um ecossistema inovador no Brasil, traz soluções diferenciadas que ajudam a gerir a carreira do estudante de Agronomia desde quando ele pensa em fazer a graduação superior, até depois de formado.

A iniciativa se baseia em três pilares – educação, inovação, sustentabilidade – tem parcerias com outras instituições de ensino, inúmeras empresas do segmento e com a AgTech Garage; um dos maiores hubs de inovação do mundo que ajudam a tornar o agronegócio brasileiro mais inclusivo, competitivo e sustentável.

A BeAgro Integrado tem conexões com mais de 900 agrotechs, realiza o Celeiro do Agro [desafio de inovação com problemas reais para que os estudantes criem e desenvolvam soluções práticas] e bootcamps regulares com apoio de companhias do setor.

A BeAgro Integrado também adquiriu uma startup de capacitação para cooperativas, ajudou ex-aluno a criar uma empresa de pesquisa e melhoramento genético, avaliada em mais de R$ 28 milhões, e criou um currículo educacional totalmente inovador no Brasil e já validado pelo mercado.

Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento na BeAgro Integrado passam de R$ 500 mil e os resultados já aparecem. O Centro Universitário Integrado registra aumento de 30% no número de estudantes matriculados no curso de Agronomia.

Encontro reúne diversos profissionais do setor condominial

O administrador e presidente da Associação das Administradoras de Condomínios do Estado do Paraná (AACEP), Claudio Marcelo Baiak, participa nesta quinta-feira, 13 de abril, às 19h, da mesa redonda do evento Jornada Sou Síndico. O evento ocorre no hotel Mabu Curitiba Business, na capital paranaense, e a renda será destinada ao Pequeno Cotolengo.

O encontro vai promover conhecimento, atualização, networking e reunir diversos profissionais do setor condominial. Às 21h haverá a palestra Os 4 pilares de conexão do síndico inovador, ministrada por Odirley Rocha. A Jornada Sou Síndico acontece em 14 estados e no Distrito Federal e apresenta novidades para melhorar a carreira do síndico e a gestão dos ambientes coletivos.

A AACEP representa cerca de dois mil condomínios no Paraná e atua para levar informações e profissionalismo à gestão condominial. A entidade tem filiados em Curitiba, Londrina, Ponta Grossa, Campo Largo, Colombo, Guarapuava, Francisco Beltrão e Pato Branco.

Doença de Parkinson é tema de encontro em Curitiba

A Doença de Parkinson é a segunda patologia neurodegenerativa mais frequente no mundo. Com uma taxa de incidência de 1,5% da população acima de 65 anos, também já é considerada a ocorrência da doença a partir do 50 anos, além de existir o Parkinson precoce, que se apresenta em pessoas abaixo dos 40 anos – mas são casos raros. Com a proposta de esclarecer as formas de prevenção, sintomas e diagnóstico da doença, o Hospital INC (Instituto de Neurologia de Curitiba) promove um evento em celebração ao Dia Mundial de Conscientização do Parkinson, no dia 15 de abril, na sede do hospital, no bairro do Campo Comprido.

O evento é aberto à comunidade e propõe uma programação voltada para tirar dúvidas de pacientes, cuidadores e familiares. As palestras serão apresentadas pela equipe do INC especializada no tratamento do Parkinson e irão abordar diversos temas, como a fala e os aspectos psicológicos e cognitivos na doença. Também está prevista uma aula e dinâmica com fisioterapeutas, destacando a importância do exercício físico na melhora dos sintomas motores da Doença de Parkinson.

A neurologista do INC, Marcela Ferreira Cordellini, lembra que diversos estudos comprovam os benefícios dos exercícios físicos, inclusive podem até modificar algumas conexões cerebrais em circuitos motores e cognitivos sugerindo estimular a neuroplasticidade, tornando-a mais duradoura. “A manutenção dos exercícios físicos, pelo menos cinco vezes na semana, junto com a reabilitação, é fundamental para melhorar a função motora e pode vir a desacelerar a progressão da doença. Há sintomas que só melhoram com a reabilitação, que deve ser feita com fisioterapia e outras terapias complementares, como fonoaudiologia e terapia ocupacional”, explica a neurologista, especialista em Doença de Parkinson.

