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Valorização da carreira docente vai além de compatibilizar salários

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Maria Paula Mansur Mäder*

Não é estratégia, é lei; todo ano, em janeiro, deve haver o reajuste do piso salarial do magistério. A meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE 2014/2024) estabelece valorizar os profissionais do magistério das redes públicas da educação básica equiparando seus rendimentos médios aos demais profissionais com a mesma escolaridade. Sim, é um importante meio de dar o devido valor à carreira, mas “só isso não resolve”!

O que vem sendo chamado de “apagão docente” representa um forte alerta para que a carreira do professor seja priorizada em nosso país, já que é justamente ele o principal fator de aprendizagem dos estudantes. Buscar melhorias para a educação não deve se limitar aos projetos e ações para que os alunos alcancem os melhores resultados; ainda que, concomitantemente, são necessários esforços investidos para uma formação docente adequada, capaz de ser atrativa a bons candidatos para a carreira, e sobretudo para o reconhecimento de seu valor profissional – para muito além de uma remuneração compatível, ainda que esta seja condição inerente à valorização.

Os números alarmantes que resultam na previsão de escassez docente, para um horizonte logo ali, a no máximo 20 anos, são indicados em resultados de diversas pesquisas desenvolvidas nos últimos anos, dentre elas uma publicada pela Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil. Fatores como a baixa procura pelos cursos de licenciatura, levando muitas instituições, especialmente as particulares, a extinguirem a oferta. O abandono da profissão se dá por conta da precariedade das condições de trabalho – que vão desde a infraestrutura até as situações de violência em sala de aula – , e sobretudo, à defasagem quantitativa entre professores com até 24 anos, em início de carreira, e aqueles com 55 anos ou mais, encerrando sua trajetória profissional, fomentam a previsão de um déficit de professores na educação básica que pode chegar a 235 mil, em 2040. Isso porque, considerando uma proporção de 20 pessoas entre 3 (três) e 17 (dezessete) anos para cada docente em atividade na educação básica, serão necessários 1,97 milhão de professores para atender a demanda daqui a 17 anos.

Porém, se a porcentagem de crescimento de ingressantes nos cursos de licenciatura continuar diminuindo na proporção em que está hoje – entre 2010 e 2020, enquanto os demais cursos superiores tiveram crescimento de 76%, as licenciaturas aumentaram em 61% -, esse número de docentes não será alcançado.

Para algumas áreas do conhecimento, o cenário é ainda mais grave: cursos de Biologia, Física e Química representam menos de 5% do total de matrículas nas licenciaturas, lembrando que nem todo ingressante chega a concluir o curso, e ainda não são todos os egressos de licenciatura que seguem carreira na docência. Outro dado preocupante é que essa porcentagem de ingressantes só chega a este número porque grande parte dessas matrículas (quase 60% desse total) são na modalidade EaD. Mas isso é problema? Não deveria ser, mas, infelizmente, o cenário real dos cursos que formam docentes a distância não é dos mais promissores.

De acordo com o professor doutor António Nóvoa, respeitado pesquisador na área de formação docente e reitor honorário da Universidade de Lisboa, formar um professor é formar um profissional da educação, assim como formar um médico, referindo-se à importância que deve ser dada à profissão em termos de qualidade, recursos e investimentos. Entretanto, na contramão dessa reflexão lançada por Nóvoa, os cursos em EaD não possuem exigência de formação prática ou de estágios de docência em escolas públicas, resultando, muitas vezes, em egressos com fragilidades para enfrentar os desafios da sala de aula e a responsabilidade com a educação. A oferta desses cursos é grande, e com seu baixo custo atrai justamente um contingente de estudantes que almejam cursar uma faculdade em busca de uma carreira, mas, infelizmente não possuem capacidade para ingressar em cursos mais concorridos e, em geral, profissões melhor remuneradas.

Estamos, portanto, diante de um círculo vicioso, ou como diriam alguns, do “dilema de Tostines”, é preciso romper com essa corrente enquanto ainda há tempo de evitar o apagão docente, valorizando a carreira desde a sua formação, passando pelas condições de trabalho e de remuneração. A missão é desafiadora, mas na pauta da educação, o que não é?!

*Maria Paula Mansur Mäder; doutora em Educação; coordenadora de produção e disseminação no Instituto Positivo.

Muito além da Ucrânia: guerras e conflitos que ocorrem pelo mundo e não viram notícia

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João Alfredo Lopes Nyegray*

Perto de completar um ano, a invasão russa à Ucrânia segue sendo o conflito de maior presença na mídia global. Também pudera: até novembro de 2022, os EUA previam um número de aproximadamente 200 mil militares mortos no total. Além disso, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos estima que cerca de 7 mil civis foram mortos e mais de 11 mil ficaram feridos como consequência das atrocidades russas. Desde que a invasão à Ucrânia começou, presenciamos cenas horrendas – como civis mortos com as mãos amarradas às costas e corpos com sinais de tortura enterrados em valas coletivas.

