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Terapia reconhecida pelo SUS conquista espaço na saúde integrativa

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Por muito tempo, a hipnoterapia não era levada em consideração por muitas pessoas. Hoje, a prática conquista reconhecimento científico e institucional. Tanto que desde 2018, a técnica é oficialmente reconhecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dentro da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Este avanço na oferta de tratamentos não medicamentosos reforça a credibilidade da hipnose como recurso terapêutico.

No comparativo, dados do Ministério da Saúde mostram que em 2017 — antes da inclusão da hipnose — as práticas integrativas já somavam 1,4 milhão de atendimentos individuais, chegando a 5 milhões quando considerados os coletivos. Com a incorporação da hipnoterapia, a técnica se expandiu e hoje é oferecida em 27 estados brasileiros, especialmente em tratamentos de ansiedade, dor crônica, fobias e dependência química.

Para o hipnoterapeuta Renê Skaraboto, especialista em hipnose clínica para alta performance, esse reconhecimento público é uma resposta clara à eficácia da prática.

“Desde que a hipnoterapia começou a integrar o sistema público de saúde, a percepção mudou. Ela é uma ferramenta confiável para auxiliar em diversas condições físicas e mentais”, afirma.

Tabus quebrados com a hipnoterapia
Skaraboto analisa que este respaldo institucional ajudou a quebrar preconceitos e ainda serviu para esclarecer pacientes céticos, ainda mais no SUS, que aplica hipnose através de profissionais capacitados e dentro de parâmetros éticos.

“É fundamental que o terapeuta tenha formação sólida para garantir segurança e credibilidade para que o paciente se sinta seguro e alcance resultados reais”, explica.

Na prática, em que a hipnoterapia ajuda?
Na prática, a hipnoterapia estimula o autoconhecimento e auxilia no manejo de questões emocionais, comportamentais e de performance, tanto nos estudos, no trabalho ou em práticas esportivas. Para Skaraboto, o simples fato de a hipnose ter sido incluída na política nacional já representa um divisor de águas.

“A disponibilidade do serviço varia de acordo com cada município, mas o reconhecimento pelo SUS é um marco que reforça a importância da hipnose como ferramenta de saúde pública. Isso abre espaço para que mais pessoas a vejam com seriedade e busquem o tratamento com consciência e confiança”, conclui.

Hipnose para todos
Renê Skaraboto  – Hipnoterapeuta

(41) 99692-9774
@hipnose_para_todos
https://www.clinicahipnoseparatodos.com.br/
Ed. Batel Executive Center – Travessa João Turin, nº37 Sala 601 – 6ª andar – Água Verde, Curitiba – PR.

Violência nas escolas alerta sobre a saúde mental e políticas de proteção

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A violência escolar enfrenta um dos piores cenários de escalada como nunca havíamos testemunhado. Entre 2013 e 2023, por exemplo, o número de vítimas registradas de violência interpessoal em instituições de ensino saltou de 3,7 mil para 13,1 mil, segundo o Ministério de Direitos Humanos e Cidadania (MDHC). No mesmo período, casos de automutilação, ideação suicida e suicídio aumentaram 95 vezes. Desde 2001, ataques letais premeditados já deixaram ao menos 47 mortos.

Reforçando esses dados alarmantes, o Atlas da Violência 2024 mostra que, em 2009, 30,9% dos alunos relataram sofrer bullying. Uma década depois, em 2019, esse índice chegou a 40,5%. O número de estudantes que deixaram de frequentar a escola por se sentirem inseguros mais que dobrou em dez anos, passando de 5,4% para 11,4%.

Para o psicólogo Luti Christóforo, os dados evidenciam não apenas violência entre alunos, mas também uma estrutura que impacta toda a comunidade escolar: “Um professor que atua em um espaço respeitoso e seguro tende a ser mais motivado, criativo e acolhedor. Mas quando temos ambientes marcados por intimidação e desrespeito, tudo vai girar em torno da insegurança e insegurança emocional”, alerta.

