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Carro novo: início do ano é propício para negociar

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Com perspectiva de redução nos preços e necessidade de renovação de estoque, compra de veículos no primeiro trimestre do ano pode ser vantajosa

Mesmo com as tradicionais contas de início de ano, como IPVA, IPTU, volta às aulas e os custos de emplacamento, seguro, documentação e demais processos que envolvem a compra de um carro novo, o primeiro trimestre é, tradicionalmente, um bom momento para negociar. Essa tendência é mostrada em um estudo recente realizado pela Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box, que aponta: 58% dos brasileiros entendem que vale a pena  investir em carro novo no começo do ano.

Junto dessa percepção, há uma perspectiva de, no mínimo, 10% de queda nos valores dos veículos novos em 2023 e 2,5% nos seminovos, conforme relatório da consultoria JP Morgan Research. Com prospecções positivas, agora pode ser um bom momento para investir no zero-quilômetro. “É importante acompanhar o mercado e ir até a concessionária para negociar, pois esse é um período estratégico para o segmento automotivo. Tradicionalmente, o primeiro trimestre é um bom momento para trocar de carro”, explica o gerente comercial da Ford Slaviero, Rogério Lechinski. 

Nesse período, as concessionárias oferecem diversos benefícios e descontos para alavancar as vendas do ano que se inicia. A Ford Slaviero, por exemplo, oferta o IPVA 2023 quitado como incentivo para concluir a  compra ou troca do veículo. “Acaba sendo um imposto a menos para o cliente pagar e um incentivo para ter um carro novo na garagem”, destaca. 

A revenda, que é pioneira da marca Ford em Curitiba (PR), registrou um aumento de 16% nas intenções de compra em janeiro, comparado a dezembro de 2022. Já na projeção de vendas para o primeiro trimestre deste ano, a concessionária estima um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado.

A renovação do estoque também pode facilitar a negociação. “Se a intenção é comprar um carro zero quilômetro os meses de janeiro, fevereiro e março são excelentes para compra porque existe a possibilidade de descontos por conta da necessidade de abrir espaço  aos lançamentos”, conta Rogério.

Lançamentos

Neste ano, a marca traz muitas novidades. A Ford Slaviero receberá em março a nova Ford F-150, a picape com o motor mais potente do Brasil. Mesmo antes da chegada, a concessionária já tem registrado alta procura pelo veículo, que tem motor V8 5.0 aspirado a gasolina. É um motor parecido com o do Mustang, e deve render 405 cv e 56,7 kgfm. O câmbio é automático de 10 marchas com 4×4 sob demanda.

Outro lançamento é o Mustang Mach-E, veículo elétrico que já faz grande sucesso em outros países, com fila de compradores nos Estados Unidos. E também uma versão híbrida da Maverick (picape escolhida como a melhor do ano de 2022), a nova linha do furgão Transit e a atualização na SUV Territory, que já está à disposição para test drive na Ford Slaviero.

Sobre a Ford Slaviero

Há quase 80 anos no mercado automotivo, a Ford Slaviero é uma das concessionárias de veículos mais tradicionais e sólidas do mercado, sendo revenda Ford com maior tempo de mercado em Curitiba. Os clientes podem contar com as facilidades oferecidas no comércio de veículos 0km, seminovos multimarcas, peças e serviços especializados. Mais informações: fordslaviero.com.br.

Empresa de mobilidade urbana prevê R$ 100 milhões em investimentos para ampliação de frota e melhorias tecnológicas

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V1, empresa de locação e assinatura de carros pertencente ao grupo Águia Branca, irá direcionar R$ 10 milhões em soluções de inovação e R$ 36 mi em renovação e ampliação da frota

Nano locação, digitalização e conectividade do mercado automotivo, investimentos em soluções para mobilidade urbana, menos estoque, foco na experiência e custo unificado pelo tempo de uso do bem com tecnologia aliada ao pagamento. Essas são algumas das tendências de 2023 para o mercado automobilístico. Pode-se afirmar que o Brasil tem potencial para se tornar um celeiro de novas tecnologias e de investimento em sustentabilidade e soluções para os desafios urbanos. Dentre eles, um dos principais reveses é o trânsito e inchaço populacional e a inadiável necessidade de deslocamento com mais conveniência e inteligência pela cidade. Nesta linha, os veículos por assinatura, modelo de negócios que naturalmente retira muitos carros da rua, e a locação pontual por necessidade são comportamentos cada vez mais consolidados no país.  

De acordo com a ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), o serviço de assinatura cresceu 16,4% de janeiro a setembro de 2022. Para fins de comparação, o país contava com 91 mil veículos assinados em dezembro de 2021. Em setembro de 2022, esse número total saltou para 106 mil automóveis. No que tange à locação de carros, a projeção é que o setor avance até 20,7% em 2023. 

Corroborando a performance positiva do setor, o V1, empresa de mobilidade urbana por app do Grupo Águia Branca, anuncia investimento de R$ 100 milhões, visando à renovação e ampliação da frota, assim como inovações tecnológicas, incluindo usabilidade, novas funcionalidades e melhoria na experiência do cliente. Os investimentos são justificados pelas positivas prospecções para o setor, que deve crescer em 15% somente durante o verão, comparado ao ano anterior, segundo a ABLA. As estatísticas detalham que viagens turísticas de lazer e negócios somaram 48% da demanda em 2022 e permanecerão em alta neste ano. 