SERVIÇO:
Dia Mundial do Parkinson – Hospital INC
Data: sábado, 15 de abril de 2023
Hora a partir das 9h15
Local: Auditório do Hospital INC (Rua Jeremias Maciel Perretto, 300)
Participação: gratuita
Inscrições: www.eventosinc.com.br

INC promove Simpósio de Nutrição e Gastronomia Hospitalar

Desde a sua fundação, há 20 anos, o Instituto de Neurologia de Curitiba (Hospital INC) sempre demonstrou uma preocupação com a dieta hospitalar, para que fosse uma aliada na recuperação dos pacientes. Para afastar a fama de que “hospital serve comida ruim”, o INC levou a humanização para dentro da cozinha e tornou o cardápio, servido para pacientes e funcionários, um dos pontos fortes da instituição. Isso foi possível graças ao trabalho permanente de aprimorar o preparo dos alimentos para combinar as prescrições do médico e qualidade nutricional com refeições atrativas e saborosas. E foi assim que o hospital encontrou o caminho certo para oferecer uma comida afetiva na gastronomia hospitalar.

Os bons frutos colhidos deste trabalho, da experiência de preparar e servir 15 mil refeições, por mês, e do atendimento das diferentes necessidades dos pacientes, levaram o INC a promover o Simpósio de Nutrição e Gastronomia Hospitalar, evento que ganhará a sua segunda edição, nesta quinta-feira (13). O simpósio será realizado na sede do hospital, no Campo Comprido, e terá entrada gratuita. “Fomos pioneiros, em 2019, quando realizamos a primeira edição do simpósio. O INC preza pela qualidade e humanização do atendimento, em todos os aspectos. Mesmo sendo algo trivial, entendemos que uma simples refeição pode oferecer um momento de conforto para quem passa por uma situação de fragilidade, como um paciente internado”, explica Regina Montibeller, diretora administrativa do Hospital INC.

O simpósio propõe uma atualização do que está sendo empregado hoje na gastronomia hospitalar, além da troca de experiências com os profissionais do INC, de outras instituições e da área gastronômica. A programação inicia às 8h30 e contará com palestras da nutricionista chefe de cuisine do INC, Suellen Nascimento da Silva, da coordenadora do curso de Gastronomia da Uninter, Ana Paula Garcia, da professora e especialista em gastronomia funcional Patrícia Araújo, e da idealizadora do Projeto Brotou, Melissa Crema. A programação ainda terá a participação do renomado chef e criador do conceito da gastronomia orgânica e funcional, Renato Caleffi, e do chef Celso Freire, que também é assessor do INC.

Ao receber alta, pacientes pedem receitas preferidas
No INC, o trabalho desenvolvido pela gastronomia hospitalar se reflete no sabor, aroma e na apresentação das refeições. A comida do hospital é tão gostosa e reconfortante, que se tornou comum os pacientes pedirem as receitas no momento da alta hospitalar. Risoto de beterraba, fricassê de frango com milho, filé mignon suíno, peixe com farofa de castanhas e sopas são as preferidas.

Esse trabalho vem sendo feito por uma equipe engajada, que gosta de cozinhar e sente alegria em fazer uma comida caprichada. “Para preparar uma boa refeição, não é preciso gastar mais. Você pode fazer uma canja ruim ou bem gostosa, usando os mesmos ingredientes. O tempero mais importante é o carinho que você coloca na hora de cozinhar. Todo mundo sente, com olhos, boca e olfato, quando uma comida é feita com carinho”, acredita Regina Montibeller. Por isso, na hora de recrutar profissionais para equipe, que conta com 31 funcionárias e atua 24 horas, por dia, o INC seleciona pessoas que “gostam de cozinhar de verdade” e demonstram o cuidado com o outro.

