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Medicina integrativa pode evitar 80% de doenças relacionadas ao envelhecimento

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Hospitais públicos e privados apostam em tratamentos que têm ajudado a reduzir uso de medicamentos ao focar no indivíduo e ultrapassar dualidade saúde-doença

80% das doenças atreladas ao processo de envelhecimento são completamente evitáveis com o apoio da medicina funcional e integrativa. Segundo um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o estilo de vida e o ambiente são decisivos para uma pessoa viver mais de 65 anos. Por isso, hospitais públicos e privados têm dado novos passos na direção de tratamentos que olhem para além da doença do paciente. “A saúde precisa começar por dentro e levar em consideração todos os aspectos que formam o ser humano. É nesse ponto que entra a medicina integrativa, como um elo para guiar a promoção de saúde e qualidade de vida”, afirma a clínica-geral dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, Larissa Hermann.

A medicina integrativa reafirma a importância da relação entre médico e paciente. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o foco precisa estar no indivíduo e ultrapassar a dualidade saúde-doença. Ao estar embasado em evidências científicas e fazer uso de múltiplas abordagens, o médico observa diferentes ângulos do paciente: mental, emocional, funcional, espiritual, social e, até mesmo, comunitário. Isso não quer dizer que não sejam mantidos tratamentos tradicionais ou medicamentosos, mas, sim, que a adição de novas abordagens pode trazer benefícios reais para cada pessoa. “O objetivo é somar esforços com outras áreas, acompanhando o paciente como referência para a avaliação inicial e coordenação do cuidado”, explica a clínica-geral dos hospitais de Curitiba (PR).

A adesão a essa prática tem ajudado a reduzir o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e encaminhamentos para exames de alta complexidade, que estão entre os maiores gastos do país com a saúde. É o que verificou uma pesquisa realizada pelo Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS), já que o cuidado integral permite um diagnóstico mais preciso para pacientes que chegam às unidades de saúde. No Brasil, a oferta de tratamentos complementares acontece no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006 e, atualmente, conta com mais de 28 modalidades na rede pública, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC). O destaque está para tratamentos relacionados à oncologia, cardiologia e pediatria.

Centro do cuidado

A característica principal da medicina integrativa é pensar no indivíduo integralmente e dar valor para a promoção da saúde, mesmo que a pessoa não esteja doente. Segundo a clínica-geral Larissa Hermann, é cada vez mais evidente a necessidade de se discutir novas formas de lidar com o cuidado. “As pessoas esperam ser olhadas e tratadas como um todo, e não somente em partes, como se estivessem fazendo a revisão das peças do carro num mecânico, por exemplo. Elas querem e devem ser observadas na totalidade: corpo, mente e alma”, enfatiza.

“A medicina integrativa não substitui a medicina tradicional, mas ela é uma grande aliada para tratar não só a doença como o indivíduo”, assegura Larissa Hermann. É exatamente isso que a abordagem procura resgatar por meio de valores importantes como: integralidade, preservação da saúde e autocuidado. “É importante que esse tipo de cuidado esteja dentro dos hospitais. Mas antes disso, deve estar presente na vida das pessoas. Porque a promoção da saúde não pode acontecer apenas no consultório médico, precisa estar no dia a dia”, reforça.

O futuro da medicina vai além da tecnologia e do ato de curar. Cada vez mais, o médico assume o importante papel de tratar as raízes dos problemas e evitar o surgimento de outras doenças. “A medicina integrativa precisa ser preventiva, colocando o paciente como protagonista do cuidado com a saúde. O foco no equilíbrio metabólico e nos pilares do ser humano gera um envelhecimento saudável e com qualidade”, conclui.

Universidade Pública: pilar da contemporaneidade

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Daniel Medeiros*

Descartes já dizia que o bom senso “é a coisa do mundo melhor partilhada”, e que todos possuem a sua cota de racionalidade para melhor compreender. No entanto, dá muito trabalho abandonar as formas não racionais de enxergar as coisas, exigindo tempo, experiência e esforço. Ou seja, não se pode esperar que isso ocorra magicamente.