“O turismo intensifica a necessidade de mobilidade e o consumidor prioriza alternativas flexíveis e econômicas. Os serviços de aluguel e assinatura 100% digitais via aplicativo proporcionam agilidade e menos dores de cabeça, uma vez que toda a burocracia de comprar e manter um automóvel é responsabilidade da empresa, e não do cliente”, explica o diretor de negócios do V1, Leonardo Balestrassi. É importante ressaltar que a assinatura também é percebida como alternativa aos clientes que buscam capitalizar e investir em outros setores e apenas arcar com parcelas mensais mais enxutas que cabem no orçamento. “Percebemos que o consumidor prefere vender o carro próprio e investir o dinheiro. Mas essa decisão não exclui a necessidade de locomoção, é claro. A facilidade que proporcionamos de assinar um carro 100% digital contribui para o aumento da procura. No que tange a locação, nós atendemos às diversas necessidades dos usuários. Com a locação de meia diária, proporcionamos liberdade para resolver as demandas do dia a dia sem necessidade de arcar com uma diária inteira para compromissos em horário comercial. Já as locações mais duradouras, para eventuais viagens de negócio e turismo, também estão em alta, já que o brasileiro não quer arcar com despesas oriundas do carro próprio”, complementa. 

Custos logísticos: solução de frota terceirizada para empresas

O V1 promove o serviço de locação especializado para pessoas jurídicas, com a possibilidade de migrar o uso de veículos próprios para terceirizados, reduzindo os custos, e sem precisar se preocupar com a manutenção e inutilização dos veículos nos períodos de baixa demanda. Inclusive, uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e Sebrae com empresas de pequeno, médio e grande porte, revelou a porcentagem, do gasto médio que as empresas têm com logística. As empresas pequenas têm gasto médico de 6,6% em relação ao faturamento anual, enquanto as médias consomem 6,1% e as grandes 7,5% da receita. Vale lembrar que frota própria exige infraestrutura para guardar os veículos.

“As empresas têm reconhecido os benefícios do aluguel de frota terceirizada. O time de soluções do V1 disponibiliza um sistema de gestão inteligente de carros e vans. Dentre os serviços propostos, oferecemos estações dedicadas exclusivamente às empresas, transporte de pessoas e gestão de viagens. A terceirização de frota tornou-se uma opção para gestores que buscam praticidade e economia, já que possui custos previsíveis acordados de antemão e carros disponíveis para substituição a qualquer momento, evitando, assim, que a empresa tenha capital parado”, explica o diretor. 

V1 fecha 2022 com faturamento recorde de R$ 100 milhões

O V1 encerrou 2022 com o maior faturamento de sua história, R$ 100 milhões, montante 62% superior ao de 2021. Em relação à frota, houve um crescimento de 20% no mesmo período. “A estratégia na localização das estações e os modelos dos veículos são pontos essenciais para atender às necessidades dos clientes e, assim, avançar a cada ano”, finaliza. 

No total, foram realizados 35.372 aluguéis e 1.650 assinaturas no Brasil, com alcance de 11.850 clientes. A expectativa de atendimento para o serviço de locação neste ano chega perto da ocupação total das frotas, sendo 80% para Curitiba (PR) e 75% para Vitória (ES). “Projeto que 2023 será um ano positivo para os modelos de negócio de locação e assinatura de veículos. A compra de carros no Brasil implica em arcar com juros altos e não enxergamos previsão de baixa desses encargos. É essa incerteza de redução de juros que nos convence de excelentes resultados em 2023. O brasileiro não quer pagar por um bem de uso contínuo com valores de entrada altos que irá depreciar. As modalidades de assinatura e locação são alternativas para usufruir de um veículo e de mobilidade urbana, sem entrada, juros de financiamento e com a certeza do investimento”, finaliza Leonardo.  

Sobre o V1

O V1 é uma plataforma de mobilidade urbana que atua no aluguel e assinatura de carros de forma 100% digital, para uso pessoal e empresarial.  Oferece soluções em gestão de frotas terceirizadas para empresas, fleet service, traslado de pessoas e outras demandas personalizadas. Considerado um dos maiores players do setor no país, o V1 faz parte do Grupo Águia Branca e atua nas cidades de Vitória (ES) e Curitiba (PR). O app está disponível na Apple Store e Google Play.

Crescimento do turismo corporativo impulsionou aumento de 224% na receita do NH Hotels Brasil em 2022

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Dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, revelam que o Paraná teve a maior alta do país no setor de serviços, motivada pelo aumento de 5,3% no turismo. NH Curitiba The Five corrobora performance positiva

O fortalecimento do setor de turismo, corporativo e doméstico foi constatado pelo crescimento do número de convenções, feiras internacionais inéditas sediadas no Brasil, novas opções de destinos e oportunidades de negócios. De acordo com o Ministério do Turismo (Mtur) e contabilizando apenas os inscritos oficialmente no Calendário Nacional de Eventos, já estão previstos mais de 900 só neste ano. Segundo dados do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), realizado pela FecomercioSP e Associação Latinoamericana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), o faturamento do setor de viagens corporativas registrou R$ 76,6 bilhões entre os meses de janeiro e outubro do ano passado. Sustentando a mesma solidez e progresso, o NH Curitiba The Five, primeiro hotel no Brasil da rede espanhola NH Hotels, registrou incremento de 107% no volume de hóspedes em turismo corporativo. 