O almoço servido no INC, por exemplo, é composto de prato principal, guarnições, legumes, três opções de saladas e sobremesa. O mesmo cardápio serve pacientes, acompanhantes e também médicos, enfermeiros, técnicos, pessoal do administrativo e RH, equipe da limpeza e a diretoria. As datas festivas, como Páscoa, São João e Natal, ganham cardápios especiais (e até decoração no refeitório e na bandeja que vai ao quarto) como forma de celebração. E graças ao trabalho de humanização na gastronomia hospitalar, a cozinha consegue atender até mesmo pedidos específicos como comida kosher (dieta judaica ortodoxa).

SERVIÇO:
Simpósio de Nutrição e Gastronomia Hospitalar
A gastronomia fazendo parte da terapia dos pacientes internados

Data: quinta-feira, 13 de abril de 2023
Hora: 8h30 às 17h
Local: Auditório do Hospital INC (Rua Jeremias Maciel Perretto, 300)
Participação: gratuita
Inscrições: www.eventosinc.com.br

Estudante do UniCuritiba recebe prêmio em Portugal

O Programa de Dupla Titulação em Relações Internacionais mantido entre o UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação – e a Universidade Lusíada Norte, na cidade do Porto (Portugal), está rendendo ao estudante brasileiro João Victor de Marchi dos Santos, 23 anos, muito mais do que experiências, aprendizados e integração cultural.

Recentemente, o acadêmico do 7º período do curso de Relações Internacionais venceu o concurso “A União Europeia na minha vida”, dividindo o pódio com outro estudante. O prêmio é uma viagem de três dias a Bruxelas, com visita às principais instituições da União Europeia.

“Na Universidade Lusíada do Porto foram selecionados dez participantes para avaliação e fui o único da área de Relações Internacionais a ser escolhido. Considerando as universidades envolvidas no concurso, que englobaram não só Portugal continental, mas também os Açores, e o total de selecionados, cerca de 30 estudantes, posso dizer que essa foi uma conquista e tanto”, comemora João Victor.

O concurso “A União Europeia na minha vida” é uma iniciativa da Rede Portuguesa de Centros de Documentação Europeia com a organização da Representação da Comissão Europeia em Portugal. O objetivo é premiar ensaios e estudos originais que promovam uma reflexão crítica sobre as políticas da União Europeia, suas atividades, povos, culturas, memórias e raízes.

Acordos de Schengen

Com uma perspectiva pessoal e original em relação à União Europeia, o estudante do UniCuritiba abordou, em seu trabalho, os Acordos de Schengen – um dos grandes marcos da União Europeia sobre a política de abertura de fronteiras e livre circulação de pessoas entre os países signatários.

“Expliquei como o fato de que, uma vez dentro do território dos países-membro de Schengen, as possibilidades de desfruto cultural e de mobilidade interna transformam a experiência de morar na Europa em uma oportunidade sem igual”, diz João Victor.

O posicionamento do estudante foi baseado no que aprendeu sobre a cidade do Porto e em uma viagem individual que fez a Berlim, em dezembro do ano passado. “Dessas experiências, que foram muito além da perspectiva turística, obtive uma noção única que não se aprende em sala de aula”, avalia.

Oportunidade de aprendizado

João Victor iniciou o Programa de Dupla Titulação em Relações Internacionais em setembro do ano passado e seu retorno ao Brasil está marcado para agosto deste ano. Sobre a experiência de viver em outro país, o estudante conta que tem sido um desafio de aprendizado e de integração cultural. “Nem tudo são flores e, às vezes, temos de lidar com alguns espinhos.” Ainda assim, ele afirma que “a decisão de estudar e estabelecer conexões com outro país tem proporcionado não apenas novas experiências, mas também um sentimento de realização, devido ao reconhecimento inerente à conquista do prêmio”.

