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Aplicativo para adolescentes em sofrimento mental leva prêmio em Feira Brasileira de Ciências

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Projeto apresentado por estudante de Curitiba em evento na USP concorreu com 200 finalistas de todo o Brasil

Com o MentalSaurus, aplicativo para auxiliar jovens e adolescentes em condição de sofrimento mental, a estudante Grazyella Luna Barlatti Fernandes, de apenas 16 anos, foi premiada na categoria Humanas, da Febrace (21.ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia). A feira aconteceu presencialmente, na USP (Universidade de São Paulo), e contou com 200 finalistas de todo o Brasil. O objetivo do aplicativo é auxiliar na identificação de alguma situação emocionalmente desgastante e recomendar exercícios respiratórios e atividades a serem feitas para aliviar o nível de estresse – ou até mesmo em casos mais graves, encaminhar o usuário para uma ajuda psicológica ou psiquiátrica mais efetiva.  

A jovem estudante do Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, de Curitiba (PR), já tinha sido destaque na Mostra Brasileira de Inovação, Pesquisa Científica e Empreendedorismo (Mobipe), realizada pelos colégios do Grupo Positivo, em 2021. “Tinha pensado em fazer algo relacionado a transtornos mentais desde 2020, pois via e sentia como a falta de socialização influenciava os jovens, principalmente por conta da pandemia, que nos obrigava a ficar em casa. Então, percebia na prática como a depressão e outros transtornos passaram a ser mais recorrentes e como afetam cada vez mais as pessoas”, lembra Grazyella. “Por meio de uma pesquisa divulgada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre como apoiar o mundo na transformação da saúde mental, constatei resultados alarmantes. Foi ali que surgiu a ideia do aplicativo, misturando tanto a vontade de ajudar os alunos a aprenderem a lidar com essa situação emocionalmente desgastante quanto a necessidade de fazer isso com inovação”, afirma a jovem, que teve a orientação durante todo o processo das professoras Larissa Assis Barony Valadares Fonseca (orientadora) e Flávia Roberta Amend Gabardo (coorientadora).  

Ajudar jovens e adolescentes sempre foi objetivo da estudante

Apesar da pouca idade – ainda com 14 anos – quando deu início ao projeto, o foco da estudante Grazyella Fernandes sempre foi de alguma forma, ajudar os colegas, principalmente depois de saber o quão impactante foi a pandemia para eles. Sem contar que, segundo a OMS, em 2019, portanto, antes da pandemia, quase um bilhão de pessoas já viviam com algum transtorno mental, sendo que 14% delas eram adolescentes. “Mesmo não imaginando que poderia ser finalista da Febrace, eu sabia que precisava que o meu projeto tivesse notoriedade para chegar a quem mais precisava”, revela. “Só não imaginava que ele fosse tão longe. Foi muito emocionante”, comemora. 

MentalSaurus

A pretensão do aplicativo, assim como a sua potencialidade, está em atuar na conscientização do usuário sobre seu estado emocional e ajudá-lo a superar momentos difíceis. Para isso, é preciso acessar o aplicativo e responder a 20 perguntas (SRQ-20) e, com isso, permitir a identificação de um possível diagnóstico de ansiedade generalizada ou depressão. Nesses casos, de maneira interativa, o assistente virtual Brachio ressalta a necessidade de procurar um profissional da área para obter um diagnóstico completo, já que o teste em questão serve apenas para auxiliar na identificação de doenças mentais, de acordo com os sintomas identificados nas respostas do questionário.

A versão teste do aplicativo foi aplicada aos alunos do Colégio Positivo, mas a intenção de Grazyella é que, ainda em 2023, ela consiga programá-lo para que esteja em lojas de aplicativos e possa ser utilizado por adolescentes e jovens fora do ambiente escolar. 

Febrace

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) é um movimento nacional de estímulo ao jovem cientista, e que, anualmente, realiza uma grande mostra de projetos na Universidade de São Paulo (USP). A intenção é incentivar a criatividade e a reflexão em estudantes da Educação Básica por meio de projetos com fundamento científico, nas diferentes áreas da Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. A mostra de 2023 foi presencial e aconteceu entre os dias 20 e 24 de março, contando com 200 projetos finalistas, de 27 estados. www.febrace.org.br

Mobipe

A Mostra Brasileira de Inovação, Pesquisa Científica e Empreendedorismo (Mobipe), do Colégio Positivo, expõe experimentos científicos de diferentes áreas do conhecimento, com projetos de alunos do Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Técnico e de cursos pré-universitários, do ensino público e particular de todo o Brasil.  