Por mais violentos que os combates em solo ucraniano estejam sendo, infelizmente não são o único grande conflito ocorrendo em escala global – embora boa parte da mídia especializada haja como se fosse. Há pelo menos outros sete embates ocorrendo neste momento, vitimando civis e militares, e afetando questões de saúde, educação e desenvolvimento em várias partes do mundo.

No Iêmen, uma guerra civil entre o governo iemenita e o grupo armado houthi ocorre desde setembro de 2014. As forças houthi tomaram a capital Sanaa e forçaram o governo com reconhecimento internacional ao exílio. No ano seguinte, em 2015, a Arábia Saudita liderou uma coalizão militar para apoiar as forças governamentais iemenitas e bombardear os houthi. Especula-se que os houthi recebam armas e apoio do Irã, inimigo visceral dos sauditas. Estima-se que mais de 150 mil pessoas tenham morrido em decorrência do conflito. Há uma trégua em vigor, mas são poucas as esperanças de uma paz duradoura.

Em 2021, um golpe de estado ocorreu em Myanmar, quando os militares alegaram que as eleições de 2020 haviam sido fraudadas e tomaram o poder. Os golpistas derrubaram o sinal de internet, fecharam as estradas e cercaram os prédios públicos do país. Desde então, uma guerra civil vem sendo travada no pequeno país asiático, onde mais de 23 mil pessoas já morreram e 1,3 milhão foram deslocadas.

Nas Américas, a situação no Haiti segue desesperadora: ainda que uma missão das Nações Unidas tenha estado no país entre 2004 e 2017, atualmente o país caribenho parece próximo da anarquia. Após o assassinato do presidente Jovenel Moise em 2021, um vácuo de poder levou a insurreição popular e brigas entre gangues distintas, que fazem com que o Haiti seja palco de uma crise política e humanitária. O número de mortos é incerto.

Na República Democrática do Congo, o grupo rebelde M23 assassina civis indiscriminadamente pelo menos desde 2021. Controlando a região leste do país, mais de 300 pessoas foram mortas nos primeiros dias de dezembro de 2022. Nas regiões controladas pelo M23 há falta de água e surtos de cólera. Quase 6 milhões de pessoas foram deslocadas no país em virtude do confronto interno, que não tem previsão para acabar.

Ainda na África, a região do Sahel – onde estão Mali, Níger, Mauritânia, Burquina Fasso e Chade – vem sofrendo com grupos jihadistas, que analistas acreditam ter ligação com a al-Qaeda ou com o Estado Islâmico. Vários grupos que atuam nos países do Sahel empregam táticas terroristas e de guerrilha, que já mataram mais de 11 mil civis. Além do conflito em si, a região sofre com insegurança alimentar, desnutrição e falta de água.

Na Síria, a guerra está prestes a completar 12 anos. Um levante popular pela democracia iniciado na primavera árabe teve resposta brutal do governo de Bashar al-Assad, o que fez com que o movimento iniciado pacífico se tornasse uma guerra civil entre milícias e governo. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos calcula cerca de 310 mil civis mortos, e incontáveis refugiados que buscam proteção e segurança noutros países.

No Cáucaso, Armênia e Azerbaijão seguem se enfrentando na região de Nagorno-Karabakh. A Armênia venceu o Azerbaijão na região em 1990, mas, em 2020, foram os azerbaijanos que prevaleceram. Ainda que os russos tentem mediar a paz, os conflitos na região estão longe de terminar e, até então, já vitimaram mais de 6.500 pessoas desde 2020.

Todos esses conflitos matam civis. Todos esses conflitos geram  crises de refugiados. Todos esses conflitos geram sofrimentos que não podem ser descritos – ou mesmo compreendidos por aqueles que não sentem na própria pele seus efeitos e suas dores. As esperanças de um século XXI pacífico já submergiram há muito tempo, e se pode afirmar que nenhum dos conflitos apontados aqui está próximo do fim. A humanidade, por outro lado…

*João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray

Santuário recebe escultura de Santa Rita na Pedra da Oração

O Santuário Santa Rita de Cássia [rua Padre Dehon, 728, Hauer, Curitiba-PR] inaugura nesta Quarta-Feira de Cinzas (22/02) um novo monumento em honra à padroeira. A ação integra o projeto de revitalização do templo e coincide com o Dia Devocional da Santa das Causas Impossíveis.

Com o nome de Santa Rita na Pedra da Oração, a escultura ficará instalada no jardim Roccaporena, área externa do santuário. A imagem é toda branca, feita em cimento e tem quase um metro de altura.