O NH Curitiba The Five conta com 178 apartamentos, um restaurante, um coffee shop, um lounge, sete salas para eventos corporativos com capacidade para até 190 pessoas, área de business center, espaço fitness e spa.  O diretor do hotel, Antonio de Albuquerque, comemora os expressivos resultados de 2022. “Nos primeiros seis meses, registramos um crescimento de 13%, em comparação com o período pré-pandemia. Em números reais,  tivemos cerca de 10 mil hóspedes no primeiro trimestre do ano e um acréscimo de 15% no fluxo de pessoas no segundo trimestre. Historicamente, o mercado de Curitiba começa a reagir no início de agosto, mas, neste ano, observamos um fluxo maior já a partir de junho e julho”, explica. Com uma taxa de ocupação próxima a 50%, o hotel teve faturamento 52% superior ao período pré-pandemia em 2019. Segundo Antonio, a expectativa é fechar o primeiro trimestre de 2023 com taxa de ocupação média de 52%, com uma diária média de R$ 435.  

Em 2022, o hotel sediou 243 eventos corporativos e congressos, e o turismo de negócios foi responsável por aproximadamente 70% do fluxo de hóspedes, o que corrobora a recuperação e robustez do setor. “O turismo de negócios garantiu 65% do faturamento total do hotel em 2022, e as reservas desse segmento no começo deste ano já são expressivas. Esperamos por volta de 35 mil hóspedes viajando a trabalho, e nossa agenda de reservas para eventos corporativos já está 25% ocupada”, revela.

Hotel registra crescimento de 25% do turismo rodoviário 

Pesquisa encomendada pela empresa Buser e conduzida pela Quaest revelou que 61% dos brasileiros preferem viajar de ônibus, 41% fariam a viagem de carro e apenas 10% escolheriam viajar de avião. Os dados são de julho de 2022 e apontam que as pessoas priorizam viagens mais econômicas e que os deslocamentos por proximidade – destinos de até 500 quilômetros – é forte tendência no turismo brasileiro. 

Inclusive, o turismo corporativo pelo modal rodoviário também é uma realidade. Levando em consideração o custo benefício e a possibilidade de modelos de trabalho flexíveis, como o híbrido e remoto, os empregados têm a oportunidade de morar em locais diferentes da cidade onde está a empresa empregadora e  priorizar as viagens terrestres para se locomover quando necessário. 

“Registramos um aumento no fluxo de automóveis em nosso estacionamento de 20%. Estimamos a circulação de aproximadamente 9 mil veículos apenas em 2022”, complementa Antonio. 

Geração de empregos: hotel prevê aumento de 20% no quadro de colaboradores 

Levantamento realizado pelo Ministério do Turismo, com base em dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Brasil), indicou que o turismo nacional registrou, até outubro do ano passado, 234 mil novos postos de trabalho em todo o país. O hotel curitibano reforça a crescente: o quadro de colaboradores cresceu 27%, em especial nas equipes de governança, cozinha e restaurante. A previsão segue positiva e o diretor projeta expandir em mais 20% o número de funcionários no início de 2023.

Investimentos de meio milhão em modernização e expansão

Em 2023, a rede NH Hotels planeja novidades e reformas. Dentre os destaques, uma reformulação nos cardápios do Restaurante Trinitas e Five Lounge, com criação de novos pratos e opções culinárias para os clientes que possuem necessidades nutricionais e alimentares específicas. “Pretendemos reformar o coffee shop Grão Café, tornando-o mais iluminado, confortável, inteligente e conectado”, conta Antonio. Ainda, o hotel está estudando projetos e viabilizando economicamente a possibilidade de modernizar e trazer novas soluções de alto padrão para os 178 quartos do complexo. O investimento previsto é de cerca de R$ 500 mil e visa reposicionar estrategicamente o hotel para atender à crescente demanda dos clientes. 

SOBRE NH HOTELS

NH Hotels é a marca de luxo do NH Hotel Group, destacada por seus hotéis modernos e singulares em localizações perfeitas na Europa e na América Latina, que se conectam facilmente com as cidades e bairros. Cada NH Hotel é cuidadosamente projetado para oferecer uma experiência confiável que sempre atenderá às expectativas dos hóspedes. Seu estilo descontraído, urbano e fresco faz deles um marco para se hospedar, trabalhar e interagir agradavelmente fora de casa. Quer os viajantes visitem os NH Hotels a negócios ou a lazer, esses hotéis oferecem a seus hóspedes um serviço caloroso e excelente para garantir uma estada perfeita e prática, com uma boa relação custo-benefício. Eles estão prontos para atender adequadamente às necessidades dos hóspedes, felizes em ir além, para que as estadas dos hóspedes sejam sempre um prazer.

A nova geração das tecnologias em sala de aula

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Enzo Kalinke*

O uso de tecnologias no ensino, por parte de professores e alunos, traz não apenas novas possibilidades em sala de aula e novas propostas pedagógicas, como também muitos debates para entender até que ponto a tecnologia pode ser benéfica para o aprendizado.

