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A copa, o Catar e seus contrastes

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João Alfredo Lopes Nyegray*

No domingo, dia 20 de novembro, teve início a Copa do Mundo do Catar, a vigésima segunda edição do torneio realizado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). O país sede, que possui cerca de 3 milhões de habitantes – dos quais 90% são migrantes, foi e continua sendo alvo de dezenas de críticas. Primeiramente, uma reportagem do jornal britânico The Sunday Times afirmou que o país teria pago 880 milhões de euros para sediar a Copa. Em segundo lugar, dos mais de 20 mil trabalhadores empregados na construção dos estádios, mais de 6.500 morreram devido às péssimas condições de trabalho – como afirmou o The Guardian. Em terceiro, há a situação da população LGBTQIA+: o país classifica a homossexualidade como uma prática criminosa, e muitos governantes afirmam tratar-se de um transtorno mental.

Mais recentemente, a proibição do consumo de cerveja nos estádios deu o que falar. A cervejaria Budweiser, do fabricante Anheuser-Busch, desembolsou mais de R$ 400 milhões para patrocinar o torneio, e não poderá comercializar o estoque levado ao país do Oriente Médio. Essa decisão foi tomada dois dias antes do início do torneio, em que um copo de 500 ml custaria cerca de R$ 73.

Até aqui, os contrastes ficam claros: uma infraestrutura padrão Fifa, estádios climatizados e cerveja cara de um lado; abuso aos Direitos Humanos e trabalhadores mortos do outro. Um outro contraste que certamente merece comentário é o comportamento da própria Federação Internacional de Futebol: após a invasão à Ucrânia, a Rússia foi banida e não disputa o mundial (a Polônia entrou em seu lugar). No entanto, em 2014, os russos disputaram a Copa no Brasil que ocorreu 3 meses após a anexação – igualmente ilegal – da Crimeia.

Fato é que o país sede tem manobrado muito bem internacionalmente, ainda com tantas controvérsias ao redor do evento e de seus hábitos. Independente dos britânicos desde 1971, até recentemente, tratava-se de uma nação que sofria um bloqueio liderado pela Arábia Saudita – único país com o qual divide a fronteira terrestre. Nesta terça-feira, dia 22, o Emir do Catar celebrava a vitória saudita sobre a Argentina balançando efusivamente a bandeira do país vizinho – até pouco tempo atrás um desafeto. Aqui se percebe a importância de uma diplomacia eficiente: não só para não ser isolado pelos vizinhos, mas para atrair pessoas e negócios.

Mais do que isso, o governo catari tem utilizado sabiamente suas abundantes reservas de gás natural para mostrar-se um fornecedor confiável ao Ocidente (ao contrário dos russos). Sede de Copa do Mundo, de GPs de Fórmula 1 e de outros tantos eventos, o luxo e a arquitetura dos gigantes estádios parecem uma tentativa de nos distrair de tudo o que cerca o torneio.

*João Alfredo Lopes Nyegray é Doutor e mestre em internacionalização e estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo.

Psicologia do esporte: atletas precisam aprender a lidar com frustrações para seguir em frente

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Todo mundo passa, todos os dias, por frustrações de todos os tipos e intensidades. A vida, assim como a prática esportiva, é uma tarefa que provoca uma série de desconfortos, mas é possível melhorar o desempenho se os problemas forem encarados de frente. Por isso a frustração de um atleta é sempre legítima. Mas um desdobramento do fracasso é a dificuldade individual e até mesmo social de lidar com uma expectativa não realizada, o que pode causar vergonha, sentimento de incapacidade e falta de reconhecimento pelo esforço despendido.

Sofrer uma derrota na prática esportiva pode gerar efeitos psicológicos aos atletas e trazer emoções negativas, como pessimismo, falta de ânimo, indecisão, fadiga mental e falta de confiança. Segundo a doutora em atividade física e saúde e professora de Psicologia do Esporte na Universidade Positivo, Paula Born, é importante que o atleta saiba ressignificar toda a situação criada pela derrota. “A primeira coisa a fazer é olhar para a perda de forma positiva, perceber os erros, fazer uma autoavaliação, pensar nas emoções negativas que vieram com a derrota e mantê-las estáveis”, aconselha.

Hoje em dia, principalmente depois da pandemia, os sintomas depressivos e de ansiedade estão em alta. “Não é diferente para os atletas. Sintomas como esses pedem acompanhamento profissional com um psicólogo do esporte. Outra alternativa é conversar com o treinador ou preparador físico, que são as pessoas que convivem no dia a dia com o atleta. Esses profissionais poderão oferecer um tratamento especial”, afirma a professora.

Os atletas bem-sucedidos são aqueles que sabem lidar com as emoções negativas e transformá-las em energia para treinar e melhorar o desempenho na próxima competição. Segundo o coordenador acadêmico da academia UPX Sports e coordenador do curso de Educação Física da Universidade Positivo, Zair Cândido de Oliveira Netto, “a frustração e a decepção são compreensíveis – ainda que o esporte ajude a desenvolver a resiliência, a persistir diante do revés e a superar obstáculos”.