Iniciativas começam a aparecer
Recentemente, a Secretaria Municipal de Educação de Santarém, no Pará, criou um Grupo de Trabalho para combater assédio e discriminação no ambiente escolar. Para Christóforo, a medida já representa um avanço:

“Prevenir o assédio e a discriminação é investir não apenas na saúde mental dos trabalhadores, mas também na construção de um senso coletivo de pertencimento. Ambientes respeitosos geram confiança e reduzem conflitos”, afirma.

Segundo o psicólogo, iniciativas alinhadas com políticas públicas precisam estar pautadas por valores de equidade e proteção, criando compromisso ético da sociedade com a justiça e a preservação da vida:

“Em tempos em que a saúde mental tem ganhado espaço nas discussões públicas, iniciativas concretas merecem ser reconhecidas, fortalecidas e replicadas em todo o país” conclui.

Luti Christóforo 
Psicólogo Clínico – CRP 08/18577
(41) 99809-8887
@luti.psicologo
lutipsicologo@gmail.com

Il Volo é destaque na agenda de outubro do Teatro Positivo

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Programação reúne ainda nomes como Marília Gabriela, Fábio Jr., Paula Fernandes, Daniel e Whindersson Nunes

A agenda de outubro do Teatro Positivo e dos outros espaços da UP Experience — complexo de eventos localizado na Universidade Positivo, em Curitiba — está especial, com grandes nomes da música romântica, do sertanejo e do humor nacional, além de uma atração internacional.

Para abrir o calendário, no dia 4, o cantor e compositor José Augusto celebra cinco décadas de carreira em um show repleto de clássicos como “Aguenta Coração”, “Chuvas de Verão” e “Indiferença” — sucessos que marcaram época em trilhas sonoras de novelas. Para seguir com os grandes hits, Fábio Jr. retorna à capital no dia 11 com a turnê “Bem Mais que Meus 20 e Poucos Anos”, com sucessos românticos que marcaram seus 50 anos de trajetória. 

No dia 7, o público curitibano terá a oportunidade de prestigiar o trio italiano Il Volo, referência mundial da música pop lírica, em apresentação única. Composto pelos tenores Piero Barone, Ignazio Boschetto e pelo barítono Gianluca Ginoble, o grupo, formado em 2009, foi influenciado principalmente pelo estilo crossover do também italiano Andrea Bocelli.

Os fãs de stand-up terão um mês repleto de atrações. No dia 5, o humorista Whindersson Nunes retorna ao palco do Teatro Positivo com o espetáculo “Isso Definitivamente Não é um Culto, em que transforma episódios de sua própria vida em riso. Nathan Lopes chega no dia 12 com o stand-up “Nathan por aí”. No dia 19, Thiago Ventura apresenta “Só Agradece”. A experiência em sala de aula inspirou a criação do stand-up “Vida de Professor”, do comediante Diogo Almeida, nos dias 22 e 23. O improviso da Cia Barbixas de Humor é atração no Teatro UP Experience (TUX) também nos dias 25 e 26, em sessões duplas com o show “Improvável”. 

Na segunda quinzena de outubro, a música sertaneja ganha a cena. Paula Fernandes, vencedora de dois Grammys Latinos, se apresenta no dia 17. O cantor Daniel sobe ao palco nos dias 25 e 26 com a turnê “Um Novo Tempo”, revisitando tanto a fase solo quanto o período em que formou dupla com João Paulo.

Já no dia 18, o público infantil vai se divertir com o espetáculo “A Origem de Happy e Angry”, do youtuber Enaldinho, que aborda temas atuais, como bullying e autoconfiança.

No dia 24, a peça “A Última Entrevista de Marília Gabriela” chega a Curitiba. A jornalista divide a cena com seu filho caçula, o ator e diretor Theodoro Cochrane. O espetáculo  recebeu duas indicações ao Prêmio Bibi Ferreira, uma das mais importantes premiações do teatro brasileiro. 

Na programação do TUX, destaque o cantor e compositor carioca Cícero que começa sua nova turnê nacional no dia 3. No dia 4 “The Beatles Tribute Show” é atração  para os fãs da banda de Liverpool. No mesmo fim de semana o espetáculo “Abba Alive” relembra os clássicos do grupo no dia 5.

