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O indulto presidencial e a crise política

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Francis Ricken*

A polêmica dos últimos dias foi a “graça” concedida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB/RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal por crimes contra as instituições democráticas. O deputado recebeu a pena de oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por ter agido de maneira reiterada contra as instituições e, por diversas vezes, contra a integridade física dos ministros do STF. Sem dúvida, a conduta do parlamentar coloca em xeque não só a democracia como também autoridades de suma importância para nossa República. A condenação foi tida como emblemática pelo conteúdo e aplicação de pena, que causavam a impressão de ser um exemplo para todos aqueles que atentam contra as instituições.

Daniel Silveira foi condenado também a perda do mandato como deputado federal, ao pagamento de multas e, por consequência, inelegibilidade pelo prazo de oito anos, não podendo concorrer às eleições de 2022. Entretanto, a concessão do indulto pelo presidente, conforme previsto na Constituição Federal no artigo 84, XII, colocou a aplicação de pena de restrição de liberdade em xeque, causando a impressão de impunidade para um parlamentar que utilizou o mandato para abusar do direito de liberdade de expressão e trabalhar contra o Estado democrático de direito. A decisão do presidente não pode ser considerada inconstitucional até que o STF debata o tema, afinal, está amparada de legalidade, mas coloca uma grande dúvida à autoridade do tribunal e mostra que Jair Bolsonaro não medirá esforços para demonstrar todo seu autoritarismo enquanto estiver no cargo de presidente.

O que mais chama atenção é que o presidente lança mão de um ataque ao Poder Judiciário de forma gratuita para defender um parlamentar novato e de atuação pífia, sem se importar com os possíveis efeitos do seu ato, com a justificativa de que sua decisão busca defender as liberdades de expressão e política. Bolsonaro considera que a liberdade de expressão é absoluta e que não existem limites para seu exercício. Isso já ficou claro durante toda sua história no Congresso Nacional. Entretanto, a visão do presidente é absolutamente equivocada, e pode ser facilmente contestada com uma simples leitura da Constituição ou uma consulta da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. A liberdade de expressão, as liberdades políticas e a imunidade parlamentar não podem ser utilizadas como pretexto para o cometimento de crimes e situações de abusividade. O presidente tem uma visão deturpada do tema, coloca seus correligionários em erro, criando uma crise política jamais observada desde a redemocratização.

Além disso, Bolsonaro faz uso de instituto do indulto presidencial de forma inédita para apenas um condenado e de maneira imediata à decisão do Supremo Tribunal Federal, com objetivo de afrontar a autoridade da corte constitucional, e dando a impressão de que foi provocado a se portar dessa forma. O presidente tem agido de forma insistente, afrontando as instituições, a Constituição Federal e o Estado democrático de direito, isso diante de uma eleição extremamente complicada e disputada, por isso, não se assuste se um possível segundo mandato vier recheado de crises políticas e atos autoritários por parte de Bolsonaro. Estamos caminhando a passos largos para considerar que o improvável é uma possibilidade cada vez mais real.

*Francis Ricken é advogado, mestre em Ciência Política e professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo (UP).

Construtora abre vagas de estágio para Londrina

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As inscrições para o programa #ConstruindoTalentos, do Grupo A.Yoshii, estão abertas até o dia 25 de maio

O #Construindo Talentos, programa de estágio do Grupo A.Yoshii, está com inscrições abertas para os universitários que queiram fazer parte de uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil. 

Ao todo, são 20 vagas para atuação nas construtoras A.Yoshii e Yticon, nas áreas de Finanças, Recursos Humanos, Marketing, Comercial e Engenharia Civil. Os interessados podem se inscrever até o dia 25 de maio e os selecionados passarão por um processo seletivo com etapas de entrevistas e testes a partir do dia 26 de maio. A divulgação dos resultados e o início do programa será em julho. 

O programa #Construindo Talentos foi lançado em 2021 e apresenta diferenciais como Job Rotation, no qual os estagiários poderão conhecer e aprender os subsistemas da área de ingresso, ampliando a visão de negócio e experiência profissional, e a Trilha de Conhecimento, que promove experiências complementares para o processo de aprendizado e desenvolvimento de competências. 

“No programa de estágio, os participantes irão acelerar o desenvolvimento profissional em um ambiente saudável, ampliar a visão de negócio e a rede de contatos, além de terem a oportunidade de fazer carreira dentro do Grupo”, comenta a psicóloga do Grupo A.Yoshii, Thayse Schery.

Ana Paula Cavalaria participou do programa Construindo Talentos e, hoje, é assistente de RH. “O estágio foi edificante. Estou há dez meses no Grupo A.Yoshii e tive a oportunidade de conhecer várias áreas e aprender com excelentes profissionais através do Job Rotation. Desenvolvi plenamente minhas capacidades profissionais e como pessoa, além de colocar em prática o que aprendi na graduação. Me apaixonei ainda mais pela área que escolhi seguir e tive a honra de ser efetivada”, diz. 

Os benefícios do programa incluem bolsa estágio, assistência médica e odontológica, vale transporte, seguro de vida, café da tarde, fruit day, parcerias com universidades e estabelecimentos, férias remuneradas, refeitório e academia no local de trabalho.   

O gerente de Recursos Humanos, Vitor Shiroma, começou na A.Yoshii como estagiário, há dez anos. “Tive oportunidades de aprendizado nos subsistemas da área de recursos humanos, além de ter recebido o desafio de vivenciar o dia a dia das obras corporativas. Essas experiências impulsionaram meu desenvolvimento profissional e pessoal”, afirma. 

