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Escolas também precisam se responsabilizar por cyberbullying, diz especialista

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Na Bett Brasil 2022, consultor jurídico afirma que instituições não podem se omitir ao tomar conhecimento de episódios ocorridos entre estudantes

A escola pode ser um ambiente assustador para uma criança que entra nela pela primeira vez. Muitas pessoas desconhecidas, espaços que transitam entre o convidativo e o diferente, novas experiências que se acumulam dia após dia, longe dos pais e familiares mais próximos. Ao longo dos anos escolares, uma criança se depara muitas vezes com essas mesmas inseguranças. E é por isso que o bullying e o cyberbullying são tão devastadores: eles entram em um cenário que já é, muitas vezes, desconfortável. As implicações jurídicas desses problemas se estendem para lá da sala de aula e podem ter consequências tanto para os estudantes quanto para seus responsáveis.

O assessor jurídico para as escolas do Sistema Positivo de Ensino, Luis Cesar Esmanhoto, explica que a arena virtual ampliou o problema. “Atualmente, as redes sociais e outras ferramentas da internet podem dar a sensação de anonimato. Por isso, as pessoas se sentem à vontade para cometer bullying usando esses espaços. Mas isso não é verdade, há legislação para punir essas atitudes.” Para ele, também é importante que as escolas entendam que também têm, sim, responsabilidade quando um episódio de bullying acontece, ainda que seja em um ambiente virtual.

De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Ipsos, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de países com maior número de casos de cyberbullying contra crianças e adolescentes. Caracterizado por agressões repetitivas na internet, o problema pode causar traumas e outros prejuízos emocionais às vítimas. Por isso, a depender do nível das agressões e da gravidade de suas consequências, o agressor pode ser responsabilizado civil ou criminalmente.

E as vítimas não são apenas estudantes. Muitos professores também têm sido alvo de agressões tanto no ambiente escolar quanto na internet. São muitos os casos de cyberbullying que utilizam, inclusive, montagens com o rosto de professores em situações vexatórias.

Família e escola são responsáveis

Esmanhoto destaca que, quando a escola toma conhecimento de um episódio de bullying ou cyberbullying, ela não pode se omitir. “Não cabe às escolas controlar as redes, é claro. Mas faz parte do processo educacional e da obrigação da escola ter atitudes preventivas, mostrando às crianças o quanto isso faz mal a quem é vítima. E, quando a escola recebe uma reclamação ou denúncia, ela precisa intervir junto às famílias e, dependendo da gravidade, até mesmo levar ao conhecimento das autoridades públicas.”

Segundo o especialista, os pais ou responsáveis pela criança que pratica o bullying ou o cyberbullying podem, sim, ter que responder no âmbito civil pelas atitudes dos filhos menores de idade. “A família precisa reconhecer que a atitude está errada e assumir a responsabilidade. No caso da responsabilização civil, a lei entende que não se pode cobrar indenização por exemplo, dos menores, então quem recebe essa cobrança são os pais”, detalha. Quando a responsabilização é criminal, no entanto, quem responde pelos possíveis atos infracionais é a própria criança, de acordo com as regras estabelecidas por lei.

O bullying e o cyberbullying foram tema de um painel conduzido por Esmanhoto no estande do Sistema Positivo de Ensino durante a Bett Brasil 2022. O especialista também dá mais informações sobre o assunto no episódio #3 da primeira temporada do Mar Laranja, podcast do Sistema Positivo de Ensino. Ouça em https://open.spotify.com/show/4Qw5JcKLMufjiVWvdIi8WY?si=c1020e56d6384fec

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Sobre o Sistema Positivo de Ensino 

É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.

Indústria de alimentos debate alimentação saudável sem esforço e de maneira espontânea, natural e saborosa

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Campanha “Aja Naturalmente” propõe quebrar paradigmas sobre alimentação saudável de forma bem-humorada e eloquente, resgatando naturalidade e o gosto de viver bem

Jasmine Alimentos, empresa referência no segmento de alimentação saudável no mercado brasileiro, lança nova campanha de comunicação que promove a reflexão sobre o “comer bem” e a verdadeira alimentação saudável, aproximando a marca dos consumidores por meio do jovial e divertido conceito “Aja Naturalmente” – como um convite para as pessoas provarem e incorporarem novos hábitos de um jeito saboroso, leve e natural. O mote da campanha foi uma inspiração resgatada de memes on-line para reforçar que adotar uma alimentação saudável e equilibrada não é difícil e pode ser descomplicado e saboroso. 

A empresa endereça três estigmas que se transformam em barreiras para uma alimentação saudável: “ser saudável requer uma mudança radical”; “comer saudável dá trabalho e não é prático”; e, ainda, que “comida saudável não tem sabor”. Ao listar esses três conflitos, a Jasmine se propõe a ser a facilitadora para quem gosta de viver bem, oferecendo soluções práticas para o dia a dia, por meio de produtos verdadeiramente saudáveis e saborosos para diferentes estilos e fases da vida.

A campanha será veiculada nacionalmente e conta com filmes exibidos no YouTube, iniciativas out of home, ativações nos pontos de vendas e parcerias com influenciadores digitais. A criação e a estratégia de comunicação foram desenvolvidas pela agência de publicidade e propaganda 11:11 The Challenger Company. 

“Estamos confiantes com o tom da nova campanha “Aja Naturalmente” que traduz o nosso propósito: motivar as pessoas a agir e viver naturalmente. Isto representa o que sempre fomos: uma empresa que está ao lado das pessoas que querem ou precisam ter um estilo de vida mais saudável. Queremos conversar com públicos diversos, de forma a quebrar paradigmas referentes ao “comer bem”, mostrando que Jasmine é uma marca parceira que proporciona uma alimentação prática, saudável e prazerosa, oferecendo diversas opções e um portfólio completo de produtos”, finaliza a diretora de marketing, Thelma Bayoud. 