Programação completa – Outubro/2025

Teatro Positivo

04/10 – José Augusto
05/10 – Whindersson Nunes
07/10 – Il Volo
11/10 – Fábio Jr.
12/10 – Nathan Por Aí
17/10 – Paula Fernandes
18/10 – Enaldinho
19/10 – Thiago Ventura
22 e 23/10 – Diogo Almeida
24/10 – A Última Entrevista de Marília Gabriela
25 e 26/10 – Daniel

Teatro UP Experience

03/10 – Cícero
04/10- The Beatles Tribute Show
05/10 – Show ABBA Alive
25 e 26/10 – Show Improvável, com Os Barbixas

Serviço

Local: UP Experience – Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 – Campo Comprido – Curitiba – PR
Ingressos: disponíveis no site Disk Ingressos https://www.diskingressos.com.br

Ainda dá tempo de definir o corpo até o verão?

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Especialista da UPX Sports dá dicas para acelerar a preparação e alcançar resultados no curto prazo

Com a contagem regressiva para o verão já em andamento, cresce a procura por treinos e rotinas capazes de garantir um corpo mais saudável e definido na estação mais esperada do ano. Especialistas reforçam que não existem fórmulas mágicas: a chave está em começar cedo, respeitar os limites do organismo e manter a disciplina. De acordo com o coordenador da UPX Sports, professor Zair Cândido, quatro estratégias se destacam para quem deseja conquistar resultados consistentes até o fim de 2025.

Exercícios recomendados

Combinar musculação com circuitos funcionais aumenta a força muscular, eleva o gasto calórico e favorece a definição. “Uma boa estratégia é apostar em treinos intervalados (HIIT), que são curtos, intensos e continuam acelerando o metabolismo mesmo após o treino”, orienta o especialista. O método consiste em sessões de curta duração, alta intensidade e pausas breves, estimulando a queima de calorias durante o treino e na recuperação muscular. 

Na rotina semanal, incluir corridas em diferentes ritmos ajuda no déficit calórico e no emagrecimento. Para variar, atividades coletivas como danças, lutas ou esportes tornam o processo mais dinâmico e motivador. 

O fundamental é manter o exercício como hábito. A constância influencia diretamente nos resultados, e a escolha deve respeitar o perfil individual para aumentar as chances de continuidade a longo prazo. 

Água e alimentação

A hidratação deve acompanhar todo o processo. Uma recomendação prática é consumir, em média 2,5 L de água por dia. Já na alimentação, o equilíbrio é a principal regra. Dietas restritivas podem comprometer o desempenho e a saúde. O ideal é contar com orientação de nutricionistas para ajustar o plano alimentar conforme o biotipo e os objetivos.

Descanso ideal

O repouso é tão importante quanto o exercício, pois é nesse momento que ocorre a recuperação muscular e a evolução para os treinos seguintes. Exagerar na intensidade ou na frequência pode causar sobrecarga física, queda no desempenho e até lesões. O tempo ideal de descanso varia conforme o esforço realizado, sendo a dor um dos principais sinais para definir a duração das pausas regenerativas. 

Alongamento e aquecimento

Segundo Cândido, alongamentos e exercícios de mobilidade são indispensáveis: “Eles preparam o corpo, melhoram a postura e reduzem o risco de lesões. A ausência desses cuidados pode gerar danos musculares relacionados à sobrecarga, movimentos bruscos, erros de treinamento ou falta de condicionamento físico”. O aquecimento antes e depois dos treinos também deve fazer parte da rotina.

Para alcançar os objetivos é essencial contar com acompanhamento de um profissional de educação física, especialmente para evitar excessos motivados pela ansiedade em perder peso. “Um profissional vai analisar e organizar a rotina de acordo com as condições físicas e a meta de estar em forma para o verão”, reforça o coordenador.