Kant, um cartesiano de carteirinha, pelo menos até aquele escocês  aparecer na sua vida, destacava que a busca pela autonomia intelectual, consolidada no que ele chamou de “maioridade”, era muito difícil de se alcançar sozinho, pois o medo, a preguiça e a comodidade exercem um poder muito grande sobre a nossa vontade, determinando, na maior parte das vezes, a famosa “área de conforto”, em torno da qual balizamos nossa existência e nossas decisões. “Ousa pensar”, exasperava-se o filósofo alemão, testemunhando o estrago causado pelas superstições, pela manipulação das vontades pueris, pelos preconceitos que ameaçavam existências. No entanto, sem um ambiente para que essa racionalidade possa prosperar, retroalimentar-se e dividir suas conquistas, seremos como os cegos do livro do Saramago, aprisionando-nos, com nossas próprias mãos, ao fundo da caverna.

Foram os franceses quem implementaram a ideia de uma prática coletiva da Razão, transformando a Ciência em uma atividade estratégica para o desenvolvimento da sociedade e o fortalecimento do Estado. Os estudiosos não precisariam mais contar apenas com o mecenato dos ricos e dos nobres, como aconteceu no Brasil com D. Pedro II, conhecido por doar bolsas para artistas e ganhar fama de filantropo enquanto o país patinava na insignificância da educação pública em meio a uma escravidão anacrônica que se estendeu até o penúltimo ano de seu reinado. Surgem na França, ainda em 1794, a Escola Politécnica, para formar engenheiros, e a Escola Normal, para formar professores. É fato que esse impulso acabou tolhido pelas idas e vindas do reacionarismo, mas o bem já estava feito: a contemporaneidade implicaria a Educação Pública como instituição basilar na formação e expansão da racionalidade e no desenvolvimento da ideia de um conhecimento “cívico”, voltado para o bem-estar da sociedade. Hoje consubstanciadas nas universidades públicas, esse espaço onde se “ousa pensar” e amadurecer as racionalidades, esse bastião contra os retrocessos medievais e contra o assalto às conquistas da modernidade. Portanto, um pilar sem o qual qualquer projeto de Nação Moderna e aspirante ao futuro tende a desmoronar.

É evidente que a Ciência, que trouxe avanços inegáveis para a humanidade, principalmente no campo da saúde, da produção de alimentos, na estrutura das cidades, no conforto e bem- estar das pessoas, também proporcionou violência em escala inaudita. Principalmente porque a lição de Kant foi esquecida, a do uso da Razão para delimitar o campo da Ética, por meio de seu imperativo categórico: faça apenas o que puder ser universal. Máxima que, até hoje, é de grande utilidade, quando, por exemplo, você resolve colocar na sua página da internet um fato sem verificação, apenas porque agrada ao seu modo de ver o mundo. Imagina se todos pudessem fazer a mesma coisa? Acabaríamos com as instituições com as quais fizemos um pacto de confiança para manter e expandir o modelo que define a própria contemporaneidade: saúde pública, universidades, imprensa, divisão dos poderes, ciência. Mergulharíamos no caldeirão do preconceito e da superstição, onde o que vale é o que se acredita, sem questionamento. E a falta de questionamento, de problematização, é o veneno da Razão.

Os caminhos que temos diante de nós são muito claros: apostar no que construímos de mais confiável ou entregarmo-nos aos desvarios das certezas da opinião. Como diria Descartes: afundarmos na areia movediça ou fincarmos nossa bandeira sobre rocha sólida? A resposta não é uma mera escolha individual, mas um compromisso público: seremos uma Nação do Bem Comum ou um campo de batalha devastado. 

Sapere Aude !

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.

@profdanielmedeiros

Eventos com temática consciente em Curitiba

Se você é daquelas pessoas que procura lugares com uma pegada diferenciada que representa o equilíbrio entre o consumo consciente e uma alimentação natural, este fim de semana será perfeito para dar um rolê por Curitiba. “Da Terra Feira Vegana” acontece neste sábado, dia 11, no Vila Urbana Gastronomia, enquanto que o “Encontro de Brechós Saí do Armário” será realizado nos dias 11 e 12 na Vila Ida Curitiba. Tudo de um jeito vegano pode sim trazer tendências que consideram, e muito, valores para uma vida mais consciente, com bem-estar e alimentação saudável.

