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Street Style CWB movimenta a moda sustentável

Cosmopolita e moderno. Assim pode ser definido o Street Style CWB – um encontro de brechós e marcas locais que acontece, mensalmente, há mais de um ano no Nott (Al. Dr. Carlos de Carvalho 708) um espaço super amplo e bem localizado no Batel. No próximo fim de semana, dias 09 e 10 de setembro, sábado e domingo, das 10 às 18 horas, será realizada a 14ª edição dessa feira que, como o nome adianta, trabalha essencialmente com roupas e acessórios de Street Style, com mais de 60 expositores que oferecem, durante dois dias, mais de 10 mil produtos novos ou usados de marcas locais e grifes famosas. Uma novidade nessa edição será a 1ª batalha de danças urbanas all style, com a participação de dançarinos e premiação para os dois primeiros colocados. A entrada para os dois dias de evento é gratuita.

A empresária e modelo Stefanny Souza, é quem organiza tudo. Ela conta que a ideia nasceu de suas observações participando, desde 2018, de eventos semelhantes com seu brechó que era mais voltado ao Street Wear e acabava se misturando com outras linguagens da moda. “Eu percebi que faltava esse nicho no mercado de moda sustentável. Um encontro só com expositores desse segmento, voltado para o público do hip-hop e de suas variações”. Deu certo. Inaugurado no ano passado, seus encontros têm atraído um público enorme – de todas as idades – que consome roupas, acessórios e tudo relacionado a cultura Street Style – que inclui também expositores de tatuagens e body piercing.

Batalha de dança

A próxima edição do Street Style CWB – que acontece regularmente sempre no segundo fim de semana de cada mês – terá como novidade a 1ª Street Style Battle – uma batalha de danças urbanas all style.

As inscrições estão abertas até completar 30 participantes, dançarinos profissionais ou amadores, – em modalidades como o break, House, Afro Dance, Vogue e outras vertentes – que que vão se enfrentar individualmente. A apresentação, com a participação do DJ James CWB, será no domingo às 14 horas, com júri técnico (Flávia Martins e Dylan Damas) e votação do público, e terá uma premiação para os dois primeiros colocados. As inscrições custam R$20 e podem ser feitas no Instagram do evento @streetstyle.cwb.

Stefanny conta que a batalha é a primeira de uma série de atividades culturais que ela está pensando para suas próximas edições. “A gente já colocava um set musical na hora do almoço com a DJ Medusa, que é argentina e traz um som de Hip-Hop e Latinidades. Nossa ideia, e reeditar a batalha nos próximos meses e trazer outra expressão da cultura de rua que é a batalha de rimas para dentro do encontro”, adianta.

Street Style
O encontro mensal abrange brechós e marcas do street style – que é o estilo responsável por disseminar tendências entre os amantes de moda. O Street reflete um comportamento internacional e contemporâneo para que todos possam se expressar da forma como quiserem. É como o lema de Londres: “anything goes”, ou seja, tudo pode. Desde looks casuais até propostas mais vanguardistas. E, a partir deste conceito, Stefanny selecionou seus expositores.

São 45 por dia, e alguns não vão duas vezes seguidas, o que abre espaço para um total de 60 participantes. “As marcas são autorais e os brechós são de peças selecionadas então o público vai encontrar um pouco de tudo, com um padrão de estilo e grande variedade”, garante.
A organizadora explica que existe um cuidado muito especial na seleção de quem vai participar como expositor. “Para as marcas locais são 10 expositores com peças novas, de produções autorais independentes de Curitiba e região que fazem seu próprio design. Já os brechós têm quase o dobro de participantes. Todas as roupas são higienizadas e etiquetadas e estão em condições de venda e pronta para uso”. Só como exemplo, ela explica que se chegar cedo é possível encontrar marcas famosas como Burberry, Tommy, Lacoste, Guess, Gucci… originais em ótimas condições e por um preço muito abaixo das lojas.

Stefanny aproveita para convidar quem ainda não conhece o evento. “É um programa para quem gosta de moda e da cultura do Street Style. São em torno de 100 araras e quase 10 mil peças diferentes por dia. Desde os acessórios como brincos, colares, óculos, boinas, tênis… até as roupas novas, algumas de alfaiataria, ou usadas, como as famosas peças vintage colecionáveis, difíceis de encontrar, com mais de trinta anos que tem como essência a moda sustentável”.

O espaço do Street Style CWB é amplo e com três ambientes: na parte da frente são seis expositores, o Garden espaço da praça de alimentação e onde vai acontecer a batalha de dança, e a parte dos fundos com dois andares: na parte de baixo com 22 expositores, e no mezanino ficam mais 16 expositores, os tatuadores e body piercing. O evento é pet friendly.

SERVIÇO: 14º Street Style CWB
Encontro de Brechós e Marcas Locais
Dias 09 e 10 de setembro, sábado e domingo, das 10 às 18 horas no Nott (Al. Dr. Carlos de Carvalho 708 – Batel).
No domingo, às 14 horas, acontece a 1ª batalha de danças urbanas all style. Classificação: Livre
Instagram @streetstyle.cwb
Entrada gratuita.