Sobre a UP Experience

A UP Experience é o maior e mais completo complexo cultural, esportivo e científico do Brasil. Responsável pela gestão dos espaços de locação de todas as instituições do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, a UP Experience é hoje parte indispensável do ecossistema de eventos e turismo do país, atuando como polo de acesso do grande público à cultura, ao esporte e ao conhecimento em todo o território brasileiro. upx.art.br

Afece chega aos 58 anos com trajetória marcada pela solidariedade de voluntários

No próximo 27 de setembro, a Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial (Afece) completa 58 anos. Sediada em Curitiba (PR), essa instituição sem fins lucrativos se tornou um marco nacional no atendimento gratuito a pessoas com múltiplas deficiências. Mas, mais do que números, sua história é feita de solidariedade e do comprometimento de famílias, colaboradores e voluntários que, tijolo por tijolo, construíram uma trajetória coletiva.

Um desses rostos é Elisabete Maria de Aguiar Maia, que é voluntária desde 1983. “Eu fui convidada a ser tesoureira em uma diretoria totalmente voluntária. Nunca houve remuneração, sempre foi por amor à causa”, lembra. Entre recibos e planilhas, ela colaborou com a Afece em tempos difíceis, cada gesto fez a diferença.

Um momento marcante para Elisabete foi a conquista do terreno na Rua Simão Bolívar, no final dos anos 1980. A área foi doada à Afece após a intermediação da então primeira-dama do Paraná, Débora Dias e outras esferas do governo estadual, que ficou sensibilizada com as dificuldades enfrentadas pela instituição. A construção da primeira sede só foi possível graças à campanha do “tijolinho”, na qual cada pessoa podia comprar, simbolicamente, uma parte da obra. “Ali, conseguimos consolidar nosso trabalho e planejar o futuro”, recorda Elisabete.

Outra lembrança que ela guarda foi a intermediação de uma grande doação da Receita Federal, em Brasília (DF). Uma carga apreendida estava prestes a ser inviabilizada porque a instituição inicialmente indicada não tinha documentos regulares. Assim que soube dessa situação, Elisabete correu atrás dos papéis, fez contatos e organizou o transporte para que tudo chegasse à Afece. Os caminhões trabalharam até a madrugada, e os itens foram levados para Curitiba. O que parecia um empecilho se transformou em uma oportunidade: os materiais foram vendidos em bazares organizados pelos colaboradores e voluntários, e o dinheiro financiou serviços essenciais. “Foi um trabalho enorme, mas conseguimos transformar em oportunidade”, conta a voluntária.

O tripé: educação, saúde e assistência social

As histórias contadas por Elisabete refletem o espírito coletivo que sustentou a Afece desde o início. Esse mesmo esforço criou uma estrutura que hoje se organiza em três frentes principais: educação, saúde e assistência social.

Na educação, a Escola São Francisco de Assis atende diariamente mais de 200 alunos com deficiência intelectual moderada e, grave. As salas são adaptadas e cada disciplina é planejada para promover o desenvolvimento integral dos estudantes. O ensino vai da educação infantil à educação de jovens e adultos, sempre acompanhado por equipes que conhecem bem as necessidades dos estudantes e de suas famílias. O objetivo é que cada aprendizado tenha um significado no dia a dia, preparando crianças, adolescentes e adultos para superar desafios com mais independência.

Além disso, desde 2016, a Afece mantém o Bloco de Saúde, que evoluiu para se tornar o primeiro Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) credenciado pelo Ministério da Saúde em Curitiba e na região metropolitana. Nesse espaço, os pacientes encontram atendimento gratuito em especialidades como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, neurologia, clínico geral, oftalmologia, otorrino, reeducação visual. Só em 2024, foram mais de 50 mil atendimentos realizados pelo SUS. Desde 2021, a instituição já entregou mais de 1.030 cadeiras de rodas e 930 órteses e próteses, permitindo que centenas de pessoas recuperassem a independência na rotina.

Na assistência social, o compromisso é garantir apoio quando a família não pode estar presente. A Afece mantém programas de orientação sociofamiliar e convivência comunitária, além do Lar de Assis — uma residência inclusiva que abriga dez pessoas com deficiência intelectual e múltipla, com idades entre 18 e 59 anos. Ali, os moradores recebem cuidados diários e atenção integral, em um ambiente que reforça a ideia de pertencimento e dignidade.