O cenário remete à Pedra da Oração, localizada na cidade de Cássia, na Itália, onde viveu Santa Rita. A pedra original fica no alto de uma colina no povoado de Roccaporena, lugar em que Santa Rita, ainda leiga – antes de entrar para o Convento das Monjas Agostinianas -, habitualmente subia para fazer suas orações. Após sua canonização, o local foi transformado em capela.

História
A história de Santa Rita na Pedra da Oração se passa no momento em que Rita foi conduzida até esta pedra pelos seus três santos protetores: Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista. Ela teria seguido os três até o local onde já costumava rezar e, na sequência, teria sido conduzida, milagrosamente, até o interior do Mosteiro de Santa Maria Madalena; ao qual desejava ingressar.

O pároco-reitor do Santuário Santa Rita de Cássia, no bairro Hauer de Curitiba, Maicon Frasson (SCJ), conta que o ingresso de Santa Rita na Ordem já havia sido negado pelas freiras pelo fato de a mesma ser viúva, pelo histórico do marido assassinado e dos filhos rebeldes. “Os três santos então teriam conduzido Rita até o interior do convento; mas isso não era possível uma vez que todas as portas estavam fechadas. Isso surpreendeu as irmãs Agostinianas que reconheceram o fato como um milagre, aceitando então o ingresso de Santa Rita no convento”, relata.

Segundo o pároco, o espaço Santa Rita na Pedra da Oração será mais um lugar de devoção à Santa das Causas Impossíveis, na capital paranaense. “Os fiéis podem e devem fazer suas orações também neste local tendo como exemplo a história de Santa Rita que buscava, incansavelmente, a espiritualidade e a vida de oração. Foi por meio das preces que Santa Rita encontrou a realização do impossível em sua vida”, complementa o pároco.

Padre Maicon observa que a revitalização da Praça Roccaporena também é uma forma de agradecer aos devotos paranaenses e de todo o Brasil que contribuíram com a campanha “Um novo véu para Santa Rita”, cujo objetivo foi a troca do telhado do Santuário, em 2022. “As doações foram fundamentais e alcançamos 80% do valor necessário para a obra”, destaca o sacerdote.

Devoção das rosas e terço de Santa Rita
Embora seja Quarta-Feira de Cinzas, o dia 22 de março também é um convite para que os fiéis tragam rosas para a padroeira e participem do terço de Santa Rita, oração que passa a ser incluída nas celebrações do dia 22 de cada mês e também às quintas-feiras, dia dedicado à Santa Rita em forma de novena perpétua. “Rezaremos o terço de Santa Rita 30 minutos antes de cada celebração e, neste dia 22, em particular, também teremos a distribuição das cinzas conforme nosso calendário litúrgico”, complementa o sacerdote.

Serviço:
O que: Inauguração da escultura de Santa Rita na Pedra da Oração
Onde: Santuário de Santa Rita de Cássia [rua Padre Dehon, 728, bairro Hauer em Curitiba]
Quando: Nesta Quarta-Feira de Cinzas (22/02) às 19h
Horários de Missas neste dia 22/02: Missa com novena e distribuição de cinzas às 9h, 14h, 16h e 19h. A bênção da imagem será realizada na celebração das 19h. 30 minutos antes de cada celebração será rezado o terço de Santa Rita.
Novena perpétua de Santa Rita: toda quinta-feira, às 9h, 16 e 19h (missa com novena). 30 minutos antes de cada celebração será rezado o terço de Santa Rita.
*A partir de 22/03 – Dia devocional: 7h, 9h, 16h e 19h (missa com novena); às 12h e às 14h (celebração da palavra com novena)
Informações paroquiais: (41) 9 8778-1840 (terça-feira a sábado, em horário comercial)

Boas práticas locais: empresas criam iniciativas de valorização e capacitação de comunidades no entorno de fábricas

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Qualificação ajuda tanto na conquista da carteira assinada quanto no crescimento interno de quem já faz parte do time de colaboradores

“Mais do que uma oportunidade profissional, ter a chance de fazer o curso de mecânica básica me fez bem como ser humano”, diz Ariana Cardoso, 36 anos, empregada doméstica. “A vida acaba se resumindo em limpar a casa, cuidar dos filhos e acabei esquecendo de mim. Estudar, além de aumentar minhas chances no mercado de trabalho, me fez querer não parar mais”, complementa. A dona de casa está entre os moradores da Vila Augusta B, na Cidade Industrial de Curitiba, que tiveram a oportunidade de atualizarem seus currículos profissionais e participarem de cursos de capacitação, em uma iniciativa da indústria de implantes dentários Neodent, que tem suas fábricas vizinhas da comunidade. 