No início dos anos 2000, debatia-se, amplamente, se o uso da internet em salas de aula seria benéfico. Seriam as informações encontradas na rede confiáveis? Ou teriam um caráter acadêmico? No início da década de 2010, o debate era sobre a popularização dos smartphones, e como esses dispositivos poderiam ser distratores no ambiente escolar. Na primeira metade da década de 2020, discutimos a I.A. (Inteligência Artificial). 

Hoje, percebe-se que a internet não apenas auxiliou professores e alunos, mas também foi a base do ensino durante a pandemia de covid-19, quando fomos obrigados a aprender e ensinar por meio da rede. Em um grande número de colégios, a rede é encontrada em todas as salas de aula. Para os estudantes, é uma ferramenta utilizada como plataforma de ensino, meio de pesquisa e até uma nova forma de comunicação  com colegas e professores. O uso da rede global de computadores dentro das escolas já é um consenso. 

Seguindo a evolução tecnológica, chegamos aos smartphones, telefones com acesso à internet. Acredito que tais dispositivos têm o potencial de serem utilizados em sala de aula como facilitadores. Porém, o mesmo aparelho que apresenta em segundos os resultados de uma pesquisa, ou faz um cálculo matemático, traz o acesso a jogos, mídias sociais e inúmeras outras funções que tornam-se distratores dentro de sala de aula. Sendo assim, o uso de smartphones nesse espaço acaba por não formar uma unanimidade entre os profissionais da educação.

Hoje, discute-se uma tecnologia que é diferente das citadas acima. Falamos sobre a Inteligência Artificial, a qual, diferentemente dos smartphones e da internet, tem uma capacidade de criação antes  encontrada apenas no cérebro humano. Não apenas discutimos uma tecnologia que facilita o acesso dos estudantes e dos professores à informação, mas uma inteligência capaz de criar textos, imagens e até mesmo respostas prontas, trabalhos discursivos inteiros e ainda explicar satisfatoriamente o motivo de uma resposta ter sido escolhida como correta. 

A Inteligência Artificial como novo membro da sala de aula, traz inicialmente os mesmos debates que as outras tecnologias. Questiona-se até que ponto a I.A. é uma facilitadora ou um problema dentro das escolas. A falta de concordância sobre o uso da I.A. em salas de aula é provada quando percebemos que escolas, como as do estado de Queensland, Austrália, proíbem o uso de uma das I.A. mais populares atualmente, o ChatGPT. 

Ainda na Austrália, as universidades Flinders University, University of Adelaide e University of South Australia tomaram decisões diferentes, permitindo o uso da I.A., desde que seja declarado. Ou seja, em uma mesma nação, encontramos  divergências em relação ao uso de tal tecnologia. 

Como professor, sou a favor de todas as tecnologias que possam auxiliar o aprendizado, facilitando o acesso à informação. Deve-se antes compreender, de que forma a I.A. pode auxiliar o professor e seus alunos, e quais as suas vantagens pedagógicas. Porém, penso que é dever da escola e dos educadores garantirem que todo tipo de tecnologia possa ser utilizada de maneira correta.

A internet como ferramenta escolar é um consenso, os smartphones não. Já a I.A. ainda levanta debates sobre de que modo seu conhecimento pode auxiliar os alunos, ou se pode acostumá-los a apenas digitar para ter uma resposta. O meu receio, assim como dos educadores em geral, é da criação de uma geração de alunos sem capacidade de síntese e sem senso crítico.

Sinto que a internet é uma “nova Barsa”, trazendo todos os tipos de conhecimento condensados em uma só rede, de modo que a enciclopédia antes encontrada apenas em folhas de papel, pode agora ser acessada com o toque de alguns botões. As capacidades de pesquisa e síntese da I.A são inegáveis, e trazem não apenas os dados condensados na rede, mas os interpreta e cria respostas lógicas. Resta saber de que modo essas capacidades podem fazer com que os alunos aprendam, ou se podem prejudicá-los por não precisar mais desenvolver as habilidades que a I.A. agora traz.

*Enzo Kalinke, especialista em Educação Internacional, é professor de História do Colégio Positivo.

Associação que representa mais de mil condomínios no Paraná tem novo presidente

A Associação das Administradoras de Condomínios do Estado do Paraná (AACEP) tem novo presidente. A partir de janeiro quem coordena os trabalhos da entidade que representa mais de mil condomínios no Paraná é o advogado Claudio Marcelo Baiak.

Entre os objetivos desta nova gestão para os próximos dois anos está a ampliação do número de administradoras filiadas à entidade, gerar mais benefícios aos participantes, criar um clube de serviços, aproximar a AACEP de órgãos representativos de classe, do município e do Estado.

“Também convidamos alguns profissionais experientes do mercado para serem colunistas em nosso site. Dessa forma, todo mês eles devem escrever sobre temas relacionados à gestão condominial, leis, novidades, atribuições do administrador, do síndico, dos moradores entre outros assuntos. O objetivo é trazer mais conhecimentos e prestar um serviço gratuito àqueles que transitam pelo segmento condominial e que também residem em condomínios em todo Paraná”, explica Baiak.