O Grupo A.Yoshii, referência em construção civil no Brasil há mais de 50 anos, acaba de ser premiado com a segunda colocação na categoria Saúde e Segurança no Trabalho de Empresas de Grande Porte, no Prêmio Sesi de Melhores Práticas em Segurança, Saúde e Bem-estar, realizado em parceria com a consultoria Great Place to Work (GPTW). 

Pré-requisitos

Para se candidatar, os interessados devem ter formação prevista entre junho de 2023 e junho de 2024, e disponibilidade para estagiar em Londrina, de 4 a 6 horas por dia. Não é necessário ter experiência profissional. Para mais informações, acesse talentos.ayoshii.com.br/

Grupo A.Yoshii

Fundado em 1965, o Grupo A.Yoshii já construiu mais de 2 milhões de m² do Sul ao Nordeste do Brasil, entre obras industriais, edifícios corporativos e residenciais, escolas, universidades, teatros e centros esportivos. É composto pela A.Yoshii Engenharia, com sólida atuação em construções de edifícios residenciais e comerciais de alto padrão em Londrina, Maringá, Curitiba e Campinas; pela Yticon Construção e Incorporação, que realiza empreendimentos econômicos, localizados em regiões de potencial valorização em municípios do Paraná e interior de São Paulo; pelo Instituto A.Yoshii, voltado para a inserção social e a democratização cultural; e atua em Obras Corporativas, atendendo a grandes corporações em suas plantas industriais, nos mais variados segmentos da economia, como papel e celulose, alimentício, químico, agronegócio, energia, assim como usinas sucroalcooleiras, centros logísticos, plantas automobilísticas, entre outros. Mais informações: www.ayoshii.com.br.

Responsabilidade socioambiental da indústria de papel e celulose: o papel de hoje é ser sustentável

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Encabeçando o segundo lugar em produtividade e primeiro lugar em exportação de celulose no mundo, Brasil possui 82% de árvores plantadas oriundas de reflorestamento comercial

Os números impressionam e revelam soberana atuação no segmento de papel e celulose: 21 milhões de toneladas fabricadas por ano e 15 milhões de toneladas exportadas. O levantamento, feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), International Energy Agency (IEA), em contribuição com a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), indica que o Brasil desponta como referência mundial em técnicas de manejo florestal, investimentos em pesquisa e desenvolvimento em inovações tecnológicas e práticas sustentáveis. Atualmente, o Brasil possui mais de 9 milhões de hectares de árvores plantadas. Destes, 7,4 milhões são oriundos de reflorestamento comercial, o que corresponde a 82% de árvores reflorestadas por meio de plantio de mudas, cultivadas exclusivamente para atender ao plano de manejo sustentável. 

O papel do futuro e o futuro do papel serão cada vez mais sustentáveis. A fibra de celulose, fabricada por meio de florestas certificadas e tecnologias ambientalmente corretas, possui papel fundamental neste futuro. Já é possível vislumbrar uma substituição cada vez mais ampla de materiais provenientes de fontes não renováveis por fibras celulósicas. “As indústrias brasileira e sulamericana apresentam excelente capacidade de adequação às exigências globais de produção sustentável. O processo de fabricação de celulose na América do Sul é reconhecido pelas melhores práticas de manejo florestal do mundo. Produzimos 100% de nossa celulose por meio de florestas sustentáveis e certificadas”, explica o diretor de Celulose e Energia da Valmet América do Sul, Fernando Scucuglia.

Aproveitamento celulósico integral

A celulose é a molécula orgânica mais abundante do planeta e seu potencial vem sendo estudado há anos pela comunidade científica. As indústrias sucroalcooleira, têxtil e papeleira geram quantidade significativa de resíduos orgânicos e inorgânicos e especialistas vêm examinando maneiras para driblar o desperdício desses resíduos para transformá-los em biocombustíveis de segunda geração ou outros produtos de valor, impactando positivamente no meio ambiente. 

“O potencial de geração de produtos em uma fábrica de celulose pode ser muito mais explorado. É importante destacar que, além de celulose, a maioria das fábricas já produzem outro insumo valioso: energia”, explica o diretor. Algumas décadas atrás, uma fábrica de celulose era consumidora de energia. A partir de combustíveis de fontes renováveis provenientes das próprias operações (como o licor negro e a biomassa proveniente de resíduos das operações florestais), e investimentos em tecnologias de alta eficiência energética, o setor passou a ser autossuficiente e foi além: começou a comercializar parte da energia elétrica excedente produzida. O setor de celulose e papel é hoje reconhecido por contribuir com significativo incremento na quantidade de energia renovável na matriz energética brasileira.

Além da celulose e energia, as plantas industriais de celulose produzem outros produtos, tais como: lignina, gás a partir de gaseificação de biomassa, bio-óleo, metanol, ácido sulfúrico e celulose microfibrilada.

Buscando uma linha de produção cada vez mais sustentável, limpa e consciente, o consumo de água para fabricação de celulose, assim como a geração de efluentes, tem diminuído significativamente com o desenvolvimento de equipamentos e processos mais eficientes em termos ambientais. O impacto das emissões gasosas também tem sido reduzido, por meio dos sistemas de abatimento de alta eficiência e aproveitamento destes fluxos para fabricação de outros subprodutos, tais como metanol e ácido sulfúrico.

Despontando como futuras biorrefinarias, as fábricas de celulose poderão processar matérias-primas renováveis e produzir uma gama de produtos de valor agregado para diversos setores. 