Pernas arqueadas: problemas nos joelhos são causas comuns de dores e alteram qualidade de vida de pacientes

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Opções de tratamento vão desde fisioterapia até cirurgia com auxílio de robô

Homens e mulheres, jovens e adultos. Não existe um padrão para que as pessoas apresentem alterações nos joelhos, como curvaturas no eixo, que causam dores e afetam a rotina. Em uma situação normal, os joelhos seriam retos  – normo eixo – com uma variação de até três graus para dentro – chamado de valgo. Quando os joelhos são projetados para fora, são chamados de varo. Essas condições atípicas podem comprometer a qualidade de vida, mas o tratamento é eficaz e pode variar conforme a avaliação médica, podendo ser desde fisioterapia até intervenção cirúrgica.

Em casos em que o paciente é idoso e a deformidade se acentua devido a lesões degenerativas, a cirurgia pode ser necessária. Tadeu Celso Macanhão, de 73 anos, por exemplo, passou por cirurgias nos dois joelhos em 2022, com um mês de diferença entre elas. “Sentia muitas dores nos joelhos e mal conseguia andar. Após a cirurgia com o auxílio do robô, não sinto mais nenhuma dor. Já cheguei a andar 10 quilômetros em um dia sem dor e agora ando quatro quilômetros todos os dias. Nem lembro que tenho joelhos”, diz Tadeu.

Correção precisa

O robô mencionado pelo paciente é o chamado Robô Rosa, usado pelas equipes do Hospital São Marcelino Champagnat para auxiliar em cirurgias ortopédicas. De acordo com o médico do Tadeu, o ortopedista Antônio Tomazini, em casos como o dele, não é possível corrigir os joelhos com cirurgias menores, como artroscopia. “Nesses casos, precisamos de prótese e, para isso, usamos o Robô Rosa, que permite uma correção precisa do eixo em cada milímetro, resultando em um joelho simétrico. Essa ferramenta tem se tornado fundamental nas cirurgias”, relata.

Segundo o cirurgião ortopedista, não há uma razão específica para as alterações nos eixos dos joelhos, mas já se sabe que o joelho valgo é mais comum em mulheres,  enquanto o joelho varo é mais frequente em homens. Pacientes asiáticos tendem a ter joelhos mais projetados para fora por questões fisiológicas, mantendo a simetria em ambos os joelhos. Porém, nem todos os casos precisam de intervenção cirúrgica.

“Só indicaremos uma intervenção em pacientes jovens com essa deformidade se for causada por lesões, como no ligamento, por exemplo. Essa região é responsável por suportar a maior parte do peso do corpo. Ou seja, se uma cirurgia de ligamento for realizada nesse paciente, corrigindo também o menisco, que já tem uma grande lesão, existe o risco de o joelho se deformar ainda mais a curto e médio prazo, comprometendo o ligamento recém operado”, explica.

Nessas situações, a opção mais indicada é a correção do eixo por meio de uma cirurgia chamada  osteotomia, que consiste em cortar o osso, colocar o enxerto, alinhar a perna e reconstruir o ligamento. “Por meio de exames, podemos identificar lesões na região da cartilagem e, portanto, precisamos intervir por meio de cirurgia, porque o eixo não está corretamente alinhado, o que pode levar ao aumento da deformidade e ao desgaste mais rápido do joelho. Dessa forma, é possível tratar tanto o alinhamento quanto o ligamento, aumentando as chances de que este último tenha uma durabilidade maior, uma vez que não vai sofrer tração ao longo do tempo ”, finaliza Antonio.

O Medo do Conhecimento

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Daniel Medeiros*

Em 1600, quando vários membros da Igreja levaram o filósofo e matemático Giordano Bruno para ser queimado em praça pública, colocaram uma máscara de ferro em seu rosto, para que ele não dissesse nada “perturbador” diante das centenas de pessoas que se amontoavam na Piazza Dei Fiori, no coração de Roma. Bruno morreu por defender que as estrelas não estavam fixas no céu, como defendia a Igreja, e que essa ilusão ocorria porque elas estavam muito distantes de nós. Bruno defendeu que ao redor das estrelas deveriam existir planetas, e que nesses planetas poderiam existir vida como aqui. Também afirmou que o Universo não poderia ser finito, pois se o fosse, o que haveria depois dele seria o Nada e isso não era compatível com a ideia de que D’us criou Tudo. Logo, o Universo só poderia ser infinito e, portanto, sem um centro definido. 

Essas ideias “perturbadoras” eram incompatíveis com a doutrina da Igreja, que imaginara um céu que corroborasse a ordem social que sustentava aqui na Terra: fixo, regular, eterno, tendo a Igreja como centro e todas as outras instituições girando em um movimento circular perfeito em torno dela. Conservar essa ideia na mente das pessoas, ensinando-as desde cedo, e impedir que qualquer ideia diferente – as heresias – fosse difundida, insinuando-se no tecido social, era uma tarefa importante dos operadores da religião. A censura e a violência eram os instrumentos de intimidação e supressão. 

Assim como ocorreu com Giordano Bruno e quase também com Galileu Galilei, que, usando uma tecnologia aperfeiçoada por ele, o telescópio, provou que havia planetas girando em torno de Júpiter, o que queria dizer que a Terra não era o centro de tudo, havia outros centros, possivelmente inúmeros centros, o que quer dizer que não havia, de fato, centro nenhum. Galileu foi preso e acorrentado em uma masmorra, escapando da morte porque abjurou de suas descobertas. Morreu em prisão domiciliar, sem poder publicar mais uma linha sequer. 

