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Quase 30% da população brasileira entre 15 e 64 anos ainda é considerada analfabeta funcional

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Especialistas defendem união de esforços para superar desafio da alfabetização no Brasil e que a saída está no Ensino Fundamental

O panorama da alfabetização no Brasil precisa mudar. Hoje, quase 30% da população entre 15 e 64 anos é considerada analfabeta funcional, ou seja, reconhece as letras e palavras simples, mas tem dificuldade em compreender textos completos. Para especialistas, o ensino fundamental e as famílias podem promover a revolução necessária neste cenário. 

Haroldo Andriguetto Júnior, presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR), reforça o papel de toda a sociedade nesse processo. “Não podemos aceitar que quase um terço da população adulta ainda enfrente dificuldades básicas de leitura e compreensão”, diz. “Costumamos dizer que a educação não tem preço, tem valor. Investir na alfabetização desde os primeiros anos do ensino fundamental é investir no desenvolvimento social e econômico do Brasil”, completa. 

Tempo não garante qualidade

Os dados sobre o analfabetismo funcional vêm do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf),  um estudo amostral que coleta informações sobre o analfabetismo funcional e completa indicadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

No último ano, a pesquisa foi feita com cerca de 2,5 mil brasileiros entre 15 e 64 anos, avaliando as competências de leitura, escrita e matemática em situações cotidianas. O Inaf mostra que há um grande número de pessoas que não conseguem chegar ao alfabetismo em nível consolidado mesmo tendo maior escolaridade.

De acordo com os últimos resultados divulgados, em 2024, oito em cada dez pessoas que cursaram apenas os anos iniciais do Ensino Fundamental permanecem na condição de analfabetismo funcional e 19% chegam apenas ao nível elementar. Entre os que cursaram os anos finais do Ensino Fundamental, 43% podem ser classificados como analfabeto funcional, 40% têm alfabetismo elementar e apenas 17% chegam ao nível consolidado de alfabetismo. 

Desigualdades em foco

Para Danielle Carmassi, diretora pedagógica do Colégio Sagrado Coração de Jesus, de Curitiba, entre as explicações pode estar a desigualdade social do país. Um bom processo de aprendizagem (e de alfabetização), reforça, pressupõe que a criança tenha uma boa qualidade de vida: acesso à educação de qualidade, alimentação rica, boas noites de sono e uma família estruturada que possa dar suporte e acompanhe os processos de ensino. 

“Há crianças que realmente não têm acesso a recursos como livros e jogos, que não têm uma família que incentiva a alfabetização, porque falta tempo, conhecimento ou estrutura para isso”, reconhece. “São diversos fatores que atingem as nossas crianças no Brasil e que afetam esse resultado, como a desigualdade social e a pobreza”, completa.

No cenário ideal, é preciso atenção

E quando há condições para tal, a especialista defende que a alfabetização deve ser um processo natural e contínuo, ou seja, não pode terminar na sala de aula. “Além de fazer a descoberta das letras, da escrita das palavras, a criança precisa contextualizar esse aprendizado ao mundo ao seu  redor. Nesse contexto é importante a participação da escola e das famílias”, sugere. “Isso pode acontecer na simples leitura das placas da rua em um passeio com a criança”, exemplifica.

No ambiente escolar, que é estruturado para a alfabetização, Danielle indica a criação de rotinas de leitura e contação de histórias, além de inserir o aprendizado em projetos maiores sobre a leitura e a escrita, aproveitando o grande acesso à informação de uma forma positiva. “Não é somente decodificar, é preciso compreender, fazer uma leitura de mundo”, avalia.


Papel da família

A diretora também chama atenção para a ansiedade de muitos pais, que desejam que os filhos aprendam a ler cada vez mais cedo. Para ela, é essencial compreender que a alfabetização é um processo gradual. 

“A família deve ser parceira da escola, incentivando e apoiando a criança em cada etapa. Mais do que cobrar resultados imediatos, é importante comemorar as conquistas e criar um ambiente de confiança. Assim, garantimos que o aprendizado aconteça de forma saudável e prazerosa, sempre com o bem-estar da criança em primeiro lugar”, conclui.

Patentes são a segurança que a indústria brasileira precisa para inovar ainda mais

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Por Cassio Pissetti*


A indústria nacional tem plena capacidade técnica e criatividade abundante para se desenvolver e inovar. O que falta, na maior parte do tempo, é transformar essa criatividade em soluções protegidas, valorizadas e reconhecidas, dentro e fora do país. A proteção do patrimônio intelectual não é mero capricho: garante retorno sobre o investimento e segurança para evoluir. Mas, para que isso aconteça com mais frequência, é necessário haver uma mudança na mentalidade dos empresários e tornar o processo de patentes mais difundido entre as companhias nacionais.

Não é estranho que muitos empresários sintam que o processo de patentes é complicado ou distante da realidade da indústria, principalmente quando se trata de empresas de menor porte, que precisam concentrar esforços em produção e vendas para manter uma operação saudável. Mas a verdade é que proteger soluções técnicas não precisa ser um processo inacessível ou pesado.

O Brasil avançou nos últimos anos para reduzir o tempo de análise de patentes e já conta com profissionais especializados que orientam companhias na preparação da documentação exigida de forma mais ágil e clara. É fundamental entender, de uma vez por todas, que patentes não são burocracia, mas sim ferramentas estratégicas para a indústria nacional inovar e crescer com base em tecnologia própria.

Ainda assim, o que se observa é uma estabilidade nos registros de patentes no país. Em 2024, foram feitos 27.701 pedidos de patentes de invenção, um número levemente abaixo dos 27.918 de 2023, segundo dados do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Mais expressiva foi a queda nas concessões: o número de patentes efetivamente concedidas caiu de 19.204 em 2023 para 12.914 em 2024, uma retração de 32,8%.

Os setores que mais buscam a proteção para suas inovações no Brasil continuam sendo Química e Farmacêutica, Mecânica e Sistemas Industriais, além das chamadas tecnologias verdes, como soluções de eficiência energética e fontes renováveis, entre elas solar e eólica — temas cada vez mais urgentes frente à crise climática. Pedidos com exame prioritário hoje podem ter resposta em até 10 meses, uma redução considerável frente a anos anteriores, diz o Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS).

No cenário internacional, a movimentação é mais acelerada. Em 2023, o mundo registrou 3,55 milhões de pedidos de patentes, um crescimento de 2,7% em relação ao ano anterior, puxado por países como Índia (+15,7%), Japão (+3,7%) e China (+3,6%), segundo o World Intellectual Property Indicators 2024 (Relatório Mundial de Indicadores de Propriedade Intelectual 2024). A Ásia concentra 68,7% dos pedidos mundiais, seguida pela América do Norte (17,8%) e pela Europa (10,3%).