Sobre a Universidade Positivo

A Universidade Positivo é referência em Ensino Superior entre as IES do Estado do Paraná e é uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta e mais de 400 mil metros quadrados de área verde no campus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A Instituição conta com três unidades em Curitiba (PR), uma em Londrina (PR), uma em Ponta Grossa (PR) e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de graduação, centenas de programas de especialização e MBA, cinco programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam cerca de 3.500 metros quadrados. Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações em up.edu.br/

Sobre a UPX Sports

A UPX Sports é o maior e mais completo centro esportivo do Paraná. Instalada no campus da Universidade Positivo, em Curitiba, é composta por academia, ginásio olímpico, quadras cobertas e ao ar livre, piscinas adulto e infantil, pista de atletismo, pista de caminhada ao redor do lago  e campo de futebol oficial e society (@upxsports).

Aumento de acidentes de trânsito no fim do ano eleva necessidade de transfusões sanguíneas

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Baixa em estoques de sangue interfere na rotina de hospitais, especialmente daqueles que atuam como referência em traumas

Feriados, Copa do Mundo, Natal e Ano Novo. À medida que as festividades de fim de ano se aproximam, a tendência é que muitas pessoas saiam da rotina, viagem e, com isso, o impacto nos estoques de sangue de hemocentros de todo o país parece ser inevitável. O problema se repete justamente no período em que a demanda por sangue cresce devido ao maior tráfego de veículos nas estradas e consecutivo aumento de acidentes. De acordo com o DataSUS, são registradas mais de 3,5 mil mortes no trânsito, a cada mês, no país. Mas em dezembro, esse número pode aumentar até 12%, especialmente nos últimos dias do ano.

Vítimas de acidentes de trânsito correspondem a cerca de 12% da demanda do Pronto Socorro do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR). Em 2022, até metade de novembro, foram mais de 3,5 mil pacientes que entraram na unidade por esse motivo. A demanda tão elevada se explica porque a instituição é referência no atendimento de traumas na capital e região metropolitana. O que também faz com que as doações de sangue sejam essenciais para salvar a vida das pessoas que chegam à instituição. “Os acidentados são os que mais precisam de transfusão sanguínea. E se faltarem bolsas de sangue, as vidas desses pacientes podem ficar em risco”, explica o coordenador médico do hospital, José Arthur Brasil.

A baixa em estoques de sangue acaba interferindo na rotina de todos os hospitais, que contam com um banco para realizar a gestão do consumo de hemocomponentes. Para garantir a segurança do processo de atendimento aos pacientes, são estabelecidos estoques mínimos de cada tipo sanguíneo. No Hospital Universitário Cajuru, que também é referência no atendimento SUS em Curitiba, são realizados cerca de 147 mil atendimentos por ano – entre urgências, emergências, cirurgias e consultas laboratoriais. Para isso, utiliza por volta de 410 bolsas de sangue todos os meses no atendimento aos pacientes.

Apesar da doação de sangue ser considerada um ato de preocupação com a saúde pública, apenas 19% dos brasileiros doam regularmente, segundo levantamento feito pela farmacêutica Abbott. Tanto o medo do processo quanto a falta de informação são impeditivos para que 48% dos brasileiros não tenham o costume de visitar hemocentros. O número diminui ainda mais quando se faz um recorte das pessoas com sangue raro dispostas a fazer a doação. Presente em apenas 1% dos brasileiros, o tipo AB- é ainda mais difícil de ser encontrado, quanto mais ser doado. 

Primeiros passos para doar sangue

Considerando que são apenas 14 doadores regulares de sangue para cada mil brasileiros, o estoque está em constante estado de emergência. De acordo com o Ministério da Saúde, no ano passado, 3,1 milhões de doações de sangue foram contabilizadas no país. Para doar, a pessoa deve ter entre 18 e 65 anos, pesar acima de 50 quilos, ter boa saúde, não usar medicamentos e, nos últimos 12 meses, não ter feito tatuagem, endoscopia ou colocado piercing. Antes da coleta, o doador deve dormir, no mínimo, seis horas, não ingerir bebida alcoólica no dia anterior, nem ter praticado atividade física ou fumado poucas horas antes da doação. Ao procurar um hemocentro, deve apresentar o documento de identidade.

Uma única doação pode salvar até quatro vidas. Por isso, é um gesto solidário que dá uma nova chance para pessoas que se submetem a tratamentos e intervenções médicas de grande porte e complexidade, como transfusões, transplantes, procedimentos oncológicos e cirurgias. “É importante que haja a sensibilização de todos nesse processo de doação, afinal sangue não se compra e nem se fabrica. Um ato simples como esse, quando faz parte da rotina, é uma ajuda essencial para que os hospitais sigam no cuidado aos pacientes”, reforça José Arthur Brasil.