O objetivo da ação é capacitar os moradores da comunidade para que possam participar dos processos seletivos da Neodent, para vagas em que o curso de mecânica básica é pré-requisito para ingressar na empresa. Luiz Ferreira dos Santos, 44 anos, fez o curso de Mecânica Básica Industrial, necessário para operar máquinas em indústrias dos mais variados ramos, junto com os dois filhos, de 23 e 19 anos. “Já tinha levado meu currículo na Neodent algumas vezes e sempre me alertavam sobre a necessidade do curso de mecânica básica. Quando ofereceram essa possibilidade, resolvi aproveitar e incentivar meus filhos que, aliás, também já concluíram o curso.”

Os dois participaram do Dia do Sorrir, evento promovido no primeiro semestre de 2022 no bairro onde estão instaladas as fábricas da Neodent. Além de elaborar os currículos profissionais, com apoio do setor de recursos humanos da empresa, os moradores do entorno puderam se inscrever em cursos de capacitação necessários para desenvolver as atividades operacionais na área de produção da fábrica. “Nossa intenção é fazer com que essa região se desenvolva, e acreditamos que a melhor forma para isso é oferecendo conhecimento e melhores oportunidades de trabalho para a comunidade próxima das nossas unidades, e sabemos o quanto a capacitação é importante para o ingresso não só na Neodent, mas em outras indústrias. Além disso, também incentivamos nossos colaboradores a participarem dos cursos de capacitação que ofertamos e que abrem portas ao crescimento profissional”, explica a diretora de Comunicação e Responsabilidade Corporativa, Raphaela Borba.

Qualificação e crescimento profissional

Foram abertas três turmas de mecânica básica exclusivas para moradores dos arredores das fábricas da Neodent e da ClearCorrect. No total, 85 pessoas participaram do projeto de capacitação. Na Casa da Comunidade (pertencente à Associação de Moradores da Vila Augusta B) foram 50 pessoas, com a CNC Treinamentos, empresa parceira no projeto e especializada nesse tipo de capacitação, e outras 35 fizeram a formação no Senai. Ao todo, 67 delas já receberam o certificado e estão qualificadas para desenvolver funções na área de produção de fábricas. O curso é dividido em módulos: matemática básica, desenho técnico e metrologia e CNC. Até agora, 18 alunos já foram contratados e estão atuando na Neodent. Para 2023, a Neodent apoiará a realização de novos cursos e abertura de outras turmas para cursos semelhantes, visando a formação de colaboradores e o desenvolvimento de mais profissionais para atuarem nas indústrias da região.

Para quem já trabalha na empresa também há programas de qualificação, visando o crescimento profissional dos colaboradores. Um deles é o programa de Formação CNC, que é oferecido para quem tem interesse em atuar como Programador de CNC. Desde 2019, colaboradores são convidados a se capacitarem e, para isso, é feito um remanejamento de escalas: profissional e empresa doam uma hora e meia do tempo de cada um. 

“O mercado está cada vez mais competitivo. Tanto para os candidatos, que precisam se capacitar e se desenvolver para conquistar habilidades e estarem aptos aos cargos bem como ter experiências relevantes para seus currículos, assim como para as empresas, que disputam pelos melhores profissionais no mercado”, declara a vice-presidente de Recursos Humanos da Neodent, Cristiane Ribas. “Faz sentido para as empresas investirem em cursos e treinamentos, para garantir que os profissionais possam também conquistar novas promoções, assumir novos desafios, e garantir que a cultura e o legado de conhecimento sejam compartilhados e repassados aos novos colegas que chegam à empresa”, reforça Cristiane. 

Cynthia Magalhães, 42 anos, é um dos exemplos. Trabalhando há pouco mais de três anos na empresa, ela se inscreveu para a Formação em CNC. Finalizou a qualificação no mês de dezembro de 2021 e logo depois já foi promovida. Cynthia viu no CNC uma oportunidade de crescer profissionalmente e oferecer uma vida melhor para as duas filhas. “Procuro aproveitar as chances e acredito que todo mundo é capaz de fazer o mesmo. A empresa sempre está ofertando cursos e, como gosto de trabalhar em máquinas, vi a possibilidade de evoluir e decidi agarrar”, conta. 

O vice-presidente de produção, Almir Zvetz, é mais um exemplo de como a empresa possibilita o crescimento do colaborador. “Cheguei como programador de CNC, sem graduação, mas busquei e alcancei. Acho que não existem limites para os sonhos, e quando nos dedicamos à realização deles, nada nos detém. O programa de Formação CNC aqui na Neodent é uma das oportunidades de qualificação. Nós temos orgulho dos profissionais que crescem com a gente”, reconhece Almir, que hoje comanda um time com mais de 650 profissionais na área de produção.