Segundo estimativas do setor, em Curitiba e Região Metropolitana existem cerca de 10 mil condomínios residenciais, empresariais e mistos. No Paraná, o número fica próximo de 20 mil ambientes coletivos. Já no Brasil, segundo a base de dados da Receita Federal, existem cerca de 500 mil condomínios registrados.

Fortalecimento do setor
A Associação das Administradoras de Condomínios do Estado do Paraná foi fundada em maio de 2016 e tem sede em Curitiba (PR). A entidade foi criada para auxiliar empresas do ramo condominial, trazer novidades e informações para desenvolver o setor com profissionalismo, compromisso, ética e qualidade.

Em 2022, a entidade realizou o Segundo Meeting de Administração Condominial e movimentou o setor com novidades, interações e palestras gratuitas. Em 2023, segundo o presidente Claudio Marcelo Baiak, está prevista uma nova edição do Meeting – associado à uma feira de serviços –e uma série de palestras formativas ao longo do ano.

“Pretendemos criar mais ações para aproximar ainda mais as administradoras conveniadas à entidade, trazer informação e qualificação ao setor que representamos”, destaca. O calendário de ações da entidade poderá ser conferido no www.aacepr.com.br.

“A luta por mudanças na modelagem do pedágio ou até por um novo modelo econômico avança”, afirma dep. Arilson após reunião com ministro em Brasília

O pedágio proposto para as rodovias paranaenses começa a ganhar novos contornos após reunião em Brasília nesta quinta-feira (09/02). O encontro ocorreu entre o deputado estadual Arilson Chiorato (PT), a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, o ministro do Transporte Renan Filho (MDB), vários deputados da bancada do Partido dos Trabalhadores, tanto estaduais quanto federais, coordenadores do estudo técnico sobre o pedágio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e também integrantes da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, da Assembleia Legislativa do Paraná.

O coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, deputado Arilson Chiorato, garante que o modelo atual de pedágio passará por mudanças e não descarta, inclusive, uma nova modelagem. “A reunião desta quinta-feira foi muito produtiva, por mais de duas horas, discutimos o pedágio do Paraná. Mais uma vez, argumentos técnicos embasaram a reunião e a luta por mudanças na modelagem do pedágio ou até por um novo modelo econômico avança”, afirma.

Prefeito Ulisses Maia participa de missão sobre gestão pública na Colômbia

De acordo com o deputado Arilson, o professor e coordenador do estudo sobre o pedágio proposto ao Paraná, Roberto Gregório da Silva, apresentou contraponto técnico, como os passivos de obras e indícios de duplicidade. “Por exemplo, apenas 51% das obras listadas no contrato original foram cumpridas. Permitir que o modelo atual siga em frente, como está proposto, significa dar continuidade a um modelo injusto, caro e ineficiente”, adverte.

Já o também professor da UFPR, Luiz Antônio Fayet levou a proposta de uma nova modelagem. “Essa proposta inicial tira o aporte, que é um inibidor de descontos, e apresentou o caução com título da dívida pública para diminuir a tarifa. O ministro ouviu e entendeu a proposta e abriu continuidade para negociação, inclusive, uma nova reunião técnica já está marcada”, revela o coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio.

A reunião deverá ocorrer na próxima segunda-feira entre os técnicos do ITTI, da UFPR, técnicos da Assembleia Legislativa do Paraná e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Avalio essa reunião como um avanço. Acredito que vamos ter mudanças significativas, que diminuam o preço da tarifa do pedágio paranaense. A luta segue incansável por uma tarifa barata, que caiba no bolso das pessoas, e garanta segurança”, diz.

Reunião – Participaram da reunião em Brasília com o Ministro Renan Filho, os deputados federais Carol Dartora, Ênio Verri, Tadeu Veneri, Gleisi Hoffmann e Elton Welter.

Prefeito Ulisses Maia participa de missão sobre gestão pública na Colômbia

Ecossistema de inovação, aceleração econômica, requalificação dos espaços públicos, inovação social, mobilidade sustentável, atendimento ao cidadão e planejamento urbano são pautas contínuas na gestão municipal de Maringá, que recebeu diversos reconhecimentos importantes por instituições renomadas, pela adoção de ações e projetos de sucesso.

Com foco em uma gestão eficiente e inovadora, o prefeito Ulisses Maia é um dos seis prefeitos do Brasil que formam a delegação para a missão da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) nas cidades de Medellín e Bogotá, na Colômbia, entre 26 de fevereiro e 3 de março. A missão tem por objetivo conhecer cases de sucesso, debater projetos sobre gestão pública com lideranças políticas daquele país, além de conhecer programas que possam ser aplicados em Maringá e região. 

Medicina integrativa pode evitar 80% de doenças relacionadas ao envelhecimento

A missão em que o prefeito Ulisses Maia participará na Colômbia visa pensar sobre a cidade no futuro, com sustentabilidade, acessibilidade, ordenamento territorial e justiça social. “A gestão municipal deve administrar para todos e promover o bem coletivo da população. A busca por eficiência, inovação e justiça são pilares indispensáveis, que devem ser buscados continuamente pelos gestores públicos”, afirmou o prefeito Ulisses Maia. “Conhecer novos projetos, debater propostas e vislumbrar experiências bem-sucedidas é importante para que, juntos, possamos compartilhar experiências a favor da comunidade”, comentou.