Voluntariado: transformação de quem recebe e de quem doa

A Afece só chegou nesse patamar porque nunca esteve sozinha. Por trás da estrutura que atende mais de 900 pessoas estão histórias de voluntários como Elisabete, que colaboram na organização de bazares, apoiam eventos, participam de campanhas e oferecem o que têm de mais precioso: seu tempo. Esse esforço coletivo mantém a instituição viva e mostra que o voluntariado é tão indispensável quanto qualquer recurso financeiro.

Para quem se envolve, esse ato de doação também traz aprendizado. Elisabete, que dedicou quatro décadas a essa causa, diz que doar tempo muda a maneira como enxergamos a vida. “Essa forma de pensar, de ajudar quem precisa, transforma nossas vidas”, reflete. Na Afece, ela aprendeu a valorizar os gestos simples, principalmente o carinho com o qual tratam as crianças e suas famílias.

Com leveza, ela transforma sua experiência em um convite para aqueles que ainda estão pensando em dar o primeiro passo: “Estão perdendo uma grande oportunidade. A gratificação é imensa. Não precisa de dinheiro, apenas é preciso dedicar um pouco do seu tempo”.

Estupro de vulnerável: por que a defesa é um desafio jurídico?

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No Brasil, foram registrados 87.545 casos de estupro e estupro de vulnerável em 2024, o maior número da série histórica iniciada em 2011 — o equivalente a uma vítima a cada seis minutos. Desses, 76,8% envolveram menores de 14 anos ou pessoas incapazes de consentir, e 61,4% das vítimas tinham até 13 anos. A maioria dos casos (65,7%) ocorreu dentro de casa, e 45,5% dos agressores eram familiares.

Segundo o advogado criminal Júlio Pires, da Julio Pires Sociedade Advocatícia, a defesa nesses casos exige atuação técnica sólida diante da presunção legal de violência. “Não se trata de concordar com a conduta, mas de garantir que o acusado tenha julgamento justo, com respeito às garantias legais”, afirma.
A jurisprudência recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirma a aplicação rígida da presunção jurídica prevista na Súmula 593, mas admite exceções restritas (distinguishing), como pequenas diferenças de idade ou relações consensuais aceitas pela família, desde que comprovadas — casos tratados como exceção, e não regra geral.

Além disso, diversos tribunais têm concedido absolvições quando a acusação não apresenta provas incontestáveis da vulnerabilidade — como laudos toxicológicos ou sexológicos conclusivos ou relatos claros sobre a incapacidade de resistência.

A defesa em casos de estupro de vulnerável enfrenta barreiras jurídicas e processuais que vão muito além do clamor social. Uma das maiores dificuldades é a presunção legal rígida prevista no artigo 217‑A do Código Penal e reafirmada pela Súmula 593 do STJ, que considera configurado o crime independentemente do contexto ou consentimento. Segundo Júlio Pires, “a lei não abre margem para discutir nuances de cada caso, e isso exige que a defesa explore ao máximo as possibilidades legais para garantir um julgamento justo”.

Pontos críticos desta defesa
O advogado explica que, embora o STJ admita exceções conhecidas como distinguishing, elas são extremamente restritas. “Só em situações muito específicas — como pequenas diferenças de idade, relações consensuais aceitas pelas famílias ou provas de que não houve efetiva violação da liberdade sexual — é possível afastar a presunção. E, mesmo assim, é uma batalha difícil”

Outro ponto crítico é a produção e a qualidade das provas. Muitos processos chegam ao julgamento com provas insuficientes que não comungam com a versão da vítima para casos de menores de 14 anos ou com perícias incompletas e laudos que não confirmam a vulnerabilidade, no caso de vítimas maiores de 14 anos.

“Quando não há laudo toxicológico, exame sexológico conclusivo ou testemunhos consistentes, o risco de uma condenação injusta aumenta. É papel da defesa questionar e suprir essas falhas com laudos complementares de assistentes técnicos forenses”, afirma Pires.

O advogado destaca ainda o perigo da chamada “perda de chance probatória”, que ocorre quando a defesa não consegue apresentar contraprovas a tempo. “Se o processo avança rápido demais e a defesa não obtém acesso a documentos, registros ou testemunhas cruciais, o contraditório fica prejudicado. É por isso que insisto tanto na investigação defensiva desde o inquérito: é o momento de agir, colher evidências, identificar contradições e proteger o direito de defesa”

Para o advogado, atuar nesses casos não significa aprovar o crime, mas sim garantir que a verdade seja apurada e que eventuais penas sejam aplicadas de forma proporcional. “O sistema de Justiça só funciona quando todos — inclusive os acusados — têm seus direitos respeitados. Uma acusação sem provas sólidas pode arruinar vidas para sempre”, conclui.

