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Opinião – A grilagem do Passado

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Era uma vez um país com mais de oito milhões de quilômetros quadrados, sendo o maior do mundo em áreas aproveitáveis para a agricultura e para o pastoreio. Esse país tem clima ameno e regime de chuvas regulares na maior parte do seu território, além de ser servido por uma teia hidrográfica surpreendente. Logo, como já disse um viajante que aqui esteve, há muito tempo, nesse lugar, “em se plantando, tudo dá.”

No entanto, entenderam seus governantes, que só um número muito pequeno de pessoas deveria usufruir das benesses dessa terra e, por isso, dividiram-na em quinze lotes, depois quatorze, e a entregaram a doze felizardos que, por sua vez, destinaram grandes nacos de seu enorme quinhão, aos quais chamaram de sesmarias, para seus amigos, parentes e afins. A mata foi sendo derrubada e grandes fazendas surgiram, com plantações de cana, algodão, tabaco e depois, bem depois, café. Para colocar tudo de pé e manter o ritmo do plantio, colheita, manufatura, encaixotamento, transporte e exportação, primeiro usaram os habitantes originários da terra, e depois trouxeram escravizados de outro continente, aos milhares, aos milhões. A terra prosperou e quem a via na condição de beneficiário, dizia: como tudo funciona bem! Mas para os que eram os pés e as mãos do dono da terra, o sistema era cruel e opressor, e só a resistência e a fuga faziam sentido. Construiu-se em torno desses dois mundos um diálogo surdo, no qual um lado via o outro como o entrave, o obstáculo, a impossibilidade. Os senhores das terras, porém, levaram a melhor com a narrativa de homens bons enquanto os negros escravizados tornaram-se os fujões, os preguiçosos, os incapazes, mesmo quando sustentavam sobre seus ombros a empáfia e arrogância de seus senhores.

O tempo passou e nada mudou. No século XIX, a Inglaterra resolveu fazer cessar o tráfico negreiro, porque isso passou a atrapalhar seus negócios com a nascente indústria, e esse país de terras tão férteis, pressionado, aceitou elaborar uma lei para acabar com a importação de cativos. A lei foi aprovada em 1831 e regulamentada em 1832, mas até 1850 foi flagrantemente desrespeitada. Nesse período de ilegalidade, mais de setecentos mil negros escravizados foram trazidos para esse país de homens honrados, para servir nos canaviais e, principalmente, nos cafezais do Vale do Paraíba. Ou seja, a riqueza dos barões do café erigiu-se sobre o crime do contrabando. Mas a narrativa deu a eles, mais uma vez, a vitória, e ainda hoje, os chamados “quatrocentões” ostentam seus sobrenomes com o orgulho de quem “ajudou a construir essa grande Nação”. Aos negros, sobrava a sina da resistência e da fuga, formando quilombos que permitiram, entre tantas dificuldades, uma sombra de vida livre, ilhas de sobrevivência de uma dignidade que nunca se supôs fazer parte do dicionário da maioria dos brasileiros, mas somente dos senhores das terras.

Na medida em que esse contrabando tornava-se mais e mais escandaloso, os ingleses iam perdendo a paciência com o governo desse país  e passaram a impor sanções cada vez mais intensas. Ao mesmo tempo, o governo imperial enfrentava dificuldades nas colônias do sul, cujas fronteiras subpovoadas tornavam-se apetitosas para os ambiciosos vizinhos platinos, e esse apetite precisava ser controlado. Mas, para enfrentar os “hermanos”, era preciso antes resolver as coisas com os ingleses. A saída foi, então, acabar de vez com o tráfico e substituí-lo, paulatinamente, pela mão de obra imigrante, livre e assalariada.

Até aqui, as terras desse imenso país não tinham um dono claro nem regras de aquisição que estivessem ao alcance de qualquer um. A violência era a lei, e os antigos acordos da época da colônia definiam os limites de imensos feudos a perder de vista. Índios e negros escravizados não tinham direito de viver em terra alguma e, se viviam, era como fugidos ou escondidos, distantes das áreas de interesses dos homens bons e honrados. Porém, na medida em que a fronteira avançava, a violência ia ditando os novos proprietários, sem direito ao contraditório. Mas agora, por força da conjuntura internacional, o país receberia brancos livres, europeus, em busca de uma nova vida por aqui. Como obrigá-los a trabalhar no lugar dos escravos em vez de quererem se firmar como pequenos proprietários? Terra não faltava. O que faltava era interesse em vê-la ter novos donos. A saída, engenhosa, foi criar uma lei, aprovada no mesmo ano da lei que acabou definitivamente com o tráfico, determinando que a aquisição de terras agora exigia pagamento em dinheiro. Como a maioria esmagadora dos imigrantes eram pobres e desvalidos, fechava-se convenientemente as portas das terras para eles, sobrando-lhes as fazendas de café ou a sorte de algum serviço nas cidades, onde teriam de disputar com os negros livres e os escravos de aluguel os mil réis disponíveis.