Com o passar do tempo, porém, e ao custo de muitos outros sacrifícios, a Ciência  conseguiu superar as amarras da religião e demonstrou que o Universo é absolutamente ignorante sobre as pretensões centralizadoras da Igreja e os seus anseios conservadores. O Universo visível estende-se por 15 bilhões de anos-luz e, além dele, quem pode afirmar quanto mais de Universo ainda existe? Fomos transferidos da posição de centro do Universo para a condição de micro poeira cósmica, girando em falso em torno de uma estrela de quinta grandeza, em uma galáxia comum, como outros trilhões de galáxias penduradas no Universo observável. 

Essa insignificância permitiu que abandonássemos nossa ridícula sensação de grandeza e voltássemos nossa atenção a nós mesmos e à nossa possibilidade de vivermos o átimo de tempo que nos é destinado com o máximo de qualidade e respeito mútuo possível. Também permitiu que entendêssemos que não há posição fixa incontornável e que o que chamamos de tradição é só uma ignorância que perdura um pouco mais de tempo, até descobrirmos que há sempre muito mais coisas do que buscamos classificar e definir como “o certo” ou como o “verdadeiro”. Essa é a tarefa do Conhecimento e esse é o maior temor dos que querem conservar certas visões de mundo: o temor de ser desbancado de sua posição de importância e de poder, como foi a Igreja em um certo tempo da nossa História. Nessas horas, é possível que muitos desses conservadores devam suspirar com certa nostalgia do tempo no qual eles podiam encerrar um pensador em uma masmorra ou colocar nele uma máscara de ferro e  transformá-lo em cinzas, em plena luz do dia.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.

@profdanielmedeiros

Educação: o projeto

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Daniel Medeiros*

Sartre disse, no final da guerra, sobre o que cabia a cada um diante das adversidades brutais daquele momento: Não importa o que fizeram de nós. O que importa é o que faremos do que fizeram de nós.

A Educação brasileira passou, particularmente nos últimos quatro anos, por uma guerra desigual e injusta, uma guerra de corte de verbas, de congelamento de planos de carreira, de ataques ideológicos, de tentativas repetitivas de desmoralização da Universidade Pública e de desqualificação dos docentes. No entanto, apesar de os bombardeios recentes terem deixado muitos mortos e feridos, a guerra contra a Educação no Brasil é de longa data. 

Conforme afirmou o antropólogo Darcy Ribeiro, o quadro de pauperização da nossa escola não é uma crise, mas um projeto. Um projeto que tem origem no nosso passado escravista, o construtor principal da sociedade de privilégios na qual estamos inseridos e que inscreve a lógica de que o avanço na Educação pública é uma ameaça a esses privilégios alicerçados na ignorância e na violência. Como bem demonstrou o filme de Anna Muylaert, Que horas ela volta?, o progresso material e intelectual das classes populares descortina toda a falácia da “superioridade” de uma parte da classe média brasileira, conivente com toda a exploração e preconceito com os mais pobres, mas que não tem, ela própria, substância, não tem estofo, exceto pelos símbolos de consumo que ostenta como troféus de latão envernizados de dourado.

A Educação é a arma principal da equidade capaz de tornar nosso país uma Nação de verdade, e não esse sistema feudal mal disfarçado, essa casa grande & senzala de prédios modernos e favelas carcomidas pela falta de serviços públicos, normalizados pela visão embaçada de quase toda gente, como se fosse parte da “nossa natureza”, indisfarçável natureza de um povo incapaz de se indignar com a sua incapacidade de garantir um mínimo para todos. Prova disso foram as jactâncias do ex-presidente, que afirmava que o “Brasil alimenta o mundo”. Ou não estamos no mundo, ou há uma parte do Brasil que não interessa que exista para essa gente. 

E diante de tudo isso, a pergunta que se faz é: O que devemos fazer? Antes de cairmos na armadilha de sobrepor a esta pergunta outro questionamento, que é: Vale a pena fazer algo?, precisamos lembrar do adágio de Sartre. Se nos deixarmos ceder às dificuldades que são criadas exatamente para que confirmemos nossa suposta incapacidade, só perpetuaremos o estado de coisas que nos sufocam e amargam nossa terra com suas chuvas ácidas. Se nos deixarmos sucumbir aos discursos de que o “problema do Brasil são os brasileiros” e que não somos capazes de atingir os níveis de “países desenvolvidos”, discursos que só servem para legitimar quem explora, diminuindo assim o peso do explorar, como se fosse esse o nosso destino manifesto e que não há outro caminho, esquecendo, como já disse o poeta, de que o caminho se faz ao caminhar, aí, de fato, seremos sempre, para sempre, essa procissão de almas desacorçoadas.

Mas há um chamado possível, para além dessa má fé que é crer que somos assim porque não há como ser diferente. O chamado de que podemos escolher, a qualquer momento, o que queremos fazer com nossas vidas. E que escolher é a expressão mais essencial da nossa Liberdade e que a Liberdade é a marca mais indelével da nossa Humanidade. 

Não importa o que fizeram até aqui com a Educação de nosso país. O que importa é o que faremos do que fizeram até aqui com a Educação de nosso país. Esse é o chamado. Necessário e urgente.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.

@profdanielmedeiros

D. Pedro e o caso das joias

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Daniel Medeiros*

Foi no domingo, 17 de novembro de 1889, às três horas da madrugada, que começou o exílio de D. Pedro e sua família, além da companhia de alguns amigos, como o barão e a baronesa de Loreto, que deixou uma série de apontamentos sobre os vinte dias de viagem do vapor Alagoas, que partiu de Angra dos Reis até Portugal, primeira parada da curta trajetória do já velho e cansado imperador, que faleceu dois anos depois, aos 66 anos de idade.