Universidade Pública: pilar da contemporaneidade

O trabalho pela cidade hoje e o planejamento para o futuro, é traçado por ações executadas a curto, médio e longo prazo. A exemplo, a elaboração do primeiro plano gestor de arborização da história de Maringá, que especifica as espécies de árvores adequadas que devem ser plantadas em cada rua do município. Há ainda a instalação de Retentores de Impurezas de Águas Pluviais (Riaps) que impedem que folhas e resíduos entupam as galerias, evitando alagamentos de vias e a contaminação de córregos e rios. Sobre sustentabilidade e também gestão eficiente é possível citar o projeto para implantação de duas usinas fotovoltaicas, que abastecerão a energia em todos os prédios públicos da cidade, com uma economia de mais de R$ 1 milhão por mês.

Vendas via WhatsApp: como usar essa estratégia no e-commerce?

Pensando uma cidade ágil e segura, o PlanMob foi discutido por meio de audiências públicas com a participação da comunidade e é o primeiro plano de mobilidade urbana do município. O objetivo é melhorar a vida da população, reduzindo a poluição e os acidentes e estimulando o transporte público e outras formas de locomoção. Pensando o futuro e a micromobilidade, Maringá possui 47 km de ciclovias que interligam todas as regiões da cidade. Além disso, a inteligência artificial, com software de última geração e câmeras que permitem o reconhecimento facial e a identificação de placas de veículos, foi adotada na segurança, por meio da Central de Monitoramento da Guarda Civil Municipal que será inaugurada no fim deste mês.

Na consolidação de Maringá como smart city, o município implantou o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que agiliza procedimentos administrativos, o que permitiu a transformação digital no atendimento da população e diminuiu consideravelmente a emissão de papéis, contribuindo para o meio ambiente. Desde a implantação do SEI, no final de 2020, cerca de 13 mil procedimentos passaram a ser online, resultando em eficiência e agilidade. A população pode optar pelo atendimento público municipal em aplicativos, como o ′Ouvidoria 156′, para o registro de sugestões, reclamações e solicitações, e o Petis, que disponibiliza feirinhas de adoção de animais online e também pedidos de castração gratuitos. O fomento para a criação de um ecossistema de inovação e o impulsionamento econômico é buscado por meio de alianças estratégicas com municípios da região. A criação da Agência Maringá de Inovação e Tecnologia (Amtech) aproxima o setor de tecnologia da informação do governo municipal.

Maringá é pensada para as pessoas. A gestão investe na modernização e revitalização de espaços públicos e incentiva que a população ocupe praças, centros esportivos, Vila Olímpica, entre outros, para atividades de lazer, esporte e cultura. A cidade é destaque em investimento na área de assistência social, sendo a 6ª cidade do Sul do Brasil e a 34ª do país, entre os 5.400 municípios pesquisados pela FNP. Entre as políticas públicas estão a construção de três restaurantes populares, que servem refeições elaboradas por nutricionistas ao custo de R$ 3.

Confira a programação da missão na Colômbia:

26/02/23 – MEDELLÍN 

• Jantar de boas-vindas 

27/02/23 – MEDELLÍN (INOVAÇÃO E ATRAÇÃO DE NEGÓCIOS) 

• Boas-vindas do prefeito de Medellín, Daniel Quintero 

• Ruta N: Ecossistema de inovação – capacita e fomenta a instalação de startups de tecnologia e inovação 

• Agência de Cooperação e Investimentos de Medellín – ACI: Agência de atração de investimentos e cooperação entre cidades 

28/02/23 – MEDELLÍN (REQUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS E INOVAÇÃO SOCIAL) 

• Comuna 13: Bairros de baixa renda em uma encosta no oeste de Medellín – iniciativa promove segurança, inclusão social e qualidade de vida para população periférica 

• Encontro com o governador de Antioquia, Aníbal Gaviria 

01/03/23 – DESLOCAMENTO MEDELLÍN – BOGOTÁ 

02/03/23 – BOGOTÁ (MOBILIDADE SUSTENTÁVEL) 

• Boas-vindas da prefeita de Bogotá, Claudia López 

• Visita a Secretaria Distrital de Mobilidade de Bogotá: Apresentação do Plano de Mobilidade Sustentável de Bogotá (projetos estratégicos) e o modelo de eletrificação da frota de transporte público 

• Centro de Controle Operacional do Transmilenio 

• Pátio de recarga de ônibus 

03/03/23 – BOGOTÁ (ATENDIMENTO AO CIDADÃO, PLANEJAMENTO URBANO E MOBILIDADE) 

• Manzanas del Cuidado: Nova forma de ordenamento territorial em Bogotá, que coloca as necessidades de cuidados dos cidadãos no centro do planejamento urbano. Com oferta de serviços públicos e atendimento ao cidadão, estão instaladas nos bairros a uma distância de até 20 minutos de caminhada. 