Serviço: Júlio Pires Sociedade Advocatícia

Dr. Júlio César Pires

Advogado Criminal – OAB/PR 68179

(41) 3408-3470
advocaciajpires@gmail.com

https://advogadocriminalpr.com.br/
R. Padre Anchieta, 2204 – Bigorrilho, Curitiba/PR.

Advogado criminal deve defender cliente sabendo que ele é culpado?

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Todos os dias essa cena se repete: alguém acusado de um crime grave perante o juiz e, ao seu lado, o advogado de defesa. Muitas vezes, esse profissional sabe, pelas próprias palavras do cliente, que ele cometeu o delito ou o crime do qual está sendo acusado. Recentemente, testemunhamos casos de repercussão nacional, noticiados pela grande mídia, mostrando advogados defendendo clientes que, de fato, confessaram seus crimes.

Ainda assim, a defesa precisa se desdobrar para contestar muitas questões, como possíveis provas ilícitas — por exemplo, escutas telefônicas sem autorização judicial — e até pleitear penas alternativas para delitos de menor gravidade.

Este é o dilema moral e ético do advogado: defender quem é culpado. Ao contrário do que muitos imaginam, esta não é uma escolha pessoal do profissional de direito, mas um dever legal, como explica o advogado criminal Jefferson Nascimento da Silva, palestrante e mentor em prática penal.

“Esses casos ilustram muito bem que o advogado não é contratado para inocentar a qualquer custo, mas sim para garantir o equilíbrio em todo o processo e evitar que o Estado atropele direitos em nome da pressa ou de uma resposta rápida para satisfazer a opinião pública”, afirma Jefferson.

O dever do advogado
Para Jefferson, a advocacia criminal sempre parte do princípio central de que cabe ao Estado provar a culpa e, ao defensor, assegurar o total respeito aos direitos constitucionais do acusado, independentemente de ele ter confessado em sigilo.

Dados do CNJ de 2024 mostram a importância da defesa técnica: em 38% dos processos criminais analisados, foram identificadas nulidades em virtude de falhas no devido processo legal, como a violação do sigilo profissional, além da atuação baseada exclusivamente em provas e na busca por penas menores.

“É bom deixar claro que o advogado de defesa não está no processo para reforçar se seu cliente é inocente ou culpado. Sua função é garantir que ninguém será punido sem julgamento justo”, conclui Jefferson.
Serviço: Jefferson Nascimento da Silva

Advogado Criminalista – OAB/PR 86.750 
(41) 98400-6686
Rua Conselheiro Laurindo, 600 – sala 1006/1007 – Centro, Curitiba – PR.
@jeeffeh
jeffe.adv@gmail.com

Cinco lições de quem saiu de Curitiba para estudar em Harvard com tudo pago

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João Henrique passou por um processo rigoroso e foi aceito em instituições de elite nos EUA e Europa; veja o que ele aprendeu no caminho

Aos 23 anos, João Henrique Hofmeister viu seu sonho virar realidade: ele foi aceito em cinco universidades dos Estados Unidos — entre elas Stanford e Georgetown — e em uma na Alemanha. Escolheu Harvard, onde agora cursa o mestrado em Políticas Públicas com uma bolsa integral concedida pelo renomado Belfer Center for Science and International Affairs (em português, Centro Belfer de Ciência e Relações Internacionais).

A trajetória de João não foi obra do acaso. Desde o Ensino Fundamental, ele se dedicou intensamente aos estudos, participou de projetos de voluntariado e fundou iniciativas escolares de impacto social. No Colégio Positivo – Júnior, em Curitiba, encontrou o ambiente ideal para aprofundar seus interesses em geografia, história e filosofia, além de desenvolver habilidades como liderança, cidadania e voluntariado. Mais tarde, consolidou essa base na graduação em Relações Internacionais pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.