Aja naturalmente e alimente-se descomplicadamente

Nos últimos 30 anos, a Jasmine Alimentos tornou-se referência no segmento da alimentação saudável no mercado brasileiro, produzindo alimentos integrais, orgânicos, sem glúten e zero açúcar centrados nas necessidades e desejos das pessoas. A história da empresa está intrinsecamente relacionada com o claro propósito de estar presente no cotidiano das pessoas, promovendo uma vida equilibrada e conectada consigo mesmo, com mais harmonia e bem-estar. “A Jasmine é um caminho para as pessoas atingirem seus objetivos. Oferecemos soluções práticas, saudáveis e verdadeiras para o dia a dia das pessoas e queremos, sobretudo, atender os diferentes estilos de vida”, explica a coordenadora de comunicação, Sara Toller. 

Como a “comida de verdade” é a maior aliada e fonte de saúde, a nutricionista e consultora da Jasmine, Adriana Zanardo, preparou dez dicas práticas e rápidas para manter uma alimentação saudável. 

1) Beba água, pelo menos dois litros diariamente. 

2) Evite o consumo de carne vermelha em grande quantidade, pois é um alimento de difícil digestão. 

3) Prefira proteína animal magra, como peixe, frango e ovos. 

4) Aumente o consumo de verduras, legumes e frutas, principalmente as vermelhas. 

5) Alimente-se com cereais integrais e leguminosas (como aveia, linhaça), pois as fibras têm papel essencial no funcionamento do intestino. 

6) Evite açúcar em excesso, principalmente as opções refinadas. 

7) Reduza o consumo de frituras, dando preferência a preparos crus, assados, cozidos ou grelhados. 

8) Substitua o sal por temperos naturais como alho, cebola, cúrcuma, coentro, manjericão, entre outros.

9) Coma devagar e mastigue bem os alimentos.  

10) Faça uso de probióticos, as conhecidas bactérias do bem, que reequilibram a flora intestinal.

Sobre a Jasmine Alimentos

A Jasmine Alimentos é uma empresa referência em alimentação saudável. Com produtos categorizados em orgânicos, zero açúcar, integrais e sem glúten, a marca visa atingir o público que busca alimentos verdadeiramente saudáveis, práticos e saborosos. A operação da Jasmine começou de forma artesanal há 30 anos, no Paraná. A Jasmine está consolidada em todo Brasil e ampliando sua atuação para a América Latina. Desde 2014, a marca pertence ao grupo francês Nutrition et Santé, detentor de outras marcas líderes no segmento saudável na Europa. Mais informações: www.jasminealimentos.com.   

4 startups que levam tecnologia para mercado de caminhões

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Rodada de investimentos de startups vem para aproveitar ano favorável para setor de caminhões, que espera aumento de 9,7% em licenciamentos

Das estradas para a tela dos computadores e celulares, o mercado de caminhões vem se tornando um terreno fértil para a tecnologia. Com soluções que vão de marketing digital aos bancos inteiramente mobile, startups brasileiras começam a desenvolver ferramentas especificamente pensadas para o setor de cargas.

Em termos econômicos, a expectativa para 2022 é positiva. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o número de licenciamentos desse tipo de veículo no Brasil deve subir 9,7% em 2022. Apenas em março, a produção desse tipo de veículo teve alta de 42,9%, na comparação com o mês de janeiro, como aponta levantamento da Anfavea. Ao longo do ano passado, as vendas de caminhões novos já foram destaque no setor automotivo. Segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos (Fenabrave) o salto foi de 42,8%, com 127,3 mil unidades vendidas. 

De olho nessa fatia de mercado, quatro startups brasileiras buscam aplicar recursos de tecnologia para melhorar o processo de compra e venda de caminhões, a organização das empresas de logística e até a vida financeira dos caminhoneiros. Na lista estão DealerSites, CargOn, eProfessionalTI e Target Bank.

DealerSites

Tendência definitiva para as concessionárias, as estratégias de marketing digital, com aplicação de tecnologia de ponta e foco na experiência do consumidor final são a especialidade da DealerSites. A startup paranaense atua na digitalização do mercado automotivo, com plataformas digitais voltadas à performance de vendas e a análises de dados.

Criada em 2015, a DealerSites cresceu 93% durante a pandemia e prevê um novo recorde para 2022, com crescimento de 133% até dezembro. Uma das estratégias para alcançar esse resultado é a expansão das operações para o setor de caminhões. A primeira parceria da nova empreitada é com o Grupo Suécia, concessionária de caminhões e ônibus da Volvo.

Os planos são arrojados, mas vêm na esteira de uma sequência de bons resultados da startup. Somente em 2021, foram mais de 2,4 milhões de oportunidades geradas para as concessionárias parceiras. Isso representa um movimento inverso de demanda, uma vez que, nos meios  digitais, o cliente final é quem encontra as concessionárias. “É uma mudança na cultura de um mercado bastante conservador, mas que encontrou formas de reinventar os negócios utilizando a tecnologia”, explica o head comercial da DealerSites, Marcos Pavesi.

CargOn

Com um olhar na tecnologia e outro no gerenciamento de cargas, a CargOn oferece soluções digitais que aprimoram os processos entre as transportadoras, os embarcadores e a indústria. A partir da utilização de inteligência artificial para monitoramento da carga, identificação e verificação de motoristas, a companhia consegue assegurar o transporte terrestre seguro e reduzir a possibilidade de acidentes e roubos.