• Ciudad Bolívar: Visita ao TransMiCable Ciudad Bolívar, Manzana de Atendimento Ciudad Bolivar

PT apoia reforma tributária proposta por Haddad para impulsionar crescimento e empregos no País

Zeca Dirceu disse estar otimista com a aprovação da reforma tributária ainda neste semestre. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criou um grupo de trabalho para tratar do tema. O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) será o relator e o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) coordenador do grupo. O texto da reforma tributária está pronto e não vai começar do zero. No encontro com a bancada, Haddad assinalou que a reforma tributária será essencial para turbinar a economia do País.

No encontro com o ministro da Fazenda, os parlamentares solicitaram medidas de apoio a pequenas e médias empresas e a agricultores familiares. Manifestaram também apoio às declarações do presidente Lula contrárias à taxa de juros de 13,75% mantida pelo Banco Central.

Medicina integrativa pode evitar 80% de doenças relacionadas ao envelhecimento

Os deputados também pediram a correção da tabela do imposto de renda, o aumento real do salário mínimo e a implementação do Desenrola, programa de refinanciamento de dívidas de pessoas físicas. Essas três medidas vão atender mais de 60 milhões de brasileiros, na estimativa de Zeca Dirceu.

Universidade Pública: pilar da contemporaneidade

Para o líder do PT, a taxa do BC é “inexplicável, não existe nada igual no mundo”. Ele criticou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição por manterem taxas estratosféricas de juros, na contramão de bancos centrais como o dos EUA e da União Europeia, onde a inflação é maior que a do Brasil.

“O povo brasileiro passa fome, o desemprego é altíssimo, as empresas não captam empréstimos para investir por causa da taxa de juros. É uma política totalmente errada a do Banco Central”, disse o parlamentar. A taxa de juros real do Brasil é de 8% ao ano, a mais alta do planeta.

Pautas prioritárias

A reforma tributária é apontada como uma das pautas prioritárias do novo governo e do Congresso Nacional. Na Câmara e no Senado, estão em discussão algumas propostas de emenda à Constituição (PECs) que têm o propósito de modificar as normas de tributação. Três delas (PEC 45/19 e PEC 7/20, na Câmara, e PEC 110/19, no Senado) foram objeto de debate nos últimos anos.

A PEC 7, aprovada na comissão especial, pretende cobrar o imposto sobre o consumo apenas na venda final ao consumidor, permite aos estados a adoção de alíquotas complementares de Imposto de Renda e busca retirar encargos da folha de salários. As duas outras propostas têm um mecanismo que busca descontar o imposto pago em fases anteriores.

Em 2020 e 2021, o deputado Aguinaldo Ribeiro produziu um relatório, unificando os textos das PECs 45 e 110. A PEC 45, que chegou a ser avocada para ser votada diretamente pelo Plenário, foi baseada em estudos realizados pelo novo secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy.

(Liderança do PT na Câmara dos Deputados

Medicina integrativa pode evitar 80% de doenças relacionadas ao envelhecimento

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Hospitais públicos e privados apostam em tratamentos que têm ajudado a reduzir uso de medicamentos ao focar no indivíduo e ultrapassar dualidade saúde-doença

80% das doenças atreladas ao processo de envelhecimento são completamente evitáveis com o apoio da medicina funcional e integrativa. Segundo um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o estilo de vida e o ambiente são decisivos para uma pessoa viver mais de 65 anos. Por isso, hospitais públicos e privados têm dado novos passos na direção de tratamentos que olhem para além da doença do paciente. “A saúde precisa começar por dentro e levar em consideração todos os aspectos que formam o ser humano. É nesse ponto que entra a medicina integrativa, como um elo para guiar a promoção de saúde e qualidade de vida”, afirma a clínica-geral dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, Larissa Hermann.

A medicina integrativa reafirma a importância da relação entre médico e paciente. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o foco precisa estar no indivíduo e ultrapassar a dualidade saúde-doença. Ao estar embasado em evidências científicas e fazer uso de múltiplas abordagens, o médico observa diferentes ângulos do paciente: mental, emocional, funcional, espiritual, social e, até mesmo, comunitário. Isso não quer dizer que não sejam mantidos tratamentos tradicionais ou medicamentosos, mas, sim, que a adição de novas abordagens pode trazer benefícios reais para cada pessoa. “O objetivo é somar esforços com outras áreas, acompanhando o paciente como referência para a avaliação inicial e coordenação do cuidado”, explica a clínica-geral dos hospitais de Curitiba (PR).

A adesão a essa prática tem ajudado a reduzir o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e encaminhamentos para exames de alta complexidade, que estão entre os maiores gastos do país com a saúde. É o que verificou uma pesquisa realizada pelo Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS), já que o cuidado integral permite um diagnóstico mais preciso para pacientes que chegam às unidades de saúde. No Brasil, a oferta de tratamentos complementares acontece no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006 e, atualmente, conta com mais de 28 modalidades na rede pública, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC). O destaque está para tratamentos relacionados à oncologia, cardiologia e pediatria.

Centro do cuidado

A característica principal da medicina integrativa é pensar no indivíduo integralmente e dar valor para a promoção da saúde, mesmo que a pessoa não esteja doente. Segundo a clínica-geral Larissa Hermann, é cada vez mais evidente a necessidade de se discutir novas formas de lidar com o cuidado. “As pessoas esperam ser olhadas e tratadas como um todo, e não somente em partes, como se estivessem fazendo a revisão das peças do carro num mecânico, por exemplo. Elas querem e devem ser observadas na totalidade: corpo, mente e alma”, enfatiza.