Os eventos acontecem simultaneamente com o objetivo de proporcionar praticidade às pessoas, pois elas podem se locomover de um local para o outro de maneira fácil, uma vez que ambos estão situados próximos no Centro da cidade. De acordo com a empreendedora Gabriela Feola, “Da Terra – Feira Vegana” “tem o objetivo de concentrar diversos empreendedores veganos, artesanais e cruelty free em um mesmo local, para maior praticidade do consumidor”. A ideia aqui é apoiar marcas de pequenos negócios locais e conscientização sobre veganismo com 15 expositores que oferecerão diversos produtos, desde alimentação à decoração de casa, tudo vegano.

Já o “Encontro de Brechós Saí do Armário” está em sua 16ª edição e mantém seus 22 expositores com diferentes stands em cada dia oferecendo ao público roupas femininas, masculinas e infantil, para todos os tamanhos. Além disso, esta edição do encontro contará com outros expositores como o espaço relax com terapia e massagem, acessórios, produtos geek, papelaria e sex shop, e os brechós com peças a partir de 10 reais”. esclarece a empreendedora e produtora de eventos, Kerolen Martins.

Estima-se que 16% dos curitibanos sejam veganos ou vegetarianos. Isso corresponde a mais de 200 mil pessoas que se enquadram nesse estilo de vida onde o que é mais importante é a saúde, o respeito e cuidados com os animais, a sustentabilidade para consumo consciente e reciclado e a proteção ao meio ambiente.

Muitas pessoas não sabem, mas o veganismo está presente em muito mais do que apenas alimentos. Ele se tornou uma filosofia de vida, uma forma de viver de maneira mais humanizada e sem exploração animal. Peças de vestuário, decoração ou de qualquer outra finalidade também são produzidas de maneira sustentável e que se enquadram no conceito vegano desde que não tenham nada de origem animal, como couro por exemplo, e não explorem o trabalho de animais. 

Desperte seu jeito vegano de ser e faça parte dessa história! 


Informações de Serviço dos Eventos:

Da Terra Feira Vegana

* Mais informações e entrevista com: Gabriela Gelinski Feola (41) 9 8488-0053 WhatsApp

Local: Vila Urbana Gastronomia

Endereço: Rua Marechal Deodoro, 686 – Centro – Curitiba/PR – CEP: 80010-010 – próximo ao Shopping Itália, no segundo piso.

Entrada: Franca 

Data: 11 de fevereiro – Domingo.

Horário:  das 10h às 18h 

Rede sociais: 

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16° Encontro de Brechós Saí do Armário 

* Mais informações e entrevista com: Kerolen Martins (41) 9 9586-8935 WhatsApp

Local: Vila Ida Curitiba

Endereço: Al. Dr. Muricy, 1089 – Centro – Curitiba/PR CEP: 80020-040

Entrada: Franca   

Data: 11 e 12 de fevereiro  

Horário:  das 11h às 18h 

Rede sociais: 

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Five Lounge participa do 1.º Circuito de Caipirinhas de Curitiba

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Com valor único de R$ 18, bar do NH Curitiba The Five preparou duas brasileiríssimas caipirinhas com combinações inusitadas e a cachaça premium Dona Maria

Uma das principais novidades de entretenimento e adições ao cenário curitibano, o Five Lounge participa da 1.ª edição do Circuito de Caipirinhas de Curitiba, evento promovido pela Curitiba Honesta que acontece até 12 de fevereiro. O bar localizado no Batel, mais precisamente no segundo andar do NH Curitiba The Five, contempla um espaço fechado com proposta de identidade visual e design que remete aos elementos da coquetelaria clássica e contemporânea, e ainda, o grande terraço do Complexo The Five, um espaço a céu aberto com poltronas e sofás para aproveitar as noites quentes de verão ao ar livre. 

Com uma carta com 18 drinks autorais, o Five Lounge criou duas caipirinhas especialmente para a ocasião. A Caipirinha Tropical reúne uma refrescante combinação de tangerina, limão Taiti, maracujá, xarope de açúcar, raspas de canela, cachaça Dona Maria e um toque do bitter Fernet branco. Já a segunda criação é a Fiverinha, uma caipirinha de tangerina com café extra forte, xarope de açúcar e Dona Maria, que é produzida artesanalmente em alambique e armazenada em tonéis de inox por seis meses, conferindo uma bebida suave com frescor de cana-de-açúcar recém-colhida. Ambas as caipirinhas têm o preço fixo de R$ 18 e serão servidas com o valor promocional de segunda-feira a sábado, de 15h à 0h. 