Em 2022, a CargOn, que tem apenas dois anos, tem a expectativa de crescer 550% e ultrapassar a casa dos R$ 40 milhões de faturamento. “Estamos nos preparando para receber uma nova rodada de aporte, desta vez uma série A, que vai permitir expandir as soluções da plataforma e aumentar a equipe, principalmente das áreas de desenvolvimento e operações”, afirma o CEO da CargOn, Denny Mews.

eProfessionalTI

Atuando no desenvolvimento de sistemas ligados à logística de comércio exterior, a eProfessionalTI busca trazer novidades para beneficiar toda a cadeia de transporte de cargas internacionais. A startup é focada em softwares para gestão de processos, atendendo todas as necessidades sistêmicas desse segmento.

A inovação oferecida pela empresa, que foi fundada em 2003, tem como diferencial a grande capacidade de adaptação aos processos e projetos de cada cliente, atendendo as necessidades dos terminais portuários, depósitos de contêineres e recintos alfandegados. “Os sistemas da empresa contam com uma imensa gama de customizações que visam atender aos importadores e exportadores, automatizando os processos, entregando serviços de mais qualidade e reduzindo custos”, salienta o diretor de desenvolvimento de projetos da eProfessionalTI, Luiz Carlos dos Santos.

Target Bank

Primeiro banco digital específico para caminhoneiros, capaz de interligar todos os estabelecimentos envolvidos no ecossistema logístico, o Target Bank, quer ser a única companhia a integrar soluções financeiras importantes para o setor com ferramentas de gestão.

fintech já conta com cem mil clientes ativos em seus sistemas e pretende dobrar esse número até o final do ano, fechando 2022 com R$ 4 bilhões em movimentações financeiras. Para isso, a empresa vem adicionando diversos serviços à sua plataforma. Um deles é a Carteira de Seguros – em parceria com a Tibi Seguros, mas também há opções de investimento com assessoria especializada – em parceria com a Órama Investimentos -, rendimento automático em conta pelo CDI e empréstimo pessoal e consignado para empregados de transportadoras, entre outros.

“Das empresas contratantes de frete, passando pelos motoristas de caminhão, até os postos de combustível e lojas de conveniência nas estradas, oferecemos soluções para que esses personagens possam operar com mais agilidade, eficiência e com fluxo de caixa”, afirma William Rego, CEO e um dos fundadores da Target Bank.

Sobre a DealerSites

A DealerSites é uma startup paranaense que atua na digitalização do mercado automotivo. Criada em 2015, a startup tem mais de 700 clientes em todo o país. O foco da empresa é atuar na experiência do consumidor, investindo em estratégias de marketing digital para gerar maior conversão para as concessionárias. Para isso, desenvolve plataformas digitais 100% voltadas ao setor automotivo, à performance de vendas e a análises e integração de dados, além de realizar  um trabalho de SEO para manter os clientes bem ranqueados nos mecanismos de busca e oferecer indicadores de marketing digital – como métricas de analytics – que ajudam nas estratégias e tomadas de decisões.

O indulto presidencial e a crise política

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Francis Ricken*

A polêmica dos últimos dias foi a “graça” concedida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB/RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal por crimes contra as instituições democráticas. O deputado recebeu a pena de oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por ter agido de maneira reiterada contra as instituições e, por diversas vezes, contra a integridade física dos ministros do STF. Sem dúvida, a conduta do parlamentar coloca em xeque não só a democracia como também autoridades de suma importância para nossa República. A condenação foi tida como emblemática pelo conteúdo e aplicação de pena, que causavam a impressão de ser um exemplo para todos aqueles que atentam contra as instituições.

Daniel Silveira foi condenado também a perda do mandato como deputado federal, ao pagamento de multas e, por consequência, inelegibilidade pelo prazo de oito anos, não podendo concorrer às eleições de 2022. Entretanto, a concessão do indulto pelo presidente, conforme previsto na Constituição Federal no artigo 84, XII, colocou a aplicação de pena de restrição de liberdade em xeque, causando a impressão de impunidade para um parlamentar que utilizou o mandato para abusar do direito de liberdade de expressão e trabalhar contra o Estado democrático de direito. A decisão do presidente não pode ser considerada inconstitucional até que o STF debata o tema, afinal, está amparada de legalidade, mas coloca uma grande dúvida à autoridade do tribunal e mostra que Jair Bolsonaro não medirá esforços para demonstrar todo seu autoritarismo enquanto estiver no cargo de presidente.

O que mais chama atenção é que o presidente lança mão de um ataque ao Poder Judiciário de forma gratuita para defender um parlamentar novato e de atuação pífia, sem se importar com os possíveis efeitos do seu ato, com a justificativa de que sua decisão busca defender as liberdades de expressão e política. Bolsonaro considera que a liberdade de expressão é absoluta e que não existem limites para seu exercício. Isso já ficou claro durante toda sua história no Congresso Nacional. Entretanto, a visão do presidente é absolutamente equivocada, e pode ser facilmente contestada com uma simples leitura da Constituição ou uma consulta da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. A liberdade de expressão, as liberdades políticas e a imunidade parlamentar não podem ser utilizadas como pretexto para o cometimento de crimes e situações de abusividade. O presidente tem uma visão deturpada do tema, coloca seus correligionários em erro, criando uma crise política jamais observada desde a redemocratização.

Além disso, Bolsonaro faz uso de instituto do indulto presidencial de forma inédita para apenas um condenado e de maneira imediata à decisão do Supremo Tribunal Federal, com objetivo de afrontar a autoridade da corte constitucional, e dando a impressão de que foi provocado a se portar dessa forma. O presidente tem agido de forma insistente, afrontando as instituições, a Constituição Federal e o Estado democrático de direito, isso diante de uma eleição extremamente complicada e disputada, por isso, não se assuste se um possível segundo mandato vier recheado de crises políticas e atos autoritários por parte de Bolsonaro. Estamos caminhando a passos largos para considerar que o improvável é uma possibilidade cada vez mais real.