Esta é a primeira viagem ao exterior que o acadêmico do UniCuritiba faz desde que ingressou no ensino superior, mas não é a única experiência de educação internacional. Entre 2017 e 2018, João Victor morou na Indonésia, o que possibilitou que ele conhecesse um pouco melhor uma realidade muito distante da perspectiva brasileira.

Desta vez, pretende ampliar seus conhecimentos utilizando o Programa de Dupla Titulação. A oportunidade servirá, inclusive, como diretriz para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do estudante, que abordará as relações entre os países do Sudeste Asiático e suas reações e posicionamentos frente à expansão econômica da China.

Gibis contribuem com hábito de leitura de crianças

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Ícone da história em quadrinho, Turma da Mônica completa 60 anos e segue na lista dos preferidos

De quadrinho em quadrinho, com diálogos curtos e envolventes, os gibis facilitam a alfabetização de milhares de crianças pelo país. A Turma da Mônica, referência quando se trata do assunto, completa 60 anos em 2023, com 12 milhões de gibis por ano lidos por crianças e adultos. De acordo com a última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro, em 2019, sobre os hábitos do leitor brasileiro, as crianças do Ensino Fundamental 1 e os jovens da faculdade são os que mais leem histórias em quadrinhos (HQs). A pesquisa revela, ainda, que livros de literatura e HQs estão empatados nas preferências dos entrevistados, perdendo apenas para os jornais.

“A leitura contribui com habilidades socioemocionais que o ser humano precisa aprimorar ao longo da vida, como empatia, senso crítico e noção de pertencimento a partir da identificação com os personagens da história. O apelo visual, a dinâmica ágil da narrativa em quadrinhos e o humor presente no enredo fazem com que o momento da leitura seja prazeroso e descontraído, despertando ainda mais interesse pelos textos”, afirma a professora de Oficina de Leitura e Redação do Colégio Positivo, Liliani Aparecida da Rosa.

Responsáveis pela formação de muitos leitores de gibis, Maurício de Sousa e equipe abordam temas diversos e atuais nas histórias, que agradam a todos os públicos. Sempre com novidades, foi possível manter um público fiel por tantas décadas. Na pesquisa do Instituto Pró-Livro, quando perguntados sobre o último livro que leu ou está lendo, dos 37 títulos mais citados, a Turma da Mônica está em terceiro lugar, empatado com Diário de um Banana.

Quem acompanha as histórias da Turma da Mônica quer mais, e os personagens foram transformados em ícones da cultura pop. Por meio da intertextualidade, os personagens aparecem em diferentes versões, como séries, filmes e obras de arte, como Mônica Monalisa. Segundo levantamento do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual da Agência Nacional do Cinema (Ancine), dos dez filmes mais vistos em 2021, cinco são baseados em personagens nascidos dos quadrinhos, já consagrados no papel e que querem ser vistos na telona.

Outra característica marcante das histórias em quadrinhos é que elas mostram temas complexos para leitores iniciantes de forma mais fácil. Contudo, é preciso que   o conteúdo seja adequado à idade da criança. “Não há dúvidas de que os gibis podem ser fundamentais no processo de incentivo à leitura para crianças, no entanto, pais e professores precisam estar atentos à faixa etária indicativa dos quadrinhos, já que é um universo bastante variado e complexo. Além disso, para que a criança evolua na leitura, é importante disponibilizar outros gêneros narrativos, que apresentam, gradativamente, desafios de leitura.  Por fim, desenvolver o hábito da leitura em crianças e adolescentes é um processo que inicia pela escuta e leitura prazerosa de obras que os agradem e que, de alguma forma, criam memórias afetivas nos jovens leitores”, comenta Liliani. 