Sobre a Neodent

Fundada há 30 anos por um dentista e para dentistas, a Neodent tem o propósito de criar novos sorrisos todos os dias. Líder em implantes no Brasil e uma das maiores empresas do segmento no mundo, a Neodent oferece um portfólio completo de soluções odontológicas diretas, progressivas e acessíveis. É responsável pela criação de produtos originais, como o Grand Morse e o Neodent Ceramic Implant System, entre outros que hoje estão presentes em mais de 80 países. O propósito da marca faz parte da cultura organizacional e do cotidiano dos seus mais de dois mil colaboradores, que trabalham com orgulho de pertencer à empresa. A inovação também faz parte também do DNA da empresa, assim como a constante busca por aprendizado e crescimento.

A Neodent, que faz parte do Grupo Straumann (SIX: STMN), líder global em odontologia, acredita que a diversidade, a colaboração e o desenvolvimento contínuo dos colaboradores são a chave do sucesso, e o êxito da marca se deve aos seus produtos e soluções odontológicas de alta tecnologia, com excelentes resultados, que permitem que milhares de pessoas sorriam.

Gestão de resíduos passa a fazer parte de metas de lideranças em empresas

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Estratégia exige trabalho colaborativo em todas as áreas; iniciativas de logística reversa e foco em aterro zero ganham cada vez mais espaço e engajam colaboradores

A urgência de se construir uma consciência coletiva ambiental fez com que o tema sustentabilidade deixasse de ser um conceito abstrato e restrito a algumas áreas para se tornar uma prática de larga escala nas corporações. Muitas são as ações e frentes de ataque que precisam ser colocadas em prática para que uma empresa se torne, de fato, sustentável. E essas estratégias passam a prever cada vez mais o chamado “efeito dominó”, em que a inclusão de metas nesse contexto para gestores levam ao engajamento de todos os colaboradores da cadeia. São diretores de RH, comunicação, jurídico e tantas outras áreas que passam a perceber que boas práticas ambientais precisam estar presentes no dia a dia de seus times.

Apostando nessa linha colaborativa, o Grupo Marista, que reúne hospitais, colégios, universidade e editora, passou a implantar estratégias focando não apenas no engajamento como também na multiplicidade de visões de todos os integrantes em cada unidade de negócio. “O objetivo é ampliar cada vez mais nosso papel, de forma a potencializar o resultado de nosso trabalho para uma sociedade ainda mais sustentável”, afirma a diretora de Marketing e Experiência, Amanda Di Nardo Fruehling.

Um dos focos da organização é a gestão de resíduos. Desde 2021, o tema passou a ser tratado como prioridade na agenda ESG da empresa, com a criação de metas globais que envolvem programas de logística reversa, reaproveitamento de materiais e redução no desperdício de alimentos. O Grupo faz o gerenciamento descentralizado dessas metas. E cada unidade é responsável por melhorar seu desempenho ambiental, atendendo aos requisitos legais do tipo de negócio e às políticas e normas internas de cada espaço. 

O diretor de Serviços Corporativos do Grupo, Alexandre Olim, explica que os gestores ficam responsáveis pelo gerenciamento estratégico e análise das metas de sua área, além de trabalhar para envolver toda a equipe direta para que atue no dia a dia, garantindo que os compromissos assumidos sejam alcançados. “Em paralelo, fazemos o acompanhamento desse trabalho com reuniões constantes, em que são analisadas soluções que possam virar projetos e ações, sempre com equipes multidisciplinares. Não é um assunto para ser restrito a uma área, o engajamento colaborativo de todos é fundamental”, explica Olim. O diretor acrescenta que os fornecedores também estão envolvidos nessa pauta. “Estamos sempre buscando parcerias, soluções técnicas e materiais aderentes que possam gerar menor impacto ao meio ambiente”, destaca. 

Engajamento gera resultados

O comprometimento de todos vem trazendo resultados significativos. O projeto Desperdício Zero, realizado nos restaurantes dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, e no bistrô da PUCPR, localizados na cidade de Curitiba (PR), tem como objetivo conscientizar sobre o impacto do desperdício de alimentos durante as refeições. Além da conscientização junto a quem utiliza os restaurantes, também são realizadas ações de orientação da equipe da cozinha sobre o descarte correto dos resíduos, com inspeções mensais para a validação do processo adequado.

Com relação ao descarte de materiais, outros projetos também se destacam. Nos hospitais do Grupo, mais de 2,5 toneladas de enxovais hospitalares deixaram de seguir para os aterros para se transformar em matéria-prima para cobertores e revestimento automotivo. Também na contramão do aterro sanitário, desde 2019, nas cozinhas dos hospitais, mais de 1,3 mil esponjas usadas já foram destinadas para a reciclagem, sendo transformadas em resina plástica e aproveitadas para a produção de lixeiras. Os projetos vêm se multiplicando e refletindo nos números positivos das instituições de saúde, mesmo em plena pandemia. No caso do Marcelino Champagnat, a quantidade de materiais reciclados foi 34% maior em 2021 se comparado a 2020, passando de 35 toneladas para 47 toneladas. Já no Hospital Universitário Cajuru, o aumento foi de 60%, com 38 toneladas de materiais passando a ser recicladas no segundo ano da pandemia.