Uma das possíveis explicações para a diferença entre o Brasil e os líderes globais está na baixa adesão nacional ao Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT). O Brasil é signatário do tratado, mas ainda existe pouco conhecimento sobre ele entre pequenas e médias empresas, além da percepção de que o custo inicial (taxas e assessoria, em torno de R$ 10 mil) é elevado. Em 2024, conforme o Inngot – WIPO Reports Growth, o PCT recebeu 273.900 pedidos de patente no mundo, um aumento de 0,5% frente a 2023. Outro fator que desmotiva este crescimento no nosso país, é a demora do órgão responsável em conceder a patente, o que permite pirataria ao longo do processo de concessão que, por vezes, pode demorar muitos anos.

No Brasil, a maioria dos pedidos via PCT parte de grandes empresas ou multinacionais dos setores farmacêutico, químico e de tecnologia da informação. Falta incentivo para que outros segmentos industriais também acessem esse instrumento — e, mais que isso, falta consolidar uma cultura de inovação e de proteção da propriedade intelectual no país.

É nesse cenário que ganham força programas como o Patentes MPE e o Exame Prioritário do INPI, além das linhas de apoio da Finep e cursos gratuitos oferecidos por instituições como o Sebrae. São alternativas concretas para que micro e pequenas empresas possam transformar suas inovações em vantagem competitiva. O desafio, muitas vezes, está menos na estrutura e mais na falta de informação, orientação técnica e cultura empresarial voltada à proteção de conhecimento.

Muito além de ter boas ideias, inovar significa colocá-las em prática com consistência, qualidade e segurança jurídica. Proteger soluções é garantir que o esforço da equipe, os recursos investidos e o conhecimento aplicado resultem em retorno real para a empresa e para o setor e para o país.

*Cássio Pissetti é CEO da Engepoli, que conta com 14 patentes em mais de 31 países, voltadas à soluções para iluminação natural que trazem economia e sustentabilidade para grandes empresas e indústrias.

Eventos climáticos extremos exigem construções mais seguras e resistentes

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Durabilidade, sustentabilidade e qualidade dos materiais utilizados em construções são fundamentais para enfrentar os desafios trazidos pelas mudanças climáticas

O novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta para o impacto dos eventos climáticos extremos na América do Sul e no Caribe. O estudo destaca, por exemplo, recordes de inundações e furacões na região em 2024, agravadas pelo fenômeno El Niño. Com a expectativa de ocorrências como essas serem cada vez mais comuns, cresce a demanda por soluções construtivas mais robustas e seguras. 

Na feira International Roofing Expo – IRE 2025, realizada no Texas, Estados Unidos, a necessidade de se ter construções com coberturas mais resistentes foi uma das principais pautas. O evento destacou três grandes preocupações da indústria global: durabilidade, sustentabilidade e qualidade dos materiais para enfrentar os desafios das mudanças climáticas. 

Cassio Pissetti, diretor técnico e comercial da Engepoli, explica que nos Estados Unidos há regulações rigorosas para a construção de coberturas em áreas propensas a eventos climáticos extremos. Em Miami, através do Miami Dade Code, por exemplo, são exigidas estruturas e envelopamentos das construções que suportem ventos fortes e furacões, prevenindo colapsos e garantindo a segurança dos ocupantes e dos patrimônios.

Ainda não há regulamentações específicas para esse tipo de risco no Brasil. Além disso, a busca por redução de custos tem resultado em construções com estruturas cada vez mais esbeltas e menos robustas. Esse cenário pode ter consequências graves, como demonstrado em incidentes recentes, como casos de destelhamentos, quedas de coberturas em sua totalidade.

“Por aqui, a responsabilidade por acidentes estruturais ainda não é tratada com a mesma seriedade que nos Estados Unidos, onde o responsável técnico pode ser julgado e condenado caso uma cobertura ceda devido a eventos climáticos”, afirma Pissetti.

Diante desse panorama, grandes empresas que operam no Brasil já começam a adotar padrões mais rigorosos, buscando galpões certificados pela FM Global, empresa de seguros e engenharia de prevenção de perdas que atua em todo o globo, mesmo quando não possuem seguro FM Approval. A certificação FM Approval é concedida após rigorosos testes, incluindo simulações de ventos com força de furacão, chuvas de granizo, fogo e altos impactos, garantindo que os produtos atendam aos mais altos padrões de resistência e qualidade.

“Esse movimento tende a se expandir para empresas menores à medida que percebem a maior resistência dessas estruturas”, acrescenta o diretor da Engepoli.

Empresas como a Engepoli, uma das principais companhias brasileiras no desenvolvimento de soluções de iluminação e ventilação natural para indústria e logística, estão na vanguarda dessa transformação. Com 25 anos de experiência, a Engepoli é uma das 10 empresas no mundo a possuir esse reconhecimento no segmento de domos, sendo a única na região da América do Sul, América Central e Caribe. 

“A certificação é mais popular em países como Estados Unidos, que sofrem com furacões, tornados e outros desastres naturais”, pontua Pissetti.

O selo FM Approval está nos Sistemas de domos Skylux 555 Ultra e Skylux 777 Ultra, que são os modelos mais populares produzidos pela Engepoli e se sobressaem por sua durabilidade e eficiência. A certificação comprova a conformidade com padrões internacionais e a capacidade de seus produtos e sistemas de atenderem aos desafios mais exigentes. 

Além de possuir esse reconhecimento, a Engepoli é referência em sustentabilidade. A empresa recebeu a certificação LEED Platinum em uma de suas unidades, evidenciando sua preocupação com a sustentabilidade. Também em parceria com a Coca-Cola, para o Centro de Distribuição do Caju, no Rio de Janeiro (RJ), colocando a construção entre os 6% edifícios mais eficientes do mundo em termos de desempenho ambiental. 

Sobre a Engepoli

A Engepoli é uma empresa de soluções para iluminação e ventilação natural de destaque no cenário brasileiro e mundial. Ela oferece produtos certificados e patenteados para empresas, com foco em sustentabilidade, para desenvolver projetos únicos que visam a economia de energia elétrica e o conforto de ambientes. É a única empresa brasileira que oferece sistemas de iluminação natural com 80% de transmissão de luz visível, o nível mais alto do mercado nacional.

Deville Curitiba participa da 3ª edição do Breakfast Weekend

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Deville Curitiba participa da 3ª edição do Breakfast Weekend

O Hotel Deville Curitiba será novamente um dos participantes da 3ª edição do Breakfast Weekend, que acontece entre 27 de setembro e 26 de outubro na capital paranaense. O festival é considerado o maior do Brasil dedicado ao café da manhã e oferece ao público a oportunidade de vivenciar a experiência a um preço fixo, inclusive em hotéis, sem a necessidade de hospedagem.

Durante o período, será possível desfrutar do café da manhã do hotel por um preço fixo de R$ 59,90 por pessoa. O cardápio inclui uma ampla variedade de frutas, frios, opções quentes, sucos, cafés, doces e pratos preparados na hora, como tapiocas e omeletes.

Segundo Jefferson Vidal, Gerente Geral do Deville Curitiba, o café da manhã segue sendo uma das refeições mais importantes do dia e o festival é um convite para que o público redescubra esse momento de forma saudável, saborosa e diferenciada. “A experiência ganha ainda mais força dentro de um hotel, e participar do Breakfast Weekend nos permite mostrar que o restaurante do hotel está aberto a todos, sempre com muita variedade e qualidade”, destaca.

Criado em 2021, em São Paulo, o Breakfast Weekend já atraiu mais de 80 mil pessoas e vem expandindo para diferentes cidades brasileiras. Em Curitiba, a primeira edição aconteceu em 2024 e registrou grande adesão, com a participação de 24 estabelecimentos. A última edição, entre abril e maio de 2025, contou com cerca de 10 mil consumidores só na capital paranaense. O festival se consolidou como tradição local, reforçando a vocação da cidade para o turismo gastronômico. Em Curitiba, o Breakfast Weekend conta com apoio institucional do Curitiba Convention e Visitors Bureau, além do sistema de reservas da DGuests.

Serviço:

Breakfast Weekend Curitiba – 3ª edição

Período: de 27/09 a 26/10

Café da manhã no Hotel Deville Curitiba: R$ 59,90 por pessoa

Horários:
• Segunda a sexta: 6h às 10h
• Finais de semana e feriados: 6h às 10h30

Reservas e informações:
• E-mail: reservas.ctr@deville.com.br
• Telefone: 0800 703 1866
• WhatsApp: (41) 3219-4004
Local: Hotel Deville Curitiba – R. Comendador Araújo, 99 – Centro, Curitiba

Sobre a Rede Deville

A Rede Deville é um dos mais tradicionais grupos hoteleiros do Brasil, com mais de 50 anos de história. O grupo, além de proprietário, administra suas unidades e abrange as marcas Deville Prime, Deville Express e a franquia Marriott São Paulo Airport, primeira franqueada da Marriott International na América do Sul. Em constante expansão, a rede acaba de inaugurar mais uma bandeira Marriott, o novo The Westin São Paulo. Atualmente, a Rede Deville está presente em 10 destinos, com cerca de 1.700 acomodações e mais de 1.200 colaboradores. Com o compromisso de atendimento de qualidade e hospitalidade de excelência, reafirmam sua posição como um dos mais respeitados nomes da hotelaria no país. Para mais informações sobre os hotéis, acesse www.deville.com.br e siga @hoteisdeville nas redes sociais.

FLORESCER mostra a força da economia circular na construção civil

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FLORESCER mostra a força da economia circular na construção civil

Curitiba mais uma vez mostrou por que é referência em sustentabilidade e inovação. A primeira edição do FLORESCER – Ciclos que transformam nossa cidade reuniu profissionais, instituições e convidados em uma roda de conversa inspiradora sobre como os conceitos de economia circular e reaproveitamento de materiais podem se tornar práticas reais dentro do planejamento urbano e da arquitetura do dia a dia.

Abrindo o encontro, Ilana Lerner, do Instituto Jaime Lerner, relembrou a história do programa Lixo que Não é Lixo, pioneiro em Curitiba e no Brasil, que nos anos 1980 alcançou índices de reciclagem inéditos, chegando a 70%. “Foi um exemplo pioneiro, mostrando que o lixo nunca ‘vai embora’. Ele sempre fica e precisa de soluções responsáveis. Curitiba deu ao país uma lição de como a reciclagem é essencial para a sustentabilidade urbana”, disse.

Na sequência, Marília Bender Almeida, fundadora da Caçamba do Bem, reforçou como esses princípios ainda norteiam a construção civil e ganham novas formas de aplicação. “O Instituto Jaime Lerner é um dos grandes precursores desse movimento em Curitiba. A forma como trouxe o conceito do ‘lixo que não é lixo’ para o debate urbano é um pilar de inspiração para o Caçamba do Bem e para muitos que acreditam na economia circular aplicada à construção civil. O FLORESCER nasce dessa influência, mas também com a missão de traduzir esse pensamento para dentro das casas e da vida das pessoas.”

Na sequência, as arquitetas Ana Sikorski e Kátia Azevedo, da Moca Arquitetura, destacaram que o olhar para o futuro também passa por reaprender a utilizar o que já existe. Para elas, dar uma nova vida a materiais e espaços é um exercício de criatividade e responsabilidade, além de uma forma de projetar ambientes mais conscientes e conectados com a realidade atual. Esse processo mostra que, muitas vezes, as melhores soluções estão em repensar o uso do que temos em mãos.

O encontro aconteceu em meio às orquídeas do Orquidário Rosita, espaço que também reforçou a proposta de circularidade. Eduarda Guimarães de Almeida, responsável por Marketing e Eventos do Orquidário, destacou a ambientação criada especialmente para a ocasião. “Todo o cenário foi pensado para dialogar com o propósito do encontro, reforçando a ideia de reaproveitamento e de novas possibilidades para materiais já existentes. Mais do que compor a estética, o espaço foi parte da mensagem, mostrando na prática os princípios da sustentabilidade em pauta.”

Um convite à transformação

Mais do que debater sustentabilidade, o FLORESCER inaugurou um formato inédito de evento, que une reflexão, inspiração e prática em torno de um mesmo objetivo: transformar a relação da cidade com seus resíduos e mostrar que inovação e consciência caminham juntas.

A realização foi do Orquidário Rosita, da Caçamba do Bem, do Instituto Jaime Lerner e da Moca Arquitetura, com apoio da Inove, do Studio Rômulo Lass e da RS Comunicação, além da parceria gastronômica da Prestinaria.

O sucesso da primeira edição deixou claro: quando diferentes olhares se encontram, nascem novas possibilidades para um futuro mais sustentável.

Sobre o Caçamba do Bem

Sob a curadoria da designer de interiores e fundadora do projeto, Marília Bender Almeida, o Caçamba do Bem busca não apenas transformar materiais descartados ou esquecidos em objetos de valor, mas também promover uma mudança de paradigma na construção civil para fortalecer um consumo mais consciente, acessível e circular.

O Caçamba do Bem reforça a importância da sustentabilidade na construção civil e inspira todos a desempenhar um papel ativo nessa transformação. “Acreditamos na capacidade da economia circular em transformar vidas e promover um futuro mais sustentável. Entendemos que precisamos pensar hoje no que buscamos no amanhã, por isso buscamos nos aproximar cada vez mais de marcas e pessoas do ramo que, assim como nós, entendem que o que aquilo que não serve mais para mim pode servir para outro. Assim, estamos batalhando para construir um novo jeito de construir, mais consciente e sustentável”, diz Marília.

Roraima Invest Day reúne 200 empresários em Curitiba e destaca potencial de investimentos no Estado

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Roraima Invest Day reúne 200 empresários em Curitiba e destaca potencial de investimentos no Estado

Curitiba recebeu 200 empresários para o Roraima Invest Day, realizado no Hotel Bourbon, nesta segunda, 22 de setembro. O evento foi apresentado pelo empresário Christian Merhy e organizado pela Quebrantado Consultoria Rural, com o apoio do Governo de Roraima, e teve como foco apresentar as oportunidades de expansão em setores estratégicos como agronegócio, energia e construção civil.

Os números mostram a força do Estado. De acordo com o IBGE, o Valor Bruto da Produção Agrícola de Roraima cresceu 290% entre 2018 e 2023, colocando-o na liderança nacional. Apenas em 2022, o PIB avançou 11,3%, o maior crescimento do País, impulsionado pelo agronegócio, que registrou alta real de 28%.

Para o anfitrião Christian Merhy, o encontro foi uma oportunidade de criar conexões estratégicas entre Paraná e Roraima. “O Roraima Invest Day superou nossas expectativas. Foi uma manhã de muitas oportunidades, em que conseguimos mostrar dados, cases e perspectivas que comprovam porque Roraima é hoje um dos destinos mais atrativos para novos investimentos”, destacou Merhy.

O governador Antonio Denarium reforçou que o Estado está preparado para receber novos investidores. “Roraima é o Estado que mais cresce no Brasil, com terras férteis, abundância de sol, logística estratégica e segurança jurídica. Já temos muitos produtores do Sul instalados e queremos ampliar essa parceria, abrindo caminho para novos negócios e desenvolvimento”, afirmou.

O secretário de Atração de Investimentos, Aluizio Nascimento da Silva, detalhou os diferenciais competitivos. “Produzimos no Hemisfério Norte sem as limitações climáticas de países como os Estados Unidos, colhendo na mesma janela americana com maior rentabilidade. Temos sol em abundância, terras férteis, água e regularização fundiária avançada. Esse conjunto cria um ambiente único para quem deseja investir”, explicou.

Também marcaram presença e contribuíram com o debate: Wagner Severo Nogueira, presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima; Coronel Manoel Sueide Freitas, secretário da Fazenda de Roraima; Coronel Ilmar Soares Costa, secretário adjunto da Casa Militar de Roraima; Ionilson Sampaio de Souza, presidente do Instituto de Terras e Colonizações de Roraima; Marcelo Augusto Parisi, presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima; Marcio Glayton Araújo Grangeiro, secretário da Agricultura, Desenvolvimento e Inovação de Roraima e Raimundo Weber Araújo Negreiros Júnior, secretário de Comunicação Social de Roraima.

O relato de Murilo Ferrari, produtor rural e presidente da Aprosoja Roraima, trouxe ao público uma perspectiva concreta do potencial do Estado. Sua trajetória mostrou como políticas de segurança jurídica e regularização fundiária transformaram desafios em oportunidades. “Chegamos em 2015 e enfrentamos dificuldades iniciais, mas a segurança jurídica e a regularização fundiária abriram espaço para investimentos. Hoje temos 800 hectares plantados e planejamos alcançar 4.500, com até três safras anuais. Roraima é um Estado de oportunidades reais”, afirmou.

O testemunho reforçou a mensagem central do encontro: Roraima já é uma realidade promissora para quem busca expandir negócios no agronegócio e consolidar novos projetos no Norte do país. O sucesso do Roraima Invest Day confirma a relevância de conectar investidores a novos mercados e evidencia a importância de criar pontes sólidas entre empresários paranaenses e o Governo de Roraima, abrindo espaço para um futuro de cooperação e desenvolvimento compartilhado.

Mais informações pelo Instagram @quebrantadoconsultoria

Chão de fábrica: empresa de implantes odontológicos encontra solução para quedas de energia 

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Chão de fábrica: empresa de implantes odontológicos encontra solução para quedas de energia 

Com sede em Campo Largo (PR), a Saint Germain Health Products é uma empresa voltada para saúde, produzindo componentes protéticos odontológicos. Entretanto, constantes quedas de energia estavam prejudicando a produção. Para resolver o problema, a fábrica encontrou uma solução que alia geração de energia com a função de nobreak. E a resposta foi encontrada em parceria com a NHS, uma das maiores fabricantes brasileiras de nobreaks e soluções de proteção elétrica, com sede em Curitiba (PR).

A principal preocupação durante as quedas de energia eram os sete tornos CNC, máquinas para usinagem de alta precisão, que operam por comandos numéricos gerados por computador. “Além dos defeitos causados com a falta de energia, eram muitas horas para reiniciar os equipamentos. Eu precisava de um sistema de nobreak que sustentasse as máquinas nesses momentos por pelo menos 40 minutos, tempo suficiente para desligar a produção. Foi realizado um estudo personalizado, unindo a solução às placas de energia solar”, conta Marlus Sallem, Diretor Industrial da Saint Germain Health Products.

O projeto foi feito com o QUAD Híbrido da NHS. “Nosso sistema é 100% nacional e combina armazenamento por baterias com geração solar fotovoltaica, permitindo o uso da energia mesmo durante apagões, à noite ou em períodos de baixa geração”, explica Rui Procópio da Silva Filho, Diretor de Operações da NHS.

O QUAD opera conectado à rede elétrica ou de forma autônoma, convertendo corrente contínua em alternada com eficiência. A energia excedente gerada pelos painéis solares é armazenada e pode ser usada quando necessário, além de possibilitar a geração de créditos na conta de energia.

Sua versatilidade é um diferencial. O QUAD atende residências, comércios, indústrias, agronegócios e condomínios, incluindo locais remotos ou com infraestrutura limitada. É modular, escalável e ajustável a diferentes necessidades. “Esse é um dos nossos diferenciais, conseguimos dimensionar o produto para fazer o suporte da queda de energia de acordo com a quantidade de equipamentos e tempo que ele precisa ficar ligado”, afirma Elisangela Auer, Diretora Comercial e Marketing da NHS.

Além da segurança e autonomia, o sistema oferece redução real de custos. Ao aproveitar integralmente a energia gerada e reduzir a dependência da rede, o consumidor conquista economia em longo prazo. Como é desenvolvido e fabricado no Brasil, o QUAD conta com suporte técnico direto de fábrica, com atendimento rápido e especializado.

Sobre a NHS

Com mais de 35 anos de atuação, a NHS é uma das maiores fabricantes brasileiras de nobreaks e soluções de proteção elétrica, com sede em Curitiba (PR) e presença em todo o território nacional. A marca é referência no desenvolvimento de tecnologia própria, suporte especializado e compromisso com a continuidade dos negócios de seus clientes, desde profissionais autônomos até grandes corporações.

Serviço:

NHS Sistemas de Energia

Endereço: Av. Juscelino Kubitschek De Oliveira – Ld, 5270

Cidade Industrial de Curitiba, Curitiba – PR, 81260-000

A dopamina e a busca pelo prazer: quando o cérebro se torna refém

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A dopamina e a busca pelo prazer: quando o cérebro se torna refém

A dopamina, neurotransmissor responsável pela motivação e pela sensação de recompensa, é essencial para o funcionamento do cérebro. No entanto, quando estimulada em excesso, pode transformar a busca pelo prazer em um ciclo de dependência difícil de quebrar.

Segundo o neurocirurgião Dr. Denildo Veríssimo, especialista em doenças do crânio, coluna e técnicas minimamente invasivas, “a dopamina é fundamental para o aprendizado, para a memória e para o controle dos impulsos. Mas quando o cérebro é exposto a estímulos constantes, como redes sociais, jogos, consumo exagerado de tecnologia ou até drogas, esse sistema se desregula e passa a exigir doses cada vez maiores de satisfação. O resultado é uma busca incessante que pode comprometer a saúde mental e física”.

Um exemplo marcante da força do sistema de recompensa vem de um experimento clássico realizado em 1954 pelos cientistas James Olds e Peter Milner. Ratos receberam eletrodos em regiões cerebrais ligadas ao prazer e acionavam uma alavanca para obter estímulos elétricos. O resultado foi chocante: os animais ignoraram comida e água, buscando apenas a sensação provocada pela descarga. Muitos chegaram à exaustão e alguns morreram de fome. Esse estudo pioneiro revelou como a dopamina pode assumir o controle do comportamento quando há estímulos repetidos, ajudando a compreender desde vícios químicos até dependência tecnológica.

A lógica é a mesma observada em dependências químicas. Substâncias psicoativas, como álcool e drogas ilícitas, inundam o cérebro com dopamina e reforçam comportamentos compulsivos. “Quando olhamos para a forma como o cérebro reage, percebemos que a dependência digital pode provocar efeitos semelhantes. Curtidas, notificações e recompensas instantâneas acionam os mesmos circuitos cerebrais que levam ao vício em drogas. A diferença está apenas na intensidade, mas o mecanismo é o mesmo”, explica o médico.

Um crescente corpo de estudos aponta que os jogos de azar, especialmente as apostas online, sobrecarregam o sistema de recompensa do cérebro com liberação constante de dopamina, impulsionando comportamentos compulsivos. Só no Brasil, entre janeiro e agosto de 2024, cerca de 24 milhões de brasileiros realizaram apostas online, movimentando mensais da ordem de R$ 21 bilhões, segundo estimativa do Banco Central. Especialistas alertam que a dependência pode se instalar rapidamente, com muitos apostadores utilizando dinheiro destinado à feira de casa ou despesas essenciais, levando ao endividamento, isolamento, desgaste familiar, além de consequências terríveis. Esse tipo de comportamento atua de forma semelhante ao vício químico, porque ativa os mesmos circuitos cerebrais vinculados ao prazer imediato e dificulta a recuperação do controle por parte da pessoa.

A longo prazo, a exposição constante a níveis elevados de dopamina pode provocar alterações significativas no funcionamento cerebral e no comportamento. Pesquisas mostram que esse excesso está ligado à perda de foco, à dificuldade em tomar decisões equilibradas e à tendência a buscar recompensas imediatas de forma compulsiva. Em situações extremas, pode desencadear sintomas graves, como mania, delírios e alucinações. Estudos recentes ainda apontam que o consumo exagerado de conteúdos digitais de curta duração gera mudanças cerebrais semelhantes às observadas em casos de alcoolismo e dependência de jogos, comprometendo memória e concentração.

Nos cérebros em desenvolvimento, o risco é ainda maior. Em crianças e adolescentes, o córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento e pelo autocontrole, não está plenamente amadurecido. A exposição precoce e repetida a estímulos digitais pode interferir na formação saudável desses circuitos, tornando-os mais vulneráveis à desatenção, à instabilidade emocional e a quadros de ansiedade e depressão. Para o Dr. Denildo Veríssimo, compreender essa diferença é essencial para orientar famílias e educadores sobre a importância de estabelecer limites no uso da tecnologia desde cedo.

De acordo com pesquisas recentes, o uso excessivo de tecnologia está associado a sintomas de ansiedade, depressão, irritabilidade e dificuldades de concentração. Além disso, a exposição prolongada à luz das telas prejudica o sono e cria um ciclo ainda mais difícil de romper.

Para o Dr. Denildo Veríssimo, o equilíbrio é a palavra-chave. “Não se trata de demonizar a dopamina. Sem ela não teríamos motivação para estudar, trabalhar ou conquistar objetivos. O problema surge quando esse prazer imediato substitui conquistas que demandam esforço, disciplina e paciência. A ciência mostra que pequenas mudanças de hábito, como limitar o tempo de tela, cuidar do sono e manter consultas regulares, já ajudam a reequilibrar o cérebro e a saúde mental”, afirma.

O médico alerta ainda para a importância de entender o impacto das escolhas no dia a dia. “O prazer da conquista é saudável e necessário. Mas quando o cérebro se acostuma apenas a estímulos rápidos e repetitivos, perde a capacidade de encontrar satisfação em experiências mais duradouras. É nesse ponto que precisamos intervir, com informação e prevenção”, conclui.

Sobre o Dr. Denildo Veríssimo – Por Dr. Denildo Veríssimo, neurocirurgião, especialista em doenças do crânio, coluna e técnicas minimamente invasivas – Com uma carreira que combina excelência técnica, paixão pela ciência e um compromisso inegociável com o cuidado humanizado, o Dr. Denildo Veríssimo representa uma nova geração de médicos que enxergam além do bisturi. Sua atuação é guiada pelo conhecimento, mas também pela empatia, pelo desejo de aliviar a dor — física e emocional — e pela certeza de que cada paciente carrega uma história única. Em sua rotina entre centros cirúrgicos, consultórios e salas de aula, ele equilibra precisão técnica com escuta ativa, conectando ciência e propósito em cada decisão clínica. Para ele, Medicina não é apenas diagnóstico ou procedimento — é presença, responsabilidade e respeito. Em um cenário cada vez mais tecnológico e acelerado, Dr. Denildo reforça, com exemplo diário, que o toque humano continua sendo o maior diferencial da medicina. E que a verdadeira transformação acontece quando o saber se alinha com a sensibilidade.

Serviço:

Instagram: @neurocirurgia

Contato whatsapp – 41 99915-4121

Teleconsultas whatsapp: 41 3253-1379

Doação de órgãos aumenta no Brasil; gesto salva vidas

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Doação de órgãos aumenta no Brasil; gesto salva vidas

Biomédicos explicam as etapas que antecedem o transplante e listam 5 motivos para que mais pessoas sejam doadores de órgãos

A doação de órgãos é um gesto de amor ao próximo e que pode salvar muitas vidas. Além de beneficiar os receptores, o ato também promove a solidariedade, a empatia, proporciona conforto e esperança às famílias envolvidas.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2024 o Brasil alcançou o maior número de transplantes de órgãos e tecidos da sua história, com mais de 30 mil procedimentos. O Paraná é o estado com mais doações de órgãos, com 42,3 doadores por milhão de população em 2024 – mais que o dobro da média nacional, de 19,2.

Conscientização

E para incentivar que mais pessoas se conscientizem sobre a importância desse ato, existe o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro. A iniciativa visa aumentar a taxa de autorização familiar para doação após a morte encefálica, que é o processo que permite a doação.

“O Brasil é referência e tem um dos maiores programas públicos de transplantes do mundo, coordenado pelo SUS. Quanto mais doadores, melhor para a sociedade”, explica o presidente do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª Região (CRBM6), Thiago Massuda.

Análises prévias

Massuda ressalta que o êxito dos transplantes inicia com os trabalhos de sua classe, que a profissão tem sido uma das mais disputadas nos vestibulares nacionais e que os profissionais ajudam a proporcionar mais qualidade de vida à população.

“O biomédico realiza exames imuno-hematológicos, como a tipagem sanguínea ABO e a pesquisa de anticorpos, para garantir que o órgão ou tecido doado seja compatível com o receptor. Sem esses cuidados, o transplante não acontece. O biomédico ainda faz o controle de qualidade, atua como perfusionista no centro cirúrgico e realiza muitas outras atividades ligadas ao transplante”, complementa Alisson Luiz Silva, especialista em Banco de Sangue e membro do CRBM6.

Órgãos que podem ser doados

Para esclarecer algumas dúvidas comuns sobre a doação de órgãos, o CRBM6 enfatiza que os órgãos de uma pessoa podem salvar até oito vidas. Se forem levados em conta os tecidos, esse número pode chegar a 20.

Entre os órgãos que podem ser doados estão os órgãos sólidos (coração, pulmões, fígado, rins, pâncreas e intestino) e tecidos (córneas, ossos, pele, cartilagem, tendões, vasos sanguíneos e válvulas cardíacas). Se for doador vivo, em algumas situações específicas é possível doar um rim, parte do fígado, parte do pulmão ou medula óssea.

Quem pode doar

Existem dois tipos de doação: a pós-morte e a que pode ser realizada em vida. No caso de doadores vivos, é necessário que haja boas condições de saúde e que o procedimento seja autorizado.

Se o doador for falecido, é preciso que o óbito seja confirmado, de acordo com critérios clínicos. Realizada esta etapa, acontecem:

O caminho da vida

O tempo de espera para um transplante no Brasil varia conforme o tipo de órgão, a urgência do caso e a compatibilidade entre doador e receptor. A ordem é regulamentada pelo Sistema Nacional de Transplante, que garante critérios técnicos para organizar a fila.

Para que o órgão doado chegue ao paciente que irá recebê-lo, é necessário que haja a autorização da família após a confirmação do óbito. “Então se inicia o processo que chamamos de captação do órgão”, explica Massuda.

As etapas são

1) Identificação do doador: o potencial doador é identificado em hospitais, geralmente em UTI, após a confirmação de morte encefálica ou, em caso de tecidos, parada cardíaca,
2) Notificação à Central de Transplantes: o hospital comunica a Central Estadual, que aciona o Sistema Nacional de Transplantes,
3) Entrevista com a família: é solicitada a autorização para a doação,
4) Avaliação do doador: exames laboratoriais, sorológicos e de imagem indicam quais órgãos estão aptos,
5) Manutenção do doador: a equipe médica mantém o corpo estável até a retirada dos órgãos, com ventilação, drogas vasoativas e equilíbrio metabólico.
6) Definição do receptor: a Central cruza dados de compatibilidade (tipo sanguíneo, HLA, urgência clínica) e define quem será o receptor, conforme a lista única,
7) Retirada cirúrgica: os órgãos são removidos em centro cirúrgico, por equipes especializadas,
8) Conservação e transporte: os órgãos são acondicionados em soluções especiais e levados, por via terrestre ou aérea, ao hospital transplantador,
9) Transplante: a equipe receptora já deixa o paciente preparado para iniciar a cirurgia imediatamente após a chegada do órgão,

Confira abaixo 5 motivos para se tornar um doador de órgãos

1) Até 20 vidas podem ser salvas: Coração, fígado, rins, pulmões, outros órgãos e tecidos podem ser doados; cada um deles representa uma vida que pode ser salva ou transformada para melhor,

2) Esperança para quem precisa: A fila de espera por transplantes costuma ser demorada e angustiante para quem precisa de uma doação. Doar órgãos pode transformar a vida dos receptores e oferecer consolo às famílias e amigos do doador,

3) Sem custo médico: Nem a família do doador e nem a do receptor pagam pela cirurgia de transplante. Todos os custos dos procedimentos de transplantes de órgãos são arcados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por 90% dos transplantes que ocorrem no país.

4) A doação não interfere na aparência do doador: Essa é uma preocupação comum entre os doadores em vida, mas o transplante não muda em nada a aparência do doador;

5) Legado de generosidade: Quem autoriza a doação de órgãos contribui para deixar um legado de generosidade com o próximo, mesmo depois de partir. Na prática, é uma maneira de mostrar que você se importa com a humanidade, independente de quem vá receber a doação.

Sobre o CRBM6

O Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª Região (CRBM6) é uma Autarquia Federal com jurisdição no Estado do Paraná.

A entidade tem cerca de 5,9 mil profissionais registrados. A sede fica em Curitiba e as delegacias regionais estão localizadas nos municípios de Campo Mourão, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, União da Vitória, Guarapuava, Umuarama, Guaíra e Ponta Grossa.

Os biomédicos atuam em mais de 30 atividades ligadas à saúde tais como acupuntura, análises clínica e ambiental, bromatológicas [avalia a qualidade dos alimentos], auditoria, banco de sangue, biofísica, biologia molecular, bioquímica, citologia oncótica, embriologia, estética, farmacologia, fisiologia, genética, hematologia, histologia, imunologia, imagenologia, informática da saúde, microbiologia, microbiologia de alimentos, monitoramento neurofisiológico transoperatório, parasitologia, patologia, perfusão, psicobiologia, radiologia, reprodução humana, sanitarista, saúde pública, toxicologia, virologia e outras áreas.

Guarda compartilhada dos filhos cresce no Brasil

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Guarda compartilhada dos filhos cresce no Brasil

Especialista explica que disponibilidade, vínculo e real engajamento contam mais que estereótipos na decisão sobre a guarda das crianças

No Brasil, a figura da mãe ainda é vista como a guardiã natural dos filhos. Por isso, quando os pais não são casados ou ocorre o divórcio, o esperado é que a criança permaneça com a mulher. No entanto, aos poucos essa estrutura vem mudando. Nos últimos anos, especialmente por conta da implementação da Lei da Guarda Compartilhada, a participação paterna tem crescido.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2014, em 85% dos divórcios a guarda dos filhos ficava com a mulher. Em 2022 a porcentagem caiu pela metade. Neste intervalo de oito anos, o índice de guarda compartilhada subiu de 7,5% para quase 38% dos casos.

Mudança de cenário

O debate sobre o papel do pai e a guarda paterna tem ganhado cada vez mais espaço, impulsionado por decisões judiciais e casos de grande repercussão, como o do filho da cantora Marília Mendonça.

Recentemente, o artista Murilo Huff, ganhou a guarda do menino de 5 anos, que até então estava sob os cuidados da avó materna. Essa situação levanta a questão: quando a Justiça determina que a criança fique com o pai, e não com a mãe, ou nesse caso específico, com a avó?

Para entender essa realidade, a professora do curso de Direito e coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Ana Paula Nacke, advogada especialista em Direito de Família e Sucessões, explica que a mudança de cenário reflete não apenas uma evolução social, mas também uma interpretação mais moderna da legislação.

“A prioridade é o bem-estar e a garantia dos interesses da criança, acima de qualquer preceito de gênero”.

O que diz a lei

A Lei da Guarda Compartilhada determina que ambos os pais devem participar ativamente das decisões relacionadas à vida da criança, mesmo que um deles seja definido como lar de residência fixa.

“A atribuição da guarda sempre deverá atender ao melhor interesse da criança ou adolescente, princípio presente na Constituição, no Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente. É esse critério que orienta os juízes na tomada de decisão”, explica a advogada Ana Paula Nacke.

A guarda unilateral – quando apenas um dos genitores assume a responsabilidade legal – só ocorre em situações específicas como negligência, abandono ou risco de violência.

Quando a guarda fica com o pai

Embora ainda seja menos comum, cada vez mais tribunais reconhecem o direito dos pais de exercerem a guarda plena ou de referência. Segundo a especialista, a Justiça pode determinar que a criança fique com o genitor paterno quando este demonstrar melhores condições de garantir afeto, segurança, saúde e educação.

“Isso acontece, por exemplo, quando o pai apresenta maior disponibilidade de tempo, histórico de cuidados anteriores ou vínculos afetivos mais consistentes. Também pode ocorrer quando há inadequação da mãe para o exercício da guarda; seja por abandono, negligência, dependência química ou episódios de violência”, esclarece Ana Paula.

A alternativa de transferência da guarda para avós é considerada apenas em casos excepcionais, quando nenhum dos pais pode ou deve assumir a responsabilidade.

Como são avaliados os critérios

Na análise judicial, não é somente a condição financeira que pesa. O fator decisivo é a presença e a capacidade de oferecer cuidado. Para isso, são considerados laudos psicossociais, depoimentos, rotinas de convivência e até a escuta da própria criança, quando compatível com sua idade e maturidade.

“A opinião da criança pode ser ouvida diretamente ou por meio de equipe multidisciplinar. O relato não é definitivo, mas serve como elemento importante, especialmente quando coerente com o contexto”, explica a especialista.

O impacto do caso de Marília Mendonça

A decisão envolvendo o filho da cantora Marília Mendonça teve um efeito simbólico ao trazer visibilidade ao papel paterno na criação. Para Ana Paula Nacke, esse episódio ajuda a desconstruir a ideia de que a mãe – ou, na ausência dela, a avó – é a guardiã natural.

“A cultura brasileira ainda carrega a visão da mãe como cuidadora e do pai como provedor, mas esses papéis vêm mudando. O cuidado da criança requer a presença afetiva de ambos. Quando o pai demonstra real engajamento, a Justiça pode e deve reconhecê-lo como referência de vida para o filho”, avalia.

Famílias em transformação

A advogada lembra que a legislação já avançou ao reconhecer a guarda compartilhada e a pluralidade de arranjos familiares, mas ainda há desafios. “A sociedade muda mais rápido do que a lei. Muitas vezes, cabe ao Judiciário atualizar a norma por meio da análise de casos concretos, como famílias mosaico, multiparentais ou homoafetivas”, afirma a advogada.

Nesse cenário, a reflexão que emerge é justamente sobre o papel da paternidade ativa. O exemplo de Murilo Huff, que assumiu os cuidados do filho, não deve ser visto como exceção, mas como uma possibilidade cada vez mais reconhecida pela Justiça brasileira. Afinal, como reforça a especialista: “O ponto central continua sendo o mesmo: garantir o melhor interesse da criança, independentemente de tradições ou estereótipos”.

Sobre o Centro Universitário Integrado

Localizado em Campo Mourão–PR, o Centro Universitário Integrado oferece, há mais de 25 anos, ensino superior de excelência reconhecido pelo MEC, com nota máxima no Conceito Institucional. Alinhado às demandas do mercado, a instituição busca promover uma formação voltada ao desenvolvimento de competências essenciais para os profissionais de hoje e do futuro.

Conta com infraestrutura moderna, laboratórios com tecnologia de ponta, metodologias de ensino inovadoras e um corpo docente com sólida experiência acadêmica e prática profissional.

Em 2022, implementou o Integrow — Ecossistema de Inovação Integrado, voltado à promoção da cultura empreendedora, da pesquisa aplicada e da inovação.

Atualmente, o Integrado oferece mais de 60 cursos de graduação nas modalidades presencial, semipresencial e a distância — incluindo áreas como Direito, Medicina e Odontologia — além de mais de 70 cursos de pós-graduação em diversas áreas do conhecimento.

Guarda compartilhada dos filhos cresce no Brasil

Especialista explica que disponibilidade, vínculo e real engajamento contam mais que estereótipos na decisão sobre a guarda das crianças

No Brasil, a figura da mãe ainda é vista como a guardiã natural dos filhos. Por isso, quando os pais não são casados ou ocorre o divórcio, o esperado é que a criança permaneça com a mulher. No entanto, aos poucos essa estrutura vem mudando. Nos últimos anos, especialmente por conta da implementação da Lei da Guarda Compartilhada, a participação paterna tem crescido.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2014, em 85% dos divórcios a guarda dos filhos ficava com a mulher. Em 2022 a porcentagem caiu pela metade. Neste intervalo de oito anos, o índice de guarda compartilhada subiu de 7,5% para quase 38% dos casos.

Mudança de cenário

O debate sobre o papel do pai e a guarda paterna tem ganhado cada vez mais espaço, impulsionado por decisões judiciais e casos de grande repercussão, como o do filho da cantora Marília Mendonça.

Recentemente, o artista Murilo Huff, ganhou a guarda do menino de 5 anos, que até então estava sob os cuidados da avó materna. Essa situação levanta a questão: quando a Justiça determina que a criança fique com o pai, e não com a mãe, ou nesse caso específico, com a avó?

Para entender essa realidade, a professora do curso de Direito e coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Ana Paula Nacke, advogada especialista em Direito de Família e Sucessões, explica que a mudança de cenário reflete não apenas uma evolução social, mas também uma interpretação mais moderna da legislação.

“A prioridade é o bem-estar e a garantia dos interesses da criança, acima de qualquer preceito de gênero”.

O que diz a lei

A Lei da Guarda Compartilhada determina que ambos os pais devem participar ativamente das decisões relacionadas à vida da criança, mesmo que um deles seja definido como lar de residência fixa.

“A atribuição da guarda sempre deverá atender ao melhor interesse da criança ou adolescente, princípio presente na Constituição, no Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente. É esse critério que orienta os juízes na tomada de decisão”, explica a advogada Ana Paula Nacke.

A guarda unilateral – quando apenas um dos genitores assume a responsabilidade legal – só ocorre em situações específicas como negligência, abandono ou risco de violência.

Quando a guarda fica com o pai

Embora ainda seja menos comum, cada vez mais tribunais reconhecem o direito dos pais de exercerem a guarda plena ou de referência. Segundo a especialista, a Justiça pode determinar que a criança fique com o genitor paterno quando este demonstrar melhores condições de garantir afeto, segurança, saúde e educação.

“Isso acontece, por exemplo, quando o pai apresenta maior disponibilidade de tempo, histórico de cuidados anteriores ou vínculos afetivos mais consistentes. Também pode ocorrer quando há inadequação da mãe para o exercício da guarda; seja por abandono, negligência, dependência química ou episódios de violência”, esclarece Ana Paula.

A alternativa de transferência da guarda para avós é considerada apenas em casos excepcionais, quando nenhum dos pais pode ou deve assumir a responsabilidade.

Como são avaliados os critérios

Na análise judicial, não é somente a condição financeira que pesa. O fator decisivo é a presença e a capacidade de oferecer cuidado. Para isso, são considerados laudos psicossociais, depoimentos, rotinas de convivência e até a escuta da própria criança, quando compatível com sua idade e maturidade.

“A opinião da criança pode ser ouvida diretamente ou por meio de equipe multidisciplinar. O relato não é definitivo, mas serve como elemento importante, especialmente quando coerente com o contexto”, explica a especialista.

O impacto do caso de Marília Mendonça

A decisão envolvendo o filho da cantora Marília Mendonça teve um efeito simbólico ao trazer visibilidade ao papel paterno na criação. Para Ana Paula Nacke, esse episódio ajuda a desconstruir a ideia de que a mãe – ou, na ausência dela, a avó – é a guardiã natural.

“A cultura brasileira ainda carrega a visão da mãe como cuidadora e do pai como provedor, mas esses papéis vêm mudando. O cuidado da criança requer a presença afetiva de ambos. Quando o pai demonstra real engajamento, a Justiça pode e deve reconhecê-lo como referência de vida para o filho”, avalia.

Famílias em transformação

A advogada lembra que a legislação já avançou ao reconhecer a guarda compartilhada e a pluralidade de arranjos familiares, mas ainda há desafios. “A sociedade muda mais rápido do que a lei. Muitas vezes, cabe ao Judiciário atualizar a norma por meio da análise de casos concretos, como famílias mosaico, multiparentais ou homoafetivas”, afirma a advogada.

Nesse cenário, a reflexão que emerge é justamente sobre o papel da paternidade ativa. O exemplo de Murilo Huff, que assumiu os cuidados do filho, não deve ser visto como exceção, mas como uma possibilidade cada vez mais reconhecida pela Justiça brasileira. Afinal, como reforça a especialista: “O ponto central continua sendo o mesmo: garantir o melhor interesse da criança, independentemente de tradições ou estereótipos”.

Sobre o Centro Universitário Integrado

Localizado em Campo Mourão–PR, o Centro Universitário Integrado oferece, há mais de 25 anos, ensino superior de excelência reconhecido pelo MEC, com nota máxima no Conceito Institucional. Alinhado às demandas do mercado, a instituição busca promover uma formação voltada ao desenvolvimento de competências essenciais para os profissionais de hoje e do futuro.

Conta com infraestrutura moderna, laboratórios com tecnologia de ponta, metodologias de ensino inovadoras e um corpo docente com sólida experiência acadêmica e prática profissional.

Em 2022, implementou o Integrow — Ecossistema de Inovação Integrado, voltado à promoção da cultura empreendedora, da pesquisa aplicada e da inovação.

Atualmente, o Integrado oferece mais de 60 cursos de graduação nas modalidades presencial, semipresencial e a distância — incluindo áreas como Direito, Medicina e Odontologia — além de mais de 70 cursos de pós-graduação em diversas áreas do conhecimento.