A visita do fantasma

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Daniel Medeiros*

O pai trabalhava em turnos e por isso, várias vezes, passava as noites fora de casa. Ficava a mãe e as duas crianças pequenas, mais a cachorrinha que podia entrar em casa. A outra, um gigante de pelo preto, quase desaparecia no fundo do quintal enorme e sem iluminação. Mesmo a mãe, quando ia lá, antes gritava o nome dela: Black! Black!  E só se adiantava quando ouvia os latidos e via o rabo enorme e peludo abanando por reconhecer o cheiro da dona.

A casa era antiga, construída pelos estadunidenses por ocasião da guerra e, depois, transformada em vila militar para os sargentos e suboficiais. O pai era, na época, segundo sargento, e a mãe cuidava da casa, dos bichos e de nós. Como tudo era muito antigo, as portas rangiam, as paredes estalavam, os morcegos faziam ninho no forro, os cassacos – uma espécie de gambá pelado, horrível, parecia um rato gigantesco – invadiam o quintal em busca das frutas caídas no chão e a cachorra corria atrás deles latindo ferozmente, acordando as galinhas, as pombas e os gansos que criávamos para depois vender na feira dos animais e engordar um pouco a minguada receita familiar.

De dia, tudo era colorido e barulhento. De noite, assustador. A rua que passava ao lado da casa estendia-se até a boca de uma enorme favela que permeava a vila militar em quase toda a sua extensão. E também alguns de seus moradores gostavam de escalar o muro de esquina da nossa casa para verificar se havia algo de valor nos varais ou esquecido no amplo quintal de terra batida. Uma estranha rivalidade entre pobres e muito pobres,  desconfiados uns dos outros, espreitando uns aos outros, esperando a oportunidade para tirar o que custou caro para nós mas que era inalcançável para muitos deles.

Quando o pai saía, a mãe fechava as janelas, trancava a porta dos fundos e colocava uma madeira na maçaneta para evitar que forçassem a entrada. Eu me imaginava dentro do forte apache, preparando as defesas contra o ataque dos índios ferozes. A porta da frente era de duas folhas, frágil, um empurrão e a fechadura antiga não resistiria. A única proteção eram as preces de minha mãe, para tantos santos que nunca conseguia decifrar inteiramente os seus murmúrios. Quando o pai estava em casa, ele encostava uma cadeira na porta da frente e colocava panelas na cadeira, para ser alertado caso alguém forçasse a entrada. A mãe não fazia isso, era inútil, afinal, o que poderíamos fazer além de morrer de susto antes de morrer pelas mãos dos bandidos? 

O mais terrível, porém, era quando estávamos só nós três e resolvia chover e relampejar. As madeiras então cantavam alto, batiam ferozmente, o telhado reverberava as gotas em um ribombar que nos deixava em pânico. A mãe nos reunia na sala, ligava a televisão preto e branco e tentava nos distrair fazendo comentários sobre as personagens das novelas, brigando com os vilões ou comemorando o beijo da mocinha e do mocinho. 

Certa vez, a pequena cachorra que dividia conosco esses momentos de angústia, mirou um canto da sala e começou a latir de forma estridente, olhando várias vezes para nós como que para avisar-nos de um perigo iminente. Eu e meu irmão nos encolhemos em nossas cadeiras de plástico trançado, tentando diminuir o máximo possível para não sermos notados. Esse era o maior dos temores, mas nem os cassacos, nem os morcegos, nem os meninos da favela, nem o bandido capaz de invadir a casa pela porta da frente, nada rivalizava com os espectros ancestrais da casa de quase cinquenta anos. 

A mãe, lentamente, baixou o volume da televisão, pegou a cachorra no colo – a cauda e as orelhas baixas, sem deixar de latir um só instante – e disse, numa calma fingida: se é do bem, vem, nós te recebemos em paz. 