E assim, a história desse grande país foi sendo escrita, de acordos entre amigos – o país das cordialidades -, entre ilegalidades flagrantes, violência explícita e leis convenientes. A grilagem, que é o nome que se dá à apropriação ilegal de terras devolutas ou ocupadas por posseiros, quilombolas, indígenas, muitas vezes de maneira violenta e impune, tornou-se tão comum e banal, que virou, no dicionário, substantivo masculino: pessoa que obtém a posse de terras com documentos falsos. Mas a narrativa poderosa dos “homens bons” invisibilizava todas essas práticas. Por outro lado, porém, criminalizar a luta pela reforma agrária, cujo propósito é dar terra sem uso para gente que quer usar, foi sempre um dos importantes temas desses senhores honrados e meritórios. Afinal, o importante é valorizar o trabalho duro, a dedicação e não entregar o peixe, mas ensinar a pescar. E hoje, nesse país do absurdo, uma Comissão Parlamentar de Inquérito, formada por vetustos cidadãos, “investigam” os supostos crimes praticados por aqueles que atentam contra a “sagrada” propriedade da terra, tão duramente conquistada ao longo de nossa “conhecida” História.

A História, a História dos fatos, diante disso, contorce-se em dores de angústia. O passado, recortado e remontado, transforma os que sofreram em vilões, faz dos que foram explorados, aproveitadores sem escrúpulos; transforma os que precisam e querem trabalhar em criminosos perigosos. E logo, não tardará, acabará por ser crime rememorar a História do Passado dos Fatos, fatos que provam que tomaram as terras aos índios e produziram riquezas roubando o trabalho dos negros. No passado distópico, que se deseja oficializar, foram os índios que chegaram a essa terra e encontraram as grandes fazendas com negros, com as costas arqueadas, carregando fardos de cana ou de algodão. E os senhores disseram a esses “visitantes”: somos os donos originários, senhores de tudo e de todos por direito e pela lei. Vão embora, índios gananciosos, tratem de trabalhar e conquistar o seu por merecimento. Não cobicem a terra dos outros. E os índios, constrangidos, pediram desculpas e partiram de imediato.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.

@profdanielmedeiros

Anote na agenda: Festa Junina da Afece será no dia 17 de junho

Está aberta a temporada das festas juninas e o arraial da Afece acontece no dia 17 de junho. O evento é aberto ao público e será das 14h às 19h na sede da entidade, no bairro do Tarumã.
Além das tradicionais comidas típicas e brincadeiras que divertem sobretudo as crianças, a festa junina da Afece terá música ao vivo com o Grupo Canjão, Edu Moais e Zero 41. Também terá apresentações dos alunos e dos colaboradores. E os sortudos de plantão não podem deixar de aproveitar o bingo, com prêmios imperdíveis!
Além de poder aproveitar a festa, os participantes também poderão adquirir peças com valor abaixo do mercado no bazar de roupas seminovas e usadas, que funcionará durante o arraial.
A entrada é livre, mas a instituição aceita doação de um quilo de alimento. Aqui, fica uma dica para os participantes. Os mantimentos mais utilizados na cozinha são: óleo, bolacha salgada, macarrão parafuso, leite Zero Lactose e leite em pó;
Toda a arrecadação da festa junina será destinada para a manutenção da estrutura e serviços da Afece, além de permitir a realização de novos projetos. A entidade oferece atendimento 100% gratuito para mais de 600 pessoas com deficiência múltipla, física e intelectual nas áreas da Assistência Social, Saúde e Educação. São mais de 50 anos de dedicação total a pessoas com deficiência. Por isso, a participação de toda a comunidade é importante!
Para mais informações ligue 3366-5212 ou acesse o Instagram @afece.curitiba.
SERVIÇO:
DATA: 17 de Junho de 2023
LOCAL: Afece – Sede Tarumã – Paulo Turkiewicz, 316 – Tarumã
HORÁRIO: 14h às 19h
ENTRADA: R$10,00 ou 1KG de alimento
Informações: 41 3366-5212 ou @afece.curitiba

Líderes transformadores causam impacto em toda a sociedade, afirmam especialistas

A liderança é uma habilidade essencial para o sucesso de qualquer empresa. Mas a liderança transformadora é ainda mais poderosa, pois ela envolve inspirar, motivar e capacitar os membros da equipe a alcançar seus objetivos. E esse é o tema de um Programa promovido na cidade de Toledo em parceria entre a JValério Gestão e Desenvolvimento, a Fundação Dom Cabral (FDC) e o Biopark, um território de inovação criado em 2016.