Dealersites adquire Performay com meta de chegar a R$ 14 milhões de faturamento

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Aquisição faz parte de parceria da startup paranaense com Followize para alcançar 1,6 mil concessionárias até o final de 2022

A Dealersites, startup que atua na digitalização do mercado automotivo, anunciou a aquisição da Performay, ferramenta de criação de sites, portais e landing pages, desenvolvida para apoiar as concessionárias em sua missão de conquistar espaço no mercado on-line. Com o investimento, a expectativa é ampliar o número de clientes atendidos e melhorar a experiência do usuário no segmento automotivo. Isto acontece após a startup registrar crescimento de 93% durante a pandemia, com previsão de encerrar 2022 com R$ 14 milhões de faturamento, número 133% superior ao do ano passado. 

Com soluções inovadoras voltadas para digitalizar concessionárias e facilitar a venda on-line, a aquisição acompanha a busca da Dealersites em se manter líder no segmento de plataformas digitais e sites para o setor automotivo. Segundo o CEO da startup, Cesar Cantarella, o olhar está voltado para continuar a impulsionar a transformação digital e fortalecer os vínculos comerciais. “Somos a principal escolha das concessionárias de automóveis no Brasil. E, aquilo que já fazemos com muita propriedade na venda de carros zero quilômetro está se consolidando também para motos, veículos seminovos e caminhões. Mais uma prova da autoridade no segmento automotivo, construída ao longo de todos esses anos”, pontua. 

Para que a expansão seja possível, a startup paranaense firma uma parceria estratégica com a Followize, empresa criadora da funcionalidade Performay. Com a soma de experiências sobre o mercado automotivo, a integração permite que a ferramenta leve ainda mais competitividade e inovação, reforçando atributos como liberdade, agilidade e indexação de SEO. “O investimento permite colocar a digitalização das concessionárias um passo à frente e focar em ajudar o nosso consumidor final. Unidos vamos conseguir ter uma oferta mais completa ao setor, que é gigantesco”, explica o head comercial da Dealersites, Marcos Pavesi. 

A Followize conta com mais de 1,2 mil concessionárias na carteira de clientes e auxilia na organização e padronização do processo de vendas online, além de acompanhar os resultados por meio de relatórios detalhados. Segundo o CPO da empresa, Anderson Gil, a promessa é que, a partir dessa parceria, os clientes tenham ganho em performance e otimização na jornada de compra. “Acreditamos muito no sucesso dessa integração, que vai permitir uma evolução na experiência de usuário e concessionária. No final, quem ganha são os nossos clientes”, reforça.

Novo momento

Até o fim deste ano, o número de concessionárias atendidas deve chegar a 1,6 mil. Os planos da Dealersites são arrojados, mas vêm na esteira de uma sequência de bons resultados. A cada mês, as soluções da startup geram em média 2 milhões de visitantes e mais de 200 mil leads aos clientes. Isso representa um movimento inverso de demanda, uma vez que, nos meios digitais, o cliente final é quem encontra as concessionárias. “Além do bom uso dos recursos tecnológicos, há preocupação com a performance de vendas e o ranqueamento do site, bem como com a análise e integração de dados, que ajudam nas estratégias e tomadas de decisão de cada cliente”, avalia o head comercial.

E o investimento segue um planejamento cuidadoso, visando ampliar a base de clientes e digitalizar cada vez mais o mercado automotivo. Afinal, as compras on-line viveram um crescimento significativo no setor automotivo nos últimos anos, principalmente durante a pandemia. É o que aponta o Índice de Transformação Digital do Setor Automotivo (ICTd), feito pelo CESAR, centro de inovação sediado em Recife (PE), em parceria com a Automotive Business. Apenas em 2021, o segmento apresentou 66,15% de maturidade em sua digitalização, um resultado oito pontos percentuais maior na comparação com 2019. “A jornada do cliente está caminhando para se tornar 100% digital, o que vai trazer facilidades e incremento à experiência do comprador”, finaliza Pavesi.

Sobre a Dealersites

A Dealersites é uma startup paranaense que atua na digitalização do mercado automotivo. Criada em 2015, a startup tem mais de mil clientes em todo o país. O foco da empresa é atuar na experiência do consumidor, investindo em estratégias de marketing digital para gerar maior conversão para as concessionárias. Para isso, desenvolve plataformas digitais 100% voltadas ao setor automotivo, à performance de vendas e a análises e integração de dados, além de realizar um trabalho de SEO para manter os clientes bem ranqueados nos mecanismos de busca e oferecer indicadores de marketing digital – como métricas de analytics – que ajudam nas estratégias e tomadas de decisões.

Livro e eBooks sobre dança e política abordam políticas públicas na dança

Disseminar e capilarizar questões relacionadas às políticas públicas na dança, assim como registrar e viabilizar o acesso em âmbito internacional a pesquisas e experiências acerca da realidade brasileira na área, são os objetivos do projeto “Publicações em dança e política e o Plano Nacional das Artes/Dança para o Brasil: da perspectiva local para a expansão global”. 