Dali a pouco, a chuva foi amainando, os barulhos no teto diminuindo, a cachorra enrodilhou-se debaixo da poltrona da mãe e ela voltou para a sua novela, fazendo seus comentários, enquanto eu, com o pescoço doendo, fixava meu olhar no extremo oposto do canto da sala, esperando que, em um momento qualquer, aquilo que a cachorra vira, aparecesse para nós, subitamente, atacando-nos pelas costas. Mas não há medo que vença o sono de uma criança e não recordo como a noite terminou, só que amanheci em minha cama, minha mãe valente preparando as coisas para o café.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo. @profdanielmedeiros

A presidência dos ímpios

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João Alfredo Lopes Nyegray*

Criada em 1945 sob as cinzas do maior e mais grave conflito da história humana, a Organização das Nações Unidas (ONU) nasceu com a promessa de “preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra”. Seus órgãos principais são o Secretariado, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o Conselho Econômico e Social (ECOSOC), a Assembleia Geral e, é claro, o Conselho de Segurança (CS). Ainda que o mais representativo dos órgãos das Nações Unidas seja a Assembleia Geral – composta por 193 estados-membros –, o mais importante órgão em termos políticos é o Conselho de Segurança.

Como seu próprio nome nos permite aferir, dentre suas atribuições mais importantes está zelar pela paz e segurança internacionais, seja pela emissão de recomendações ou pela aplicação de sanções econômicas, autorização do uso da força e de intervenção militar ou, ainda, pelo envio de missões de paz.

O Conselho compõe-se de 15 membros, sendo 5  permanentes e 10  temporários, com mandatos de 2 anos, distribuídos por grupos regionais. A ideia é que, a todo momento, a América Latina e o Caribe, a África, a Europa Ocidental e a Oceania, a Europa Oriental e a região da Ásia-Pacífico estejam sempre representados. Os cinco membros permanentes, não por acaso, são os grandes vencedores da Segunda Guerra Mundial – após a qual a ONU foi criada: Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China. 

Além da óbvia diferença do tempo de permanência, outra distinção entre os membros permanentes e os membros temporários do Conselho de Segurança é o chamado poder de veto, expresso no artigo 27 da Carta da ONU. Isso significa que os membros permanentes podem bloquear decisões do Conselho sobre qualquer tema e em qualquer discussão. É exatamente esse poder que – quando usado pela Rússia – bloqueou decisões do CS contra o genocida líder sírio Bashar al-Assad; quando usado pelos EUA permitiu uma invasão ilegal ao Iraque, em 2003; ou quando usado pela França, manteve a Ilha Mayotte com Paris após a independência de Comores, em 1976. 

O poder de veto vem sendo usado politicamente há décadas, e permite que os membros permanentes do Conselho congelem a atuação das Nações Unidas quando lhes convém. A Rússia, por exemplo, vem sucessivamente vetando qualquer discussão que seja favorável à Ucrânia, após invadir o país ano passado. Por certo que, se quando a ONU foi criada, os membros permanentes do CS expressavam os países mais poderosos do mundo em termos militares e políticos, hoje esse reflexo já não existe. 

E é justamente em meio à guerra na Ucrânia, e em meio à maior crise de refugiados na Europa desde o final da Segunda Guerra que a Rússia assumiu a presidência do Conselho de Segurança. Essa presidência é assumida de forma rotativa pelos membros permanentes e não permanentes, e dura cerca de um mês. O presidente do Conselho preside discussões, controla a pauta e os cronogramas de discussão, guia e gerencia os debates e também os projetos de resolução.

Por todas as atribuições que lhe compete nas próximas semanas, há um fundado receio de que a Rússia se utilize do poder institucional que terá para dissuadir qualquer debate a respeito da agressão que vem cometendo contra os ucranianos. Devemos ressaltar que a própria ONU já documentou milhares de crimes de guerra cometidos pelos russos nesse conflito. Ter a Rússia como presidente do Conselho equivaleria a colocar um traficante na condução de políticas antidrogas. Se esse fato escancara algo é a urgente necessidade de reforma do Conselho de Segurança, ainda que qualquer ação nesse sentido seja certamente vetada.

*João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo (UP). Instagram @janyegray