A conquista da bolsa exigiu um processo seletivo separado: redações, análise curricular e entrevistas para mostrar como sua trajetória se alinhava ao perfil do centro de pesquisa. O pai, Ronaldo Hofmeister, expressa o orgulho com serenidade: “A conquista é grandiosa, mas o mais bonito foi o caminho que ele percorreu até aqui.”

O passo a passo até Harvard

1 – Começar cedo

Um dos segredos da trajetória de João Henrique foi iniciar a preparação desde muito jovem. No sexto ano do Ensino Fundamental, já participava de projetos de pesquisa e feiras de ciências, além de criar iniciativas de voluntariado e assumir papéis de liderança dentro e fora da sala de aula. Ele reforça que não existe uma fórmula pronta: “É difícil ter uma receita de bolo, o processo é muito individual porque cada pessoa tem interesses diferentes. O essencial é descobrir o que o mundo espera de você no futuro, entender o que gosta de fazer e exercitar suas habilidades potenciais”, aconselha.

2 – Incentivo acadêmico

Outro fator decisivo, segundo João Henrique, foi escolher escolas que valorizassem a pesquisa e a inovação. “Comecei a discutir política internacional no colégio e ali trilhei o meu caminho”, lembra. Ainda no Ensino Médio, fundou e liderou, por três anos, projetos sociais e o Modelo das Nações Unidas (MUN) — simulação educacional da Organização das Nações Unidas (ONU) em que estudantes do Positivo International School, em Curitiba, atuam como diplomatas, debatem temas globais e propõem soluções para desafios coletivos.

3 – Protagonismo

Participar de atividades extracurriculares, criar projetos de impacto social e exercitar a liderança são, para João Henrique, passos essenciais para a formação pessoal e profissional. Ele foi protagonista em diversas iniciativas: fundou clubes na escola, liderou grupos estudantis, desenvolveu projetos de voluntariado, apoiou refugiados e dedicou atenção especial ao aperfeiçoamento do inglês.

4 – Acreditar e gostar do que faz

O jovem aponta que o envolvimento constante com projetos possibilitou descobertas importantes sobre si mesmo — em especial, a afinidade com a pesquisa, que se transformou em objetivo de carreira. “Acreditar e gostar do que se faz é o que sustenta a caminhada acadêmica”, resume. Antes de chegar a Harvard, João Henrique trabalhou com educação política, deu aulas, desenvolveu oficinas, atuou em projetos com pessoas cegas e ministrou workshops em diferentes áreas.

5 – Buscar qualificação

Investir em formação contínua é, na avaliação do estudante, indispensável para ampliar o currículo e desenvolver as competências exigidas pelas universidades internacionais. Essa preparação também fortalece o perfil para conquistar bolsas de estudo. João Henrique é exemplo: foi aprovado em seis instituições de prestígio no exterior, mas escolheu Harvard porque esse sempre foi o seu maior objetivo.

Sobre o Colégio Positivo

O Colégio Positivo, reconhecido como líder e referência no setor educacional, teve sua origem como um prestigiado curso pré-vestibular, expandindo sua atuação para se tornar uma instituição de destaque no campo da educação. Integrante do Grupo Positivo, sua história é marcada pelo compromisso de formar indivíduos éticos, conscientes e solidários, preparados para os desafios futuros com excelência. Desde os primeiros estágios da jornada educativa, o Colégio Positivo se distingue por sua abordagem transformadora, presente em todos os níveis de ensino. Com uma presença consolidada em 20 unidades distribuídas pelos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, a instituição acolhe aproximadamente 16,5 mil alunos, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.

Prati-Donaduzzi se destaca entre as maiores empresas do Sul do Brasil

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Indústria farmacêutica integra o ranking do Grupo AMANHÃ e PwC Brasil

A Prati-Donaduzzi, uma das maiores indústrias farmacêuticas do país, mais uma vez figura no ranking das 500 Maiores do Sul, elaborado pelo Grupo AMANHÃ em parceria com a PwC Brasil. Com a maior rentabilidade do setor químico, a empresa ocupa a 121° posição entre as 500 maiores do Sul e a 48° posição entre as 100 maiores do Paraná.