Pouco antes de D. Pedro partir, os militares, que tinham liderado um golpe contra a já combalida monarquia, ofereceram uma polpuda quantia a título de indenização pelos serviços prestados pelo imperador ao país. Depois de terem sido pouco educados com o monarca, exigindo que ele partisse em quarenta e oito horas e de madrugada, para não “excitar as massas”, agora, os militares buscavam corrigir o erro “forrando” as mãos no imperador. D. Pedro, porém, recusou a oferta, e partiu quase sem dinheiro. Na Europa, viveu dos favores dos amigos e parentes, e passou os últimos meses de vida em um quarto de hotel no centro de Paris.

Durante a viagem, comemorou seu aniversário, no dia 2 de dezembro, quebrando um pouco a frugalidade das refeições até então, com um champanhe, aberto para fazer um brinde. Emocionado, D. Pedro desejou “prosperidade ao Brasil”. De noite, reuniam-se os mais próximos em uma roda de leitura, que o ex-imperador chamou de “conversações saudosas”. Aliás, saudade, a palavra intraduzível nas diversas línguas que D. Pedro dominava, desde o sânscrito até o tupi-guarani, foi a mais repetida naquela viagem, segundo os relatos da baronesa de Loreto.

No Brasil, além da recusa de dinheiro e do abandono dos imóveis e outros bens da família, D. Pedro deixou também as diversas joias que ganhou ao longo do reinado. Deixou a coroa de quase dois quilos de ouro, com mais de seiscentos diamantes e setenta e sete pérolas; deixou o cetro, o manto, os anéis, colares e até a pena de ouro, com diamantes e rubis, financiada pela população e dada de presente para a princesa Isabel por ocasião da assinatura da Lei Áurea. Todos esses bens foram incorporados ao patrimônio público pela República e  guardados no Tesouro Nacional até a inauguração do Museu Imperial de Petrópolis, durante o governo Vargas, estando expostas para o público desde então. Para D. Pedro, agora que ele não era mais imperador, aqueles bens não lhe pertenciam e, portanto, não fazia sentido levá-los consigo. Mesmo que tenha vivido os seus dois últimos anos de vida no exílio, viúvo – sua esposa, Teresa Cristina, faleceu em Portugal três semanas após o desembarque – sem renda e sem bens, D. Pedro jamais reivindicou favores ou tratamento especial do novo governo dos militares, que, ao contrário dos seus 49 anos de reinado, já haviam conseguido impor a censura aos jornais, desrespeitar a Constituição, fechar o Congresso e quase levar o país a uma guerra civil, com a Revolta da Armada. Deodoro, o proclamador, renunciou ao cargo poucos meses após assumir o governo constitucional e o vice, Floriano, governou ilegalmente por três anos, afundando o país em uma crise sem precedentes.

D. Pedro provou que uma autoridade pública pode manter a lisura e a dignidade, mesmo quando afastada violentamente de suas funções. Que não precisa carregar, na madrugada, joias e recursos para fora do país; que não precisa manchar sua biografia com suspeitas de malversações dessa natureza. Pode-se criticar o governo de D. Pedro por muitas razões. Mas, sem dúvida, ele teve um dos fins de governo mais dignos da História brasileira.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.

@profdanielmedeiros

As primárias argentinas e a vitória de Milei – o fim ou a interrupção do peronismo?

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João Alfredo Lopes Nyegray e Victória Rabel*

No domingo, 13 de agosto de 2023, os argentinos foram às urnas para definir possíveis candidatos que disputarão a presidência do país nas eleições de 22 de outubro. Das eleições primárias, chamadas de PASO (Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), veio uma surpresa: a vitória do candidato de extrema direita libertária Javier Milei, que obteve 30,11% dos votos válidos. A vitória de Milei abalou a antiga tradição peronista, deixando-a estremecida e silenciosa.

O Peronismo é um apelido genérico do “Movimento Nacional Justicialista”, que tinha como principal característica o populismo e o autoritarismo. Criado em 1945, foi liderado pelo militar e estadista Juan Domingo Perón, que também defendia o anticapitalismo e buscava promover a justiça social. Candidatos peronistas argentinos assumiram a presidência 11 vezes, sendo 3 delas pelo próprio Perón, o que exerceu forte influência na política argentina desde então.

As primárias de agosto indicam que a tradição iniciada por Perón talvez seja interrompida neste ano. Ainda que não sejam as eleições oficiais, é importante questionar o impacto político e econômico que esse resultado causa, visto as emergentes necessidades do país vizinho que caminha para eleições gerais. A Argentina enfrenta uma crise descontrolada que parece não ter fim, com uma inflação anual próxima a 115,6% e juros em torno de 118%, pesando não apenas na economia, mas também no bolso dos mais pobres. Estima-se que hoje, cerca de 40% da população argentina seja composta por miseráveis.

Após a vitória de Milei nas PASO, houve uma nova desvalorização galopante do peso argentino. O ministro da economia, Sérgio Massa – também candidato à Casa Rosada e terceiro colocado nas primárias – ainda não se pronunciou a respeito. O silêncio de Massa e a vitória de Javier Milei, muitas vezes chamado de anarcocapitalista, agravaram ainda mais a já delicada situação do país.