A proposta abrange a publicação do livro “A Dança na Política Nacional das Artes” e, ainda, o lançamento, em formato eBook, da obra “Dança e Política: estudos e práticas”, em três versões, editadas em Inglês, Espanhol e reedição em Português, coorganizadas por Marila Velloso (PR) e Rafael Guarato (GO). Impressa originalmente em 2015, pela Editora Kairós, com recursos do Fundo de Cultura de Goiás essas novas edições se concretizam, em formato digital, também viabilizadas pelo Fundo. A produção reúne artigos e relatos de artistas, produtores e pesquisadores dos estados de Goiás e do Paraná, entrelaçando-os com pesquisas de âmbito nacional. 

Para Marila Velloso, que atua para o fortalecimento da expressão artística na América do Sul, e tornou-se referência internacional como Consultora da Unesco na Área da Dança para a Política Nacional das Artes (PNA), a artista, com o novo projeto, pretende projetar internacionalmente a produção de conhecimento da área:

“Disseminar conhecimento é uma das obrigações de quem pesquisa, produz e gera ambientes políticos. Lançar o eBook em outras línguas é uma forma de permitir o acesso de outras pessoas ao que já foi construído, por nós, nos últimos anos, explica.  O pesquisador, historiador e coorganizador dos Ebooks Rafael Guarato complementa: “A atenção do livro se concentra na necessidade da pesquisa das interações entre a dança e a política no Brasil”.

A estruturação da Dança na Política Nacional de Artes ocorreu a partir de um processo de escuta e diálogo permanente com os diferentes agentes da cadeia produtiva da dança, representantes da sociedade civil organizada, artistas, gestores, produtores juntamente com o articulador político de Dança, Rui Moreira (RS) e o administrador e especialista em gestão e políticas culturais Fabiano Carneiro (RJ), que destaca a relevância do registro organizado por Velloso: “Todo o processo de produção da obra constitui-se em legados institucionais de dimensões amplas, que podem e devem servir de norteadores para que gestores culturais possam se debruçar no trabalho, no encaminhamento e na implementação em todo o território nacional de políticas públicas direcionadas para o segmento das artes”, destaca.

Rui Moreira também valida a importância do registro histórico das ações que resultaram na obra: “Esse livro mostra o ensaio para a efetivação das políticas públicas apresentadas para que, agora e no futuro, possamos concretizar o cenário de discussões descrito na pesquisa apresentada”.

As obras ainda contam com a participação de outros pesquisadores, como o cientista político Manoel Neto (PR) e a coreógrafa, docente e intérprete de dança contemporânea, Edith Corrêa. A artista paraguaia, que assinou o prefácio da versão em espanhol do eBook, frisa que o conteúdo do material é fundamental para que os países vizinhos também encontrem formas de pensar a dança de forma mais ampla: “Acho muito importante que o Paraguai tenha acesso ao conteúdo deste livro em espanhol e possa aprender sobre os processos de defesa dos direitos dos trabalhadores da dança, visibilidade do setor e questões de extrema importância para a construção de experiências”.  

Com longa trajetória de ativismo, Manoel Neto, um dos autores da obra, conclui:  “Os estudos olham pra alguns segmentos que antes não eram estudados. Eles apontam a necessidade de maior compreensão da economia da dança na política cultural, para os trabalhadores da dança e, nesse sentido, abre perspectiva pra que haja um impacto na sociedade, já que a dança é uma expressão importante para o desenvolvimento social e humano, inclusive na construção da brasilidade”.

Serviço:

Lançamento do eBook Dança e Política: estudos e práticas, edições em Inglês 

28/11 – eBook Dance and politics: studies and practices (em Inglês)

Local: Remoto às 13h

Link Google meet:  https://meet.google.com/wef-hquq-uks 

Se quiser participar por telefone, ligue para (BR) +55 41 4560-9937 e digite este PIN: 940 452 735# 

Mais números: https://t.meet/wef-hquq-uks

30/11 – eBook Danza y Politica: estudios y prácticas (em Espanhol)

Local: Remoto às 14h

Link Google meet:  https://meet.google.com/sah-sfgv-mfi 

Se quiser participar por telefone, ligue para (BR) +55 11 3957-9008 e digite este PIN: 400 191 934# 

Mais números: https://t.meet/sah-sfgv-mfi

Natal de descobertas em Curitiba: Papai Noel recruta crianças para solucionar problema do aquecimento global

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Em noite de aventura e aprendizado, crianças interagem com rota criativa para ajudar o Bom Velhinho a cuidar da natureza

Todo dia 25 de dezembro, Papai Noel percorre o mundo em seu trenó, distribuindo presentes para crianças de todas as idades e regiões. Mas o que ele faz durante o resto do ano? Em novembro e dezembro, crianças de todas as idades poderão descobrir que Papai Noel ajuda a proteger a natureza e, de quebra, participar de uma aventura para solucionar problemas ambientais do planeta Terra. Esse é o enredo do evento Inventuras Natalinas, com quatro datas programadas para este fim de ano na UP Experience, em Curitiba. A atividade lúdica é criação da empresa Fora do Quadrado, da pedagoga e doutora em Educação Camile Gonçalves Hesketh Cardoso.