SERVIÇO:

Five Lounge & 1.º Circuito de Caipirinhas de Curitiba

Data: 18 de janeiro a 12 de fevereiro

Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 15h à 0h

Endereço: Rua Nunes Machado, 68 – 2.º andar – Batel | Curitiba – PR 

Telefone: +55 41 3434-9400

Instagram: @fivelounge

Opinião: Ano novo, velhas barbáries

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Mal começamos 2023 e seguimos sentindo os efeitos dos ocorridos de 2022. Em setembro do ano passado, Mahsa Amini, de 22 anos, foi detida pela polícia da moralidade iraniana. Sob a acusação de estar infringindo o rígido código de vestimenta do país, Amini foi levada a uma delegacia da capital Teerã. Três dias após passar mal na delegacia e ser levada ao hospital, a jovem faleceu. Embora as autoridades iranianas afirmem que a morte se deveu a uma doença prévia, a família e os amigos próximos alegam que houve espancamento – tudo por uma mecha de cabelo que estava descoberta.

A morte de Mahsa Amini desencadeou protestos e revoltas por toda a República Islâmica do Irã. Tanto por Amini quanto contra as leis morais e a falta de direitos, mulheres aboliram seus véus, cortaram os cabelos em praça pública e arrastaram milhares de pessoas para as ruas do país. Ainda em setembro de 2022, o presidente iraniano – o ultraconservador Ebrahin Raisi – pediu à polícia que respondesse com firmeza contra os manifestantes. Não adiantou.

Os protestos se espalharam por universidades, escolas de ensino médio e geraram inúmeras greves. Com o lema “Mulher, vida, liberdade”, comerciantes, professores e até mesmo o pujante setor petrolífero do país parou. O resultado do confronto entre polícia e manifestantes foi não apenas milhares de detidos, mas mais de 580 mortos e 1.100 feridos. Em 13 de novembro de 2022, um tribunal iraniano anunciou a primeira condenação à morte de uma pessoa acusada de participar dos protestos. Três dias depois, outras três pessoas foram condenadas à pena capital. Em 8 de dezembro, o primeiro enforcado. No dia 12, a segunda execução pública. Nos últimos meses, mais de 40 pessoas foram condenadas à morte.

Duas execuções provocaram ondas de protesto pelo mundo: um campeão de karatê e um treinador voluntário de crianças e jovens foram enforcados. Embora as execuções no país não sejam novidade – em 2021, o Irã executou mais de 300 pessoas – agora, muitos dos acusados não têm direito à defesa, e outros tantos estão sendo torturados para confessar crimes que não cometeram, segundo a Humans Rights Watch. Na onda de execuções, o país também enforcou o iraniano-britânico Alireza Akbari, de 61 anos, ex-ministro da Defesa, acusado pelo regime de Teerã de espionar para o Reino Unido. Em meio às execuções e aos protestos que geram em todo o mundo, o país do Oriente Médio anunciou novas punições contra mulheres que não usarem o véu, e as proibiu de exercer certas profissões.

Infelizmente, a barbárie não está contida no Irã. No front ucraniano, os russos continuam a guerra iniciada ano passado. Incontáveis bombardeios a áreas civis foram realizados nos últimos dias, mostrando que a covardia de Moscou não tem limites. Iniciamos essa segunda-feira, 16 de janeiro, com mais de 40 mortos em Dnipro, e os últimos dias vêm mostrando outros incontáveis ataques a importantes áreas para a população. Ao que parece, Hannah Arendt estava certa: “Vivemos tempos sombrios, em que as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.”

*João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo (UP). @janyegray

Opinião – Brasil: por que o quarto país do mundo em investimentos para inovação é apenas o 54.º no Índice Global de Inovação?

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De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil ocupa o quarto lugar entre os países que mais recebem investimentos em inovação, mas está apenas em 54.º lugar no Índice Global de Inovação (IGI) de 2022, consolidado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Quais seriam as razões desta dicotomia e como superá-la?