A formação está sendo realizada nesta semana e finaliza no dia 09 de junho. Durante este período, executivos e profissionais de diversas empresas de Toledo e região estão imersos nas complexidades da liderança em todas as dimensões.


Na ocasião, os professores Kedma Nascimento, Pedro Mandelli e Livia Mandelli ministram as aulas com foco no desenvolvimento da competência da liderança entre os participantes para que eles possam construir novos vínculos com suas equipes. Na prática, esses gestores terão condições de exercer uma gestão de alta performance para obter o máximo de desempenho dos profissionais em um ambiente de confiança e colaboração, que é a base da liderança transformadora.


Vitor Golinski, gerente de produtos da JValério, associada da FDC no Paraná, aponta que o Programa Liderança Transformadora tem a finalidade de contribuir, de maneira profunda, com reflexões e ferramentas capazes de apoiar os participantes em seus dilemas, ampliando a visão sobre seu papel no dia a dia nas organizações.

“Na atualidade, a liderança deve ser, sobretudo, mais humanizada. O perfil do líder contemporâneo é multifacetado e exige uma combinação de habilidades, visão e adaptabilidade. Um líder eficaz é aquele que pode inspirar, guiar e capacitar outros a alcançar resultados significativos e enfrentar os desafios do nosso tempo”, afirma Golinski.

Ele acrescenta que, se no passado a tomada de decisões assertivas e com agilidade era uma das qualificações dos líderes, hoje a empatia e a escuta ativa são características que fazem parte do perfil das boas lideranças. Tais atributos ficaram ainda mais evidentes com a pandemia, que afetou a saúde mental das pessoas em todo o globo. Neste período da história recente, se destacaram os líderes que demonstraram sensibilidade para compreender as pessoas na sua integralidade e saber acolhê-las.

“Buscar o equilíbrio, ou seja: cobrar resultados e, ao mesmo tempo, tomar decisões alinhadas aos objetivos da organização e manter os colaboradores motivados, é um dos maiores desafios das lideranças modernas. E acreditamos que o Programa Liderança Transformadora está contribuindo muito neste sentido ao apresentar aos participantes as novas facetas dos líderes na atualidade”, observa o gerente da JValério.

A educação é mola propulsora do desenvolvimento

Fabiana Durães, gerente de Desenvolvimento de Indivíduos da FDC, destaca que o Programa Liderança Transformadora só foi viabilizado graças ao alinhamento das instituições envolvidas em torno de um objetivo comum: “desenvolver a sociedade por meio da educação”.
“Iniciamos a parceria com o Biopark não só com o intuito de desenvolver líderes para apoiarem o desenvolvimento das organizações onde atuam, mas da sociedade como um todo. Processo este que é totalmente alinhado à missão de ambas as instituições e que impacta positivamente todas as camadas da sociedade”, ressaltou.

A FDC se consagra como a sétima melhor escola de negócios do mundo, de acordo com o ranking do jornal britânico Financial Times. Para o diretor do Biopark Educação, Paulo Rocha, o Programa é um marco relevante na instituição. “Representa o fortalecimento da educação executiva. Esta é a primeira turma do Liderança Transformadora realizada fora das dependências da Dom Cabral, então mostra a confiança que eles têm na nossa parceria. É o reflexo de um trabalho sério na formação de pessoas em altíssimo nível. Já somos um campo de pesquisa para a Fundação e outros projetos estão em andamento”, adianta.

Arraiá Vintage: Um Encontro de Brechós com a Magia Junina!

Estamos no mês típico das festas juninas e esse será o tema do próximo Encontro de Brechós Saí do Armário, nos dias 10 e 11 de junho na Vila Ida. Esta edição proporciona uma experiência única: a moda circular e as tradições populares se encontram em stands temáticos, onde será possível garimpar uma infinidade de peças únicas e exclusivas, perfeitas para compor aquele magnífico traje junino. Será possível encontrar vestidos rodados, camisas xadrez, acessórios coloridos e muito mais, tudo a preços incríveis. É a oportunidade perfeita para dar um toque de estilo autêntico ao seu visual e arrasar nas festas juninas. 