Em uma experiência multissensorial, a rota de aprendizagem usa a literatura para oferecer aos pequenos uma vivência única e cheia de descobertas. Com a união de arte, cultura, educação, contação de histórias e diversão, o programa propõe um momento de construir memórias afetivas. “Usamos uma história repleta de surpresas e desafios para trazer as crianças a um universo mágico, incentivando a criatividade e a imaginação. Elas se envolvem na narrativa e podem experimentar diferentes sensações ao longo do trajeto”, conta Camile.

Depois de ouvirem uma história surpreendente, crianças e seus familiares precisam se juntar ao Papai Noel Verde para resolver um grave problema identificado por ele no Polo Norte. Sem essa ajuda, o Natal, os contos de fadas e o futuro do planeta estarão em sério perigo. A atividade se desenrola por diversos pontos do Campus Ecoville da Universidade Positivo e, ao longo do caminho, os participantes encontram cartinhas deixadas por alguns personagens dos contos de fadas, pedindo a ajuda do Papai Noel. Em um ponto da aventura há o encontro com o próprio Bom Velhinho, que conta como trabalha nos outros 364 dias do ano para salvar o planeta. Além da rota de aventura, todos participam, também, de um piquenique noturno com temática natalina.

Ação social

Faz parte da programação, ainda, uma ação social promovida pela UP Experience e pela Fora do Quadrado. 100 crianças do projeto social da Associação Musical Alegro e outras 100 crianças do Centro de Educação Infantil Maria Amélia (AMA) serão convidadas a se juntar à diversão. Essas crianças também receberão todo o lucro arrecadado com o evento, por meio de livros doados a elas. Para o diretor da UP Experience, Eduardo Faria, essa é mais uma oportunidade para trazer a comunidade para dentro dos espaços da UP Experience. “Estar em integração com alunos, professores e também com a comunidade que nos rodeia é parte da nossa missão enquanto universidade. Queremos que a UP Experience seja, cada vez mais, um espaço que pode ser desfrutado por todos os curitibanos”, ressalta.

Serviço

Inventuras Natalinas

Quando: 26/11 (sábado); 27/11 (domingo); 03/12 (sábado); e 10/12 (sábado), sempre das 18h30 às 20h30

Local: UP Experience – Universidade Positivo – Campus Ecoville | R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Ecoville

Investimento: Adultos e crianças, a partir de 2 anos (menores de 2 anos não pagam): R$ 65 por participante. Para os ingressos da ação social, o valor é especial de R$ 55.

Inscrições pelo link: linktr.ee/foradoquadrado.com 

Mais informações: www.instagram.com/foradoquadrado.inventuras ou pelo telefone: (41) 98828-2443

Sobre a Fora do Quadrado

A Fora do Quadrado é uma empresa que atua na área da educação na criação de rotas de aprendizagem temáticas e desafiadoras. As rotas de aprendizagem são compreendidas como percursos instigantes e autodirigidos, iniciados com ações individuais, a partir de tarefas, questões, desafios e problemas, em direção a processos colaborativos. Cada rota proporciona situações de aprendizagem e vivências multissensoriais únicas, de forma criativa, lúdica e transformadora, em espaços diferenciados, tendo a literatura como eixo condutor. A Fora do Quadrado é idealizadora da Comunidade de Aprendizagem Econamata (@econamata). www.foradoquadrado.com

Sobre a UP Experience

Formada por Teatro Positivo, UP Expo e pelos campi da Universidade Positivo (Ecoville, Osório e Santos Andrade), e projetada pelo arquiteto Manoel Coelho, a UP Experience é o maior e mais completo centro cultural, esportivo e científico do Paraná para a realização dos mais diversos tipos de eventos. Com mais de 500 mil m², sendo 153 mil m² de área verde, UPX é parte indispensável do ecossistema de eventos e turismo do Paraná e de todo o Brasil. Atuando para ser referência nacional, a UP Experience supera as expectativas do mercado e da sociedade realizando ações com qualidade e sofisticação, e democratizando o acesso de todos à cultura e ao conhecimento. upx.art.br

Seis ideias simples para estimular a criatividade das crianças

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Pequenas intervenções no brincar podem ser ferramentas potentes

Das brincadeiras com os vizinhos de rua à febre dos jogos on-line e redes sociais, a infância sofreu grandes modificações ao longo das últimas décadas. O uso excessivo de telas, mesmo por crianças muito pequenas, pode prejudicar o desenvolvimento de habilidades importantes para toda a vida.