Aplicação da celulose além do papel

Dentro do segmento “fibras” há grande potencial de especialização das mesmas como a criação da celulose para produção têxtil, fibras diferenciadas para aplicações especiais (tissue, embalagens, revestimentos), fibras com tonalidades diferentes etc. A confecção de tecidos é a terceira maior indústria manufatureira do mundo e está em rápida ascensão, devido, principalmente, à inserção de novas populações neste mercado consumidor e a “globalização” na forma de se vestir. 

“Somado a isto, há um interesse crescente do consumidor em ter um comportamento socialmente consciente e sustentável. Desta forma, as principais marcas estão se adaptando em consumir outras matérias-primas, entre elas, aquelas à base de celulose e fibras recicladas têm se demonstrado mais promissoras”, complementa Scucuglia. 

Outros materiais como plásticos em geral, fibras de carbono e polímeros, que são amplamente utilizados no dia a dia, já têm sido questionados sobre seu valor em termos de sustentabilidade, e as fibras celulósicas serão uma ótima alternativa de substituição neste futuro, mais próximo do que se imagina.

Prospecções de crescimento sustentável 

A demanda por fibras de celulose foi impulsionada pelos novos hábitos adquiridos durante a pandemia, sobretudo, os relacionados aos cuidados de higiene, compras on-line e serviços de entrega de alimentos. “Podemos afirmar que houve um crescimento meteórico no mercado em termos de vendas de papéis sanitários, também conhecidos por papéis tissue, e de embalagens. Essa forte demanda, associada ao baixo custo de produção que temos hoje em países como Brasil e Chile, principalmente devido à alta eficiência florestal, mantém a América do Sul no foco dos grandes investimentos de fabricação de celulose fibra curta”, comenta Fernando. 

Soma-se à mudança do perfil do consumidor, o fato de os principais produtores de papel e celulose do Hemisfério Sul representarem hoje referências mundiais em termos de manejo florestal, produção sustentável, e condições de solo e clima favoráveis, o que os torna ainda mais atrativos para  mercados e investidores. 

O solo brasileiro é um fator competitivo ímpar: o eucalipto, por exemplo, leva de 5 a 7 anos para ficar pronto para o corte. No Brasil, esse tempo é até três vezes menor que em outros países. “Isso é fundamental, já que as despesas de produção com matéria-prima representam de 60% a 70% dos gastos da indústria”, afirma Scucuglia. Cabe destacar, ainda, que a área de plantio do eucalipto no Brasil não concorre com locais utilizados para a produção de alimentos, problema vivenciado pelos principais concorrentes. “Devido principalmente a estes fatores, o custo da polpa produzida na América do Sul é inferior àquela produzida em outras partes do mundo, como na Europa e nos EUA, então, nossos clientes têm possibilidade de uma maior competitivdade em suas operações”, acrescenta. 

A líder global no fornecimento e desenvolvimento de tecnologias de processo, automação e serviços para o setor está otimista, e estima alta em torno de 20% na capacidade produtiva até 2025. 

Sobre a Valmet

A Valmet é uma desenvolvedora e fornecedora líder global de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia. Com soluções de automação e de controle de fluxo, a Valmet atende uma base ainda mais ampla de indústrias de processo, visando ser campeã global no atendimento dos seus clientes. Com mais de 17 mil profissionais, a Valmet conta com mais de 220 anos de história industrial e tem como missão converter recursos renováveis em resultados sustentáveis. Em 2022, a empresa Neles Corporation foi incorporada pela Valmet. A Valmet América do Sul opera com unidades em Araucária (PR), Sorocaba (SP), Belo Horizonte (MG), Imperatriz (MA) e Concepción, Antofagasta e Santiago, no Chile.. Mais informações: www.valmet.com.br.

Horário escolar não favorece aprendizagem, diz neurocientista

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Acordar muito cedo para ir à escola pode prejudicar rotina de sono e, com isso, tornar aprendizado menos produtivo

Acordar às 6h da manhã, todos os dias, e ter concentração e disposição para aprender é uma tarefa que exige mais que disciplina. É preciso ter tido horas suficientes de sono para que o organismo consiga ser produtivo nas primeiras horas do dia. E isso quem diz é a neurociência, cada vez mais inteirada de como funciona e como aprende o cérebro humano.

Dormir mal é ruim, mas dormir pouco, ainda que esse sono seja de qualidade, não é solução, afirmam especialistas. E isso não vale apenas para aprender melhor no dia seguinte, mas também para consolidar os aprendizados com que se teve contato ao longo do dia anterior. O doutor em neurociência Fernando Louzada explica que “a consolidação da memória depende de boas noites de sono. O cérebro, ao contrário do que se pensava, não desliga quando dormimos, mas permanece ativo. Essa atividade cerebral está a serviço, dentre outras coisas, da consolidação da memória e das nossas experiências”.

Do ponto de vista da pedagogia, a observação empírica confirma o que a ciência hoje começa a provar metodologicamente: crianças que dormem bem aprendem melhor. Para a consultora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Vanessa de Souza Fernandes, esse é um fato com o qual os professores já estão acostumados. “Muitas vezes, crianças que não têm um bom desempenho escolar são justamente aquelas que parecem sonolentas durante boa parte do dia. Isso pode acontecer por uma série de fatores, mas é ponto pacífico que a qualidade do sono influencia diretamente a aprendizagem”, opina. Louzada vai além: observar as horas de vigília, ou seja, quando se está acordado, dá pistas importantes para identificar a qualidade do sono. “Quando a criança está sonolenta ou irritada, esses podem ser sinais de que ela não está dormindo adequadamente.”