Para a empreendedora e produtora de eventos, Kerolen Martins, essa temática sempre atrai o público nessa época do ano, pois “além das incríveis opções de moda retrô, o evento oferece uma atmosfera festiva contagiante. Os brechós estarão decorados com bandeirinhas coloridas, balões e adereços típicos de festa junina, criando um ambiente acolhedor e animado que remete aos arraiás tradicionais.” Gabriela Gelinski, fundadora do evento, também conta que durante os dois dias a Vila Ida terá músicas com ritmos tradicionais, como forró e quadrilha, e deliciosas comidas típicas como pipoca, pé de moleque e o delicioso quentão. Quem vier caracterizado ganha 10% de desconto nos stands. “Este evento promete ser uma verdadeira festa para os amantes de brechós e para aqueles que querem celebrar o clima junino em grande estilo. É um verdadeiro paraíso para os apaixonados por essa época do ano!”

O Encontro de Brechós Saí do Armário com a temática de festa junina é a oportunidade de viver uma experiência única e encantadora no coração de Curitiba em um local perfeito para encontrar verdadeiros tesouros da moda vintage e se divertir rodeado de pessoas em uma atmosfera festiva que também é pet friendly. “Além de adquirir peças incríveis, as pessoas também estarão contribuindo para a sustentabilidade e o consumo consciente, dando nova vida a roupas e acessórios cheios de história”, diz Kerolen ressaltando que este encontro de brechós temático tem a finalidade de mostrar que é possível resgatar a tradição e o encanto dessa festividade de forma sustentável e cheia de estilo.  

Serviço 

20° Encontro de Brechós Saí do Armário  

Local: Vila Ida Curitiba  

Endereço: Al. Dr. Muricy, 1089 – Centro – Curitiba/PR CEP: 80020-040  

Entrada: Franca  

Datas e horários: 10 e 11 de junho – Sábado e Domingo; das 09h:00 às 18h:00.  

Rede sociais  

Instagram  

Alunos e professores de escolas municipais do Paraná e Santa Catarina terão apresentações teatrais gratuitas, oficinas e distribuição de livros

Alunos e professores da rede municipal de cinco cidades do Paraná e de uma em Santa Catarina terão a oportunidade de conferir, entre os dias 5 e 20 de junho, apresentações teatrais gratuitas, com transmissão online, do espetáculo “Bibi Cricri – Bichos e Crianças”, que apresenta histórias sobre a relação entre crianças e animais. A ação cultural ainda inclui oficinas de criação e contação de histórias e distribuição gratuita de livros infantis que levam o mesmo nome da peça e do projeto. Serão contempladas as comunidades escolares das cidades de Reserva do Iguaçu, Cruz Machado, Boa Vista da Aparecida e Mariluz, no interior do Paraná, além dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) Mário Covas e Moradias Corbélia, de Curitiba, e da cidade de Balneário Barra do Sul, em Santa Catarina.

As histórias são apresentadas pela atriz Ligia Ferreira, que também é responsável pela coordenação do projeto. “Escolhemos municípios e regiões que são mais afastadas dos grandes centros e geralmente têm menos acesso a produções artísticas. É uma oportunidade para que as comunidades desses locais possam ter acesso a diversos produtos culturais”, explica a atriz. Esta é a segunda etapa do projeto. Na primeira fase, foi direcionado para as cidades de Morretes, Sengés e Itaperuçu, no Paraná, e Barra Velha, em Santa Catarina. Na ocasião, aproximadamente sete mil pessoas foram beneficiadas.

O projeto é realizado pela produtora ViraVolta Cultural e pelo Ministério da Cultura, do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. As apresentações contam com patrocínio da Sanepar e incentivo do Programa Paraná Cultural, da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Paraná.

Como vai funcionar

Ao todo, serão 14 apresentações online do espetáculo que trata de laços de amizade estabelecidos entre crianças e animais, através de quatro histórias: “Tatá e Cacá”, sobre uma menina apaixonada por tartarugas e que ganha uma companheira para a vida inteira; “Dudu e o pássaro”, que fala sobre um garoto que conhece um pássaro e, juntos, passam a fazer música; “Dora e Nino”, a história de uma menina e seu cachorro que gosta muito de morder, roer e mastigar; e “Tito e o amigo de quatro patas”, sobre o menino mais rápido da escola em que estuda e que descobre um parceiro tão ligeiro quanto ele.