De acordo com especialistas, é preciso estimular atividades que ajudem a desenvolver a criatividade e a imaginação. Isso pode ser feito com intervenções simples no cotidiano das crianças. Para a pedagoga e autora dos materiais voltados à Educação Infantil da Aprende Brasil Educação, Aline Pinto, “falar em crianças na idade da Educação Infantil é, necessariamente, falar de brincadeira, também. O brincar não pode ter um papel secundário, precisa estar no centro de todas as ações com crianças dessa faixa etária, principalmente na escola, mas também em casa”. Ideias simples podem ajudar nessa missão.

Invista no ambiente

Ter à disposição dos pequenos mobiliário e objetos que os convidem a se movimentar e a exercitar a própria imaginação é fundamental, afirma a especialista em Educação Infantil e coordenadora do projeto Pedagogia Sem Verba, Débora Teixeira. “Os recursos presentes convidam as crianças a interagir, despertam a curiosidade e promovem interações. Tudo isso é muito importante”, destaca.

Use o bom e velho papel

Justamente porque hoje as crianças estão constantemente expostas a telas, sejam do celular, do computador ou do tablet, promover brincadeiras que usem o papel é uma ótima ideia. “Usar papel é automaticamente associado a uma prática tradicional, mas é possível possibilitar novas experiências e vivências por meio desse tipo de atividade”, afirma Débora. Em redes como o YouTube e o Pinterest há uma ampla variedade de ideias fáceis de reproduzir usando papel de vários tipos.

Incentive brincadeiras com música

Brincadeiras musicais são sempre um estímulo para que os pequenos se movimentem de maneira livre e potente. “As brincadeiras cantadas são os encontros mais ricos porque funcionam mesmo como um chamado ao movimento. Esse tipo de brincadeira produz aprendizagens que dificilmente serão esquecidas”, diz a especialista.

Tenha a natureza como aliada

Aline lembra que o contato com a natureza é uma necessidade humana e que não é diferente com as crianças. “A natureza, por si só, já é um grande potencializador da criatividade infantil. Tente ocupar os diferentes espaços, as praças, os parques, a zona rural e tudo o que é público. Caixas de areia com alguns objetos também ajudam muito. O importante é que o adulto olhe para esses espaços com intencionalidade, pensando o que é possível desenvolver criativamente em cada um deles”, orienta.

Aposte na literatura

“As histórias nos impulsionam para determinados caminhos, mas sempre podemos construir outros. Use objetos que fazem parte das histórias para incentivar a criança a criar novas brincadeiras e não se limite a brinquedos já acabados”, diz Débora.

Crie circuitos

Por fim, qualquer espaço – interno ou externo – permite a criação de circuitos para que a criança percorra. Por exemplo, sair de um ponto até outro, passando por um obstáculo, é uma ótima atividade que não custa nada e traz muito desenvolvimento.

Aline Pinto e Débora Teixeira são as convidadas do episódio 54 do podcast PodAprender, produzido pela Aprende Brasil Educação, cujo tema é “Ideias simples e criativas para impulsionar aprendizados”. Todos os episódios do PodAprender estão disponíveis gratuitamente no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts do Brasil. 

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Sobre o Aprende Brasil

O Sistema de Ensino Aprende Brasil oferece às redes municipais de Educação uma série de recursos, entre eles: avaliações, sistema de monitoramento, ambiente virtual de aprendizagem, assessoria pedagógica e formação continuada aos professores, além de material didático integrado e diferenciado, que contribuem para potencializar o aprendizado dos alunos da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Saiba mais em http://sistemaaprendebrasil.com.br/.

Com conceito de “Spa Urbano”, Espaço Voga é lançado em Curitiba

Oferecer o que há de mais moderno em serviços de beleza e bem-estar de forma personalizada e exclusiva: essa é uma das propostas do Espaço Voga, que será lançado em Curitiba no próximo dia 29 de novembro, após uma reforma completa. 

Em um só local as clientes podem desfrutar de todos os serviços convencionais de salões de beleza – como cabelo, manicure, podologia, maquiagem, alongamento de cílios e micropigmentação de sobrancelhas – além de outros atrativos, como espaço da noiva, estúdio fotográfico e Day Spa. 

A ideia de trazer à Curitiba um Spa Urbano partiu da empresária e idealizadora do projeto, Michelle Damian. “Eu sempre gostei de acompanhar o mercado, estudar franquias e o mercado feminino me chamou a atenção por ser cada vez mais apontado como uma das mais acentuadas tendências de crescimento do mundo. Mesmo em cenários econômicos desfavoráveis a mulher nunca deixou de consumir, ela gosta de se sentir bem e bonita, costuma fazer as unhas toda semana, compra sapatos, roupas”, conta Michele, que era cliente do salão que ficava no mesmo endereço. Aos poucos, a empresária começou a perceber que poderia trazer um conceito diferente – mais novo e completo – de serviços para a capital paranaense. E foi o que ela fez. 

Dentro do conceito do Espaço Voga as clientes podem contar com serviços e acompanhamento contínuo e individualizado – pensados cuidadosamente para se encaixarem na rotina de cada uma delas. Um exemplo é que o espaço abre às segundas – o que não é tão comum nesse setor. No espaço da noiva, que é anexo ao Spa, a mulher pode passar o dia com amigas, fazer toda a produção, massagem – além de contar com uma maquiadora especializada para garantir um embelezamento mais natural, dentro do conceito de aceitação do próprio corpo, um dos pilares do Espaço Voga.