*Francis Ricken é advogado, mestre em Ciência Política e professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo (UP).

Construtora abre vagas de estágio para Londrina

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As inscrições para o programa #ConstruindoTalentos, do Grupo A.Yoshii, estão abertas até o dia 25 de maio

O #Construindo Talentos, programa de estágio do Grupo A.Yoshii, está com inscrições abertas para os universitários que queiram fazer parte de uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil. 

Ao todo, são 20 vagas para atuação nas construtoras A.Yoshii e Yticon, nas áreas de Finanças, Recursos Humanos, Marketing, Comercial e Engenharia Civil. Os interessados podem se inscrever até o dia 25 de maio e os selecionados passarão por um processo seletivo com etapas de entrevistas e testes a partir do dia 26 de maio. A divulgação dos resultados e o início do programa será em julho. 

O programa #Construindo Talentos foi lançado em 2021 e apresenta diferenciais como Job Rotation, no qual os estagiários poderão conhecer e aprender os subsistemas da área de ingresso, ampliando a visão de negócio e experiência profissional, e a Trilha de Conhecimento, que promove experiências complementares para o processo de aprendizado e desenvolvimento de competências. 

“No programa de estágio, os participantes irão acelerar o desenvolvimento profissional em um ambiente saudável, ampliar a visão de negócio e a rede de contatos, além de terem a oportunidade de fazer carreira dentro do Grupo”, comenta a psicóloga do Grupo A.Yoshii, Thayse Schery.

Ana Paula Cavalaria participou do programa Construindo Talentos e, hoje, é assistente de RH. “O estágio foi edificante. Estou há dez meses no Grupo A.Yoshii e tive a oportunidade de conhecer várias áreas e aprender com excelentes profissionais através do Job Rotation. Desenvolvi plenamente minhas capacidades profissionais e como pessoa, além de colocar em prática o que aprendi na graduação. Me apaixonei ainda mais pela área que escolhi seguir e tive a honra de ser efetivada”, diz. 

Os benefícios do programa incluem bolsa estágio, assistência médica e odontológica, vale transporte, seguro de vida, café da tarde, fruit day, parcerias com universidades e estabelecimentos, férias remuneradas, refeitório e academia no local de trabalho.   

O gerente de Recursos Humanos, Vitor Shiroma, começou na A.Yoshii como estagiário, há dez anos. “Tive oportunidades de aprendizado nos subsistemas da área de recursos humanos, além de ter recebido o desafio de vivenciar o dia a dia das obras corporativas. Essas experiências impulsionaram meu desenvolvimento profissional e pessoal”, afirma. 

O Grupo A.Yoshii, referência em construção civil no Brasil há mais de 50 anos, acaba de ser premiado com a segunda colocação na categoria Saúde e Segurança no Trabalho de Empresas de Grande Porte, no Prêmio Sesi de Melhores Práticas em Segurança, Saúde e Bem-estar, realizado em parceria com a consultoria Great Place to Work (GPTW). 

Pré-requisitos

Para se candidatar, os interessados devem ter formação prevista entre junho de 2023 e junho de 2024, e disponibilidade para estagiar em Londrina, de 4 a 6 horas por dia. Não é necessário ter experiência profissional. Para mais informações, acesse talentos.ayoshii.com.br/

Grupo A.Yoshii

Fundado em 1965, o Grupo A.Yoshii já construiu mais de 2 milhões de m² do Sul ao Nordeste do Brasil, entre obras industriais, edifícios corporativos e residenciais, escolas, universidades, teatros e centros esportivos. É composto pela A.Yoshii Engenharia, com sólida atuação em construções de edifícios residenciais e comerciais de alto padrão em Londrina, Maringá, Curitiba e Campinas; pela Yticon Construção e Incorporação, que realiza empreendimentos econômicos, localizados em regiões de potencial valorização em municípios do Paraná e interior de São Paulo; pelo Instituto A.Yoshii, voltado para a inserção social e a democratização cultural; e atua em Obras Corporativas, atendendo a grandes corporações em suas plantas industriais, nos mais variados segmentos da economia, como papel e celulose, alimentício, químico, agronegócio, energia, assim como usinas sucroalcooleiras, centros logísticos, plantas automobilísticas, entre outros. Mais informações: www.ayoshii.com.br.

Responsabilidade socioambiental da indústria de papel e celulose: o papel de hoje é ser sustentável

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Encabeçando o segundo lugar em produtividade e primeiro lugar em exportação de celulose no mundo, Brasil possui 82% de árvores plantadas oriundas de reflorestamento comercial

Os números impressionam e revelam soberana atuação no segmento de papel e celulose: 21 milhões de toneladas fabricadas por ano e 15 milhões de toneladas exportadas. O levantamento, feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), International Energy Agency (IEA), em contribuição com a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), indica que o Brasil desponta como referência mundial em técnicas de manejo florestal, investimentos em pesquisa e desenvolvimento em inovações tecnológicas e práticas sustentáveis. Atualmente, o Brasil possui mais de 9 milhões de hectares de árvores plantadas. Destes, 7,4 milhões são oriundos de reflorestamento comercial, o que corresponde a 82% de árvores reflorestadas por meio de plantio de mudas, cultivadas exclusivamente para atender ao plano de manejo sustentável. 