O Brasil ainda tem muitos problemas sócio-econômicos estruturantes a resolver e para isso conta com um povo alegre e criativo na superação de suas adversidades diárias. Nosso ambiente se mantém fértil ao surgimento de ideias inovadoras tanto pelas nossas necessidades quanto pela capacidade da nossa gente. O longo caminho que temos a percorrer é cheio de desafios, mas conta com recursos disponíveis e um gigantesco potencial de realização, o que deve ser encarado como janela de oportunidade.

Cabe ressaltar que a 54.ª posição do Brasil no IGI deste ano foi comemorada e seu desempenho considerado acima da média, com um avanço de três posições em relação a 2021, rendendo-lhe a entrada, em segundo lugar, no ranking de líderes mundiais em inovação para América Latina e Caribe, logo atrás do Chile. O resultado é bom, mas pode melhorar.

Os Estados Unidos avançaram da 7.ª para a 2.ª posição no IGI entre 2018 e 2022, resultado em grande medida atrelado à alta performance que o Vale do Silício vem desempenhando há décadas em matéria de inovação. Uma das medidas determinantes desse sucesso é a concessão de vistos especiais a estudantes com alta capacidade comprovada, política pública que vem atraindo talentos e investimentos em larga escala, mantendo o ambiente altamente inovador. Inúmeras startups surgiram ou se consolidaram no Vale do Silício americano, que hoje reúne algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo.

Em vários outros lugares, inclusive no Brasil, ideias promissoras não se materializam em grandes inovações e muitas startups acabam falindo antes mesmo, ou logo depois, de um breve sucesso. Portanto, além dos recursos financeiros, há outras variáveis que determinam o êxito. Muitas iniciativas boas são concebidas fora de contexto e acabam não sobrevivendo, sendo engolidas pelo status quo, seja por não estarem aderentes ao mercado em que se pretendem inserir, seja pelo ecossistema político.

Os investidores de sucesso precisam estar atentos ao campo em que atuam, promovendo uma integração harmônica entre um produto ou serviço inovador e todo o conjunto de atores a ser impactado, calculando os possíveis conflitos decorrentes da inovação proposta, bem como suas possíveis soluções.

Não raro, uma inovação exige adequações regulatórias e o custo das ações políticas deve ser igualmente calculado, pois sempre há uma hierarquia de preferências e de atores no processo decisório e, em geral, existe conflito de interesses na elaboração das políticas públicas, o que é intrínseco ao ambiente democrático. Produzir dados, estimular a pesquisa e o debate e avaliar os cenários externos e internos são ações fundamentais nesse processo.    

Governos e investidores têm responsabilidade determinante nessa transformação. É mister usar a tecnologia disponível para organizar a vasta quantidade de informações existentes e qualificar a tomada de decisão, desburocratizar e modernizar o ambiente de negócios. O olhar social responsável integrado ao fomento da inovação também é fundamental para garantir a sustentabilidade de uma nova ideia.

Por fim, está claro que aqui se tem todos os ingredientes para transformar o Brasil em polo de inovação e empreendedorismo, basta não perdermos de vista a importância do olhar contextualizado e cuidadoso com as peculiaridades de cada projeto, de cada região e de cada momento. Ideias plantadas no tempo e no espaço corretos, dadas todas as demais condições favoráveis que o Brasil reúne, potencializarão sobremaneira nossos resultados.

Além de recursos, os bons projetos não podem prescindir de uma análise de cenário assertiva, com adequada avaliação de impacto regulatório e as políticas públicas devem estar em sintonia entre si. Podemos melhorar nossa performance usando a tecnologia para promover maior inclusão e proporcionar melhores condições de vida e de trabalho a todos os brasileiros e brasileiras, basta mantermos uma visão política apurada, com respeito à nossa diversidade, estando sempre prontos para reconhecer e apoiar as ideias brilhantes, na hora e no lugar certos.

*Carlos Alberto Santana é empresário, investidor, advogado, CEO da CS Invest e sócio fundador da Tecnobank.

Rosa Amarela se apresenta pela primeira vez em Curitiba 

Depois do sucesso em São Paulo e Rio de Janeiro, o duo ROSA AMARELA chega a Curitiba nesta quinta-feira, 02 de fevereiro, no Teatro Fernanda Montenegro. O show em Curitiba contará com a participação especialíssima do grupo TAMBORES DO PARANÁ e do ator FILIPPE THOMÉ do elenco do espetáculo “A História de um Certo Zé” de Léo Campos.