Horário escolar pode estar prejudicando aprendizado

Embora o horário de aulas seja o mesmo há décadas, ao menos no Brasil, já não são poucos os especialistas que dizem que ele está prejudicando a qualidade do ensino. De acordo com um levantamento da Academia Americana de Pediatria, cerca de 28% dos estudantes pegam no sono durante as aulas pelo menos uma vez por semana. Além disso, 20% deles também dormem enquanto fazem as tarefas escolares. Para a instituição, as aulas do período matinal deveriam começar pelo menos às 8h20. 

Não há um padrão de sono que deva ser seguido por todas as pessoas, invariavelmente. Isso muda de acordo com a faixa etária e com o ritmo individual. Adultos, por exemplo, precisam em média de oito horas de sono por noite, enquanto adolescentes precisam de cerca de nove horas. Mas isso é uma média. O problema com o horário da escola é que ele é o mesmo para todos, independentemente do ritmo pessoal. “Se o adolescente precisa dormir em média nove horas diárias e a escola o obriga a estar lá às 7h ou 7h30 da manhã, então ele vai acordar às 6h e deveria ir dormir por volta das 21h. Sabemos que isso é impossível. Eu não conheço nenhum adolescente que durma nesse horário”, ressalta Louzada. Ir dormir tão cedo ficou ainda mais difícil depois das telas e redes sociais.

Mas nem tudo está perdido, segundo o especialista. Para melhorar as condições de aprendizagem, mesmo sem poder contar com uma mudança imediata no horário de aulas, algumas medidas podem ser adotadas. A primeira delas é criar um ambiente tranquilo à noite, com pouca iluminação e poucos estímulos, como telas, filmes ou séries. Estabelecer uma rotina também ajuda, principalmente com crianças pequenas. Louzada ainda indica conversar com os estudantes sobre a importância do sono e tentar ajustar os horários de repouso para aqueles em que a criança ou adolescente consegue descansar melhor.

Fernando Louzada participa do episódio 43 do podcast PodAprender, produzido pela Editora Aprende Brasil, cujo tema é “A influência do sono no aprendizado”. Todos os episódios do PodAprender estão disponíveis gratuitamente no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil. 

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Sobre o Aprende Brasil

O Sistema de Ensino Aprende Brasil oferece às redes municipais de Educação uma série de recursos, entre eles: avaliações, sistema de monitoramento, ambiente virtual de aprendizagem, assessoria pedagógica e formação continuada aos professores, além de material didático integrado e diferenciado, que contribuem para potencializar o aprendizado dos alunos da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Saiba mais em http://sistemaaprendebrasil.com.br/.

Paraná ganha primeiro Arranjo de Desenvolvimento da Educação

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Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná unem forças em prol da Educação pública de qualidade

Depois de estudos, análises de mais de oito mil dados e muito diálogo com Dirigentes Municipais de Educação de diferentes regiões do Paraná, a Associação dos Municípios do Litoral do Paraná (Amlipa) foi a escolhida para receber apoio na implantação do primeiro Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) do estado, o ADE Litoral Paranaense. O trabalho de seleção foi conduzido pelo Instituto Positivo (IP), incentivador do modelo de cooperação  intermunicipal em prol da Educação, que passa a conduzir a implantação do projeto em parceria com os representantes da educação dos municípios. O ADE tem como premissa o trabalho em regime de colaboração entre municípios de um território com um mesmo objetivo: criar estratégias que ajudem a melhorar os indicadores da educação básica da região, com foco no trabalho cooperativo, na troca de experiências, no empoderamento dos secretários municipais de educação e em promover visibilidade aos projetos educacionais. 

De acordo com a coordenadora de Implantação de Projetos Sociais do Instituto Positivo, Cristiane da Fonseca, o principal objetivo do movimento é contribuir com a educação pública do Paraná. “Queremos colaborar com um território que  apresente, acima de tudo, disposição em atuar em cooperação e contribuir com o desenvolvimento educacional por meio de diferentes projetos voltados aos principais temas de interesse comum dentro do universo da Educação”, destaca.

O processo de seleção da região de implantação teve início em 2021 e levou quase um ano. “A escolha da região foi totalmente baseada em critérios técnicos, com utilização de dados e indicadores públicos analisados por profissionais das áreas de estatística, sociologia e Educação, garantindo assim total imparcialidade, ausência de conflito de interesses, bem como transparência e ética durante o processo de seleção, o qual será totalmente documentado”, ressalta Cristiane. Por fim, a Amlipa foi a associação escolhida para receber apoio técnico do Instituto Positivo (IP) no desenvolvimento do novo modelo de ADE proposto com um pilar voltado a projetos de melhoria da educação e outro ao fortalecimento dos gestores de programas e projetos educacionais pelo período mínimo de três anos. O IP também prestará apoio aos territórios que não foram selecionados para a implantação do ADE, disponibilizando um diagnóstico e encontros de reflexão e debate coletivo sobre os dados educacionais.

Vale destacar que o ingresso dos municípios é voluntário e a autonomia completamente garantida e registrada em um termo de parceria. As temáticas trabalhadas serão eleitas pelos Dirigentes Municipais de Educação e suas equipes, ou seja, nesse processo, o Instituto Positivo é um mediador de planejamento e investidor social do processo e impulsionador do trabalho colaborativo.

O Instituto Positivo contou com apoio da Associação dos Municípios do Litoral do Paraná (Amlipa), Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e do Consórcio Intermunicipal de Educação e Ensino do Paraná (Ciedepar), para apresentar a proposta de implantação aos Dirigentes Municipais de Educação (DME).

Experiência colaborativa

O Instituto Positivo é dedicado a estudar e a difundir a metodologia dos Arranjos de Desenvolvimento da Educação por meio de palestras, encontros, guias, livros e outros materiais que auxiliam prefeitos e secretários de Educação interessados em adotar a metodologia em seus territórios.

Desde 2015, o IP coopera com a implantação, evolução e o acompanhamento do ADE Granfpolis, em parceria com o território formado por 22 municípios ligados à Associação dos Municípios da Grande Florianópolis . “Agora, a ideia é utilizar toda a experiência coletiva adquirida nesses cinco anos de projeto em Santa Catarina para contribuir com a implantação de um modelo semelhante em um conjunto de municípios paranaenses – que devem trabalhar em cooperação”, conclui Cristiane.

Pedagogos italianos vêm a Curitiba debater a importância
do protagonismo da criança na educação infantil

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Curitiba vai sediar no dia 4 de junho o III Seminário Internacional – Ler o Mundo e a Palavra: contribuições da abordagem Reggio Emilia para pensar a linguagem escrita. O evento, organizado pela Escola Parlenda, reunirá profissionais da educação e pedagogos italianos para refletir sobre a importância do protagonismo das crianças no processo de alfabetização da escrita e de múltiplas linguagens.

A abordagem Reggio Emilia nasceu após o término da Segunda Guerra Mundial e foi guiada pelo pedagogo Loris Malaguzzi, na Itália, disseminando-se pelo mundo. A abordagem defende a criança como um ser pensante, potente, capaz, que atua, é respeitada e exerce seu potencial imaginativo, sendo provocada a descobrir o mundo.

Nesse processo, a escola tem o papel de apoiar cada criança na sua individualidade, propiciando vivências em um contexto educativo que privilegia as relações e o tempo para que cada criança aprenda a partir de seu próprio ritmo.

Nessa perspectiva, a escola é entendida como comunidade de aprendizagem, formada não apenas pelos professores, mas também pelas crianças, seus familiares e a própria cidade.

Processo de alfabetização sem cópias, ditados ou cadernos de caligrafia

Ao contrário da educação tradicional, o processo de alfabetização pela abordagem Reggio Emilia não tem tarefas como copiar letras do quadro ou fazer cadernos de caligrafia. O entendimento é de que a criança está realizando o processo de alfabetização em várias linguagens, como a linguagem do corpo, da gráfica, da escrita, das emoções, sendo que tudo está associado com outros aprendizados. “As crianças vão se deparar com a linguagem escrita em situações reais e que façam sentido para elas, seja na manipulação diária de livros, nas brincadeiras com o alfabeto móvel nas quais elas percebem as letras do próprio nome, nos primeiros contatos com poesia, canto, histórias com rima e até na culinária”, informa a coordenadora pedagógica da Escola Parlenda, Ana Julia Rodrigues.

Formação com pedagogos italianos

O seminário, organizado pela Escola Parlenda, prevê formação com os pedagogos italianos que irão compartilhar relatos e imagens das escolas italianas. Será um momento de troca de experiências sobre o processo de alfabetização, a importância da autonomia da criança, bem como o papel do professor, que é aquele que desafia, pergunta e tem escuta atenta e não mais aquele transmissor e único detentor do conhecimento. “É uma mudança na forma de compreender como acontecem os processos de ensino e aprendizagem e que está em sintonia com as crianças do século 21”, aponta a coordenadora da Escola Parlenda, Ana Paula Pamplona.

O evento vai trazer nomes de referência da pedagogia Reggio Emilia, como os pedagogos italianos Andrea Pagano e Roberta Prandi. Andrea Pagano é formado em Pedagogia pela Universidade de Modena e Reggio Emilia e é responsável pelo desenvolvimento das competências dos professores e da pesquisa em educação infantil em projetos internacionais.

Já Roberta Prandi é formada em Pedagogia pela Universidade de Parma e Consultora Sistêmica Relacional e trabalhou como professora nas escolas e creches públicas de Reggio Emilia por 20 anos. Atua com a formação de professores e é responsável pela elaboração de percursos formativos para docentes de escolas municipais, federais e privadas.

Além das palestras, os participantes também vão visitar os espaços e contextos investigativos da Escola Parlenda, onde vão se deparar com a proposta pedagógica, bem como uma programação cultural. “A escola é lugar das relações e o seminário também tem esse propósito de aproximar e fazer conexões entre pessoas que acreditam na educação centrada na criança”, conclui a diretora da Escola Parlenda.

SERVIÇO
III Seminário Internacional Ler o Mundo e a Palavra – contribuições da abordagem Reggio Emilia para pensar a linguagem escrita
LOCAL: Escola Parlenda (Rua João Batista Dallarmi, 817)
HORÁRIO: 8h às 14h
VALOR: R$ 180,00
Evento com certificado de participação
INSCRIÇÕES: https://bit.ly/3svwCWi

Reféns da covid e das cargas

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João Alfredo Lopes Nyegray*

Há algumas semanas, depois de dias de um isolamento severo, habitantes de Shanghai, moderna cidade chinesa, gritavam aflitos das janelas de seus apartamentos. Para o desespero havia inúmeras razões: falta de itens básicos de higiene pessoal, falta de medicamentos de uso contínuo e, até e principalmente, de alimentos. Incontáveis vídeos de geladeiras e armários vazios, crianças chorando e idosos enfraquecidos tomaram as redes. Como já era de se esperar, a escassez de alimentos gerou aumento nos preços, e a situação piorou muito rapidamente. Num momento em que a agonia atingiu seu auge, e os gritos angustiados geraram um coro de milhares de pessoas, drones tomam os céus poluídos da megalópole ordenando que seus habitantes controlassem seus desejos de liberdade, não cantassem e se afastassem de suas fenestras.

O uso de drones para emitir tais ordens, tal qual a decretação de lockdown sem aviso prévio – impedindo que as pessoas estocassem um mínimo de alimentos e remédios –, é uma mostra não apenas do totalitarismo hi-tech chinês, mas dos novos reféns da pandemia, mais de dois anos após sua eclosão. Alguns dias depois, após incontáveis críticas da comunidade internacional, os chineses distribuíram alguns kits básicos de alimentação para os moradores isolados.

A violação dos direitos mais básicos de seus habitantes, no entanto, não parava ali. A testagem em massa, um dos pilares da tolerância zero ao vírus, separava famílias, retirava bebês dos colos de suas mães; destruia também fisicamente lares diversos ao pulverizar compostos químicos por residências que, após duas semanas, vazias, apodreciam rapidamente. Essa política agressiva nos leva a questionar os números de infectados e mortos divulgados pelo governo chinês. De janeiro a março deste ano, Pequim anunciou um número de mortos por covid-19 maior do que em todo o ano de 2021.

Por mais eficaz que o isolamento social, o uso de máscaras, a vacinação maciça e a higiene das mãos sejam no combate à pandemia, o custo humano dos novos reféns do isolamento não é o único. Além da cidade de Shanghai – que abriga a maior siderúrgica e o maior polo de construção naval da China –, a cidade de Shenzhen, ao sul, também passou por políticas semelhantes. Shenzhen, considerada o Vale do Silício Chinês, é sede de empresas de tecnologia e hoje a terceira maior cidade da China.

O lockdown rigoroso em grandes cidades chinesas gerou efeitos que rapidamente se espalharam pelo mundo. Além de um importante centro financeiro, Shanghai concentra um dos mais importantes portos do mundo – que, só em 2021, foi responsável por 27% das exportações chinesas. Com a abrupta parada nas atividades gerais na cidade, o envio e o recebimento de mercadorias para e do mundo foram interrompidos. O acúmulo de contêineres, em falta por todo o planeta, e a fila de navios para desembarque e embarque de mercadorias, já geram efeitos por toda a cadeia produtiva global. Empresas como a Volkswagen, já paralisaram a produção de automóveis em várias de suas plantas.

O Brasil pode experimentar uma redução momentânea nas exportações de minérios e soja para a China, uma vez que cidades com a produção interrompida, certamente não utilizarão esses itens. Somados aos efeitos econômicos também globais da invasão russa à Ucrânia, os lockdowns na China já prejudicam a economia do mundo todo e escancaram a dependência das cadeias produtivas das cargas vindas da China. O Brasil, que se desindustrializou nos últimos anos, é altamente dependente de manufaturados chineses, assim como Estados Unidos e União Europeia. A redução dessa dependência não é algo que pode ocorrer rapidamente, e deve fazer parte de um planejamento.

Uma das explicações para o meteórico crescimento de Shanghai foi a implantação de Zona de Processamento Econômico de Exportação e Zona de Livre Comércio. Nesse ambiente, a tributação de atividades industriais é praticamente nula, e o governo facilita a geração e implantação de novos negócios. A esse cenário favorável, soma-se uma infraestrutura de qualidade e o incentivo à educação técnica e universitária. O que nós, brasileiros, estamos esperando para replicar aqui essas iniciativas?

*João Alfredo Lopes Nyegray, doutorando em estratégia, mestre em internacionalização. Coordenador do curso de Comércio Exterior e professor de Geopolítica e Negócios Internacionais na Universidade Positivo.

Primeiro automóvel deixa de ser prioridade para jovens brasileiros, diz pesquisa

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Mudanças no mercado, aumento de preços e busca por flexibilidade alteram perfil de consumidores jovens

Nada de ansiedade pela maioridade legal para correr com a busca pela primeira habilitação. De acordo com uma pesquisa realizada pela Tecnobank, a maior parte do público brasileiro na faixa etária entre 18 e 25 anos não comprou carro nos últimos dois anos e tampouco pretende comprar nos próximos dois.

De fato, já faz alguns anos que a relação das gerações mais novas com bens duráveis vem se modificando. Enquanto os boomers tendiam a buscar estabilidade – o que envolvia, entre outras coisas, adquirir imóveis e automóveis próprios -, millennials e as gerações Y e Z questionam os benefícios de se apegar a esse tipo de aquisição. Para muitos, comprar uma casa ou um carro significa prender-se a um estilo de vida mais engessado, que impede grandes mudanças – exatamente o oposto do que eles querem para a própria trajetória pessoal e profissional.

Registros de contratos de financiamento de veículos são a especialidade da Tecnobank, responsável pelo levantamento. Segundo o estudo, quanto menor a idade, menor é a intenção de comprar um carro nos próximos 24 meses. Para o diretor de Comunicação e Marketing da empresa, Cristiano Caporici, há outros motivos para essa mudança no comportamento dos jovens. “Além do perfil desses consumidores, que querem mais flexibilidade para suas vidas, há fatores econômicos envolvidos. Atualmente, eles preferem aplicar esse dinheiro em itens como viagens e até mesmo investimentos financeiros”, explica.

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Sobre a Tecnobank

A Tecnobank é uma empresa brasileira de tecnologia para registros eletrônicos de contratos de financiamentos de veículos. Homologada pelos órgãos executivos de trânsito, a empresa fundada em 2007 tem sede em São Paulo (SP), mas atua em 12 estados brasileiros, com mais de 1.700 clientes ativos. A companhia possui programas rigorosos de Compliance, Segurança da Informação e Privacidade & Proteção de Dados. Outra prioridade da Tecnobank é o bem-estar, a saúde e a segurança de seus colaboradores, o que lhe rendeu três prêmios de melhor empresa para trabalhar, em 2020, e o segundo selo consecutivo, em 2021, do Great Place to Work (GPTW).

Maio Roxo: o que pôr à mesa e o que evitar para a saúde da flora do “segundo cérebro”

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No Mês da Conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais, especialistas alertam para a importância de uma alimentação saudável para o sistema gastrointestinal

Para colorir o mês de maio e marcar o World IBD Day (Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, celebrado em 19 de maio), a campanha de conscientização Maio Roxo, encabeçada pelas Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), e Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB), visa conscientizar e alertar a sociedade para importância de diagnóstico precoce e tratamento dessas doenças. Segundo dados da SBCP, as doenças inflamatórias intestinais (DII) atingem mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e a incidência média fica em torno de 7 para cada 100 mil habitantes, constatando progressivo aumento na ocorrência de novos casos. 

As DII são divididas em dois subtipos: colite ulcerativa com acometimento, principalmente do cólon, e Doença de Crohn, que pode afetar qualquer região do trato gastrointestinal. As pessoas comumente são acometidas por esses males no início da idade adulta, mas é possível ocorrer em qualquer fase da vida. Nos últimos anos, a prevalência tem aumentado, atingindo desde crianças até idosos. A causa é multifatorial e engloba fatores genéticos e ambientais, como o estilo de vida ocidentalizado, incluindo padrão alimentar caracterizado pelo alto consumo de proteínas e gorduras saturadas e baixa ingestão de vegetais, frutas e fibras que favorecem o ambiente pró-inflamatório, além de fatores como urbanismo, melhoria da higiene, aumento do uso de antibióticos e ingestão de anticoncepcionais orais. Todas essas condições interferem na microbiota do corpo como um todo, afetando as defesas naturais.

Eixo Cérebro-Intestino

A regra é clara: quem nunca sentiu dor de barriga em momentos de ansiedade ou estresse? Não é coincidência, visto que o cérebro e o sistema digestivo estão estritamente interligados. No intestino, estão presentes bactérias que compõem a “microbiota intestinal”. Os tipos e as quantidades desses microrganismos são influenciados pelo padrão alimentar, visto que os produtos da digestão interagem com essas bactérias, fazendo com que produzam substâncias que interferem em vias sistêmicas do corpo, inclusive as relacionadas às funções cerebrais, como é o caso do triptofano. O triptofano, por sua vez, é o aminoácido precursor da serotonina, ou seja, é necessário para que tenha a formação e a liberação desse hormônio, o qual está relacionado com o bem-estar. Por isso, as emoções influenciam na sensação geral de prazer, bem como a alimentação impacta a saúde cerebral. 

Alimentando as boas bactérias intestinais: o que pôr à mesa 

A alimentação saudável, tanto do ponto de vista qualitativo quanto do ponto de vista quantitativo, auxilia na prevenção e no tratamento das DII. A analista de P&D da Jasmine Alimentos, Erika Rodrigues explica que devemos priorizar a tradicional comida de verdade. “A base dessa alimentação deve conter verduras, como folhas em geral, alface, rúcula, agrião, legumes como, por exemplo, abobrinha, brócolis e couve-flor e frutas. As oleaginosas como, por exemplo, castanhas-do-pará, castanha de caju e amêndoa também são muito importantes. As sementes de abóbora, de gergelim, de linhaça e os grãos e cereais integrais como arroz integral, quinoa, aveia são indispensáveis. As leguminosas, ou seja, feijão, lentilha e ervilha e as fontes de proteínas com quantidades menores de gorduras saturadas, como peixes e ovos complementam o que chamamos de comida de verdade”, diz. 

Essa base de alimentação possui nutrientes e compostos bioativos que atuam diretamente na inativação de vias pró-inflamatórias, assim como na redução de substâncias relacionadas à inflamação, contribuindo para o controle da dor, cicatrização e reparação da mucosa. Ainda, atuam como pré e probióticos, proporcionando e preservando uma microbiota saudável, ou seja, crescimento e desenvolvimento de bactérias benéficas para a saúde intestinal.

Outro nutriente relevante é a fibra, visto que a ingestão adequada deste nutriente colabora com a redução do risco das DII a longo prazo. Esse nutriente está presente em frutas, verduras, legumes, leguminosas, grãos e cereais integrais, além de sementes de linhaça e de chia.

“Em relação aos compostos bioativos, sabe-se que o polifenol e suas classes flavonóides, estilbenos, ácidos fenólicos e lignanas têm propriedades anti-inflamatórias e podem reduzir o estresse oxidativo decorrente de patologias, podendo contribuir para a melhoria dos sintomas das doenças inflamatórias intestinais. Em outras palavras, priorize o consumo de vegetais e frutas como cebola, brócolis, alho e frutas vermelhas que possuem ação antioxidante e efeitos anti-inflamatórios”, detalha a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos, Adriana Zanardo.

Por fim, cabe ressaltar que os alimentos de coloração vermelha e roxa como uva, morango, framboesa, mirtilo, açaí, goji berry e cranberry também têm propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. “Uma dica imprescindível é o consumo do açafrão, também conhecido como cúrcuma. Seu uso diário foi relacionado com a remissão clínica da colite em pacientes que mantiveram o tratamento medicamentoso indicado para o quadro”, explica Adriana. 

O que não comer para o intestino inflamado

O ômega-6 é a família de ácidos graxos que, ao contrário do ômega-3, possui ação pró-inflamatória quando ingerido em quantidades elevadas, estando presentes em óleos vegetais e margarina. Segundo estudos, o risco de desenvolver colite ulcerativa é duas vezes maior em pacientes com alta ingestão de ômega-6. 

Ainda, a sucralose, sacarina, aspartame, ciclamato e outros adoçantes artificiais podem aumentar o risco de DII. Da mesma forma, emulsificantes também podem aumentar o risco de desenvolvimento de colite devido à alteração da microbiota e da mucosa intestinal, com possível supercrescimento de Escherichia coli e proteobactérias, que, consequentemente, aumentam a inflamação e danos intestinais.

SOS: fase de ativação da doença

“Quando o portador de DII estiver com a doença ativa, deve-se pensar em quais são os sintomas predominantes para que a dieta seja ajustada de forma a contribuir com a diminuição dos mesmos. De modo geral, o raciocínio é pensar nos alimentos que têm fácil digestibilidade para não demandar tanto do trato gastrointestinal, considerando que já está consideravelmente inflamado em decorrência da doença. Pensando nisso, alguns alimentos, apesar de serem saudáveis, podem ser reduzidos por um período até o restabelecimento da homeostase intestinal”, explica a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos. 

Os alimentos fermentáveis, oligo, di, monossacarídeos e polióis possuem carboidratos de cadeia curta que são mal absorvidos e podem desencadear inchaço abdominal, dor, flatulência e diarreia. Esses alimentos são: cebola, alho, ervilha, beterraba, couve, milho, couve-flor, maçã, pera, manga, melancia, pêssego, ameixa, abacate, leite de vaca, queijo fresco, ricota, feijão, grão-de-bico, soja, trigo, centeio, castanha de caju, pistache e industrializados com xarope de milho, glicose, sacarose e polióis (xilitol, manitol e sorbitol). Estudos apontam que 50% das pessoas que tiveram redução do consumo desse grupo de alimentos apresentaram melhora dos sintomas.

Sobre a Jasmine Alimentos

A Jasmine Alimentos é uma empresa referência em alimentação saudável. Com produtos categorizados em orgânicos, zero açúcar, integrais e sem glúten, a marca visa atingir o público que busca alimentos saudáveis de verdade e qualidade de vida. A operação da Jasmine começou de forma artesanal há 30 anos, no Paraná. A Jasmine está consolidada em todo Brasil e ampliando sua atuação para a América Latina. Desde 2014, a marca pertence ao grupo francês Nutrition et Santé, detentor de outras marcas líderes no segmento saudável na Europa. Mais informações: www.jasminealimentos.com.

Livrarias Curitiba lança clube de assinatura

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O Grupo Livrarias Curitiba – maior rede de livrarias do Sul do Brasil – acaba de lançar seu clube de assinatura. Intitulado de Hora do Conto em Casa, a ação é direcionada para crianças de 4 a 7 anos e tem por objetivos formar o leitor do futuro, aproximar os pequenos do incrível universo lúdico que os livros oferecem, estimular brincadeiras e o aprendizado com os pais.

Todos os meses os assinantes vão receber em suas casas uma caixa com um livro infantil, um item de papelaria ou brinquedo educativo e uma folha de atividades exclusiva com o tema da obra para desenhar e pintar. Para os adultos haverá um guia com orientações de como incentivar a leitura, sugestões de temas que podem ser explorados com o livro e dicas para se divertir com as crianças.

O canal do YouTube do Grupo Livrarias Curitiba também vai apresentar mensalmente uma contação de histórias do livro que vem no box. A atividade é um suporte às famílias e traz dicas para enriquecer o momento da leitura e gerar uma experiência inesquecível entre pais e filhos.

“Nosso clube de assinatura é uma extensão das contações de histórias que realizamos nas lojas há mais de 20 anos. A mesma alegria destes eventos – que continuam em 2022, sob os cuidados da pandemia – estará dentro dos lares em todo Brasil”, explica a diretora de varejo do Grupo Livrarias Curitiba, Rute Pedri.

O clube de assinatura é uma nova frente de negócios da rede paranaense, que apresentará outras novidades em breve.

Como vai funcionar

A Hora do Conto em Casa oferece duas modalidades de participação e preço único. Tanto o box avulso sem período de adesão, quanto o plano anual de 12 meses – mas que pode ser cancelado a qualquer momento e sem multas – saem por R$ 79,90 cada, acrescido de frete. A segunda opção traz a comodidade do recebimento mensal.

Cada box será elaborado com curadoria de contadoras de histórias e profissionais especializados em educação. Os livros serão pensados para instigar a descoberta de novos mundos e trabalhar aspectos psicossociais, que são fundamentais na fase de desenvolvimento dos pequenos.

Na primeira edição os itens selecionados são o livro “Da minha janela” do escritor Otávio Júnior, folha de pintura com tema da obra, caixa com 12 aquarelas, pincel e dicas de incentivo à leitura.

No segundo mês os itens selecionados envolvem o livro “Menina bonita do laço de fita” da premiada escritora Ana Maria Machado, caixa de canetinhas em tons de pele e um brinquedo de papel para fazer dobraduras que resultam num coelho branco, semelhante ao personagem da obra.

“A Hora do Conto em Casa possui atividades inéditas para as crianças, que são desenvolvidas exclusivamente para cada livro, e itens de papelaria ou brinquedo educativo para usufruir enquanto se divertem em família”, destaca a diretora de varejo.

www.livrariascuritiba.com.br