Para realizar a exibição, cada município ou escola recebe com antecedência os links das apresentações teatrais, que deverão ser acessados nos dias e horários agendados para que as crianças assistam conforme a estrutura dos locais, no projetor, laboratório de informática ou televisão. A transmissão ocorre sempre em dois horários: um pela manhã e outro pela tarde. “Assim nós contemplamos professores e alunos dos dois turnos de ensino das escolas”, comenta Lígia. O link fica disponível durante todo o turno para a comunidade escolar conferir a apresentação, que dura ao todo 30 minutos. Os alunos que assistem ao espetáculo, segundo a atriz, são da Educação Infantil, a partir de 4 anos, e também do Ensino Fundamental 1.

Oficinas para aprendizagem

Também serão realizadas sete oficinas, que levam o nome de Cria e Conta, e abordam a criação e narração de histórias. “Essa parte tem como objetivo estimular o processo criativo autoral dos participantes, por meio da escrita e da narração. Os participantes serão convidados a desenvolverem a criatividade, a imaginação, a oralidade, a expressão corporal, a iniciativa e o espírito lúdico”, diz Lígia.

As oficinas são destinadas a professores e também ao público em geral acima de 18 anos. Esta etapa conta com aulas online síncronas, videoaulas e trabalho remoto. A atriz oferece, durante o período da oficina, mentoria a todos os participantes, que devem criar suas próprias histórias e desenvolver e narração.

Livros para municípios, escolas e bibliotecas

Além disso, também serão entregues exemplares do livro “Bibi Cricri – Bichos e Crianças”. Ao todo, foram impressos 1.800 exemplares que estão sendo destinados a bibliotecas, escolas, casas de leitura e também aos municípios contemplados. Por meio do projeto, também já foram entregues 560 cópias do livro à Biblioteca Pública do Paraná (BPP).

Ficha Técnica

Realização: ViraVolta Cultural e Ministério da Cultura/Governo Federal
Coordenação geral, atuação e oficinas: Ligia Ferreira
Produtor executivo, técnico de som e vídeo: Flávio Araújo
Ilustrações, design e projeto gráfico do livro: Carla Irusta

Programação

Reserva do Iguaçu (PR)
Transmissões: 5 de junho às 9h e às 13h30
Oficina online: de 5 a 19 de junho.
Aula online síncrona: 5 de junho – 15h

Cruz Machado (PR)
Transmissões: 6 de junho às 9h e às 13h30
Oficina online: de 6 a 20 de junho
Aula online síncrona: 6 de junho – 15h

Boa Vista da Aparecida (PR)
Transmissões: 7 de junho às 9h e às 13h30
Oficina online: de 7 a 21 de junho
Aula online síncrona: 7 de junho – 15h

Mariluz (PR)
Transmissões: 12 de junho às 9h e às 13h30
Oficina online: de 12 a 26 de junho.
Aula online síncrona: 12 de junho – 15h

Balneário Barra do Sul (PR)
Transmissões: 14 de junho às 9h e às 13h30
Oficina online: de 14 a 28 de junho.
Aula online síncrona: 14 de junho – 15h

Curitiba – CMEI Mário Covas
Transmissões: 19 de junho às 9h e às 13h30
Oficina online: de 19 de junho a 03 de julho.
Aula online síncrona: 19 de junho – 15h

Curitiba – CMEI Moradias Corbélia
Transmissões: 20 de junho às 9h e às 13h30
Oficina online: de 20 de junho a 04 de julho.
Aula online síncrona: 20 de junho – 15h

Quem Disse, Berenice? brinca com as dicotomias do amor em campanha digital que celebra as diferenças

Celebrando as diferenças que fazem as relações serem únicas e especiais, no Dia do Amor (12 de junho), Quem Disse, Berenice? lança novos balms labiais líquidos que gelam ou esquentam os lábios e foram a inspiração ideal para a campanha digital da marca que, para a data, trazem dicotomias até mesmo para as makes, com muita autenticidade e diversão. Afinal, assim como nas melhores comédias românticas, existe espaço para as diferenças dentro dos relacionamentos.

No melhor estilo “opostos se atraem”, QDB? convida influenciadores para uma brincadeira que destaca as diferenças de personalidades e percepções entre os parceiros, reforçando que elas são essenciais para manter a chama do amor acesa. “Os primeiros contatos têm a lembrança de um perfume especial, de um creme cheiroso ou do batom líquido vermelho de QDB que marcou os nossos primeiros beijos. E, finalmente, vamos poder decifrar essa história na nova campanha de Dia do Amor. E não poderia faltar um challenge divertido, né? Nessa campanha também vamos poder brincar com a vibe “os opostos se atraem”, trazendo variedades de produtos de QDB? que podem entrar em combate no nosso clima de romance. Estamos animadíssimos com essa campanha!”, afirma Michele Nascimento da Silva, influenciadora do perfil @maisumcasalpreto e parceira de Quem Disse, Berenice? para a campanha. 