O levantamento, que chega a 35ª edição, avalia o desempenho das principais companhias do Sul do Brasil com base no Valor Ponderado de Grandeza (VPG) — indicador exclusivo que considera patrimônio líquido (50% da nota), receita líquida (40% da nota) e lucro ou prejuízo líquido (10% da nota).

O Paraná teve 175 representantes no ranking, o equivalente a 33% do total, atrás do Rio Grande do Sul (35%) e à frente de Santa Catarina (32%). A concentração em Curitiba é destaque: 41% das maiores empresas do Estado estão na capital – ao contrário da Prati-Donaduzzi que, com mais de 5 mil colaboradores, é a segunda maior empregadora do município de Toledo, no Oeste do estado.

Para a farmacêutica, o reconhecimento reforça a trajetória de crescimento da companhia. “Esse resultado reflete o nosso compromisso com inovação, pesquisa e desenvolvimento de soluções em saúde que impactam positivamente milhões de brasileiros. Estar entre as maiores empresas do Sul é mais um passo que confirma nossa estratégia de crescimento sustentável”, afirma a diretora de PD&I da Prati-Donaduzzi, Letícia Rechia. 

“Percebemos no dia a dia o investimento em novas tecnologias, pesquisa e incentivo de qualificação dos colaboradores para entregar sempre medicamentos e novas soluções em saúde”, afirma Andreza Graciano, consultora de vendas que representou a farmacêutica no evento realizado na última quarta-feira (17), na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em Curitiba, com transmissão ao vivo pelo canal @amanhatv no YouTube. “É uma honra representar a Prati-Donaduzzi neste evento.

Sobre a Prati-Donaduzzi

A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica 100% nacional, é especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos. Com sede em Toledo, Oeste do Paraná, produz aproximadamente 13 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera mais de 5 mil empregos. A indústria possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil e desde 2019 vem atuando na área de Prescrição Médica, sendo a primeira farmacêutica a produzir e comercializar o Canabidiol no Brasil.

Misturar contas pessoais e do CNPJ ainda é erro comum entre dentistas

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Organizar as finanças pessoais já é um desafio para muita gente. Para dentistas que também administram consultórios ou clínicas, a confusão costuma ser ainda maior: é bastante comum misturar contas da vida pessoal com as da empresa, o que pode comprometer tanto o orçamento doméstico quanto a saúde financeira do consultório.

Para o contador Danilo Fermino, diretor da Flow Contabilidade, essa é uma das principais falhas que observa na rotina de profissionais da odontologia. “Muitos dentistas usam a conta da clínica para pagar despesas pessoais e, em pouco tempo, não sabem mais o que é gasto do consultório e o que é gasto da família. Esse descontrole é perigoso, porque pode mascarar problemas de caixa e até gerar dívidas”, alerta.

Segundo ele, atitudes simples podem evitar dores de cabeça no futuro. Ter um orçamento definido para as despesas da casa, manter contas bancárias separadas para pessoa física e jurídica e criar uma reserva de emergência são medidas que fazem diferença. “Não adianta esperar sobrar para guardar. O ideal é separar um valor fixo todo mês, logo que receber, e manter esse dinheiro em uma conta diferente da que usa no dia a dia”, explica Fermino.

O especialista lembra ainda que a disciplina é fundamental para manter o equilíbrio financeiro. “Antes de qualquer compra, vale a pergunta: eu realmente preciso disso agora? Se a resposta for não, é melhor adiar. Essa postura ajuda a evitar endividamentos e dá mais clareza sobre as prioridades”, afirma.

Além disso, Fermino recomenda planejar despesas anuais, como IPVA, IPTU e seguros, para não ser pego de surpresa. “Reservar um pouquinho a cada mês é muito mais saudável do que chegar no começo do ano sem saber de onde vai tirar o dinheiro”, completa.

No fim das contas, separar o que é pessoal do que é empresarial não é apenas uma questão de organização: é um passo essencial para garantir estabilidade financeira tanto na vida pessoal quanto no consultório.

Flow Contabilidade
Danilo Fermino
Contador CRC PR 078065/O-2
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