Outro diferencial do local é o estúdio fotográfico, que será comandado pela fotógrafa Karina Rocha: em um só ambiente a cliente usufrui de toda a estrutura técnica e de vários cenários para registrar momentos únicos e datas especiais: as produções nesses locais são voltadas para as noivas, aniversariantes, profissionais (fotos empresariais) e até mesmo para fotos sensuais. Já o Spa oferece diversas terapias, como massagens relaxantes, terapêuticas, shiatsu, drenagem, banheira de imersão com sais de banho – além de um grande diferencial: a massoterapia indiana. 

Diferencial: Terapias indianas

Essa é uma massagem que envolve troca de energia, técnica essencialmente indiana que ativa os chacras e pontos do corpo. Ela é focada no equilíbrio físico, mental e espiritual para quem busca bem-estar e uma vida saudável. 

No Espaço Voga, essas terapias são supervisionadas pelo massoterapeuta indiano Deepak: ele é especialista em massagem ayurvérdica, abhyanga e champissage. É uma mistura de relaxamento, energia e cuidado no equilíbrio certo. A massoterapia indiana é oferecida de segunda à sexta-feira. “As pessoas acreditam muito na estética do antes e depois. Eu penso que a mudança está atrelada a um novo comportamento e estilo de vida, por isso meu foco é no bem-estar”, afirma a proprietária. 

Com o Espaço Voga, Michelle mira em um setor que acumula recordes bilionários: apenas no ano passado, o segmento de franquias do ramo de saúde, beleza e bem-estar faturou quase 39 bilhões de reais, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). “Minha expectativa é que esse lançamento me traga prospecção de novos negócios. Espero ter acesso a um novo público e conquistar mais clientes, mostrando o espaço, o investimento que fizemos e os serviços personalizados que oferecemos aqui”, finaliza a proprietária, Michelle Damian. 

Serviço

Espaço Voga Bem-Estar & Beleza 

Endereço: Rua Padre Germano Mayer, 1953 – Bairro Hugo Lange, Curitiba 

Horários de funcionamento: Segunda à sábado, das 9h às 20h

Museu do Holocausto de Curitiba foi palco do lançamento de dois livros

O Museu do Holocausto de Curitiba promoveu, no último domingo, o lançamento dos livros Entre as sombras e os sóis, de Carlos Reiss, e Herança, do premiado escritor Jacques Fux.

O Museu do Holocausto é o primeiro dessa temática no Brasil e tem por objetivo recordar o genocídio de judeus, cometido pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, e que resultou na morte de cerca de seis milhões de pessoas. O Museu também realiza atividades para combater o ódio, a intolerância, o racismo e o preconceito.

Entre as sombras e os sóis
Em Entre as sombras e os sóis, Carlos Reiss, coordenador do primeiro Museu do Holocausto do país, concebe a biografia de Sala, sua avó paterna, como fruto de mais de 20 anos de pesquisas sobre o mundo judaico e o Holocausto.

A narrativa apresenta descobertas e histórias, reconstruindo algumas passagens históricas e traços da personalidade de Sala. Entretanto, Carlos afirma que contar a jornada de sua avó e de traçar suas raízes não foi fácil, devido à desestruturação de ramos familiares pós-Holocausto e imersão consciente em capítulos obscuros não apenas dela, mas da história do povo judeu.

Carlos tinha apenas 13 anos quando Sala faleceu, em 1994. “Ainda criança, apesar de ouvir histórias da guerra durante os almoços de domingo, ninguém em volta da mesa se preocupava em guardar ou em registrar para a posteridade — fruto também de uma construção traumática daquelas memórias”, diz.

“Sendo assim, o objetivo principal do livro é imortalizar sua história, acompanhar sua trajetória pelo Gueto de Lodz, Polônia, e por campos de concentração e extermínio — incluindo o complexo de Auschwitz —, e registrar sua força e capacidade de resiliência para construir uma nova família, após perder tudo e todos em meio às sombras e à escuridão do genocídio”, completa Reiss.

O livro — cujo título é inspirado na canção “Minha Casa”, do compositor Zeca Baleiro — é um mergulho nas histórias de uma jovem que atravessou grandes atrocidades e reuniu forças suficientes para erguer uma nova vida e criar três filhos.

Herança
Em Herança (Editora Maralto), o premiado escritor Jacques Fux partiu de uma pesquisa de seis anos sobre os diários de crianças que estiveram em campos de concentração para explorar o pós-memória de um trauma geracional e reproduzi-lo em uma ficção que acompanha Sarah, Clara e Lola — três mulheres, representantes de diferentes gerações de uma mesma família — com histórias que se cruzam e que vivenciaram o nazismo de formas diferentes.