Programas de logística reversa também foram implantados em outras unidades de negócio do Grupo. Na gráfica da Editora FTD mais de 99% dos resíduos gerados foram encaminhados para reciclagem, o que representa 9,7 mil toneladas de materiais que deixaram de ir para os aterros. “O objetivo, agora, é desviar do aterro os resíduos orgânicos gerados na planta, uma vez que há oportunidade de outros usos para esse tipo de material”, explica Olim. 

Mudança de cultura

O diretor ressalta que o resultado do Grupo como um todo no alcance das metas estabelecidas está relacionado com o engajamento de todos os colaboradores. “Os gestores recebem a missão de colocar todas as ações em prática mas não conseguiriam atingir as metas sem a adesão das equipes. É um trabalho de sensibilização com o objetivo de gerar em todos uma mudança de cultura que a gente espera que seja um caminho sem volta, consolidando hábitos.”

Para a diretora de Marketing, esse trabalho não tem fim. “É preciso manter um modelo de governança que traga em si um monitoramento constante de todo o ecossistema, com avaliação permanente de indicadores, pontos de atenção e oportunidades. Isso traz bons resultados para a empresa, para o meio ambiente e para a sociedade em geral. Uma vez que você estimula comportamentos que geram impactos positivos, as pessoas envolvidas replicam esses comportamentos em outros contextos de suas vidas”, conclui.

Aumento de acidentes de trânsito e casos de trauma no Carnaval eleva demanda por doações em hospitais SUS

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Alguns pacientes em situação de vulnerabilidade social dependem da doação de itens de higiene, roupas e calçados

Durante o Carnaval, a combinação de bebida alcoólica e imprudência eleva o número de acidentes de trânsito e, em consequência, os atendimentos hospitalares. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, em 2022, durante os seis dias de folia, houve um aumento de 15% no número de acidentes em rodovias paranaenses, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Nesse cenário, profissionais de unidades de saúde focadas em trauma e emergência vivem o desafio de atender o crescimento desse tipo de ocorrência. Para receber essa alta demanda de pacientes, o Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), abre as portas para doações de produtos de higiene e, principalmente, roupas masculinas e femininas.

“As roupas são necessárias porque muitos pacientes chegam ao hospital após acidentes de trânsito com as peças rasgadas e, ao receberem alta, precisam de novas roupas limpas”, explica José Arthur Brasil, coordenador médico do Hospital Universitário Cajuru. Além disso, ações como a arrecadação de roupas e produtos de higiene reforçam a importância do engajamento e da participação da comunidade com a saúde pública. “Como hospital SUS e filantrópico, dependemos da ajuda das pessoas para continuarmos a oferecer um atendimento humanizado e de qualidade”, acrescenta.

Apesar dos feriados elevarem o número de atendimentos, a necessidade de doações de roupas e calçados segue ao longo do ano, uma vez que as vítimas de acidentes de trânsito correspondem a cerca de 12% da demanda do pronto-socorro do hospital. Em 2022, até metade de novembro, mais de 3,5 mil pacientes deram entrada na unidade por esse motivo. A procura tão elevada se explica porque a instituição é referência no atendimento de traumas na capital e região metropolitana.

Como doar

Para quem tiver interesse em doar roupas, calçados e itens de higiene, as arrecadações são realizadas pelo serviço social do Hospital Universitário Cajuru, localizado na Avenida São José, 300, Cristo Rei.

Carnaval 2023: Barroca Zona Sul fala sobre povo originário do Pantanal

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Se a narrativa de que quem descobriu o Brasil foi Pedro Álvares Cabral, em 1500, é questionada há bastante tempo por historiadores, o motivo é dos mais fortes. Antes da chegada dos portugueses, já havia, por estas terras, civilizações inteiras, completas e complexas. Uma delas, os Guaicurus, é o tema do samba-enredo da paulista Barroca Zona Sul no Carnaval deste ano.

Menos famosos que outros povos originários, os Guaicurus viveram em regiões compreendidas entre Goiás, Mato Grosso e o Paraguai até o início do século XIX. Valentes, ficaram conhecidos por serem hábeis cavaleiros e por seus muitos embates com os portugueses e espanhóis pelo direito à terra que habitavam. Para a supervisora editorial da Conquista Solução Educacional, Sue Ellen Halmenschlager, trazer esses povos para a avenida é uma forma de reconhecer sua importância para a formação da sociedade brasileira como é conhecida hoje. “Muitas dessas culturas foram historicamente marginalizadas e excluídas em detrimento das culturas europeias e norte-americanas”, lembra.