“A gente vem colecionando músicas ao longo desse período nas redes sociais e nas plataformas de streaming”, comenta a vocalista Pris Mariano, que faz parceria com o violonista Rodrigo Di Castro. “Montamos esse show com a intenção de levar para as pessoas um pouco mais do conhecimento sobre a umbanda, não somente pela religiosidade e sim por tudo aquilo que a cultura mística e espiritualista do Brasil pode provocar”.

Teatro Fernanda Montenegro

Rua Cel. Dulcídio, 517 – Batel, Curitiba – Paraná

Dia 02 de fevereiro/2023

Quinta feira 20h

Preço dos Ingressos: R$ 120,00 / 60, (meia para estudantes, jovens até 21 anos e acima de 60 anos)

Ingressos à venda pelo DISK INGRESSOS, aqui:

https://www.diskingressos.com.br/event/1194

Tempo de Duração: 2h

Livre para Todas as Idades

Feirão de emprego vai oferecer mais de 700 vagas em São José dos Pinhais na segunda

A Agência do Trabalhador de São José dos Pinhais realiza nesta segunda-feira (30) um Feirão de Emprego com mais de 700 vagas ofertadas por 11 empresas instaladas na região da Grande Curitiba.

Sanepar corta água de comunidades assentadas em Colombo

As oportunidades de emprego são para as funções de auxiliar de produção, auxiliar de logística, repositor, operador de caixa, balconista, entre outras. 

O feirão será realizado no Núcleo de Esporte e Lazer Quissisana, a partir das 9h. Os interessados devem comparecer com carteira de trabalho física ou digital e currículo atualizado.

Serviço:

Dia: 30 de janeiro, segunda-feira 

Horário: 9 horas

Local: Rua Giocondo Dall Stela, 631 – São José dos Pinhais – PR

Sanepar corta água de comunidades assentadas em Colombo

Deputado Requião Filho está cobrando explicações sobre medida de Estatal que está prejudicando moradores.

O Deputado Estadual Requião Filho encaminhou esta semana um pedido de informações à Sanepar para esclarecer os motivos que levaram ao corte repentino no fornecimento de água, em uma comunidade de assentados em Colombo.

“Os direitos à água potável e ao saneamento básico são imprescindíveis para a concretização do princípio da Dignidade da Pessoa Humana, pilar constitucional que alberga a vida, saúde, alimentação e moradia. Não podemos permitir que essas pessoas sejam desassistidas, muito menos idosos e crianças”, defendeu o deputado, que recebeu inúmeros relatos esta semana sobre violações no fornecimento de água no Estado.

A ocupação em questão já existe há doze anos na região do Parque dos Lagos, próximo ao 22º Batalhão da Polícia Militar. Conforme contam os moradores, devido ao corte no abastecimento há 15 dias, mais de 180 famílias ficaram prejudicadas, sem acesso a água potável para preparar seus alimentos e realizar a higiene básica.

Requião Filho conta que também recebeu outros relatos semelhantes do Jardim das Graças, em Colombo, e outra no município de Araucária, onde mais de uma centena de pessoas também permanece sem abastecimento, em razão da postura recente da Sanepar. Diante disso, além do pedido de informações à companhia, o deputado também encaminhou o fato ao conhecimento da Defensoria Pública. Receberam a denúncia os Coordenadores dos Núcleos Especializados de Questões Fundiárias e Urbanísticas e Cidadania e Direitos Humanos, João Victor Rozatti Longhi e Antonio Vitor Barbosa de Almeida.

UPAs de Curitiba encontram condições precárias de trabalho e de atendimento à população

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) realizou inspeções nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Boqueirão e do Sítio Cercado, ambas administradas pela Prefeitura de Curitiba através da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS). As inspeções atenderam a requisição do Ministério Público do Trabalho (MPT) expedida em Inquérito Civil em trâmite na Procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região.

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O Inquérito Civil foi instaurado a partir de denúncia do Simepar sobre o chamado “Sistema Fast de Atendimento” implementado pela FEAS introduzindo um profissional chamado de “controlador de fluxo” cuja função seria pressionar os médicos e médicas a atenderem com rapidez, conduzindo pacientes até os consultórios mesmo sem os profissionais da medicina chamarem.