Os próprios alunos escolhem um tema de relevância social, ambiental ou tecnológica e trabalham a pesquisa científica, desde os levantamentos bibliográficos e de campo, passando pela coleta de dados, experimento e análise de resultados, tratamento de informações, até a conclusão, montagem do painel de apresentação e finalização do Diário de Bordo – a memória de todo o projeto. Depois da apresentação, arguição e avaliação os projetos que se destacaram no evento pelo teor científico, pela abordagem criativa e/ou inovadora participam de uma banca de professores que seleciona um ou dois projetos – conforme determinação da Febrace – para representar o Colégio Positivo neste evento que é o maior do gênero no país. 

Sobre o Colégio Positivo

O Colégio Positivo compreende sete unidades na cidade de Curitiba, onde nasceu e desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo – Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo – Hauer, o Positivo International School, o Colégio Positivo – Água Verde e o Colégio Positivo – Boa Vista atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Em 2016, o grupo chegou em Santa Catarina – onde hoje fica o Colégio Positivo – Joinville e o Colégio Positivo – Joinville Jr. Em 2017, foi incorporado ao grupo o Colégio Positivo – Londrina. Em 2018, o Positivo chegou a Ponta Grossa (PR), onde hoje está o Colégio Positivo – Master. Em 2019, somaram-se ao Grupo duas unidades da escola Passo Certo, em Cascavel (PR), e o Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR). Em 2020, o Colégio Vila Olímpia, em Florianópolis (SC), passou a fazer parte do Grupo. Em 2021, a St. James’ International School, em Londrina (PR), integrou-se ao grupo. Em 2023, o Positivo chega a São Paulo, com a aquisição do Colégio Santo Ivo, e passa a contar com 17 unidades de ensino, em oito cidades, no Sul e Sudeste do Brasil, que atendem, juntas, aproximadamente 18,5 mil alunos desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.

Virada de chave: 5 pontos acelerados pela digitalização de concessionárias

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Com desafios e mercado consumidor em transformação, setor automotivo conta com ferramentas ágeis, inovadoras e personalizadas para melhorar jornada de clientes

A indústria automotiva está diante de um grande desafio: desenvolver experiências digitais e garantir maior conectividade em seus produtos. De acordo com o relatório Trends in Automotive, produzido pela empresa de softwares Salesforce, nos próximos anos o setor deve se dedicar a buscar soluções que tragam eficiência e autonomia aos processos. Para seguir pelo caminho da inovação, o olhar de concessionárias de automóveis precisa estar voltado para ferramentas que aumentam a produtividade, contribuam na tomada de decisões e coloquem a experiência do cliente no centro.

“O setor automotivo enfrenta um momento ímpar de oportunidades e desafios, com grandes transformações relacionadas aos modelos de negócios, processos de fabricação, novas tecnologias e análise de dados. Mas, antes de mais nada, o setor precisa estar preparado para estabelecer alianças estratégicas, acelerar algumas decisões e melhorar a experiência do consumidor. Somente assim, será possível aproveitar os bons ventos e se manter competitivo”, pontua Marcos Pavesi, head comercial da Dealersites, startup que lidera a digitalização do mercado automotivo.

O momento é de digitalizar os processos e operações para acompanhar a evolução do mercado. Nessa perspectiva, o foco das concessionárias de veículos é a implementação de ferramentas que priorizam inovação e aplicativos mais acessíveis. Confira a seguir os principais motivos que têm levado concessionárias a adotarem um ecossistema digital para se manterem competitivas no mercado.

1 – Experiência do cliente 

Apenas uma experiência ruim é suficiente para levar 60% dos consumidores a procurar a concorrência na hora de realizar a próxima compra. O dado faz parte do estudo CX Trends Latam 2022, relatório de tendências em experiência do cliente na América Latina, realizado pela Zendesk. Para acompanhar esse mercado cada vez mais exigente, concessionárias investem em ferramentas para mapear a jornada do cliente e implementam sistemas que tornam o processo de compra mais fácil. 

Segundo Marcos Pavesi, é preciso aproveitar os recursos que a era digital pode oferecer para melhorar o relacionamento entre concessionárias e clientes. “A nova geração de consumidores espera por avanços tecnológicos e agilidade na hora de adquirir um carro. Por meio de serviços multicanais de ponta a ponta e chatbots apoiados em Inteligência Artificial (IA) podemos personalizar o atendimento e tornar a comunicação mais assertiva”, detalha o head comercial da Dealersites.