@maisumcasalpreto: Mauricio Ribeiro dos Santos e Michele Nascimento da Silva

O time de creators para o Dia do Amor também é composto por Maria Clara Garcia (@claragnds), Isa Paoli (@isapaoli), Maria Eugênia (@mariaeucor), Bárbara (@bacomvi), Paola Santorini (@paolasanterini) e Giovanna Pierro (@gipmakeup), trazendo para as redes sociais conversas sobre as dicotomias das relações, e como fogo e gelo podem dar match, assim como os balms lançamentos da marca. 

Há um ano, o tradicional Dia dos Namorados, foi ressignificado como “Dia do Amor”, por entender que pouco importam os rótulos ou status de relacionamento, já que o verdadeiro valor do sentimento está nas conexões e no que é vivido junto. Sendo assim, para comemorar a data, Quem Disse, Berenice? segue propondo essas conversas mais inclusivas, que são relevantes e refletem o amor em suas múltiplas faces e imperfeições, de um jeito livre, real e leve, assim como a marca.

Os lançamentos, que foram protagonistas da campanha e inspiração para os influenciadores, o Balm Líquido Lábial Esquentaaa e o Balm Líquido Labial Gelaaa, apostam nos efeitos Sense Hot e Cooling, respectivamente, para gerar aquecimento ou resfriamento suave ao serem aplicados, além de proporcionarem a sensação de aumento dos lábios, deixando-os com aspecto mais saudável. Nas cores Vermelho em Chamas e Rosa Glacial, são opções para criar makes versáteis e permitem a customização das cores, já que performam muito bem com a construção de camadas durante a aplicação. Juntas, as duas opções do balm, em edição limitada, formam um combo queridinho para a data, que é capaz de gerar experiências sensoriais e dar uma apimentada nas comemorações
Os novos balms líquidos labiais já estão disponíveis nas lojas da Quem Disse, Berenice? e também podem ser adquiridos no e-commerce, com revendedoras no catálogo Eu Amo Make, ou no WhatsApp oficial: 0800 744 2000. 

Para um jantar romântico ou para presentear, a Spaccio RAR tem a opção certa no Dia dos Namorados

A Spaccio RAR Bistrô e Empório Gourmet preparou algumas sugestões para o Dia dos Namorados, seja para quem quer presentear com produtos de alta qualidade reunidos em uma linda cesta, ou para quem quer preparar um jantar em casa e curtir a data a dois, sem o grande movimento dos restaurantes.
“A celebração do Dia dos Namorados é importante para o fortalecimento de vínculo entre o casal e a Spaccio RAR pensou com muito carinho em produtos que deixem essa data ainda mais especial”, afirma Glaziele Pasturczak, sócia-proprietária da franquia RAR em Curitiba.
Ambas as opções podem conter massas, risotos, queijos, azeite, aceto balsâmico, pesto, sobremesa, enfim, vai depender da escolha do cliente. E nas compras acima de R$ 300, você ganha um cooler exclusivo da Spaccio RAR para manter os vinhos e espumantes com a temperatura ideal.

Serviço:
Spaccio RAR Bistrô e Empório Gourmet
Rua: Francisco Rocha, 717 – Batel.
Horários: segunda a sábado, das 10h às 20h
www.spacciorar.com.br

Omakase: menu de confiança do chef

De origem japonesa, Omakase significa “eu confio em você”. Essa tendência significa deixar a critério do chef, por isso, também é chamado de menu de confiança do chef. No Hai Yo, o Omakase é exclusivo do balcão do sushi bar e conta com cinco entradas e 11 tempos de sushis.

Esse menu tem como objetivo mostrar o que o restaurante tem de melhor e de mais especial, servido de uma maneira muito individual e exclusiva. “A ideia do Omakase é que o cliente faça uma viagem de sabores, pois começamos de forma mais suave e vamos aumentando o nível de força dos peixes, cada peixe tem um sabor e uma intensidade específica. Nossos sushimen sabem trabalhar isso, nós aqui no Hai Yo, temos sushimen que são reconhecidos pelo Governo Japonês. Eles vão entendendo qual é a vontade do cliente e vão trabalhando em cima disso, mostrando o que temos de melhor na casa”, pontua Coelho.

