Home Blog Page 279

Editor do jornal Rascunho, Rogério Pereira lança livro em Curitiba

Após um hiato de nove anos, o jornalista, editor e escritor Rogério Pereira lança seu novo livro, Toda cicatriz desaparece (Editora Maralto, 208 p., R$ 44,90). A obra reúne 40 crônicas do autor escolhidas e organizadas por Luiz Ruffato.

Para celebrar a novidade, Rogério Pereira faz duas sessões de autógrafos. A primeira será em Curitiba, nesta quinta-feira (17), às 19h, na Livraria da Vila do Pátio Batel. Em seguida, no dia 26 de novembro, das 10h às 11h, ele estará em Paraty (RJ), na Casa PublishNews, durante a Flip 2022.

O trabalho com recordações e imagens da infância é o fio condutor da seleção. Nos textos — publicados entre 2009 e 2021 no site Vida breve e no jornal de literatura Rascunho — a memória não funciona apenas como fonte de temas e conteúdos, mas também como motor da criação literária.

A escrita, embora muitas vezes lírica, desenvolve-se sob o peso de uma infância que se desenha como uma batalha perdida, porém inevitável. Assim, assume-se o compromisso com o passado, encarando-o como uma velha pilha de fotografias.

“Como venho de uma família muito pobre e de pais semianalfabetos, a infância representa uma luta constante para tentar explicar o que sou, quem sou e como cheguei até aqui – a este ‘abismo’ perto dos 50 anos. A infância é um salto possível comigo mesmo o tempo todo”, explica Pereira.

Reminiscências
Ao interpretar as páginas de Toda cicatriz desaparece, o leitor que acompanha mais de perto a carreira de Rogério Pereira poderá notar que alguns textos revelam lembranças pulsantes e vivas no corpo, enquanto outros surgem como o retrato de um morto desconhecido que, independentemente de ser lembrado ou não, persiste como assombração, produzindo imagens fugazes e ásperas.

Transpondo dificuldades no percurso da vida, Pereira fundou em Curitiba, em abril de 2000, o jornal de literatura Rascunho — considerado uma referência entre as publicações culturais brasileiras. Ao ser questionado sobre o que despertou o gosto pela escrita, ele detalha a vontade de mudar para melhor.

“Foi um desejo absoluto de fugir do lugar de onde eu vinha: um lugar escuro, sem leitura, sem livros, sem água encanada, sem banheiro, sem luz elétrica. Um lugar onde era quase impossível olhar ao redor e refletir sobre este entorno”, conta.

Contexto
Segundo Luiz Ruffato, embora os textos reunidos possam ser lidos como fragmentos de uma autobiografia conturbada, eles formulam, por meio de um depoimento corajoso, uma reflexão importante sobre o passado, não apenas do narrador, mas do Brasil, um passado repleto de injustiças, humilhações, impasses.

Desse modo, a infância desenha-se como um quadro ambivalente, de alegrias e tristezas exacerbadas em um mundo hostil, em uma cidade que “em vão tentava acolher”, mas, ainda assim, repleta de descobertas possíveis.

Escrita minuciosa
Exigente em suas escritas, por vezes perfeccionista, Rogério Pereira fez pequenos ajustes nos textos para essa edição. Uns receberam cortes; outros, pequenos acréscimos. Títulos foram refeitos na busca de conferir uma maior coesão ao conjunto.

“Evitei repetições entre um texto e outro, pois foram escritos durante um espaço de tempo relativamente longo. Era necessário cotejá-los e ajustar uma coisa ou outra”, ressalta o autor, que tem contos publicados na Alemanha, na França, no Peru, no Equador, na Finlândia e na Argélia.

E quem ganha com isso é o leitor, que poderá desfrutar de uma impressionante homogeneidade na escrita, sempre limpa e cuidadosa, que o tornou um dos mais influentes nomes do jornalismo cultural brasileiro.

Dos primeiros beijos aos destinos trágicos ou banais dos colegas de escola, das derrotas em jogos e brincadeiras às pequenas alegrias de natais de escassez, Rogério Pereira evidencia em seu novo livro que, embora desapareçam, as cicatrizes precisam ser tocadas.

“Rogério Pereira é da família dos escritores que estão sempre remexendo suas próprias feridas, que, singulares em sua manifestação, transformam-se, por conta da linguagem, em experiências comuns a um enorme contingente de pessoas”, completa Luiz Ruffato.