Devido à inflação galopante, os preços aumentam sem controle nas prateleiras dos mercados. Recentemente, houve altas em combustíveis (12%), carnes (20%) e pão (15%), assim como a redução do poder aquisitivo dos cidadãos. Há algum tempo, as consequências da falta de direção econômica em Buenos Aires têm causado um forte impacto no dólar, que agora está cotado em cerca de ARS 800 pesos argentinos por US$ 1 dólar.

Pode-se ponderar que a manifestação eleitoral das primárias reflete o desespero da população em busca de uma nova organização para o país, buscando uma mudança completa na direção política, com controle de preços e inflação, já que há mais de 30 anos a Argentina vem sendo regida pela mesma plataforma política, insistindo nas mesmas políticas econômicas fracassadas. Agora, surge a dúvida: os argentinos estão finalmente acordando para as implicações do retorno do peronismo kirchnerista ao país em 2019, ou seria esse apenas mais um triste capítulo da imparável decadência argentina?

*João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior e do Observatório Global da Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray

*Victoria Rabel é aluna do curso de Comércio Exterior e membro do Observatório Global da Universidade Positivo (UP).

A Inteligência Artificial vai substituir sua profissão

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Alysson Diógenes*

Muito se tem falado que “a inteligência artificial” (IA), ou algoritmos de IA, como o ChatGPT, vai substituir sua profissão ou até mesmo roubar seu emprego. De certa forma, vai. Mas isso quer dizer que meu emprego está realmente em risco? Sim e não. Para entender isso, precisamos voltar no tempo e recordar um passado não tão distante.

Nos anos 1800, a Revolução Industrial já caminhava com alguma musculatura e havia temores e revoltas de que o tear mecânico substituiria o tecelão e o artesão. Isso fez com que dezenas de teares fossem incendiados e muitos trabalhadores fossem presos na Inglaterra. Obviamente, isso não impediu o avanço da modernização dos parques industriais.

Num passado mais recente, nas décadas de 1960 a 1980, esse temor foi ressuscitado quando as fábricas de automóveis automatizaram suas linhas de produção. Houve greves, protestos e toda sorte de reivindicações, pois acreditava-se que “os robôs tirariam o emprego de vários trabalhadores”. Mais uma vez, esse movimento de oposição foi infrutífero.

Em um passado ainda mais recente, surgiram questionamentos e protestos semelhantes durante a implementação da chamada indústria 4.0, que ainda está em curso no Brasil e no mundo.

Chegando aos dias atuais, há o temor de que a IA venha a causar desemprego. Vamos analisar isso. Um algoritmo de IA, em essência, não é bom nem mau, e não substitui o ser humano em nada por iniciativa própria. São programas de computador criados por programadores que interpretam linguagens e que são capazes de aprender por meio de outros programas de computador. Basicamente, trata-se de matemática, muita matemática.

Por outro lado, esses algoritmos têm demonstrado habilidades na linguagem e, cada vez mais, gerado textos com competência. E aí surgem alguns conflitos. Gerar texto era uma atividade exclusivamente humana. As profissões que envolvem a produção de texto enfrentam certo grau de ameaça. Mas ameaça de quê, exatamente? A IA não gera nada por si, mas facilita – e muito – a escrita. Logo, a produtividade aumenta de modo significativo e, naturalmente, a quantidade de empregos diminuirá. Não porque a IA substituirá o trabalhador, mas porque, como os robôs em uma fábrica, o trabalho será realizado mais rapidamente. Isso afetará diretamente todos os que trabalham nesse setor como advogados, jornalistas, comunicadores, entre outros. Portanto, as profissões não desaparecerão, mas os profissionais dessas áreas precisarão se adaptar a mudanças e, inevitavelmente, o número de empregos será menor. Mas aqueles que aprenderem a usar a ferramenta de IA a seu favor terão um futuro profissional garantido.

Para as futuras gerações, não adianta fazer protestos e brigar contra uma tecnologia emergente. Observando o passado, parece mais sábio aprender a utilizar suas qualidades e se adaptar. Por sinal, ser adaptável é uma característica do povo brasileiro. O novo mundo que surge requer investimentos individuais em educação, treinamento e atitude empreendedora. Infelizmente, o brasileiro parece não valorizar muito essas qualidades.

Encerro este texto – que não foi gerado por IA – incentivando a compreensão de que essas mudanças dependem muito mais de cada indivíduo do que do governo. Cabe a cada leitor brasileiro buscar o aperfeiçoamento. Sempre. Nossas profissões podem ser substituídas e precisamos estar preparados para as novas profissões que surgirão. E isso depende de você, nobre brasileiro que me lê; não de uma IA ou do governo.

*Alysson Nunes Diógenes, engenheiro eletricista, doutor em Engenharia Mecânica (UFSC), é professor do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP).

Mercado de comunicação cresce no meio jurídico

Por muito tempo o setor jurídico caminhou à margem das estratégias de comunicação e marketing. Um combo de fatores – entre eles a pandemia, o aumento de profissionais no mercado, a disseminação de fake news e a flexibilização das normas de publicidade e propaganda da Ordem dos Advogados do Brasil – provocou uma efervescência no mercado de comunicação jurídica desde 2021.