Todos os pratos são montados na frente do cliente. “Cada sushi tem uma história, o sushiman conta como ele idealizou aquele prato e como ele foi pensado para ser servido. É uma experiência única e muito exclusiva, pois temos apenas seis lugares para essa degustação”, finaliza Coelho.

O Omakase do Hai Yo funciona de segunda a quinta-feira, das 19h às 23h30. Já na sexta-feira, sábado e feriado, o funcionamento é das 19h até meia noite e meia. Mais informações no @haiyo_restaurante e pelo WhatsApp (41) 9 9961-1599.

Hai Yo

Localizado no Grand Mercure Curitiba Rayon, o Hai Yo é reconhecido por diversas premiações, por sua excelência e pela oferta de experiência a partir de uma viagem gastronômica que integra diferentes regiões, entre as quais estão China, Japão, Vietnã e Malásia. Com capacidade para 50 pessoas sentadas, o restaurante funciona de segunda a quinta-feira, das 19h às 23h30. Já na sexta-feira, sábado e feriado, o funcionamento é das 19h até meia noite e meia. Mais informações @haiyo_restaurante e pelo WhatsApp (41) 9 9961-1599.

Sobre o Grand Mercure Curitiba Rayon

O Grand Mercure Curitiba Rayon está localizado na Rua Visconde de Nácar, 1424, Centro, em Curitiba (PR). São 12.848 metros quadrados de construção, sendo 18 andares com 159 apartamentos. Oferece espaço fitness, sauna, spa e salas de eventos com capacidade para até 200 pessoas. Abriga dois renomados restaurantes: Hai Yo, com gastronomia asiática, e Garbo, de culinária contemporânea brasileira.

Em julho de 2021, o empreendimento passou a ser administrado pela Atrio Hotel Management, sob a bandeira Grand Mercure, se tornando o primeiro hotel upscale de bandeira internacional administrado pela operadora hoteleira no sul do Brasil. Informações e reservas pelo número (41) 3532-0150.

Dia dos Namorados no Grand Mercure Curitiba Rayon

O Grand Mercure Curitiba Rayon, localizado no coração de Curitiba, na Rua Visconde de Nácar, 1424, conta com uma experiência única para os apaixonados. Na sexta-feira (9), no domingo (11) e na segunda-feira (12), o hotel conta com promoções especiais na hospedagem, além de jantar harmonizado nos restaurantes do hotel (Garbo e Hai Yo).

“Estamos com várias opções especiais de pacotes para os casais aproveitarem e comemorarem a data. Ainda estamos oferecendo 10% de desconto sobre a tarifa no dia para os pacotes”, pontua Fernando Kanbara, gerente-geral do Grand Mercure Curitiba Rayon. São três opções de pacotes: Pacote Romântico Hotel (flores, espumante e bombons) R$409,50, Pacote Dia dos Namorados 1 (opção de decoração com balões) R$555,00 e Pacote Dia dos Namorados 2 (opção de decoração com balões) R$335,00.

Os apaixonados ainda podem aproveitar um delicioso jantar harmonizado nos premiados e conceituados restaurantes do Grand Mercure Curitiba Rayon: o Garbo Restaurante (menu brasileiro contemporâneo de alto padrão e sob o comando do chef Juliano Dias) e o Hai Yo (culinária asiática sob o comando do chef Lucas Coelho).

O Garbo Restaurante oferece um menu de cinco tempos (duas entradas, dois pratos principais e sobremesa). O valor é de R$580 por casal e com bebidas (Água e Espumante/Vinho Branco Terrazas/ Vinho Tinto Terrazas). Na sexta-feira (9), sábado (10) e domingo, o restaurante contará com o menu normal e com o menu do Dia dos Namorados, já na segunda-feira (12), será exclusivo do Dia dos Namorados. Mais informações no telefone e WhatsApp 41 3532-0150.

Já o menu de cinco tempos do Hai Yo será harmonizado com Veuve Clicquot (Brut) e Moet Chandon (Brut). O valor é de R$1200 + 10% de taxa de serviço por casal (uma entrada, três pratos principais e uma sobremesa). Na sexta-feira (9) e no sábado (10), o restaurante contará com o menu normal e o do Dia dos Namorados, já na segunda-feira (12), o menu será exclusivo do Dia dos Namorados. Mais informações @haiyo_restaurante e pelo WhatsApp 41 9 9961-1599.

Sobre o Grand Mercure Curitiba Rayon
O Grand Mercure Curitiba Rayon está localizado na Rua Visconde de Nácar, 1424, Centro, em Curitiba (PR). São 12.848 metros quadrados de construção, sendo 18 andares com 159 apartamentos. Oferece espaço fitness, sauna, spa e salas de eventos com capacidade para até 200 pessoas. Abriga dois renomados restaurantes: Hai Yo, com gastronomia asiática, e Garbo, de culinária contemporânea brasileira.