Sarah, aos 15 anos, foi obrigada a viver no Gueto de Lodz, Polônia, sendo lentamente privada de sua juventude, mas ela resiste ao escrever em seu diário. Anos mais tarde, sua filha, Clara, luta contra a dor intergeracional do Holocausto, contra a distância e a frieza impostas pela mãe, atada em silêncios. Por fim, Lola, filha de Clara, também recebe esse legado, elaborando a era da catástrofe e da barbárie, de forma poética e crítica em suas “notas”.

“Apesar de ser um livro de ficção, todas as histórias e personagens são reais. Se o leitor for buscar os diários, vai ver que eles existiram e perceber a dura realidade do trauma geracional ocasionado na Segunda Guerra Mundial”, destaca Jacques Fux.

A obra é uma história de três vozes combatendo o sofrimento, o apagamento das narrativas e a violação da própria humanidade. Ainda que seja doloroso falar do passado, as três personagens do livro se posicionam, cada uma a seu modo, diante das violências históricas e de suas memórias, tentando sempre se manterem de pé e pavimentar o futuro.

Sobre os autores
Nascido em Belo Horizonte, Carlos Reiss hoje coordena o Museu do Holocausto de Curitiba, que conta a história de vítimas deste genocídio e transmite seus legados e lições éticas. Gestor e consultor, foi responsável pela concepção pedagógica do espaço, com organização de materiais, ações educativas, curadorias e treinamentos.

Jacques Fux é ficcionista, ensaísta e tradutor. Graduado em Matemática e mestre em Computação, tem doutorado em Literatura Comparada pela UFMG e pela Université de Lille (França).

Foi pesquisador na Universidade de Harvard de 2012 a 2014. É autor dos romances Antiterapias, Brochadas e Meshugá, além de ensaios e livros infantis. Seus livros e contos já foram publicados na Itália, no México, no Peru, em Israel, nos Estados Unidos e na França.

Mascotes contribuem com desenvolvimento socioemocional e aprendizado na infância

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Uso de personagens em casa e na sala de aula é ferramenta para gerar identificação na primeira infância, tornando mais fácil o aprendizado

Quando uma criança começa a trajetória escolar, ela passa por uma série de mudanças de rotina que podem ser desafiadoras e, muitas vezes, até assustadoras. A separação dos pais ou responsáveis, a convivência com pessoas que, até então, eram desconhecidas, horário para acordar, comer e voltar para casa, tudo é uma grande novidade. Por isso, é muito importante que os pequenos tenham a clareza de que não estão sozinhos nesse processo. E as mascotes e personagens são perfeitas para isso.

“Oi, eu sou o Júlio. Eu tenho muito medo de falar na frente de meus colegas. Sempre que sou chamado para fazer isso fico bravo. Parece que vou congelar e estou sozinho, sem apoio ou companhia.” Atribuída ao simpático desenho de um menininho, essa fala faz parte do material didático do Sistema de Ensino Aprende Brasil, usado em escolas públicas municipais de todo o país. A intenção é trazer para a criança situações socioemocionais que podem ser vivenciadas por qualquer pessoa e, assim, fazer com que ela se identifique e reflita sobre si mesma.

Para a gerente editorial da Aprende Brasil Educação, Cristina Kerscher, o uso de personagens traz identificação com as crianças, principalmente com as mais novas. “É como se ela estivesse lendo uma historinha. Tudo o que acontece, as personagens estão envolvidas e isso faz com que haja uma identificação imediata”, explica. Ela ressalta que a presença de personagens e mascotes – tanto no material didático quanto na sala de aula – funciona como um incentivo para que a criança se sinta acompanhada. “É como se trouxéssemos alguém para caminhar com a criança por aquela trilha de aprendizagem. Algo como ‘olha, seu amiguinho está aqui com você’”, completa.

Uma turma de amigos

O universo infantil é repleto de personagens. Eles estão nos livros, nos gibis, nos desenhos animados e até nas embalagens de produtos destinados às crianças. É comum encontrar crianças pequenas trajadas como suas personagens prediletas. Isso acontece justamente por causa dessa identificação que surge entre os pequenos e essas criaturas imaginárias. Para a professora de Psicologia da Universidade Positivo (UP), Katia Biscouto, as pessoas se identificam com figuras que são importantes para elas e é muito importante, para quem está na escola, fazer amigos. “Ter uma personagem significa que eu tenho mais um amigo. Isso tem grande impacto em crianças que não têm facilidade para fazer amigos, por exemplo. É o que chamamos de identificação por par, com pessoas da mesma idade e da mesma realidade”, afirma.

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Sobre o Aprende Brasil

O Sistema de Ensino Aprende Brasil oferece às redes municipais de Educação uma série de recursos, entre eles: avaliações, sistema de monitoramento, ambiente virtual de aprendizagem, assessoria pedagógica e formação continuada aos professores, além de material didático integrado e diferenciado, que contribuem para potencializar o aprendizado dos alunos da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Saiba mais em http://sistemaaprendebrasil.com.br/.