A educadora explica que as matrizes indígenas são um patrimônio cultural brasileiro e, por isso, celebrá-las em suas diferentes características é reiterar a relevância dessas raízes para o Brasil. “As culturas dos povos originários são de uma riqueza e diversidade imensas. São muitos os exemplos de literatura, arte, jogos, brincadeiras, formas de viver e de pensar sobre o mundo e a existência humana com que eles nos presenteiam”, destaca. Essa mistura entre duas vertentes culturais tão significativas – a dos guaicurus e a do samba – será um dos destaques do desfile da Barroca Zona Sul.

Depois de três carnavais abordando temáticas afro, a Barroca chega a 2023 com uma proposta diferente. De acordo com texto divulgado pela escola, “os Guaicurus vieram dos índios Mbayás, sobreviventes da região do Chaco e de origem Inca. O povo Mbayá-Guaicuru se formou na região do Chaco pantaneiro durante as invasões do velho mundo para conquistar as terras Incas e, futuramente, as terras do Pantanal. Os Guaicurus defenderam a região de invasores espanhóis e portugueses e se tornaram exímios cavaleiros, derrotando todos aqueles que ousassem dominar suas terras”.

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Sobre a Conquista Solução Educacional

A Conquista é uma solução educacional que oferece aos alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio uma proposta de educação que tem quatro pilares: a educação financeira, o empreendedorismo, a família e a educação socioemocional. Com diversos recursos, material didático completo e livros de Empreendedorismo e Educação Financeira, o objetivo da solução é ajudar, de forma consistente, os alunos no processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de suas capacidades. Atualmente, mais de 2 mil escolas de todo o Brasil utilizam a solução. 

Lampião contado em cordel é estrela do carnaval da Imperatriz Leopoldinense

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Cada canto do país, em todas as regiões, guarda em si uma riqueza cultural que, em grande ou pequena escala, influencia todos os brasileiros. Os desfiles das escolas de samba, no Rio de Janeiro, são uma vitrine ampla, que chega a milhões de pessoas e pode levar esses pedacinhos preciosos de cultura a lugares distantes. Este ano, a Imperatriz Leopoldinense chega à Sapucaí com uma dessas pérolas: “O Aperreio do Cabra que o Excomungado tratou com Má-Querença e o Santíssimo não deu guarida”. Inspirado na literatura de cordel, o samba-enredo conta a história de Lampião, o rei do cangaço.

De acordo com a supervisora editorial da Conquista Solução Educacional, Sue Ellen Halmenschlager, essa é uma oportunidade para divulgar ainda mais as tradições e costumes nordestinos. “A ignorância é a morada do medo e dos preconceitos. Colocar luz em temas como esse, apoiando-se em pesquisas profundas, como fazem as escolas de samba cariocas, ajuda a construir uma cultura de apreciação, respeito e reconhecimento de expressões artísticas tão legítimas”, destaca.

Para ela, o caráter oral do cordel tem tudo a ver com a grande festa de ritmo que é o Carnaval. “O cordel tem um ritmo próprio, uma musicalidade que acontece por conta das rimas que criam uma harmonia fonética interessante e divertida”, pontua. A literatura de cordel é um gênero que tem suas raízes na cultura popular nordestina e que trata dos mais diversos temas. Entre eles, estão o cotidiano da vida das pessoas, a política, os heróis – especialmente os heróis nordestinos – o amor, a educação, os conhecimentos históricos e culturais.

Muitos cordéis são acompanhados de xilogravura, uma técnica de gravura em madeira usada, inclusive, por grandes artistas plásticos brasileiros como J. Borges, José Costa Leite e até Tarsila do Amaral. O desfile da Imperatriz, opina a especialista, deve vir carregado de referências audiovisuais desse tipo de produção literária. “Será um momento único para testemunhar as maravilhas que podem ser criadas quando duas expressões culturais se unem”, completa.

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Sobre a Conquista Solução Educacional

A Conquista é uma solução educacional que oferece aos alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio uma proposta de educação que tem quatro pilares: a educação financeira, o empreendedorismo, a família e a educação socioemocional. Com diversos recursos, material didático completo e livros de Empreendedorismo e Educação Financeira, o objetivo da solução é ajudar, de forma consistente, os alunos no processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de suas capacidades. Atualmente, mais de 2 mil escolas de todo o Brasil utilizam a solução. 