Serviço
O que: Lançamento do livro Toda cicatriz desaparece e sessão de autógrafos com Rogério Pereira
Quando e onde: Em Curitiba (PR), amanhã (17 de novembro), às 19h, na Livraria da Vila do Pátio Batel [Avenida do Batel, n. 1868, piso L3]; Em Paraty (RJ), no dia 26 de novembro, das 10h às 11h, na Casa PublishNews, durante a Flip 2022 [Rua Ten. Francisco Antônio, n. 300, Centro Histórico]
Quanto: O livro tem 208 p., custa R$ 44,90 e pode ser adquirido nas livrarias parceiras da Editora Maralto ou pelo site https://loja.editorapositivo.com.br/literatura

Sobre o autor
Rogério Pereira nasceu em Galvão (SC), em 1973. É jornalista, editor e escritor. Em 2000, fundou em Curitiba o jornal de literatura Rascunho — referência entre as publicações culturais brasileiras. De janeiro de 2011 a abril de 2019, foi diretor da Biblioteca Pública do Paraná.

Tem contos publicados no Brasil, na Alemanha, na França, no Peru, no Equador, na Finlândia e na Argélia.

É autor do romance Na escuridão, amanhã (2013), finalista do prêmio São Paulo de Literatura, menção honrosa no Prêmio Casa de Las Américas (Cuba) e publicado na Colômbia (Babel Libros).

Como gráficos, tabelas e obras de arte podem fazer a diferença na nota do Enem

0

Em meio às perguntas, um gráfico, um mapa, uma obra de arte. Saber ler e interpretar os diferentes tipos de recursos textuais e visuais que aparecem ao longo da prova é uma das habilidades mais importantes para quem vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022.

Além de estudar os conteúdos mais cobrados e de se preparar para escrever uma boa redação, os estudantes também precisam estar atentos às possíveis respostas que se “escondem” nos próprios enunciados das questões. A capacidade de decifrar o que não está escrito é fundamental para isso. De acordo com a assessora de Arte do Sistema Positivo de Ensino, Karoline Marianne Barreto, o Enem e a maioria dos vestibulares atuais avaliam a habilidade de interpretar diversas formas de linguagem. Essa abordagem aparece ao longo de toda a prova, espalhada em todos os componentes curriculares. “Além de gráficos e tabelas, há muitos textos-base cujas informações devem ser interpretadas em cartazes publicitários, letras de canções, pinturas, ilustrações extraídas de livros, charges, trechos de história em quadrinhos, fotografias documentais ou artísticas, frame de filme, entre outros”, enumera. 

Obras de arte

Em alguns casos, a prova traz obras de arte – e, devido à forte característica de interdisciplinaridade do exame, isso pode acontecer em questões de todas as áreas do conhecimento. Ter algum entendimento sobre história da arte, então, pode ser proveitoso. “Quanto mais o estudante souber do contexto histórico e das teorias da arte e estética discutidas em torno daquela obra, mais ele pode compreender o sentido de cada alternativa da questão e, assim, realizar a correta relação entre o comando da questão e o item correto”, detalha a especialista. Ela lembra que a arte é muito subjetiva e, portanto, permite infinitas possibilidades de interpretação. “O Enem não quer saber o que você sente ou interpreta individualmente a partir da obra de arte, mas provavelmente lhe pedirá para interpretar, definir, argumentar, comparar ou potencializar a obra de arte a partir do ponto de vista do comando da questão”, aponta.

É preciso lembrar também que 12,5% das questões da área de Linguagens são de conhecimentos específicos da arte. Primeiro, saber interpretar o enunciado da questão. Em segundo lugar, é preciso ter repertório de arte para saber do que se tratam as obras. “Por isso, é recomendável ver muitas pinturas, fazer passeios virtuais ou reais em museus, casas de cultura, casas de memória, galerias, ver filmes, séries, fotografias, seguir artistas contemporâneos brasileiros e internacionais nas redes sociais e seguir os museus mais famosos, por exemplo”, sugere Karoline. Em terceiro lugar vem o letramento visual, construído desde a Educação Infantil. “Ele é a capacidade de atribuir significados e símbolos aos textos visuais com que o estudante se depara ao longo da vida, reconhecendo os elementos formais, como as formas, cores, linhas, texturas, sons, volumes, luz e sombra, e conseguir estabelecer relações simbólicas entre esses elementos e o contexto histórico e estético no qual cada obra está inserida”, explica.

Gráficos e tabelas

Atenção aos elementos visuais que compõem as questões. Como destaca o assessor de Química do Sistema Positivo de Ensino, Flávio Barbosa, dificilmente uma informação apresentada no texto-base será algo acessório. “Se o candidato se deparar com um gráfico ou tabela, ou qualquer outra forma de representação, é importante que ele saiba que aquela informação será muito útil na resolução da questão. E, geralmente, o texto-base apresenta orientações sobre como interpretar o gráfico ou tabela”, afirma. “Observar as unidades de medida, nomenclaturas e ordem de apresentação das informações é uma boa dica para sair na frente”, ressalta. Ele também recomenda que o estudante tente encontrar padrões nos dados que estão sendo fornecidos. “Essa é uma chave de leitura que pode garantir o acerto em muitas questões, tanto na área das Exatas, quanto nas Humanidades”, completa.

A melhor maneira de treinar o olhar para isso ainda é resolvendo provas antigas. “Isso ajuda a encontrar padrões na forma como o Enem apresenta esses recursos”, explica Barbosa. Para o assessor, à medida que o candidato resolve questões de provas passadas, consegue compreender melhor qual a função de um gráfico em uma questão de Geografia, ou como os dados são apresentados em uma tabela em uma questão de Química, por exemplo. “Explorar esses recursos permite praticar e desenvolver habilidades interpretativas. Assim, no momento da prova, é possível ter insights que permitem extrair os dados necessários para resolver as questões”, completa.

Mapas, infográficos, esquemas

As notas do Enem são calculadas por meio de uma modelagem estatística chamada “Teoria de Resposta ao Item” (TRI). Essa modelagem separa as questões em fáceis, médias e difíceis e a melhor estratégia para conseguir uma boa nota é priorizar as questões mais fáceis. A assessora de Geografia do Sistema Positivo de Ensino, Rafaela Pacheco Dalbem, alerta que uma forma de identificar essas questões é justamente observar se elas trazem mapas, fotografias e outros elementos visuais. “A chance de que questões com esses elementos sejam mais simples do que parecem é sempre grande”, pontua.

Rafaela dá algumas dicas práticas, que podem ser úteis: “Comece entendendo qual é o comando da questão, ou seja, o que você precisa procurar nos textos-base. Depois, leia a legenda para identificar autoria, ano e escala. Identifique detalhes importantes. Questione-se coisas como: é um dado de uma revista ou de um Instituto de Pesquisa? É um dado recente ou não? Por fim, leia o restante da questão e escolha o gabarito”, finaliza a especialista.

________________________

Sobre o Sistema Positivo de Ensino

É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.

Lixo da Região Metropolitana de Curitiba  pode virar energia elétrica

0

A região metropolitana de Curitiba é destaque em um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) sobre as regiões com maior potencial de geração de energia a partir do lixo urbano. 

De acordo com o estudo, a região tem a possibilidade de receber 4 usinas de recuperação energética (URE), com 20MW de potência instalada cada, totalizando um potencial superior a 80 MW de potência instalada, com uma produção de energia limpa e renovável na ordem de 661 mil MWh/ano – o suficiente para suprir o consumo de mais de 300 mil residências – o equivalente a cerca de 25% da população da região.

A iniciativa, que envolveria investimentos de cerca de R$ 2,9 bilhões – a nível público ou privado, pode gerar 4,9 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Além disso, estima-se uma arrecadação de R$ 4,2 bilhões em tributos durante o período de operação da usina, estimado em 40 anos.

Segundo Rubens Aebi, vice-presidente da ABREN, “esse tipo de empreendimento, que oferece diversos benefícios ambientais, também é considerado mundialmente a solução mais adequada para resolver o desafio da destinação dos resíduos sólidos urbanos”. Com pouco mais de 3,6 milhões de habitantes, a região metropolitana de Curitiba produz cerca de 2 mil toneladas de lixo por dia, que soma 730 mil toneladas por ano. 

Uma URE pode ser viabilizada por meio de um consórcio entre as cidades que constituem a Região Metropolitana de Curitiba, como prevê novo Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026/2020). Durante a vida útil da usina, a cidade pode evitar a emissão de 67 milhões de toneladas de CO2, além de recuperar 1,3 milhão de toneladas de metais ferrosos e não ferrosos, sendo que a maior parte das cinzas podem ser reaproveitáveis pela construção civil e pavimentação. 

Além disso, o tratamento adequado do lixo evitaria gastos da ordem de R$ 1,5 bilhão para a saúde pública, relacionados a doenças causadas pela exposição dos cidadãos a condições insalubres de lixões, além de mitigar os gastos com danos ambientais provenientes do armazenamento inadequado de resíduos, estimados em R$ 2,2 bilhões.

O projeto de uma URE colabora ainda com a economia circular, pois auxilia na gestão mais eficiente dos recursos naturais existentes e otimiza o ciclo de reciclagem, contribuindo também com os coletores de materiais recicláveis.

Sistema Positivo de Ensino prepara gabarito comentado do Enem 2022

0

Assim que for permitido sair das salas de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 com o caderno de questões, nos dias 13 e 20 de novembro, os especialistas do Sistema Positivo de Ensino passarão a resolver as 90 questões de Linguagens e Ciências Humanas, no primeiro domingo, e as outras 90 questões de Matemática e Ciências da Natureza, no segundo. A seguir, o site do Sistema Positivo divulga o gabarito extraoficial resolvido por esses professores e assessores de área, responsáveis pela produção do material didático utilizado por mais de 500 mil alunos em todo o Brasil. Além do gabarito extraoficial, os estudantes poderão acompanhar comentários nas redes sociais e resolução das questões médias e difíceis a partir do dia seguinte à prova.  

De acordo com a coordenadora do Ensino Médio do Sistema Positivo de Ensino, Milena Lima, essa correção comentada é fundamental para que os estudantes compreendam não apenas o que acertaram ou erraram, mas também os motivos desses acertos ou erros. “O Enem é corrigido pela teoria de resposta ao item (TRI), de modo que não é só o número de acertos que define a nota final. As questões são separadas entre fáceis, médias e difíceis e o nível de dificuldade das questões que o candidato acertou também é muito importante”, explica. Dessa forma, compreendendo melhor do que se trata cada uma das perguntas cobradas, fica mais fácil ter uma noção do próprio desempenho. 

Esse tipo de correção, com comentários feitos por especialistas de cada uma das áreas do conhecimento, também é importante para os estudantes que vão prestar o Enem nos próximos anos. Afinal, essa é uma das dicas mais importantes para os candidatos: refazer provas anteriores. “Sempre recomendamos que quem vai prestar o Enem dê uma olhada nos exames já aplicados porque, assim, eles podem ter uma ideia mais concreta de como a prova é estruturada. A correção comentada é mais uma maneira de garantir que essa revisão seja proveitosa”, ressalta Milena.

O gabarito comentado pode ser acessado por meio do link: https://sistemapositivo.link/lpenempositivo2022ai  

________________________

Sobre o Sistema Positivo de Ensino

É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.

Parece hotel mas é Airbnb: conheça a start-up que profissionaliza e padroniza a hospedagem em plataformas de reservas

0

Quem gosta de viajar está sempre à procura da melhor experiência e o melhor custo benefício. Neste cenário, com a chegada de plataformas como Airbnb e Booking, cresce a oferta de quartos e hospedagens fora dos tradicionais hotéis e pousadas. O problema é que, por se tratar de aluguel de espaços muitas vezes residenciais, nem sempre o viajante encontra o que esperava: seja uma cama desconfortável, um lençol sujo, um cachorro que não para de latir ou uma toalha rasgada. Tudo é possível.

Apesar das falhas, o modelo ganhou espaço e cresce anualmente. Somente em 2021, o Airbnb faturou US$ 4 bilhões no Brasil.

De olho neste tipo de hospedagem e na tendência dos nômades digitais, que ganhou força na pandemia com o home office, surgiu a Xtay: uma start-up, 100% nacional, que opera estúdios short-term-rental. 

Como atua

Basicamente o que a empresa faz é angariar estúdios que já foram construídos com a finalidade de alugar,  auxilia na concepção arquitetônica, mobiliário, enxoval e design das moradias e, através de um aplicativo, gerencia o fluxo de hóspedes. De um lado, o investidor (proprietário) não precisa se preocupar com check-in, check-out, limpeza, manutenção e outras demandas, e de outro, o hóspede tem disponível um estúdio com cara de hotel, serviços de hotel, comodidade e privacidade de uma casa, com preço de Airbnb.

A empresa é nova, tem menos de um ano, e acaba de entrar no mercado paranaense. Nesta semana,  a Xtay inaugura 20 apartamentos em Curitiba. Os estúdios ocupam dois andares de um empreendimento residencial, são totalmente equipados com camas, enxoval, cozinha, fogão, banheiro e acomodam de 2 a 3 pessoas. Além claro, de wifi, lavanderia e academia no edifício.

De acordo com Gabriel Fumagalli, co-fundador e CEO da Xtay,  a meta é chegar a 200 unidades na região em 2023. “É uma tendência de mercado, uma hospedagem para quem vêm à cidade para um show, ou uma opção mais flexível para quem quer fugir da burocracia de um aluguel”, comenta. 

O executivo explica que a solução da Xtay é muito fácil para o usuário, que tem acesso aos estúdios por aplicativo, sem a necessidade de contato pessoal, além de ter disponível serviços 24h. Por outro lado, é uma opção de rendimento para quem procura um investimento em renda passiva. “Queremos fechar 2023 operando 1400 unidades no Brasil”, completa. 

Por que estudar Filosofia na reta final antes do Enem?

0

Quem somos? Para onde vamos? Há milênios a humanidade vem tentando desvendar os mistérios da vida e da morte por meio do trabalho de pensadores. Ler sobre as correntes de pensamento desses importantes nomes e compreender um pouco a visão de cada um deles é fundamental, ainda no mundo contemporâneo. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e nos vestibulares e concursos públicos, a Filosofia é uma das disciplinas que podem contribuir para escrever uma boa redação e responder com mais assertividade às questões.

Para o assessor da área de Filosofia do Sistema Positivo de Ensino, Jorge Prado, candidatos que têm uma boa compreensão da Filosofia podem alcançar melhores resultados nesse tipo de prova. “Ter boas noções de Filosofia não é positivo só para a prova de Ciências Humanas, mas também contribui para uma redação mais completa. Isso porque uma visão crítica da sociedade e da realidade atuais é muito importante para ampliar o repertório argumentativo e cultural”, explica. Como o Enem é um exame com perguntas interdisciplinares, ter conhecimentos filosóficos ajuda a responder também às questões de Ciências da Natureza e de Linguagens.

Ao longo dos últimos anos, dois dos temas mais cobrados foram ética e política. Uma boa lista de autores dessa área inclui nomes como Sócrates, Platão, Rousseau, Kant, entre outros. “Até mesmo os filósofos pré-socráticos podem ser cobrados nas provas. A dica é estudar Filosofia Antiga, principalmente o helenismo antigo e a visão racional sobre a natureza”, destaca Prado. Outros assuntos que podem aparecer no Enem são as teorias do conhecimento, feminismo, epistemologia, crítica da moralidade, existencialismo, fenômenos políticos totalitários e fenomenologia, por exemplo. O especialista indica revisar as provas de anos anteriores para ter uma ideia de como esses conteúdos são cobrados.

Filosofia fora dos livros

Embora os conteúdos mais importantes estejam nos livros didáticos, atualmente existe boa Filosofia sendo difundida em outros meios. Prado lembra que o principal é ter reflexões que permitam uma análise mais crítica das ações e pensamentos da sociedade atual. “Estudar Filosofia requer estar bem informado sobre temas como política, arte, tecnologia, cultura digital, meio ambiente, saúde, economia, cidadania e outros assuntos que fazem parte do nosso cotidiano”, afirma. Saber opinar sobre demandas e lutas sociais também é indispensável. Mas atenção: nem tudo o que reluz é ouro. Na hora de buscar outras fontes de informação, procure certificar-se da qualidade dos conteúdos e da veracidade das informações. “O ideal, para fugir de opiniões enviesadas, é sempre falar sobre esses conteúdos com especialistas e professores da área”, completa.

Enem: Filosofia em três passos 

Prado destaca três dicas fundamentais para a reta final de preparação do Exame Nacional do Ensino Médio:

  1. Estudar Filosofia requer reflexão e atenção. Além de ler os conteúdos específicos, é preciso estimular o raciocínio a partir do que está sendo lido. Como esses conteúdos também aparecem em outras partes da prova, os conhecimentos que vêm da Filosofia podem ajudar a resolver diversas questões.
  2. Não basta estar informado, é preciso que essas informações venham de fontes seguras, com evidências científicas. Uma dica é revisar questões de anos anteriores, sempre fazendo uma avaliação crítica de conteúdos como filmes, podcasts e séries.
  3. Esclarecer dúvidas e promover reflexões críticas com seu professor é uma ótima estratégia. Dialogar com bons argumentos ajuda a ampliar o repertório cultural, o que é uma ferramenta potente para o Enem.

________________________

Sobre o Sistema Positivo de Ensino

É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.

O todo-poderoso Xi

0

João Alfredo Lopes Nyegray*

Xi Jinping confirmou-se como o mais poderoso líder chinês desde Mao Tsé-tung. A partir da década de 1980, o mandato presidencial na China era limitado a dois termos de cinco anos. Uma alteração na Constituição da República Popular da China, ocorrida em 2018, permitiu a Jinping um terceiro mandato. Tendo assumido o cargo de Secretário-Geral do Partido Comunista da China (PCCh) em 2012 e a presidência da nação em 2013, Xi Jinping veio não apenas concentrando poderes, mas também expurgando rivais. Estima-se que mais de 4,7 milhões de pessoas foram investigadas por ordem do líder, e que apoiadores antigos foram acusados de deslealdade ou corrupção.

Xi Jinping estudou engenharia química na década de 1970, e tem doutorado em engenharia química e em ciência política. Em 1987, ele casou-se com uma famosa cantora chinesa, Peng Liyuan, com quem teve dois filhos. O pai de Jinping foi chefe do departamento de propaganda do Partido Comunista, de onde foi expurgado e enviado para campos de trabalho forçado em 1966 – tendo sido reabilitado apenas em 1979.

O primeiro cargo político de Xi foi também em 1979, como secretário pessoal do então ministro da Defesa do país, Geng Biao. Depois disso, Jinping foi galgando novas posições e escalando degraus rumo ao comando do PCCh: foi vice-prefeito da cidade de Xiamen e governador da província de Zhejiang. Em 2007, Xi Jinping foi nomeado secretário do PPCh em Shanghai, e, pouco depois, foi transferido para a capital Pequim onde assumiu um cargo no “Comitê Permanente do Politiburo”, a principal instância decisória do Partido Comunista da China.

Toda a ascensão de Xi Jinping foi possível pela lealdade ao Partido, cujas ordens cumpria para permanecer no poder, e pelo controle que exerceu dos aparatos internos de segurança da instituição. Após ter assumido a presidência, pessoas ligadas aos rivais diretos de Jinping foram presas, investigadas e acusadas de corrupção. Cargos importantes na China são exercidos não apenas por pessoas de confiança do líder, é mais do que isso: são pessoas que estudaram ou já trabalharam com Jinping, e com quem o todo-poderoso possui um relacionamento próximo e pessoal.

Sob sua constante vigilância, a China aprimorou suas tecnologias, desenvolveu-se militarmente, apertou ainda mais o controle da imprensa e impôs uma política externa muitas vezes agressiva. Não à toa, há guerra comercial com os Estados Unidos – que tem sido vista como uma Segunda Guerra Fria; e o apoio velado à Rússia de Putin na guerra contra a Ucrânia. Cada vez mais, Jinping concentra poderes ao colocar de lado o modelo de liderança coletiva que até sua ascensão era a regra na China.

Suas ideias, intituladas “Pensamento de Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas numa nova era”, foram incorporadas à constituição – uma honraria só dada a Mao Tsé-tung até então, e são ensinadas em escolas e universidades. Em seu discurso recente, Jinping pregou o controle sobre Taiwan, o que é preocupante, assim como a contínua luta contra a covid-19, cujos lockdowns severos afetaram fortemente a economia global nos últimos meses. Pela frente, há pelo menos mais 5 anos de Jinping, e tanto ele quanto a China parecem estar com o apetite aberto para cada vez mais poder.

*João Alfredo Lopes Nyegray, doutor e mestre em internacionalização e estratégia, especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais, é coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo. Instagram @janyegray

A magia do circo leva “Um Espetáculo de Verão” para as areias da Praia Brava de Caiobá

“Um Espetáculo de Verão” vai movimentar as areias da Praia Brava de Caiobá, no litoral paranaense, de 11 de janeiro a 12 de fevereiro. A Arena Mundo RIC, assinada pelo maior grupo de comunicação multimídia do Paraná, vai receber os veranistas com 300 horas de atividades inspiradas na magia do circo. Serão 33 dias de muita animação, com ações de lazer e descanso oferecidas em uma megaestrutura de 3 mil metros quadrados. O projeto foi apresentado ao mercado nesta segunda, dia 7, durante uma sessão especial do Mirage Circus, que está em temporada no Expotrade Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A grande novidade desta 14ª edição da Arena Mundo RIC vem com o tema escolhido para agitar o próximo verão. O espaço será todo decorado com inspiração no colorido do circo e várias atrações circenses estarão à disposição das famílias, com atividades para todas as faixas de idade. Entre elas, destacam-se números especiais de artistas de circo, como shows de trapézio voador e globo da morte. O alto astral também estará garantido com muita música de bandas locais e shows de stand up comedy.

A Arena Mundo RIC vai funcionar de terça a quinta, das 9h às 19h, e de quinta a domingo, das 9h às 20h, com entrada gratuita. Com o alargamento da faixa de areia da Praia Brava, a Arena Mundo Ric 2023 terá mais espaço e será a maior já produzida pelo Grupo Ric. A estrutura terá chuveiros com água doce, guarda-sóis, quadras de vôlei, futebol e beach tennis, além de um palco principal e espaços instagramáveis para fotos incríveis.

Oportunidade para o mercado

Marcelo Requena, Laila Sol e Marcus Yabe apresentam o projeto Arena Mundo RIC 2023 no picadeiro do Mirage Circus

No verão de 2022, a Arena Mundo RIC atendeu milhares de pessoas, vindas de todas as regiões do Paraná. “A grande adesão do público e a grandiosidade do projeto são oportunidades importantes para as empresas que querem dar visibilidade às suas marcas e garantir engajamento”, diz Marcelo Requena, diretor corporativo de Mercado e Soluções Integradas do Grupo Ric. 

Durante o evento no Mirage Circus, a head de growth marketing do Grupo Ric, Laila Sol, apresentou às empresas e agências de publicidade do mercado local todos os detalhes do projeto, incluindo informações sobre as cotas de Naming Rights, Apresenta e Patrocínio, que oferecem planos de divulgação 360° e ativação multimídia, em todos os veículos de comunicação do grupo. “Estamos sempre com o projeto aberto para novidades e podemos incluir ações customizadas de ativação de marca. Vamos criar juntos”, disse Laila.

Os planos de divulgação 360° contemplam entregas de mídia em todos os veículos do Grupo Ric: RICtv, portal RIC Mais, rádios Jovem Pan, Jovem Pan News e Folha FM, além das redes sociais. Apenas a RICtv Curitiba tem um alcance de público de quase 2 milhões de pessoas.

“Este ano nossa Arena vai ser diferente, ainda maior e mais especial! Teremos uma grande festa na frente do Sesc Caiobá, inspirada na alegria do circo, com picadeiro, trampolim, muita brincadeira e serviços para toda a família”, convida Marcus Yabe, diretor corporativo de Produto, Convergência e Conteúdo.

Laila Sol e Marcus Yabe falam sobre as atrações que a Arena Mundo RIC vai oferecer para o público e as oportunidades para anunciantes

Sobre o Grupo Ric 

Fundado na década de 1980 por Mário Petrelli e o filho Leonardo Petrelli, o Grupo Ric é um dos maiores grupos de comunicação do Paraná e o único a atuar com produtos multiplataforma que alcançam audiências complementares. Desde o perfil de público mais simples ao mais exigente, crítico e de maior poder aquisitivo, todos os paranaenses podem ser impactados por um de seus produtos de comunicação. Os canais de distribuição do Grupo são formados por quatro emissoras de TV afiliadas à Record TV – RICtv Curitiba, RICtv Maringá, RICtv Londrina e RICtv Oeste, cobrindo 99% do território paranaense – as rádios Jovem Pan FM Curitiba, Jovem Pan FM Ponta Grossa e Jovem Pan FM Cascavel, as rádios Jovem Pan News Curitiba, Londrina e Maringá, a Folha FM Londrina, o portal RIC Mais e a plataforma de estilo de vida TOPVIEW. Além disso, o Grupo Ric presta serviços de produção audiovisual e marketing de relacionamento para o mercado por meio de suas unidades de negócios: RIC Podcast, RIC Lab, RIC Rural Hub, RIC Play e a plataforma de influenciadores SPARK. A Quintal Ventures responde pelo investimento em startups inovadoras e o braço social é atendido pelo Instituto RIC.

Cuidado: crimes on-line têm consequências reais

0

Calúnia, difamação, injúria, denunciação caluniosa e racismo são crimes e precisam ser denunciados e combatidos

O acesso à internet abriu um mundo de oportunidades para a comunicação. Da mesma forma que todo cidadão tem direito à liberdade de expressão, todos também têm responsabilidade pelo que é dito. Nos últimos tempos, discursos de ódio e preconceito, como xenofobia, homofobia e racismo, têm sido cada vez mais comuns no ambiente on-line. “A liberdade de expressão, como qualquer forma de liberdade, possui limites. Todos(as) temos o direito de ir e vir, mas isso não nos dá permissão de entrar na casa de alguém sem autorização, pois a violação de domicílio é crime”, afirma Ledo Paulo Guimarães Santos, advogado criminalista, doutor em Direito Criminal e professor de Direito Penal da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo (PR)

Com a liberdade de expressão também é assim. “Posso manifestar minha opinião, mas não posso usar dessa liberdade para ofender a honra de alguém ou propagar discurso de ódio, por exemplo.” Ou seja, de acordo com Guimarães, a liberdade de expressão em si jamais será considerada um crime; a transgressão é o abuso desse direito. “Quando se ofende a honra de alguém, quando se atenta contra o processo eleitoral ou contra a administração da Justiça, há algumas condutas que podem configurar crime”, alerta. “Além disso, também pode haver responsabilização pelos danos causados na esfera cível”, considera.

Os crimes mais comuns cometidos pelas redes sociais são:

  • Injúria (art. 140 do Código Penal) – normalmente se expressa por xingamentos e ofensas diretas em relação a uma pessoa. Pode-se aplicar uma pena de detenção de 1 a 6 meses ou multa.
  • Difamação  (art. 139 do Código Penal) – ocorre quando a ofensa for um fato lesivo à reputação de uma pessoa ou marca, como muitas vezes é o caso de uma fofoca. A pena pode ir de 3 meses a 1 ano de detenção e multa.
  • Calúnia (art.138 do Código Penal) – acusar falsamente de um crime pode levar a uma pena de 6 meses a 2 anos de detenção e multa. Se essa falsa acusação se transformar em inquérito ou processo contra a vítima, pode ocorrer o crime de denunciação caluniosa (art. 339 do Código Penal – pena de reclusão de 2 a 8 anos e multa).
  • Injúria preconceituosa (art. 138, § 3º, do Código Penal) – se a injúria tiver elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou com deficiência, configura um crime ainda mais grave, com  pena de reclusão de 1 a 3 anos e multa. 
  • Racismo (art. 20 da Lei 7.716/1989) – “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” é crime que pode levar à reclusão de 1 a 3 anos e multa.

Várias dessas condutas são comuns nas redes sociais, e isso pode modificar bastante as penas. “Por exemplo, os crimes contra a honra do Código Penal podem ter a pena triplicada se cometidos ou divulgados pelas redes sociais (art. 141, § 2º, do Código Penal). Nos demais casos, também se aplica uma pena maior se o crime for cometido pelas redes sociais”, explica Santos. A inclusão no Código Penal aconteceu em dezembro de 2019.

Legislação eleitoral

Segundo o professor, a legislação eleitoral também prevê os mesmos crimes, exceto a injúria preconceituosa, se essas ofensas ocorrerem em propaganda eleitoral ou com essa finalidade. “A legislação eleitoral também criminaliza as condutas de ‘divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado’, segundo o artigo 323 do Código Eleitoral – podendo se aplicar uma pena de detenção de 2 meses a 1 ano ou multa”, explica. “Essas mesmas penas cabem também para quem ‘produz, oferece ou vende vídeo com conteúdo inverídico acerca de partidos ou candidatos’”.

As ofensas contra a honra são mais comuns do que se imagina

Basta uma rápida olhada nas redes sociais para ver o quanto as ofensas contra a honra são comuns. Isso pode ter repercussão tanto como um processo criminal ou cível. “Independentemente do desfecho do processo, isso representa um dissabor, e muitas vezes algum prejuízo financeiro. Além disso, não se pode ignorar o quanto certas manifestações causam mal para a sociedade como um todo, e principalmente ao alvo das ofensas”, afirma o professor.  “Veja-se o quanto se vê e viu de ofensas a nordestinos quando a votação diverge do Sul e Sudeste. Aconteceu nessas eleições, aconteceu nas eleições passadas. Ocorreram várias ofensas que caracterizam xenofobia e até crime de racismo, como alguns fizeram ao sugerir não empregar pessoas nordestinas. Além de ser contra a lei, é um absurdo dizer algo assim”, lamenta Santos.

Mas considerando a proporção em que esses crimes acontecem, infelizmente essas condutas normalmente ficam impunes, afirma o professor. “Não temos uma estimativa segura de quantos crimes ocorrem e qual percentual acaba sendo punido. Quando há repercussão, por exemplo, o Poder Judiciário eventualmente tende a ser mais repressivo. Porém, uma coisa se tornou mais fácil: provar a ofensa ou o abuso de liberdade de expressão. Como muitas dessas condutas ocorrem em redes sociais ou por aplicativos de mensagens, elas acabam ficando registradas”, argumenta. “Com a prova da ofensa ou do abuso na liberdade de expressão, a acusação se torna potencialmente mais eficaz. Só é importante ressaltar que nem sempre basta fazer um Boletim de Ocorrência. Nos crimes contra a honra do Código Penal, por exemplo, ao menos em regra, a vítima precisa de um(a) advogado(a) para levar o processo adiante”, avalia.

Cuidado com grupos de WhatsApp

O advogado alerta sobre o uso do WhatsApp. “Se você faz parte de um grupo de WhatsApp em que acontece algum dos crimes acima, que induza ou incite racismo, por exemplo, mesmo que não concorde ou não tenha se manifestado, você pode ser processado. A rigor, uma pessoa só pode responder pelas suas condutas, mas poderá ter muitos incômodos para juntar provas, contratar advogado(a) de defesa, comparecer em audiências, até tudo ser esclarecido.”

Em casos de ofensa, a quem recorrer

A primeira providência é reunir provas, como testemunhas. Se o fato ocorrer em rede social ou em aplicativo de mensagem, salvar a imagem (fazer um “print”) ou imprimir pode ser suficiente, mas há casos em que o autor do fato pode apagar a postagem ou mensagem. “Nestas situações, uma alternativa pode ser fazer uma ata notarial em cartórios extrajudiciais. Esse documento é público e comprova que determinado texto, imagem, áudio ou vídeo constava em determinado lugar na data documentada”, explica. Mas a quem recorrer, depende de cada caso. “Se for uma ofensa em geral, o ideal é procurar um(a) advogado(a). Mas em alguns crimes, como injúria preconceituosa e racismo, a ação penal é proposta pelo Ministério Público. Nestes casos, o Boletim de Ocorrência numa Delegacia de Polícia já dá início a esse processo”, explica.

É importante notar que, na injúria preconceituosa, a vítima precisa fazer uma representação no prazo de seis meses contados da data da ofensa. “Isso equivale a uma autorização para que o processo criminal seja levado adiante”, informa. Embora ainda não haja uma maneira totalmente segura e eficaz para se auto prevenir de ataques nas redes sociais, em geral, elas possuem ferramentas que restringem comentários ou compartilhamento. Mas isso não impede que pessoas dentro da rede de contatos possam praticar algum ilícito. “Quando há insistência na conduta, tomar providências judiciais pode eventualmente inibir a ação. Em alguns casos, notificar o autor do fato, por meio de advogado(a), pode servir como freio”, completa o professor.