O crescimento junto aos advogados e escritórios é uma resposta à necessidade de fortalecimento da reputação e do posicionamento da marca.É o que acontece na Smartcom – Inteligência em Comunicação, que atua no meio jurídico desde 2014 e é responsável pelas estratégias de comunicação de conceituados escritórios de advocacia e de advogados de todo o Brasil.

Atualmente, os clientes jurídicos correspondem a 25% do faturamento da empresa. “Havia uma demanda reprimida desse mercado. Agora, eles buscam se diferenciar, tanto pela presença da marca quanto pela credibilidade do conhecimento”, explica a jornalista e CEO, Silvana Piñeiro, que projeta um aumento de penetração nesse setor de 10% até fevereiro de 2024.

Além da assessoria de imprensa e redes sociais, uma nova estratégia vem encantando esse segmento, o mercado editorial. O impulso vem da necessidade crescente de uma comunicação transparente e credível, que tenha amplo alcance e dissemine conteúdo de qualidade. Trata-se de um reposicionamento como fonte de informações seguras e embasadas.

Um exemplo é o lançamento em cinco países entre agosto e setembro da obra acadêmica Empreendedoras da Lei na Europa, que reúne 73 profissionais em 54 artigos, apresentações, três prefácios, comparativo do empreendedorismo feminino jurídico e 20 boas-vindas. A obra é uma coletânea escrita por mulheres profissionais jurídicas e correlatas, que imigraram e se destacam em sua região de atuação.

Com artigos sobre realidade jurídica europeia, brasileira e do marketing jurídico, a obra conta com quase 900 páginas e chamou atenção de universidades e embaixadas na Europa.A complexidade do setor jurídicoA prestação de serviço para escritórios de advocacia é, de certo ponto, mais complexa. Isso porque é preciso atenção adicional às normas e às regras impostas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que, apesar de terem sido flexibilizadas com novo provimento em 2021, ainda existem.

Elas protegem o próprio meio jurídico, e o marketing jurídico precisa respeitá-las. “O motivo é simples: tratamos de credibilidade e posicionamento de marca. É fundamental ter expertise, considerando o cuidado textual e as estratégias essenciais de comunicação”, diz a CEO.Segundo a jornalista, o domínio dos temas complexos, estratégias de relacionamento bem construídas e o estilo e normas da Língua Portuguesa são essenciais para a prestação de serviço.

Não é à toa que a CEO foi convidada para participar da obra “Empreendedoras da Lei Europa”, sendo a única não advogada a compor o quadro de coautores, com um capítulo inteiro dedicado ao marketing e comunicação jurídica.  “Participar deste livro representa a consolidação do nosso trabalho no setor. Trata-se de um mercado emergente e extremamente minucioso e que precisa se desenvolver.

Não é qualquer profissional de marketing que tem habilidades para atender esse mercado. Há um mar de profissionais na área e por isso é tão importante que se diferenciam e se comuniquem para que tenham existência pública. Mas é preciso entender a dinâmica jurídica e criar estratégias de marketing jurídico eficientes para essa realidade”, pondera a CEO.

No seu capítulo, a CEO aborda como é desenvolvida a parte de marketing jurídico para os escritórios de advocacia no Brasil e na Europa e desenvolve uma visão do porquê trabalhar essa área, indicando formas aceitas de divulgação da marca, as razões para esse tipo de investimento, além de realizar um paralelo entre as práticas no Brasil e na Europa.

Além desse livro, a Smartcom comandou publicações editoriais para o escritório Andersen Ballão Advocacia, a empresa ThyssenKrupp e o player mundial de tecnologia NTT Data Business Solution.Lançamentos por toda a EuropaO livro “Empreendedoras da Lei” empodera e amplia a visibilidade das advogadas brasileiras e será lançado em quatro países, junto com iniciativas jurídicas relevantes.O primeiro aconteceu dia 24 de agosto com uma live transmitida pelo YouTube e demais canais digitais da Associação Brasileira de Advogados (ABA) e encabeçada pela unidade de Düsseldorf.

Além das autoridades, a live também contou com a participação das empreendedoras da lei que atuam na Alemanha e as associadas.No último dia 26 de agosto foi a vez de apresentar a obra na Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB/SP), sob a organização da idealizadora Gabriela Barreto e o Dr. Aleksander Zakimi. O lançamento também foi on-line e transmitido pelo YouTube da entidade.

Em setembro, será a vez dos eventos presenciais. Entre os dias 04 e 07 de setembro acontece a primeira imersão executiva jurídica tecnológica na Estônia, em Tallin, com visitas guiadas em empresas de inovação, tecnologia e órgãos públicos organizadas pela GB Editora e Anna Bogdanova.

Em Funchal, na Ilha da Madeira, nos dias 12 e 13 de setembro, o livro será apresentado durante a Especialização em Direito, Novas Tecnologias e Cidades Inteligentes, que acontece em paralelo ao 1º Congresso de Cidades Inteligentes e Nomadismo Digital. O lançamento contará com o corpo docente brasileiro e europeu e será no Instituto Superior de Administração e Línguas (ISAL), com realização IIAC (Instituto Ibero Americano de Compliance) e organização de Fabrízio Bon Vecchio, Gabriela Barreto e Sancha Campanella.

Os momentos servirão também para trocas de conhecimentos e muito networking com os coautores presentes.No dia 19 de setembro, ocorrerá o lançamento institucional na Universidade de Lisboa, com a presença confirmada de autoridades jurídicas brasileiras e europeias, além dos coautores, nas modalidades on-line e presencial.