O papel do futuro e o futuro do papel serão cada vez mais sustentáveis. A fibra de celulose, fabricada por meio de florestas certificadas e tecnologias ambientalmente corretas, possui papel fundamental neste futuro. Já é possível vislumbrar uma substituição cada vez mais ampla de materiais provenientes de fontes não renováveis por fibras celulósicas. “As indústrias brasileira e sulamericana apresentam excelente capacidade de adequação às exigências globais de produção sustentável. O processo de fabricação de celulose na América do Sul é reconhecido pelas melhores práticas de manejo florestal do mundo. Produzimos 100% de nossa celulose por meio de florestas sustentáveis e certificadas”, explica o diretor de Celulose e Energia da Valmet América do Sul, Fernando Scucuglia.

Aproveitamento celulósico integral

A celulose é a molécula orgânica mais abundante do planeta e seu potencial vem sendo estudado há anos pela comunidade científica. As indústrias sucroalcooleira, têxtil e papeleira geram quantidade significativa de resíduos orgânicos e inorgânicos e especialistas vêm examinando maneiras para driblar o desperdício desses resíduos para transformá-los em biocombustíveis de segunda geração ou outros produtos de valor, impactando positivamente no meio ambiente. 

“O potencial de geração de produtos em uma fábrica de celulose pode ser muito mais explorado. É importante destacar que, além de celulose, a maioria das fábricas já produzem outro insumo valioso: energia”, explica o diretor. Algumas décadas atrás, uma fábrica de celulose era consumidora de energia. A partir de combustíveis de fontes renováveis provenientes das próprias operações (como o licor negro e a biomassa proveniente de resíduos das operações florestais), e investimentos em tecnologias de alta eficiência energética, o setor passou a ser autossuficiente e foi além: começou a comercializar parte da energia elétrica excedente produzida. O setor de celulose e papel é hoje reconhecido por contribuir com significativo incremento na quantidade de energia renovável na matriz energética brasileira.

Além da celulose e energia, as plantas industriais de celulose produzem outros produtos, tais como: lignina, gás a partir de gaseificação de biomassa, bio-óleo, metanol, ácido sulfúrico e celulose microfibrilada.

Buscando uma linha de produção cada vez mais sustentável, limpa e consciente, o consumo de água para fabricação de celulose, assim como a geração de efluentes, tem diminuído significativamente com o desenvolvimento de equipamentos e processos mais eficientes em termos ambientais. O impacto das emissões gasosas também tem sido reduzido, por meio dos sistemas de abatimento de alta eficiência e aproveitamento destes fluxos para fabricação de outros subprodutos, tais como metanol e ácido sulfúrico.

Despontando como futuras biorrefinarias, as fábricas de celulose poderão processar matérias-primas renováveis e produzir uma gama de produtos de valor agregado para diversos setores. 

Aplicação da celulose além do papel

Dentro do segmento “fibras” há grande potencial de especialização das mesmas como a criação da celulose para produção têxtil, fibras diferenciadas para aplicações especiais (tissue, embalagens, revestimentos), fibras com tonalidades diferentes etc. A confecção de tecidos é a terceira maior indústria manufatureira do mundo e está em rápida ascensão, devido, principalmente, à inserção de novas populações neste mercado consumidor e a “globalização” na forma de se vestir. 

“Somado a isto, há um interesse crescente do consumidor em ter um comportamento socialmente consciente e sustentável. Desta forma, as principais marcas estão se adaptando em consumir outras matérias-primas, entre elas, aquelas à base de celulose e fibras recicladas têm se demonstrado mais promissoras”, complementa Scucuglia. 

Outros materiais como plásticos em geral, fibras de carbono e polímeros, que são amplamente utilizados no dia a dia, já têm sido questionados sobre seu valor em termos de sustentabilidade, e as fibras celulósicas serão uma ótima alternativa de substituição neste futuro, mais próximo do que se imagina.

Prospecções de crescimento sustentável 

A demanda por fibras de celulose foi impulsionada pelos novos hábitos adquiridos durante a pandemia, sobretudo, os relacionados aos cuidados de higiene, compras on-line e serviços de entrega de alimentos. “Podemos afirmar que houve um crescimento meteórico no mercado em termos de vendas de papéis sanitários, também conhecidos por papéis tissue, e de embalagens. Essa forte demanda, associada ao baixo custo de produção que temos hoje em países como Brasil e Chile, principalmente devido à alta eficiência florestal, mantém a América do Sul no foco dos grandes investimentos de fabricação de celulose fibra curta”, comenta Fernando. 

Soma-se à mudança do perfil do consumidor, o fato de os principais produtores de papel e celulose do Hemisfério Sul representarem hoje referências mundiais em termos de manejo florestal, produção sustentável, e condições de solo e clima favoráveis, o que os torna ainda mais atrativos para  mercados e investidores. 

O solo brasileiro é um fator competitivo ímpar: o eucalipto, por exemplo, leva de 5 a 7 anos para ficar pronto para o corte. No Brasil, esse tempo é até três vezes menor que em outros países. “Isso é fundamental, já que as despesas de produção com matéria-prima representam de 60% a 70% dos gastos da indústria”, afirma Scucuglia. Cabe destacar, ainda, que a área de plantio do eucalipto no Brasil não concorre com locais utilizados para a produção de alimentos, problema vivenciado pelos principais concorrentes. “Devido principalmente a estes fatores, o custo da polpa produzida na América do Sul é inferior àquela produzida em outras partes do mundo, como na Europa e nos EUA, então, nossos clientes têm possibilidade de uma maior competitivdade em suas operações”, acrescenta. 

A líder global no fornecimento e desenvolvimento de tecnologias de processo, automação e serviços para o setor está otimista, e estima alta em torno de 20% na capacidade produtiva até 2025. 

Sobre a Valmet

A Valmet é uma desenvolvedora e fornecedora líder global de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia. Com soluções de automação e de controle de fluxo, a Valmet atende uma base ainda mais ampla de indústrias de processo, visando ser campeã global no atendimento dos seus clientes. Com mais de 17 mil profissionais, a Valmet conta com mais de 220 anos de história industrial e tem como missão converter recursos renováveis em resultados sustentáveis. Em 2022, a empresa Neles Corporation foi incorporada pela Valmet. A Valmet América do Sul opera com unidades em Araucária (PR), Sorocaba (SP), Belo Horizonte (MG), Imperatriz (MA) e Concepción, Antofagasta e Santiago, no Chile.. Mais informações: www.valmet.com.br.

Horário escolar não favorece aprendizagem, diz neurocientista

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Acordar muito cedo para ir à escola pode prejudicar rotina de sono e, com isso, tornar aprendizado menos produtivo

Acordar às 6h da manhã, todos os dias, e ter concentração e disposição para aprender é uma tarefa que exige mais que disciplina. É preciso ter tido horas suficientes de sono para que o organismo consiga ser produtivo nas primeiras horas do dia. E isso quem diz é a neurociência, cada vez mais inteirada de como funciona e como aprende o cérebro humano.

Dormir mal é ruim, mas dormir pouco, ainda que esse sono seja de qualidade, não é solução, afirmam especialistas. E isso não vale apenas para aprender melhor no dia seguinte, mas também para consolidar os aprendizados com que se teve contato ao longo do dia anterior. O doutor em neurociência Fernando Louzada explica que “a consolidação da memória depende de boas noites de sono. O cérebro, ao contrário do que se pensava, não desliga quando dormimos, mas permanece ativo. Essa atividade cerebral está a serviço, dentre outras coisas, da consolidação da memória e das nossas experiências”.

Do ponto de vista da pedagogia, a observação empírica confirma o que a ciência hoje começa a provar metodologicamente: crianças que dormem bem aprendem melhor. Para a consultora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Vanessa de Souza Fernandes, esse é um fato com o qual os professores já estão acostumados. “Muitas vezes, crianças que não têm um bom desempenho escolar são justamente aquelas que parecem sonolentas durante boa parte do dia. Isso pode acontecer por uma série de fatores, mas é ponto pacífico que a qualidade do sono influencia diretamente a aprendizagem”, opina. Louzada vai além: observar as horas de vigília, ou seja, quando se está acordado, dá pistas importantes para identificar a qualidade do sono. “Quando a criança está sonolenta ou irritada, esses podem ser sinais de que ela não está dormindo adequadamente.”

Horário escolar pode estar prejudicando aprendizado

Embora o horário de aulas seja o mesmo há décadas, ao menos no Brasil, já não são poucos os especialistas que dizem que ele está prejudicando a qualidade do ensino. De acordo com um levantamento da Academia Americana de Pediatria, cerca de 28% dos estudantes pegam no sono durante as aulas pelo menos uma vez por semana. Além disso, 20% deles também dormem enquanto fazem as tarefas escolares. Para a instituição, as aulas do período matinal deveriam começar pelo menos às 8h20. 

Não há um padrão de sono que deva ser seguido por todas as pessoas, invariavelmente. Isso muda de acordo com a faixa etária e com o ritmo individual. Adultos, por exemplo, precisam em média de oito horas de sono por noite, enquanto adolescentes precisam de cerca de nove horas. Mas isso é uma média. O problema com o horário da escola é que ele é o mesmo para todos, independentemente do ritmo pessoal. “Se o adolescente precisa dormir em média nove horas diárias e a escola o obriga a estar lá às 7h ou 7h30 da manhã, então ele vai acordar às 6h e deveria ir dormir por volta das 21h. Sabemos que isso é impossível. Eu não conheço nenhum adolescente que durma nesse horário”, ressalta Louzada. Ir dormir tão cedo ficou ainda mais difícil depois das telas e redes sociais.

Mas nem tudo está perdido, segundo o especialista. Para melhorar as condições de aprendizagem, mesmo sem poder contar com uma mudança imediata no horário de aulas, algumas medidas podem ser adotadas. A primeira delas é criar um ambiente tranquilo à noite, com pouca iluminação e poucos estímulos, como telas, filmes ou séries. Estabelecer uma rotina também ajuda, principalmente com crianças pequenas. Louzada ainda indica conversar com os estudantes sobre a importância do sono e tentar ajustar os horários de repouso para aqueles em que a criança ou adolescente consegue descansar melhor.

Fernando Louzada participa do episódio 43 do podcast PodAprender, produzido pela Editora Aprende Brasil, cujo tema é “A influência do sono no aprendizado”. Todos os episódios do PodAprender estão disponíveis gratuitamente no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil. 

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Sobre o Aprende Brasil

O Sistema de Ensino Aprende Brasil oferece às redes municipais de Educação uma série de recursos, entre eles: avaliações, sistema de monitoramento, ambiente virtual de aprendizagem, assessoria pedagógica e formação continuada aos professores, além de material didático integrado e diferenciado, que contribuem para potencializar o aprendizado dos alunos da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Saiba mais em http://sistemaaprendebrasil.com.br/.

Paraná ganha primeiro Arranjo de Desenvolvimento da Educação

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Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná unem forças em prol da Educação pública de qualidade

Depois de estudos, análises de mais de oito mil dados e muito diálogo com Dirigentes Municipais de Educação de diferentes regiões do Paraná, a Associação dos Municípios do Litoral do Paraná (Amlipa) foi a escolhida para receber apoio na implantação do primeiro Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) do estado, o ADE Litoral Paranaense. O trabalho de seleção foi conduzido pelo Instituto Positivo (IP), incentivador do modelo de cooperação  intermunicipal em prol da Educação, que passa a conduzir a implantação do projeto em parceria com os representantes da educação dos municípios. O ADE tem como premissa o trabalho em regime de colaboração entre municípios de um território com um mesmo objetivo: criar estratégias que ajudem a melhorar os indicadores da educação básica da região, com foco no trabalho cooperativo, na troca de experiências, no empoderamento dos secretários municipais de educação e em promover visibilidade aos projetos educacionais. 

De acordo com a coordenadora de Implantação de Projetos Sociais do Instituto Positivo, Cristiane da Fonseca, o principal objetivo do movimento é contribuir com a educação pública do Paraná. “Queremos colaborar com um território que  apresente, acima de tudo, disposição em atuar em cooperação e contribuir com o desenvolvimento educacional por meio de diferentes projetos voltados aos principais temas de interesse comum dentro do universo da Educação”, destaca.

O processo de seleção da região de implantação teve início em 2021 e levou quase um ano. “A escolha da região foi totalmente baseada em critérios técnicos, com utilização de dados e indicadores públicos analisados por profissionais das áreas de estatística, sociologia e Educação, garantindo assim total imparcialidade, ausência de conflito de interesses, bem como transparência e ética durante o processo de seleção, o qual será totalmente documentado”, ressalta Cristiane. Por fim, a Amlipa foi a associação escolhida para receber apoio técnico do Instituto Positivo (IP) no desenvolvimento do novo modelo de ADE proposto com um pilar voltado a projetos de melhoria da educação e outro ao fortalecimento dos gestores de programas e projetos educacionais pelo período mínimo de três anos. O IP também prestará apoio aos territórios que não foram selecionados para a implantação do ADE, disponibilizando um diagnóstico e encontros de reflexão e debate coletivo sobre os dados educacionais.

Vale destacar que o ingresso dos municípios é voluntário e a autonomia completamente garantida e registrada em um termo de parceria. As temáticas trabalhadas serão eleitas pelos Dirigentes Municipais de Educação e suas equipes, ou seja, nesse processo, o Instituto Positivo é um mediador de planejamento e investidor social do processo e impulsionador do trabalho colaborativo.

O Instituto Positivo contou com apoio da Associação dos Municípios do Litoral do Paraná (Amlipa), Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e do Consórcio Intermunicipal de Educação e Ensino do Paraná (Ciedepar), para apresentar a proposta de implantação aos Dirigentes Municipais de Educação (DME).

Experiência colaborativa

O Instituto Positivo é dedicado a estudar e a difundir a metodologia dos Arranjos de Desenvolvimento da Educação por meio de palestras, encontros, guias, livros e outros materiais que auxiliam prefeitos e secretários de Educação interessados em adotar a metodologia em seus territórios.

Desde 2015, o IP coopera com a implantação, evolução e o acompanhamento do ADE Granfpolis, em parceria com o território formado por 22 municípios ligados à Associação dos Municípios da Grande Florianópolis . “Agora, a ideia é utilizar toda a experiência coletiva adquirida nesses cinco anos de projeto em Santa Catarina para contribuir com a implantação de um modelo semelhante em um conjunto de municípios paranaenses – que devem trabalhar em cooperação”, conclui Cristiane.

Pedagogos italianos vêm a Curitiba debater a importância
do protagonismo da criança na educação infantil

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Curitiba vai sediar no dia 4 de junho o III Seminário Internacional – Ler o Mundo e a Palavra: contribuições da abordagem Reggio Emilia para pensar a linguagem escrita. O evento, organizado pela Escola Parlenda, reunirá profissionais da educação e pedagogos italianos para refletir sobre a importância do protagonismo das crianças no processo de alfabetização da escrita e de múltiplas linguagens.

A abordagem Reggio Emilia nasceu após o término da Segunda Guerra Mundial e foi guiada pelo pedagogo Loris Malaguzzi, na Itália, disseminando-se pelo mundo. A abordagem defende a criança como um ser pensante, potente, capaz, que atua, é respeitada e exerce seu potencial imaginativo, sendo provocada a descobrir o mundo.

Nesse processo, a escola tem o papel de apoiar cada criança na sua individualidade, propiciando vivências em um contexto educativo que privilegia as relações e o tempo para que cada criança aprenda a partir de seu próprio ritmo.

Nessa perspectiva, a escola é entendida como comunidade de aprendizagem, formada não apenas pelos professores, mas também pelas crianças, seus familiares e a própria cidade.

Processo de alfabetização sem cópias, ditados ou cadernos de caligrafia

Ao contrário da educação tradicional, o processo de alfabetização pela abordagem Reggio Emilia não tem tarefas como copiar letras do quadro ou fazer cadernos de caligrafia. O entendimento é de que a criança está realizando o processo de alfabetização em várias linguagens, como a linguagem do corpo, da gráfica, da escrita, das emoções, sendo que tudo está associado com outros aprendizados. “As crianças vão se deparar com a linguagem escrita em situações reais e que façam sentido para elas, seja na manipulação diária de livros, nas brincadeiras com o alfabeto móvel nas quais elas percebem as letras do próprio nome, nos primeiros contatos com poesia, canto, histórias com rima e até na culinária”, informa a coordenadora pedagógica da Escola Parlenda, Ana Julia Rodrigues.

Formação com pedagogos italianos

O seminário, organizado pela Escola Parlenda, prevê formação com os pedagogos italianos que irão compartilhar relatos e imagens das escolas italianas. Será um momento de troca de experiências sobre o processo de alfabetização, a importância da autonomia da criança, bem como o papel do professor, que é aquele que desafia, pergunta e tem escuta atenta e não mais aquele transmissor e único detentor do conhecimento. “É uma mudança na forma de compreender como acontecem os processos de ensino e aprendizagem e que está em sintonia com as crianças do século 21”, aponta a coordenadora da Escola Parlenda, Ana Paula Pamplona.

O evento vai trazer nomes de referência da pedagogia Reggio Emilia, como os pedagogos italianos Andrea Pagano e Roberta Prandi. Andrea Pagano é formado em Pedagogia pela Universidade de Modena e Reggio Emilia e é responsável pelo desenvolvimento das competências dos professores e da pesquisa em educação infantil em projetos internacionais.

Já Roberta Prandi é formada em Pedagogia pela Universidade de Parma e Consultora Sistêmica Relacional e trabalhou como professora nas escolas e creches públicas de Reggio Emilia por 20 anos. Atua com a formação de professores e é responsável pela elaboração de percursos formativos para docentes de escolas municipais, federais e privadas.

Além das palestras, os participantes também vão visitar os espaços e contextos investigativos da Escola Parlenda, onde vão se deparar com a proposta pedagógica, bem como uma programação cultural. “A escola é lugar das relações e o seminário também tem esse propósito de aproximar e fazer conexões entre pessoas que acreditam na educação centrada na criança”, conclui a diretora da Escola Parlenda.

SERVIÇO
III Seminário Internacional Ler o Mundo e a Palavra – contribuições da abordagem Reggio Emilia para pensar a linguagem escrita
LOCAL: Escola Parlenda (Rua João Batista Dallarmi, 817)
HORÁRIO: 8h às 14h
VALOR: R$ 180,00
Evento com certificado de participação
INSCRIÇÕES: https://bit.ly/3svwCWi

Reféns da covid e das cargas

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João Alfredo Lopes Nyegray*

Há algumas semanas, depois de dias de um isolamento severo, habitantes de Shanghai, moderna cidade chinesa, gritavam aflitos das janelas de seus apartamentos. Para o desespero havia inúmeras razões: falta de itens básicos de higiene pessoal, falta de medicamentos de uso contínuo e, até e principalmente, de alimentos. Incontáveis vídeos de geladeiras e armários vazios, crianças chorando e idosos enfraquecidos tomaram as redes. Como já era de se esperar, a escassez de alimentos gerou aumento nos preços, e a situação piorou muito rapidamente. Num momento em que a agonia atingiu seu auge, e os gritos angustiados geraram um coro de milhares de pessoas, drones tomam os céus poluídos da megalópole ordenando que seus habitantes controlassem seus desejos de liberdade, não cantassem e se afastassem de suas fenestras.

O uso de drones para emitir tais ordens, tal qual a decretação de lockdown sem aviso prévio – impedindo que as pessoas estocassem um mínimo de alimentos e remédios –, é uma mostra não apenas do totalitarismo hi-tech chinês, mas dos novos reféns da pandemia, mais de dois anos após sua eclosão. Alguns dias depois, após incontáveis críticas da comunidade internacional, os chineses distribuíram alguns kits básicos de alimentação para os moradores isolados.

A violação dos direitos mais básicos de seus habitantes, no entanto, não parava ali. A testagem em massa, um dos pilares da tolerância zero ao vírus, separava famílias, retirava bebês dos colos de suas mães; destruia também fisicamente lares diversos ao pulverizar compostos químicos por residências que, após duas semanas, vazias, apodreciam rapidamente. Essa política agressiva nos leva a questionar os números de infectados e mortos divulgados pelo governo chinês. De janeiro a março deste ano, Pequim anunciou um número de mortos por covid-19 maior do que em todo o ano de 2021.

Por mais eficaz que o isolamento social, o uso de máscaras, a vacinação maciça e a higiene das mãos sejam no combate à pandemia, o custo humano dos novos reféns do isolamento não é o único. Além da cidade de Shanghai – que abriga a maior siderúrgica e o maior polo de construção naval da China –, a cidade de Shenzhen, ao sul, também passou por políticas semelhantes. Shenzhen, considerada o Vale do Silício Chinês, é sede de empresas de tecnologia e hoje a terceira maior cidade da China.

O lockdown rigoroso em grandes cidades chinesas gerou efeitos que rapidamente se espalharam pelo mundo. Além de um importante centro financeiro, Shanghai concentra um dos mais importantes portos do mundo – que, só em 2021, foi responsável por 27% das exportações chinesas. Com a abrupta parada nas atividades gerais na cidade, o envio e o recebimento de mercadorias para e do mundo foram interrompidos. O acúmulo de contêineres, em falta por todo o planeta, e a fila de navios para desembarque e embarque de mercadorias, já geram efeitos por toda a cadeia produtiva global. Empresas como a Volkswagen, já paralisaram a produção de automóveis em várias de suas plantas.

O Brasil pode experimentar uma redução momentânea nas exportações de minérios e soja para a China, uma vez que cidades com a produção interrompida, certamente não utilizarão esses itens. Somados aos efeitos econômicos também globais da invasão russa à Ucrânia, os lockdowns na China já prejudicam a economia do mundo todo e escancaram a dependência das cadeias produtivas das cargas vindas da China. O Brasil, que se desindustrializou nos últimos anos, é altamente dependente de manufaturados chineses, assim como Estados Unidos e União Europeia. A redução dessa dependência não é algo que pode ocorrer rapidamente, e deve fazer parte de um planejamento.

Uma das explicações para o meteórico crescimento de Shanghai foi a implantação de Zona de Processamento Econômico de Exportação e Zona de Livre Comércio. Nesse ambiente, a tributação de atividades industriais é praticamente nula, e o governo facilita a geração e implantação de novos negócios. A esse cenário favorável, soma-se uma infraestrutura de qualidade e o incentivo à educação técnica e universitária. O que nós, brasileiros, estamos esperando para replicar aqui essas iniciativas?

*João Alfredo Lopes Nyegray, doutorando em estratégia, mestre em internacionalização. Coordenador do curso de Comércio Exterior e professor de Geopolítica e Negócios Internacionais na Universidade Positivo.