Em julho de 2021, o empreendimento passou a ser administrado pela Atrio Hotel Management, sob a bandeira Grand Mercure, se tornando o primeiro hotel upscale de bandeira internacional administrado pela operadora hoteleira no sul do Brasil. Informações e reservas pelo número (41) 3532-0150.

Humor não tem limite. Tem definição.

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Daniel Medeiros*

Fazer rir é uma função social, diz o filósofo Henri Bergson. E, para rir, é preciso acalmar a sensibilidade, a emoção, pois o riso é uma expressão da inteligência. Rir é o melhor remédio, proclama o ditado popular. Então, por que proibir certos shows  pela internet como tem acontecido recentemente? Porque, no caso de vários desses shows, não se trata de humor, muito menos de inteligência, mas de manifestações de preconceito. E, preconceito é crime. E o crime deve ser apurado e punido.

Piadas de “preto”, “loira burra”, “aleijado”, “anão”, “pobre”, “gordo”, “viado”, faz muita gente rir porque reforça o preconceito e escancara as diversas posições de superioridade que marcam nossa sociedade. A pessoa ri porque acha que pode rir dessas pessoas e elas não podem reclamar porque é só “brincadeira”, “não tem maldade”. Daí a grita geral quando o poder público resolve dar um basta nessas manifestações, enquadrando-as na categoria onde elas deveriam estar desde sempre, não tivessem sido toleradas até agora pela leniência geral: a categoria de crime.

O humor não se confunde com manifestação de ódio, racismo, sexismo, homofobia, embora tudo isso continue engraçado pra muita gente. Humor é uma crônica do indivíduo e da sociedade, destacando seus descompassos e suas incoerências, peculiaridades e rotinas, seus elementos de identificação e suas excentricidades. O humorista que encarna a professora, e faz rir repetindo seus perrengues diários; o humorista que fala sobre a mãe, e faz rir porque lembra a todos aquilo que identificamos em todas as mães; o humorista que encarna o ingênuo, o esperto, o dissimulado e por aí afora, em uma galeria de tipos que representam a diversidade de modos de vida que são engraçados porque resumem suas características mais peculiares. Mas a pessoa que provoca risos ao falar do negro que “sempre” faz o trabalho mal feito, da mulher loira que “nunca” é capaz de entender nada, do homem gordo que é humilhado “porque” é gordo ou do homossexual “porque” é homossexual, não está fazendo humor, mas compartilhando uma visão racista, misógina, gordofóbica e homofóbica. E tudo isso é crime. É como querer fazer graça com Dachau, Birkenau, Auschwitz. É como tirar sarro do Holodomor ou do genocídio armênio ou de Ruanda. É como “brincar” com a escravidão negra no Brasil 

Os cidadãos que fazem shows explorando esses tipos e essas situações discriminatórias e preconceituosas manifestam-se indignados, alegando cerceamento de suas liberdades de expressão. A lei, porém, é clara ao determinar a responsabilidade que acompanha a liberdade, separando o que é direito do que é violação de direito. 

A linguagem popular já informa, há muito tempo, que esse tipo de “piada” é discriminatória. A pessoa que a sofre diz: “Tenho de aguentar essas brincadeiras o dia inteiro”. Ora, se é humor, por que é preciso “aguentar”? A distinção entre brincadeira e bullying é uma boa analogia para compreender a importância de dar um basta nesse tipo de show de horrores de preconceito. Brincar é quando todos se divertem. Divertir-se às custas de alguém não é brincadeira, é violência. 

Os shows de piadas envolvendo situações degradantes ou humilhantes de negros, mulheres, gordos, homossexuais, pessoas com deficiência devem ser considerados como manifestações ilegais de preconceito e discriminação. Não há nenhuma relação com liberdade de expressão e, portanto, não tem nenhuma relação com censura, mas com proteção aos direitos dos cidadãos de não serem expostos de maneira discriminatória. Ou os indivíduos compreendem que vivem em uma sociedade democrática, na qual todos têm direitos e que, portanto, o meu direito precisa ser regulado pelo direito dos outros, ou abandonamos esse contrato social e voltamos para a selva. Talvez seja essa a vontade de muitos. Por isso, mais do que nunca, é importante agir para impedir que percamos de vez a régua civilizatória que, bem ou mal, trouxe-nos até aqui. 

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.

@profdanielmedeiros