No dia 20 de setembro, a obra será lançada em um painel jurídico durante o evento de abertura do curso Mulheres que lideram, promovido pelo Centro de Estudos em Direito e Negócios (CEDIN) na Embaixada do Brasil em Berlim, evento organizado por Alexandra Buchetmann e Joice Costa.No dia 27 de setembro, a obra será lançada no Colégio de Advogados de Madrid, aguardando confirmação na Embaixada Brasileira do mesmo país, com organização de Eva Papadopulos e Gabriela Barreto.

Confira a agenda de lançamentos e como participar:AlemanhaEvento híbrido em BerlimData: 20 de setembro às 10h (horário de Brasília) / 15h (horário alemão)Local: Embaixada do Brasil em Berlim com transmissão ao vivoInscrições pelo link: https://www.sympla.com.br/play/curso-mulheres-que-lideram/2014238.

0Painel jurídico durante o lançamento do curso “Mulheres que lideram”, promovido pelo Centro de Estudos em Direito e Negócios (CEDIN).EstôniaData: 04 a 07 de setembro

Durante o evento de Imersões Jurídicas ExecutivasPortugalEvento híbrido em Funchal, llha da MadeiraData: 12 e 13 de setembro

Local: Instituto Superior de Administração Línguas (ISAL)Durante a realização da Especialização em Direito, Novas Tecnologias e Cidades Inteligentes e 1º Congresso de Cidades Inteligentes e Nomadismo DigitalEvento híbrido em Lisboa

Data: 19 de setembro a partir das 09h (horário de Brasília) / 14h (horário português)Local: Universidade de LisboaEspanhaMadrid

Data: 27 de setembroLocal: Colégio de Advogados de MadridData: 28 de setembroLocal: Embaixada Brasileira em Madrid

Evento previsto, passível de confirmação Sobre a Smartcom: Agência de comunicação sediada em Curitiba, a Smartcom oferece serviços de gerenciamento e conteúdo para redes sociais e sites, assessoria de imprensa internacional, design, endomarketing, audiovisual e auditoria de posicionamento interno e externo. Com braços na Alemanha, Argentina e Estados Unidos, além de profissionais de comunicação qualificados, garante a conexão entre os pontos envolvidos no segmento do Business to Business e Business to Consumer com clientes nos segmentos de Indústria, Negócios, ESG, Advocacia, Cultura, Gastronomia, entre outros.

A criação de Oppenheimer e seus frutos duradouros

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João Alfredo Lopes Nyegray e Luis Carlos Dal’Toè Geittenes*

Organizado e implementado pelos Estados Unidos a partir de 1942, o Projeto Manhattan buscava explorar o processo de fissão nuclear para fins militares – algo além dos conhecimentos daquele tempo. Essa época coincide com a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial, quando foi testada – em 1945 – a primeira bomba atômica do mundo.

Foram, como bem nos lembra a história, dois artefatos: um em Hiroshima e outro em Nagasaki, no Japão. O uso das primeiras bombas atômicas, já no final do Segundo Conflito Mundial, certamente catalisou a rendição japonesa, mas – por outro lado – iniciou um cenário global de corrida armamentista e instabilidade num início de Guerra Fria.

De um lado, o uso da obra de Oppenheimer reforçou a confiança norte-americana, seja em reuniões subsequentes ao pós-guerra seja em termos políticos globais, tornando os EUA ainda mais determinados a obter compromissos do governo soviético. Para os norte-americanos, o monopólio sobre a bomba atômica ameaçaria a segurança da URSS, limitando suas opções e gerando uma vantagem desproporcional para Washington, em comparação à força convencional do Exército Vermelho na Europa. Com uma bomba atômica, os EUA poderiam assegurar a reconstrução econômica da Europa – arrasada pela Segunda Guerra Mundial – sem urgência em corresponder às capacidades militares soviéticas.

A posse de artefatos nucleares pelos Estados Unidos impactou a Europa Ocidental, ao passo que garantiu aos europeus maior segurança por estarem sob o “guarda-chuva nuclear” americano. Isso fez com que os europeus não necessitassem firmar acordos externos com a União Soviética.

Mas a inspiração e confiança norte-americana por conta da posse de artefatos nucleares após a Guerra Fria não perdurou, e, em 1949, a União Soviética explodiu com sucesso sua primeira bomba atômica. Na sequência, a tecnologia foi replicada pelo Reino Unido em 1952, pela França em 1960 e pela China em 1964. Dessa forma, logo em 1962, os soviéticos implantaram mísseis nucleares em Cuba, para tentar forçar concessões dos EUA na Europa, gerando outro caso de diplomacia atômica – ato de uso ou a ameaça de guerra nuclear. Durante a Guerra Fria, inúmeras foram as ocasiões em que uma forma de diplomacia atômica foi empregada tanto pelos EUA quanto pela URSS.

Em nossos dias, o receio de uma escalada nuclear na atual Guerra da Ucrânia é um herança deixada por esse período da Guerra Fria. Primeiro, pois muitos apontam que o atual conflito trata-se de um embate indireto entre a OTAN e a Rússia; haja vista o envio de armamentos, equipamentos militares e suprimentos para os ucranianos. De outro, EUA e União Europeia não atacariam diretamente a Rússia, temendo o uso de armas atômicas por Moscou.