“A medicina integrativa não substitui a medicina tradicional, mas ela é uma grande aliada para tratar não só a doença como o indivíduo”, assegura Larissa Hermann. É exatamente isso que a abordagem procura resgatar por meio de valores importantes como: integralidade, preservação da saúde e autocuidado. “É importante que esse tipo de cuidado esteja dentro dos hospitais. Mas antes disso, deve estar presente na vida das pessoas. Porque a promoção da saúde não pode acontecer apenas no consultório médico, precisa estar no dia a dia”, reforça.

O futuro da medicina vai além da tecnologia e do ato de curar. Cada vez mais, o médico assume o importante papel de tratar as raízes dos problemas e evitar o surgimento de outras doenças. “A medicina integrativa precisa ser preventiva, colocando o paciente como protagonista do cuidado com a saúde. O foco no equilíbrio metabólico e nos pilares do ser humano gera um envelhecimento saudável e com qualidade”, conclui.

Universidade Pública: pilar da contemporaneidade

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Daniel Medeiros*

Descartes já dizia que o bom senso “é a coisa do mundo melhor partilhada”, e que todos possuem a sua cota de racionalidade para melhor compreender. No entanto, dá muito trabalho abandonar as formas não racionais de enxergar as coisas, exigindo tempo, experiência e esforço. Ou seja, não se pode esperar que isso ocorra magicamente.

Kant, um cartesiano de carteirinha, pelo menos até aquele escocês  aparecer na sua vida, destacava que a busca pela autonomia intelectual, consolidada no que ele chamou de “maioridade”, era muito difícil de se alcançar sozinho, pois o medo, a preguiça e a comodidade exercem um poder muito grande sobre a nossa vontade, determinando, na maior parte das vezes, a famosa “área de conforto”, em torno da qual balizamos nossa existência e nossas decisões. “Ousa pensar”, exasperava-se o filósofo alemão, testemunhando o estrago causado pelas superstições, pela manipulação das vontades pueris, pelos preconceitos que ameaçavam existências. No entanto, sem um ambiente para que essa racionalidade possa prosperar, retroalimentar-se e dividir suas conquistas, seremos como os cegos do livro do Saramago, aprisionando-nos, com nossas próprias mãos, ao fundo da caverna.

Foram os franceses quem implementaram a ideia de uma prática coletiva da Razão, transformando a Ciência em uma atividade estratégica para o desenvolvimento da sociedade e o fortalecimento do Estado. Os estudiosos não precisariam mais contar apenas com o mecenato dos ricos e dos nobres, como aconteceu no Brasil com D. Pedro II, conhecido por doar bolsas para artistas e ganhar fama de filantropo enquanto o país patinava na insignificância da educação pública em meio a uma escravidão anacrônica que se estendeu até o penúltimo ano de seu reinado. Surgem na França, ainda em 1794, a Escola Politécnica, para formar engenheiros, e a Escola Normal, para formar professores. É fato que esse impulso acabou tolhido pelas idas e vindas do reacionarismo, mas o bem já estava feito: a contemporaneidade implicaria a Educação Pública como instituição basilar na formação e expansão da racionalidade e no desenvolvimento da ideia de um conhecimento “cívico”, voltado para o bem-estar da sociedade. Hoje consubstanciadas nas universidades públicas, esse espaço onde se “ousa pensar” e amadurecer as racionalidades, esse bastião contra os retrocessos medievais e contra o assalto às conquistas da modernidade. Portanto, um pilar sem o qual qualquer projeto de Nação Moderna e aspirante ao futuro tende a desmoronar.

É evidente que a Ciência, que trouxe avanços inegáveis para a humanidade, principalmente no campo da saúde, da produção de alimentos, na estrutura das cidades, no conforto e bem- estar das pessoas, também proporcionou violência em escala inaudita. Principalmente porque a lição de Kant foi esquecida, a do uso da Razão para delimitar o campo da Ética, por meio de seu imperativo categórico: faça apenas o que puder ser universal. Máxima que, até hoje, é de grande utilidade, quando, por exemplo, você resolve colocar na sua página da internet um fato sem verificação, apenas porque agrada ao seu modo de ver o mundo. Imagina se todos pudessem fazer a mesma coisa? Acabaríamos com as instituições com as quais fizemos um pacto de confiança para manter e expandir o modelo que define a própria contemporaneidade: saúde pública, universidades, imprensa, divisão dos poderes, ciência. Mergulharíamos no caldeirão do preconceito e da superstição, onde o que vale é o que se acredita, sem questionamento. E a falta de questionamento, de problematização, é o veneno da Razão.

Os caminhos que temos diante de nós são muito claros: apostar no que construímos de mais confiável ou entregarmo-nos aos desvarios das certezas da opinião. Como diria Descartes: afundarmos na areia movediça ou fincarmos nossa bandeira sobre rocha sólida? A resposta não é uma mera escolha individual, mas um compromisso público: seremos uma Nação do Bem Comum ou um campo de batalha devastado. 

Sapere Aude !

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.

@profdanielmedeiros