Primeira mulher negra a escrever um livro é celebrada no Carnaval da Viradouro

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Cultura, história, ancestralidade. Todos esses elementos estão juntos no samba-enredo de 2023 da Viradouro, “Rosa Maria Egipcíaca”. Importante personagem histórica, Rosa Maria Egipcíaca foi escravizada e, depois, ganhou fama de profetiza e tornou-se a primeira mulher negra a escrever um livro.

No século XVIII, com seis anos de idade, ela desembarcou no Brasil vindo provavelmente do Golfo da Guiné/Benin. Mantida em escravidão até por volta dos 30 anos de idade, ela chegou a ser comercializada como prostituta. No entanto, uma condição de saúde fez com que começasse a sentir dores tão fortes que causavam visões e experiências místicas, como explica a assessora de Geografia do Sistema Positivo de Ensino, Rafaela Dalbem. “Com isso, ela vendeu os poucos bens de que dispunha e se mudou para Minas Gerais, onde passou a ser conhecida como profetiza, principalmente nas cidades de Ouro Preto, Mariana e São João Del Rei. Essa fama seguiu com ela quando voltou ao Rio de Janeiro, muitos anos mais tarde”, conta.

Com a fama, escolheu para si mesma o nome de Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, em homenagem a Santa Maria Egipcíaca, que também fora prostituta antes de entregar-se à religião. “Rosa Maria escreveu um livro chamado Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas e, por isso, é considerada a primeira mulher negra a escrever uma obra literária”, detalha Rafaela. Entretanto, como realizava sessões religiosas que misturavam elementos cristãos e práticas afro-brasileiras, acabou sendo considerada herege por autoridades religiosas.

Embora, com isso, tenha caído no esquecimento por muito tempo, recentemente sua memória tem sido resgatada pela cultura popular. “Rosa Maria Egipcíaca foi uma mulher muito importante para a história, a religiosidade e a memória do povo afrodescendente. Celebrá-la na Avenida é uma forma de honrar todo esse legado”, completa Rafaela.

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Sobre o Sistema Positivo de Ensino

É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.

Mocidade fala sobre Mestre Vitalino e artistas do Alto do Moura na Marquês de Sapucaí

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Nascido em 1909, Vitalino Pereira dos Santos – mais conhecido como Mestre Vitalino – nunca deixou seu Alto do Moura, bairro de Caruaru, em Pernambuco. Lá, fez história como um dos maiores artistas plásticos do Brasil até seu falecimento, em 1963. Com peças em acervos de importantes museus pelo mundo, como o Louvre, em Paris, Mestre Vitalino ganha vida na Marquês de Sapucaí para brilhar no Carnaval 2023 da Mocidade Independente de Padre Miguel, no Rio de Janeiro.

“Terra de meu Céu, Estrelas de meu Chão” é o título do samba-enredo escolhido pela Mocidade para apresentar na avenida a vida e a obra do pernambucano. De acordo com a assessora de Arte do Sistema Positivo de Ensino, Karoline Barreto, Vitalino influenciou gerações. “As soluções plásticas encontradas por ele para representar as cenas cotidianas do interior pernambucano, como os olhos esbugalhados de pessoas e animais, vestimentas cangaceiras e motivos simples, são procuradas até hoje por quem visita o Alto do Moura, na região de Caruaru, onde a casa de Mestre Vitalino foi transformada em museu, administrado por um dos  filhos do artista”, detalha.

Antes dele, o ofício de utilizar a argila das margens do Rio Ipojuca para fabricar peças em cerâmica era uma atividade exclusivamente feminina. Isso mudou com a expansão das festas de São João e a cultura “vitalina”. Muitos são os discípulos que aprenderam com ele a arte de trabalhar a argila e fizeram disso, profissão. O mais conhecido deles é Manuel Eudócio, patrimônio vivo da região. Ele conta que seu Mestre Vitalino não se preocupava com a imitação de sua obra, querendo mesmo que cada dia mais artesãos tirassem seu sustento do barro. “Entretanto, como um excelente artista, Manuel Eudócio e muitos outros representantes do Alto do Moura encontraram seu estilo e cada um marca a argila à sua maneira, multiplicando o legado de Mestre Vitalino”, explica Karoline. Todos esses artistas serão celebrados pela Mocidade na avenida.

Convidado pelo artista plástico Augusto Rodrigues a expor suas peças na Exposição de Cerâmica Popular Pernambucana, em 1947, no Rio de Janeiro, Vitalino ganhou o mundo. Expôs no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e na Suíça, e começou a ter o trabalho adquirido por grandes museus, o que o colocou definitivamente no mapa da arte brasileira. “Além da importância econômica da arte figurativa caruaruense, o Mestre autodidata abriu novas possibilidades para a diversidade cultural do Nordeste, com uma forma de arte popular que divide abrigo com obras clássicas em acervos importantes”, destaca Karoline.

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Sobre o Sistema Positivo de Ensino

É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.