Desde a implantação desse sistema “fast”, médicas e médicos vêm denunciando interferências na autonomia profissional por parte dos/as controladores/as de fluxo que monitoram até as idas ao banheiro e impedem os/as médicos/as de fazerem pausas de qualquer natureza.

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Atendendo à requisição do MPT, o Simepar destacou uma médica, diretora da entidade, e um advogado da assessoria jurídica do Sindicato para a tarefa. As inspeções também foram acompanhadas por um procurador jurídico da Fundação. Foram preparados relatórios detalhados das inspeções apontando uma série de problemas estruturais nos prédios, problemas de manutenção, de mobiliário inadequado, entre outros. Os relatórios estão repletos de imagens que ilustram de maneira inequívoca a realidade encontrada nas Unidades.

Enio Verri: “população ganha um deputado agigantado”

Na UPA do Boqueirão, o atendimento é feito em biombos (baias), também chamados “boxes”.Esses boxes são de utilização geral e obrigatória para os médicos durante as consultas. Eles não oferecem privacidade ou segurança necessárias para o atendimento médico, gerando constrangimento aos pacientes e aos profissionais da medicina.

Enio Verri: “população ganha um

Os “boxes” não têm nenhum tipo de isolamento acústico, inviabilizando o sigilo médico. Não há mesa, cadeira, ou computador para que o/a médico/a possa sentar e realizar seu trabalho de registrar o atendimento e gerar uma receita. As unidades não têm sequer uma porta, mas tão somente uma cortina.

O Simepar denunciou a instalação desses “boxes” há um ano. Na época, eles foram implantados nas UPAs do Boqueirão e do Pinheirinho. Essa situação configura flagrante violação do Código de Ética Médica (sigilo profissional), entre outras normas de conduta, e também precariza as condições de trabalho.

Na inspeção realizada recentemente, os médicos e médicas também reclamaram de excesso de calor, nos dias quentes, e de frio, quando a temperatura cai. Ou seja, não há conforto térmico necessário para o ambiente já degradado.

Também foram identificados, através de relatos dos profissionais, uma série de problemas de pressão psicológica, estresse e cobranças por resultado no ambiente laboral.

Os médicos e médicas relataram que atendem situações de urgência e emergência das mais diversas gravidades e complexidades, e o profissional de enfermagem a quem se atribuiu o “controle de fluxo” no “sistema fast” não possui condições técnicas de avaliar a necessidade de se permanecer em atendimento com o paciente por um tempo maior ou menor.

São atendidos, constante e diariamente, muitos casos de doenças infectocontagiosas e respiratórios, o que exige um cuidado maior do profissional com medidas preventivas, orientações ao paciente etc. Ou seja, o “acelerar” o atendimento sem critérios tende a resultar na queda da qualidade do serviço de Saúde. A solução seria o aumento do número de profissionais médicos para reduzir o tempo espera.

Sobre a inspeção, vale ressaltar que a mesma tem por base legal, ainda, a prerrogativa dada ao sindicato pelos incisos V a VIII, do par. 3º, do art. 6º, da Lei 8.080/90 (Lei do SUS).

Também cabe ressaltar que, grosso modo, os problemas identificados nas inspeções já são objeto de denúncia das médicas e médicos através do Simepar há bastantes tempo, vide exemplo dos boxes de atendimento e a implementação do “sistema fast”.

O Sindicato estabeleceu uma mesa permanente de negociação com a FEAS realizando reuniões mensais em que os problemas levantados pelos profissionais são levados aos dirigentes da Fundação. Em que pese algumas das demandas terem sido atendidas pela FEAS, os problemas mais sérios muitas vezes são tratados pelos gestores como se simplesmente não existissem.

Agora, o Simepar deseja que os problemas sejam resolvidos no âmbito do inquérito no MPT, ou de qualquer outra maneira que se mostre viável. O objetivo do Sindicato é que os médicos e médicas tenham condições dignas de trabalho pelo bem da Saúde Pública.

Os relatórios podem ser acessados nos links abaixo:

Relatório UPA Boqueirão.

Relatório UPA Sítio Cercado.

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Assessoria de Comunicação do Simepar – Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná