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A maldição da aula divertida

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*Daniel Medeiros

A Educação sobrecarregou-se, nas últimas décadas, com uma obrigação que vem sufocando sua capacidade de gerar aprendizado  consistente e de transmitir a herança cultural para as futuras gerações: a obrigação de ser divertida.

Uma das justificativas que buscam explicar o insucesso da escola nos dias de hoje é o fato de as crianças e os jovens não gostarem das aulas, de as explicações serem “chatas” e não guardarem relação com suas vidas cotidianas. Por isso, os jovens não estudam e não aprendem. No Ensino Médio, esse fenômeno já ganhou ares de crise, com uma população de mais de dez milhões de adolescentes que nem estudam e nem trabalham. É preciso tornar a escola uma coisa mais atrativa para eles, dizem. E por atrativa leem “divertida”.

No entanto, há uma contradição que precisa ser encarada nessa equação que insiste em colocar necessariamente a ludicidade, diversão e alegria no processo de aprendizado. Nem tudo o que precisamos aprender para compreender o mundo é divertido ou pode ser aprendido em meio a jogos lúdicos ou brincadeiras dinâmicas, como se fossem games ou gincanas. Desde sempre, como afirmou Aristóteles, os seres humanos são dotados de uma vontade irresistível de aprender. Isto é, a felicidade do aprendizado – que o velho estagirita chamava de  eudaimonia – estava no fim e não no meio do processo. No meio, estava o hábito, estava a busca persistente e equilibrada  – sem excessos, nem faltas – desse algo que é a expansão plena da nossa capacidade de pensar o mundo (e a gente mesmo), por meio da observação, da análise, da sistematização, da conceituação – e daí, de volta ao mundo, para decifrar a sua complexidade. Esse é o método que, somado à exigência da experimentação, introduzida mais tarde por Galileu, compôs o receituário básico da Ciência, sem a qual estaríamos sabe-se lá aonde. 

Nesse ponto reside o problema: as escolas são os locais de formação de pessoas que assumirão os postos dos que se vão e que darão continuidade a esse esforço milenar de transformação/conservação do mundo. E, para isso, precisam aprender como a coisa funciona. E isso exige um estudo que não é, por essência, nem lúdico, nem divertido.

Além disso, a escola é o simulacro do mundo público, aquele espaço no qual não estamos ligados por laços familiares. As regras para o mundo público são distintas das regras de funcionamento da família. Uma criança precisa aprender, desde cedo, que não é o centro exclusivo da atenção dos adultos e que sua vontade é uma entre tantas e que ela deve disputar, usando as ferramentas disponíveis e autorizadas, para que possa ter chance de usufruir o que deseja. Esse agon – palavra grega para disputa sem violência –  é a base da Política, outra invenção que teve em Aristóteles um mestre e que implica em saber conviver em um espaço de iguais, agindo para se destacar e para influenciar a coletividade. Pensa que isso é uma brincadeira? Não, não é.

Pensar e agir são atividades distintas que exigem comportamentos distintos. Pensar não se dá no campo da ação. E a Ação é mais eficaz e proveitosa se partir de alguém que dedicou bastante tempo para cultivar o espírito por meio do pensamento. Ainda hoje, quando pensamos, paramos. Ainda hoje, quando agimos sem pensar, arrependemo-nos. Essa é a lógica do aprendizado e do exercício cívico. Em ambos, a ideia de diversão, de “achar legal”, de gostar, não é relevante. Mas hoje, a escola vem sendo reduzida a isso. O que podemos esperar como consequência?

Essa breve análise não visa afirmar uma escola triste, mas uma escola com propósitos maiores que o de satisfazer o interesse imediato dos alunos. Não podemos cair na discussão binária entre escola triste e escola alegre. Devemos, isso, sim, reafirmar nossa posição de adultos que sabem o que devem fazer para colaborar para a formação de uma geração mais produtiva para o mundo e não ensimesmada em suas vontade e prazeres imediatos. Até porque os jovens não vão achar ruim. Há um certo desespero nas brincadeiras da escola. Há um certo apelo surdo por apoio e escuta. Basta que nós, adultos, sejamos capazes de perceber enquanto ainda há tempo. E fazer o que nos cabe fazer.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor no Curso e Colégio Positivo.

@profdanielmedeiros

Inteligência Artificial Generativa e o Investimento em Pesquisa no Brasil

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*Celso Hartmann

Nos últimos meses, temos testemunhado avanços significativos na área da inteligência artificial (IA), especialmente com o surgimento da inteligência artificial generativa. Essa forma de IA tem revolucionado diversos setores, desde a criação de conteúdo até a produção de arte, e o impacto disso no mercado de trabalho é cada vez mais evidente e relevante.

A IA generativa refere-se a sistemas capazes de criar, produzir ou replicar conteúdos de forma autônoma, sem intervenção humana direta. Esses sistemas são treinados com grandes conjuntos de dados e aprendem padrões para gerar conteúdos que muitas vezes se assemelham àqueles criados por humanos.

O advento da IA generativa levanta questões importantes sobre o futuro do mercado de trabalho. Por um lado, a automação proporcionada por esses sistemas certamente aumentará a eficiência e a produtividade em vários setores, reduzindo custos e possibilitando o desenvolvimento de novos e aprimorados produtos e serviços. À medida que a inteligência artificial generativa se torna mais sofisticada e difundida, é inevitável que certas tarefas e profissões sejam automatizadas. Setores como escrita criativa, design gráfico, tradução e até mesmo música e arte estão vendo o surgimento de sistemas capazes de realizar tarefas que anteriormente eram exclusivamente humanas.

Ao mesmo tempo que ameaça algumas atividades, a IA generativa também abre novas oportunidades e demandas por habilidades específicas. A capacidade de trabalhar em conjunto com sistemas de IA, entender e interpretar os resultados gerados por eles e utilizar essas ferramentas de forma criativa e eficaz se tornará uma habilidade essencial no mercado de trabalho futuro. Além disso, surgirão novas áreas de atuação e profissões que antes não existiam, impulsionadas pela crescente interação entre humanos e máquinas.

Neste ínterim, cabe ressaltar que a rápida evolução proporcionada pelas inteligências artificiais generativas será melhor aproveitada por aqueles que estiverem melhor preparados, e isso se aplica não apenas a indivíduos, mas a países inteiros. O Brasil é reconhecido por ter um bom parque tecnológico – uma pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas, em 2023, indicava que nosso país possuía uma média de 2,2 dispositivos digitais por habitante – porém, apresenta um investimento muito baixo em pesquisa científica em relação aos países que mais investem em pesquisa e inovação.

O Brasil investe anualmente cerca de 1,3% do PIB em pesquisa científica, enquanto a União Europeia investe 2,12% do PIB e os Estados Unidos, líderes em pesquisa e inovação, investem quase 2,8% do PIB. A China, que vem surpreendendo em setores como o de eletrificação de automóveis, aumentou bastante o investimento nas últimas décadas, chegando a quase 2,2% do PIB de 2019 investido em pesquisa científica.

Esse cenário de baixo investimento em pesquisa impacta diretamente no número de novas patentes brasileiras e, consequentemente, na riqueza do país. Precisamos aproveitar a oportunidade do boom das inteligências artificiais generativas e passar, de forma urgente, a investir mais em pesquisa e inovação, gerando mais riquezas e efetivo desenvolvimento para o Brasil.

Mais uma vez, a chave para o desenvolvimento da nação está na Educação, no estímulo para a pesquisa e inovação, que deve ocorrer desde as fileiras escolares – e não faltam bons exemplos de ações voltadas a estimular a pesquisa entre crianças e adolescentes brasileiros, como a FEBRACE, a MOSTRATEC e a FENECIT, entre outras, mas não podemos nos limitar a isso. Universidades e organizações públicas e privadas devem ser estimuladas a investir em pesquisa e inovação, e boas iniciativas devem ser divulgadas e premiadas. Que possamos usar nosso bom parque tecnológico para inovar e criar mais!

*Celso Hartmann, mestre em Inteligência Computacional, é diretor executivo da Rede de Colégios Positivo.

Consciência do Reuso se Destaca na Temporada Outono e Inverno de Encontro de Brechós neste Fim de Semana em Curitiba

Por Emanuelle Spack
 
Nos dias 06 e 07 de abril, o Saí do Armário retorna para a Galeria A Travessa para mais um imperdível encontro de brechós para os amantes da moda consciente e do reuso. Com a proposta de promover a economia circular e destacar a importância da sustentabilidade na indústria têxtil, 35 diferentes brechós locais se unem a cada dia para apresentar suas coleções exclusivas em um evento já conceituado que visa transformar o conceito de consumo.


A dedicada empreendedora e uma das organizadoras do evento, Kerolen Martins, revela que diversidade é a palavra-chave deste encontro, com uma ampla gama de estilos, tamanhos e faixas de preço para todos os gostos e bolsos. “Com uma oferta de mais de 10 mil itens em exposição, o encontro trará uma experiência inédita para os visitantes que terão a oportunidade de explorar um verdadeiro tesouro de moda e acessórios nesta troca de estação, pois teremos o lançamento da coleção outono/inverno.”


Os participantes estarão envolvidos por uma atmosfera que vai além de simples compras, pois cada peça conta uma história, carrega consigo a essência do reuso e da exclusividade. Outra organizadora destaca a importância do evento no contexto atual: “Quando se fala em reutilizar roupas, nada mais simbólico do que reunir brechós para promovermos o consumo consciente e a valorização do que já está disponível no mercado.

É uma oportunidade não apenas de adquirir peças únicas, mas também de fazer parte de um movimento que busca impactar positivamente o meio ambiente”, revela Gabriela Feola indicando que nesta edição, quem entrar na Galeria A Travessa pela rua São Francisco, vai se encantar com um universo artístico local, já que artistas independentes de Curitiba foram convidados para exibirem seus trabalhos no evento. “Ao incluirmos artistas locais para exporem no Saí do Armário, promovemos a união e a diversidade de itens, além de oferecer um espaço novo para os artistas mostrarem seus trabalhos.”


A cada dia, os expositores por trás deste evento revelarão suas coleções repletas de originalidade, contendo entre 150 e 300 itens exclusivos. Cada peça é muito mais do que simplesmente uma adição ao guarda-roupa: é um testemunho de compromisso com um amanhã mais verde e ético. Nesta edição começa a temporada de roupas para os dias mais frios do ano com peças que variam entre lã, pele sintética, casaco e sobretudo a preços acessíveis para se manter aquecido gastando pouco e fazendo a moda circular.
 
Serviço:
🎉31° Encontro de Brechós Saí do Armário 
🏘️Local: Galeria A Travessa
🧭Endereço: Rua São Francisco, 232 e Rua Treze de Maio, 439 – Centro – Curitiba. 
🎫Entrada: Franca
📅Datas: 06 e 07 de abril – Sábado e Domingo
🕛Horário: das 10h:00 às 18h:00
🐶Pet friendly

Arena de Drone é a novidade do Shopping Jardim das Américas

Os drones invadiram a Praça de Eventos do Shopping Jardim das Américas e todos podem se divertir e ter uma incrível experiência de pilotagem. O mundo dos drones está disponível para toda a família conhecer esse universo recheado de novidades.

Quem quiser se aventurar, em parceria com o Shopping, a Drone 4Fun, criou um espaço único, uma experiência incrível de pilotagem de drones. O circuito inclui desde o primeiro contato com os drones até simulações digitais e diversos equipamentos para a prática de pilotagem.

Uma diversão que não tem idade. A atração serve para crianças a partir de 6 anos, jovens e adultos de todas as idades. Não há limites, só diversão!

Além disso, no espaço você poderá conhecer uma nova modalidade esportiva incrível da Drone 4Fun que chegou ao Brasil: o Drone Soccer, uma mistura de esporte eletrônico com mundo real. Uma prática é desafiadora, inovadora e inclusiva, promovendo habilidades únicas.

O Shopping Jardim das Américas e a Drone 4Fun juntos buscam impactar o maior número de pessoas e famílias, proporcionando entretenimento, tecnologia e conhecimento de maneira pioneira.

O circuito completo, com instrução, simuladores e prática, dura cerca de 30 minutos e custa R$ 40,00 por participante. E o espaço também está disponível para eventos escolares, festas e experiências corporativas.

Venha se divertir em família.

Danka lança novidades para presentes corporativos

A Danka, uma das maiores indústrias de mochilas e acessórios do Brasil, através da sua linha de produtos a pronta entrega Neodanka, acaba de lançar mais dois produtos dentro de seu catálogo de presentes corporativos que podem ser personalizados. A Mochila Neo Pulse, ideal para eventos corporativos e a Lancheira Neo Termik, perfeita para carregar refeições do dia a dia.

“Entendemos que a personalização é fundamental para destacar as marcas. Oferecemos opções de bordado, placa de metal e silk, permitindo que a mochila espelhe a identidade única das empresas. Esta característica torna nossos produtos não apenas ideais para uso diário dos colaboradores, mas também um brinde corporativo perfeito, fortalecendo as marcas com sofisticação”, afirma Marco Antonio Zanona, Sócio e Diretor de Novos Negócios da Danka.

A Mochila Neo Pulse é a solução ideal para eventos corporativos, para empresas que buscam surpreender clientes que visitam seu stand. Com uma capacidade de 14 litros, é desenhada para que empresas surpreendam e melhorem a experiência do usuário no evento e, após, utilizem a mochila no dia a dia ou eventos corporativos. Seu compartimento interno e espaçoso é perfeito para acomodar, além de brindes do evento, também laptops, documentos e materiais diversos, enquanto o bolso frontal com fechamento em zíper garante que os itens essenciais estejam sempre acessíveis e seguros.

Também pensando nas demandas do ambiente corporativo moderno e na importância de promover um estilo de vida saudável e prático para os colaboradores, a outra novidade é a Lancheira Neo Termik. Excelente para transportar refeições, foi desenhada para oferecer a melhor experiência aos profissionais, combinando um design moderno com funcionalidade excepcional. Espaçosa, ela comporta até 7,5 litros.

Com uma das maiores e mais modernas estruturas fabris do setor no Brasil, a Danka investe em matérias-primas e processos inovadores, como os produtos termomoldados, além de uma equipe específica para a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Tudo isso combinado com pessoas, máquinas de corte e de costura eletrônicas para produtividade e automação dos processos. Entre os clientes, Grupo Boticário, Lenovo, JBS/Seara, Cogna/Somos e Cacau Show. Atualmente, são mais de 300 colaboradores diretos e indiretos, com produção anual de mais de 3.600.000 peças costuradas, entre mochilas, bolsas térmicas, nécessaires, entre outras.

Faz parte da empresa a Neodanka, uma linha de produtos a pronta entrega, com designs originais criados aqui no Brasil e feitos por brasileiros. As mochilas e acessórios foram feitos para empresas presentearem clientes e colaboradores, destacando sua marca de forma personalizada no produto.

Mochila Neo Pulse
Medidas: 44,5x31x10cm
Personalização: bordado ou silk
Pedido mínimo: 50 peças
Peso: 0,350 kg

Lancheira Neo Termik
Medidas: 19,3×23,5x17cm
Personalização: placa de metal
Pedido mínimo: 50 peças
Peso: 0,225 kg
Garantia: 3 meses sobre defeito de fábrica

Sobre a Danka:

Com 50 anos de experiência, a Danka é uma das maiores indústrias de mochilas, bolsas e acessórios do Brasil. Especializada na criação, desenvolvimento e produção de projetos especiais para grandes marcas. Tem uma equipe qualificada e estrutura fabril moderna para desenvolver e produzir todas as etapas de projetos em bolsas, mochilas, sacolas, nécessaires, bolsas térmicas, termomoldados e similares. A sede está localizada em Curitiba, em um moderno parque fabril, com cerca de 4.500 m² e mais de 300 colaboradores diretos e indiretos, com produção anual de mais de 3.600.000 peças.

neodanka.com.br
Instagram: @neodanka

Professor de Direito do UniCuritiba participa das discussões sobre o novo Código Eleitoral

O professor de Direito Eleitoral e Constitucional do UniCuritiba, Luiz Gustavo de Andrade, fez exposição em Brasília, durante a audiência pública que discute o novo Código Eleitoral brasileiro.

O projeto de lei complementar tramita no Senado, depois de já ter sido aprovado na Câmara dos Deputados. Relator dos grupos de trabalho da Academia Brasileira de Direito Eleitoral, Luiz Gustavo apresentou sugestões ao senador Marcelo Castro, relator do projeto.

Paralelamente ao novo Código Eleitoral estão em discussão também o fim da reeleição e mandados de cinco anos para prefeitos, governadores e presidente da República.

Com cerca de 900 artigos, o projeto de lei complementar (PLP 112/2021) reúne em um só texto sete leis eleitorais e partidárias em vigor. A norma consolida resoluções anteriores do Tribunal Superior Eleitoral e define novas regra para pleitos a partir de 2026.
A ação ocorreu no dia 26/3.

INC promove evento de conscientização sobre Parkinson

Com a proposta de esclarecer as formas de prevenção, sintomas e diagnóstico da Doença de Parkinson, o Hospital INC (Instituto de Neurologia de Curitiba) promove um evento, no dia 6 de abril (sábado), em celebração ao Mês de Conscientização do Parkinson. O evento será realizado na sede do hospital, no bairro do Campo Comprido, aberto a participação da comunidade. A programação de palestras é voltada para tirar dúvidas de pacientes, cuidadores e familiares e será conduzida pela equipe especializada no tratamento do Parkinson. Além de abordar temas como os aspectos psicológicos e cognitivos na doença, haverá uma aula e dinâmica com fisioterapeutas, evidenciando a importância do exercício físico na melhora dos sintomas motores.

A Doença de Parkinson é a segunda patologia neurológica degenerativa mais frequente no mundo. No Brasil, estima-se que a doença acometa cerca de 200 mil pessoas. Com uma taxa de incidência de 1,5% da população acima de 65 anos, também já é considerada a ocorrência do Parkinson a partir do 50 anos, além de existir o Parkinson precoce, que se apresenta em pessoas abaixo dos 40 anos – mas são casos raros.

A neurologista do INC e organizadora do evento, Dra Marcela Ferreira Cordellini, reforça a importância do hospital oferecer oportunidades como esta para esclarecer dúvidas sobre a doença diretamente com a equipe multidisciplinar e os benefícios das terapias. “Diversos estudos comprovam que os exercícios físicos podem até modificar algumas conexões cerebrais em circuitos motores e cognitivos sugerindo estimular a neuroplasticidade, tornando-a mais duradoura. A manutenção dos exercícios físicos, pelo menos cinco vezes na semana, junto com a reabilitação, é fundamental para melhorar a função motora e pode vir a desacelerar a progressão da doença”, informa.

SERVIÇO:
Dia Mundial do Parkinson – Hospital INC
Data: sábado, 6 de abril de 2024
Hora a partir das 9h
Local: Auditório do Hospital INC (Rua Jeremias Maciel Perretto, 300)
Participação: gratuita
Inscrições: www.eventosinc.com.br

Programação:
9h – Esclarecimentos sobre a Doença de Parkinson – Dra. Marcela Cordellini
9h40 – Aspectos emocionais e cognitivos da doença de Parkinson – Psicóloga Mariana Arent
10h20 – Intervalo/coffee break
10h40 – 11h20 – O papel da fonoaudiologia na doença de Parkinson – Fonoaudióloga Fernanda Sividal
11:20 – 12:20h – A fisioterapia na doença de Parkinson: esclarecimentos e dinâmica com familiares e pacientes – Fisioterapeutas Gabriela Fóz e Eduarda Campanini
12:20h – Encerramento

Inove SIAPAR 2024 reuniu as várias pontas do audiovisual em evento inédito

Pela primeira vez, um evento reuniu inovação tecnológica, conhecimento técnico, produção, profissionais e empresas do setor do audiovisual do Paraná. Na terça (2/04), o Inove SIAPAR 2024 promoveu, no Campus da Indústria, um dia de imersão nas questões desse mercado que, no Paraná, cresceu 44% nos últimos quatro anos. Políticas públicas, qualificação profissional, produção de conteúdo criativo e construção de novos negócios foram alguns dos temas debatidos.

Realizado pelo Sindicato da Indústria Audiovisual do Paraná (SIAPAR) e a FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), com o apoio institucional do SEBRAE/PR, o evento teve as inscrições esgotadas para todas as atividades da programação e contou com um público de diferentes regiões do estado. “O Inove SIAPAR, sem dúvida alguma, foi um grande evento. Discutimos políticas públicas, qualificação profissional, produção de conteúdo criativo e a construção de novos negócios para vários temas debatidos”, observou Jussara Locatelli, presidente do SIAPAR.

Com foco nos novos negócios e oportunidades geradas pelas tecnologias e os processos de produção do audiovisual, a programação reuniu representantes da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), canais de TV, universidades e especialistas. “O cenário da produção audiovisual do Paraná mostra uma representatividade expressiva no contexto nacional. O desafio agora é ampliar sua atuação nos processos de distribuição e programação de conteúdo, além de pensar em maneiras para ampliar o acesso das produtoras aos investidores que utilizam Leis de incentivo”, afirmou Fabiana Trindade, supervisora de Fomento da ANCINE, que durante sua palestra destacou a liberação histórica de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), com investimentos que ultrapassam R$ 1 bilhão, para o audiovisual brasileiro e suas produções, no período de 2023 a 2024.

Evento promoveu atualização sobre o mercado
“Participar do evento enquanto instituição foi uma oportunidade de mostrarmos para esse ecossistema como estamos trabalhando na formação de estudantes para atuar no mercado, ao mesmo tempo que trouxemos nossos estudantes para mostrar que nesse mercado tem espaço para eles. Essa ponte foi fantástica. As informações e dados que tivemos acesso aqui nos confirmam justamente que existe muita possibilidade de empregabilidade no audiovisual, e diversas funções, carreiras e oportunidades nesse mercado, que segue em crescimento”, observou Suyanne Tolentino, coordenadora do curso de Cinema e Audiovisual da PUCPR.

Além das palestras e painéis, a programação contou com as “clínicas de tecnologia e inovação”, que discutiram desde a produção de conteúdo em cenário de realidade virtual, serviços audiovisuais através do tráfego pago até a iluminação LED no set de filmagem. “Foram abordadas inovações que já são realidade no mercado, como os sistemas de gerenciamento de cor, que a gente vê em Hollywood, mas que (muitas vezes) não sabemos que podemos rodar filmes aqui em Curitiba com essa tecnologia. O evento debateu sobre temas que não se encontram facilmente na internet e atendeu o interesse de todo mundo que atua no audiovisual, como quem exerce a parte técnica de iluminação, elétrica, maquinaria, câmera”, pontuou Daniel Bernardon, proprietário da Armada Films.

Regulação do streaming
Tema urgente e de suma importância para o setor, a regulação das plataformas de streaming no Brasil foi debatida e atualizada por Debora Ivanov, produtora e sócia da Gullane Filmes, e diretora executiva do SIAESP (Sindicato da Indústria do Audiovisual do Estado de São Paulo). Ela alertou que o Brasil está atrasado na regulação das plataformas de streaming, comparado aos países da comunidade europeia que já estão revisando e propondo ajustes na legislação criada em 2018. “Não precisamos criar a roda. Temos projetos de lei tramitando no Congresso desde 2017, mas que não contemplam questões primordiais para a proteção da nossa indústria. O que queremos é muito simples, que o conteúdo brasileiro e independente esteja no VOD e com destaque no horário nobre e no catálogo, para que possamos disputar com as obras estrangeiras o olhar do consumidor”, explicou Ivanov.

Durante a palestra sobre a regulação do VOD (vídeo on demand) no Brasil, Debora Ivanov resgatou os 30 anos de políticas públicas bem-sucedidas, os marcos legais, e tudo que está em risco no cenário atual cujo debate principal busca definir o que são obras brasileiras, de quem são os direitos e de quem é a propriedade patrimonial. “O audiovisual cresceu 40% nos últimos quatro anos. Qual setor cresce a essa velocidade? Isso é extraordinário. O nosso país é o quinto maior mercado consumidor do mundo. Então, a regulação do streaming vai significar um salto enorme na produção brasileira. Será auspicioso e importante não só do ponto de vista econômico, mas também para proteger a construção do imaginário do nosso povo”, defendeu.

Formação para profissionais do ecossistema
Item do ecossistema do audiovisual, a formação foi tema recorrente no Inove SIAPAR. O setor que vem crescendo a passos largos, fruto das políticas públicas e das iniciativas de fomento, não teve a qualificação de profissionais acompanhando essa expansão. “Já sabemos que faltam profissionais no mercado, inclusive de áreas específicas como as de pós-produção e de gestão de pré-produção”, destacou Carla Rabelo, palestrante do evento e professora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Para solucionar essa lacuna de formação, ela sugere a ”integração de forças” das universidades, Sistema S, Sebrae, secretarias de cultura municipais e estaduais, e o Governo Federal, e que sejam feitas mais pesquisas e diagnósticos para desenvolver essas ações.

Durante o Inove SIAPAR, também foram anunciadas boas iniciativas voltadas para a qualificação de mão de obra no Paraná. Patricia Albanez, coordenadora de Turismo, Economia Criativa e Artesanato do Sebrae/PR, apresentou ao público os eixos da estratégia do SEBRAE Paraná para o atendimento ao Setorial de Economia Criativa, no qual a indústria do audiovisual é uma das atividades prioritárias. A ideia é usar dados para tomada de decisão com base na inteligência do setor e, então, traçar ações de fortalecimento do ambiente, qualificação e ampliação de mercado. A previsão é que ainda neste ano, essa proposta seja ofertada por meio de projetos setoriais e iniciativas de atendimento digital.

O Sistema FIEP, em parceria com o SIAPAR, fez o lançamento oficial da Escola de Audiovisual do SENAI, com cursos ofertados na modalidade presencial e EAD, e em diferentes regiões do estado.

A PRFilm Commission e a Curitiba Film Commission, iniciativas recentes no estado que apoiaram o Inove SIAPAR e que estão facilitando e incentivando as produções audiovisuais no estado, fizeram apresentações separadas sobre seus resultados.

O futuro do varejo é verde e tecnológico

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Cida Oliveira*

Assim como o varejo vem se transformando nos últimos anos, o consumidor também está mais exigente e atento às tendências do mercado. Na era ESG (Environmental, Social and Governance), a sustentabilidade se torna cada vez mais relevante para o consumidor e fator decisivo na compra. O assunto foi um dos temas debatidos na última edição da maior feira de varejo do mundo, a NRF Retail’s Big Show, realizada em Nova Iorque. 

A economia circular é uma aliada, não apenas do meio ambiente, mas do varejo. Ações que visam esse objetivo, como entrar na loja, comprar, trocar, tendo serviços à disposição do cliente de forma simplificada, ganham destaque na mente do consumidor. Segundo um levantamento de 2023 da Kantar, 56% dos brasileiros deixaram de adquirir serviços ou produtos de empresas que não investem em sustentabilidade. 

Nessa linha, gosto de um case da “Best Buy”, uma das maiores lojas de eletrônicos dos Estados Unidos. A gigante americana aumentou o número de vendas permitindo a troca de produtos com muita agilidade e sem atrito na comunicação. O sucesso foi tanto que a rede desenvolveu novas lojas apenas com produtos que foram trocados, muitas vezes por não agradarem o cliente. Ou seja, o consumidor tem a oportunidade de comprar um item sem defeito por um valor menor. Todos saem ganhando, meio ambiente, lojista e consumidor.

Na outra ponta, mas de forma convergente, a inteligência artificial (IA) ganhou os holofotes em várias áreas, e no varejo não foi diferente. A tecnologia, apresentada por meio de inúmeras ferramentas, amplia a capacidade de inovar, torna os processos mais produtivos e, ainda, interfere em decisões que muitas vezes passam despercebidas pelos consumidores. 

Um case do Walmart exemplifica bem essa tendência e nos mostra o quanto a IA pode ser uma grande aliada. A companhia percebeu que nas sextas-feiras a procura por aperitivos, bebidas e alimentos mais práticos aumentava. Utilizando a inteligência artificial para segmentar a ferramenta de busca, o Walmart desenvolveu um sistema que permitia aos clientes fazer pedidos como “sexta com amigos”. A IA, então, sugeria todos os itens necessários para a ocasião, incluindo produtos que o consumidor talvez não tivesse considerado, mas que faziam sentido para aquele momento. O resultado foi uma compra mais rápida e assertiva, economizando o tempo do cliente, um ativo valioso que todos reconhecemos. E, claro, o volume de vendas aumentou.

Esses são apenas alguns exemplos da importância da sustentabilidade, tecnologia e experiência do consumidor. Quem souber caminhar bem por essas tendências estará um passo à frente no mercado

*Cida Oliveira, diretora de marketing do Grupo Tacla Shopping.

Alfabetização é imersão no mundo das letras

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*Júlia Assis

A alfabetização é uma etapa importante no processo educacional, aguardada com grande expectativa pelas famílias e estudantes, pois é fundamental em diversos aspectos da vida individual e social. No entanto, é importante ressaltar que a alfabetização não ocorre apenas aos seis anos, no primeiro ano dos anos iniciais, ou no último ano da educação infantil. As habilidades necessárias para a alfabetização são desenvolvidas desde cedo, pois já estão inseridas em um mundo letrado. Uma história lida em voz alta por um adulto, uma música cantada ou a simples nomeação de objetos são exemplos de como as crianças estão expostas a contextos que promovem essas habilidades.

Esse processo é a base para o desenvolvimento de habilidades de leitura, escrita e comunicação. Por meio da alfabetização, as pessoas podem acessar informações, expressar ideias e participar plenamente da sociedade. A família e a sociedade desempenham papéis cruciais no processo de alfabetização das crianças. A família é o primeiro ambiente de aprendizagem de uma criança, e o apoio é fundamental para estimular o interesse pela leitura e escrita desde cedo. A leitura em casa, conversas sobre diferentes temas e a valorização da educação criam um ambiente propício para o desenvolvimento das habilidades de alfabetização.

Quanto mais a criança é envolvida com a leitura, mais preparada e motivada se torna para o processo de alfabetização, imergindo-a em um ambiente que estimula sua curiosidade. Esse incentivo vem de ações cotidianas, como cantar canções com rimas, ler placas na rua, narrar em voz alta uma receita, reler as mesmas histórias, destacar letras no ambiente, listar itens de compra e participar de jogos que desenvolvam a atenção e a concentração.

Também é importante destacar que a sociedade pode influenciar as atitudes em relação à leitura e escrita, promovendo uma cultura que valorize o conhecimento e a educação. Quando a sociedade como um todo reconhece a importância da alfabetização e se compromete em apoiar esse processo, as crianças têm mais chances de alcançar sucesso acadêmico e pessoal.

Todos os componentes curriculares desempenham papéis importantes na alfabetização. Enquanto disciplinas como língua portuguesa e matemática são fundamentais para desenvolver habilidades específicas, outras áreas, como ciências e artes, contribuem para uma compreensão mais ampla do mundo. Por exemplo, a leitura de textos científicos pode aprimorar a compreensão de vocabulário e conceitos, enquanto a expressão artística pode promover a criatividade e a capacidade de comunicação. Integrar diferentes disciplinas no currículo de alfabetização proporciona uma educação mais abrangente e prepara os alunos para enfrentar desafios acadêmicos e sociais de maneira holística.

Sendo assim, a alfabetização é uma tarefa que envolve a todos que participam do desenvolvimento infantil. Os estímulos que as crianças pequenas recebem são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Para uma alfabetização eficiente e significativa é necessário o envolvimento da escola, da família e dos diferentes ambientes da sociedade. 

*Júlia Assis, pedagoga, especialista em neuropsicologia educacional, é professora e assessora pedagógica dos Anos Iniciais do Colégio Positivo.