Aqui, há um jogo de interesses; uma “dança” diplomática na qual a mera suspeita de agressão leva a intensas tensões internacionais. O que vivemos hoje é um caso emblemático do dilema da segurança nas relações internacionais, em que Estados preocupados com sua preservação buscam adquirir meios para garanti-la. Para isso, incrementam-se capacidades militares, o que gera novas ondas de corridas armamentistas. No fim, aumenta a insegurança do sistema como um todo. Considerando que, atualmente, a Polônia vem se armando fortemente, isso é – em alguma medida – o que a Europa presenciou hoje.

Enquanto inicialmente as armas nucleares e seus vários meios de lançamento existem pelas necessidades impulsionadas pelas inseguranças humanas, o real litígio nessa esfera é a busca duradoura por uma segurança que se manifesta na luta por projeção e influência. O que presenciamos na atual política global é um cenário em que algo do comportamento dos Estados continua sendo produto de intensa competição.

Que as semelhanças com o passado terminem por aqui, ou a próxima barreira a ser rompida será efetivamente o uso da força nuclear entre potências.

*João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior e do Observatório Global da Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray

*Luis Carlos Dal’Toè Geittenes é internacionalista, egresso do curso e do Observatório Global de Relações Internacionais da Universidade Positivo (UP).

Zona 8 de Maringá (PR) registra valorização com entrega de empreendimento imobiliário de alto padrão próximo ao bairro mais sustentável do mundo

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Com vista para o centro da cidade e localização privilegiada, Positano Residenza eleva qualidade de vida com ampla área de lazer

O entorno da Avenida Guedner, uma região em pleno desenvolvimento e que figura entre os endereços mais desejados para se viver em Maringá (PR), acaba de ganhar um novo charme arquitetônico com a entrega do edifício de alto padrão Positano Residenza.

Projetado e entregue pela construtora A.Yoshii, que já possui mais de 20 empreendimentos na cidade, o novo projeto residencial possui uma fachada contemporânea e se destaca pelos diferenciais que valorizam a qualidade de vida.  

A torre única possui quatro apartamentos por andar e foi construída em um terreno com mais de quatro mil metros quadrados, possibilitando uma estrutura de lazer completa. Ao longo de três pavimentos, os moradores contam com amplo espaço gourmet com playground exclusivo, que oferece segurança e privacidade aos moradores e convidados em dias de confraternização, além de coworking, área fitness, sala de pilates, teen lounge, brinquedoteca, piscina, sports bar, garden gourmet com deck exclusivo e quadra esportiva.

Nas áreas privativas, as plantas inteligentes com 112 metros quadrados favorecem a otimização e integração dos espaços. De acordo com o superintendente da A.Yoshii em Maringá, Márcio Capristo, um dos atributos mais relevantes do Positano Residenza é a sua localização. 

Zona 8: bairro em franca expansão

“A Zona 08 é uma região em pleno desenvolvimento, especialmente ao longo da avenida Guedner. Somado a isso, o Positano Residenza oferece uma vista permanente para o centro da cidade e está conectado ao grande boulevard formado por áreas verdes e espaços de convivência ao ar livre. É um projeto pensado em todos os detalhes, visando segurança, praticidade e bem-estar dos moradores”, afirma. 

A finalização da obra e entrega da A.Yoshii é realizada junto ao lançamento do bairro mais sustentável do mundo, o Eurogarden Maringá. O projeto, próximo ao Positano Residenza, tornou-se o primeiro do planeta a conquistar, simultaneamente, a pré-certificação WELL e a Certificação LEED Platinum. A região da Zona 08 segue, agora, o modelo das cidades-jardim europeias e adota o conceito “one stop life”, no qual é possível ir ao trabalho, fazer compras, comer, estudar, praticar esportes e lazer em um mesmo local, percorrendo pequenas distâncias a pé por caminhos arborizados e floridos. Dentre as melhorias urbanísticas, citam-se políticas de transporte e mobilidade inteligentes, com ciclovias, bicicletários, bike stop e estações de carregamento de veículos elétricos; eficiência hídrica; medições constantes da qualidade da água e do ar; arborização; dentre outros. 

Lançado em 2020, o empreendimento da A.Yoshii reafirma o compromisso de entrega no prazo, design exclusivo e acabamento de alto padrão, elementos que consolidaram o Grupo A.Yoshii como referência em construção civil há mais de 57 anos. 

Sobre o Grupo A.Yoshii

Fundado há mais de 57 anos, o Grupo A.Yoshii já construiu mais de 2 milhões de metros quadrados do sul ao nordeste do Brasil, entre obras industriais, edifícios corporativos e residenciais, escolas, universidades, teatros e centros esportivos. É composto pela A.Yoshii Engenharia, com sólida atuação em construções de edifícios residenciais e comerciais de alto padrão em Londrina, Maringá, Curitiba e Campinas; pela Yticon Construção e Incorporação, que realiza empreendimentos voltados para o primeiro imóvel, localizados em regiões de potencial valorização em municípios do Paraná e do interior de São Paulo; e pelo Instituto A.Yoshii, braço de responsabilidade social, com foco em educação, cultura e meio ambiente. Além disso, atua em obras corporativas, atendendo grandes corporações em suas plantas industriais, nos mais variados segmentos da economia, como papel e celulose, alimentício, químico, agronegócio, energia, assim como em usinas sucroalcooleiras, centros logísticos, plantas automobilísticas, entre outros. Mais informações: www.ayoshii.com.br.