2 – Novas possibilidades de mercado 

As concessionárias que investem em inovação e ferramentas digitais têm uma grande vantagem competitiva: acessar um público mais amplo e robusto. A digitalização de processos, como o agendamento on-line de serviços, e a disponibilização de informações sobre os veículos, permitem que os clientes tenham acesso ao catálogo de automóveis de qualquer lugar, a qualquer momento, sem a necessidade de visitar a concessionária pessoalmente. Com o apoio da tecnologia, barreiras geográficas são eliminadas, empresas exploram novos mercados e clientes são fidelizados.

3 – Alavancar negócios

Os sistemas de gestão para concessionárias são exemplos de como a tecnologia pode ajudar a alavancar a performance das unidades. Por isso, investir em inovação e ferramentas digitais não é mais uma opção, mas uma necessidade para se manter competitiva no mercado. De acordo com um estudo da TNS Research, as empresas que investem em tecnologia têm aumento significativo na receita e crescem cerca de 60% a mais em comparação com aquelas que não investem. 

De olho nisso, o setor automotivo se adapta às mudanças e aposta na transformação digital para otimizar processos, reduzir custos e agilizar tarefas. “Ao interligar departamentos, minimizar retrabalhos e centralizar informações, a digitalização permite análises aprofundadas e confiáveis que podem ser empregadas na definição de estratégias”, explica Pavesi.

4 – Tomada de decisão 

Concessionárias que investem em tecnologia para execução e tomada de decisões estão à frente no mercado. Em um setor cada vez mais competitivo e dinâmico, a tecnologia é um fator essencial para a sobrevivência e o sucesso dos negócios. “A análise de dados pode ajudar as empresas do setor automotivo a entender as tendências do mercado e os comportamentos dos clientes. Além disso, a implementação de sistemas de feedback pode fornecer informações valiosas sobre como melhorar os serviços e produtos oferecidos”, acrescenta o head comercial da Dealersites.

5 – Fortalecimento da marca

As concessionárias que nascem digitais estão mudando o jogo dos negócios, trazendo uma cultura disruptiva que valoriza a construção de marca, a entrega orientada pelo cliente e a experiência omnichannel. “É preciso entender que uma marca é construída em cada ponto de contato e isso significa a necessidade de uma busca constante por boas experiências. As concessionárias que se conectam com as pessoas ganham uma vantagem competitiva enorme, criam valor e fidelizam o público”, finaliza Marcos Pavesi.

Sobre a Dealersites

A Dealersites é uma startup paranaense que atua na digitalização do mercado automotivo. Criada em 2015, a startup tem mais de mil clientes em todo o país. O foco da empresa é atuar na experiência do consumidor, investindo em estratégias de marketing digital para gerar maior conversão para as concessionárias. Para isso, desenvolve plataformas digitais 100% voltadas ao setor automotivo, à performance de vendas e a análises e integração de dados, além de realizar um trabalho de SEO para manter os clientes bem ranqueados nos mecanismos de busca e oferecer indicadores de marketing digital – como métricas de analytics – que ajudam nas estratégias e tomadas de decisões.

Pesquisa mostra que 70% das empresas brasileiras devem investir em Inteligência Artificial em 2023

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Investimento na nova tecnologia transforma modelos de negócios e prepara empresas para a Quarta Revolução Industrial

Sete em cada dez empresas brasileiras pretendem investir em Inteligência Artificial (IA) em 2023, de acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte. A crescente demanda por soluções tecnológicas avançadas está levando empresas a perceberem que precisam melhorar a eficiência, produtividade e qualidade dos processos para se manterem competitivas no mercado. Nesse cenário, a inovação é mais do que uma tendência, é uma necessidade que está impulsionando o mercado de tecnologia e transformando a forma como as corporações consomem serviços. Para se manterem atualizadas, as empresas precisam se reinventar e abrir espaço para a disrupção digital, gerando novas oportunidades de negócios e se destacando em seus setores.

A adoção global de IA cresce em todo o mundo e 41% das empresas brasileiras vêm implementando ativamente a tecnologia, segundo uma pesquisa de mercado encomendada pela IBM. Com funcionamento formado pela combinação entre Big Data (grande volume de dados) e algoritmos, a Inteligência Artificial tem potencial para ser aplicada em diversas áreas de atuação. “Além de ler dados, interpretar informações por meio de sistemas de aprendizado, detectar padrões e possuir ferramentas que conseguem simular capacidades humanas, a tecnologia otimiza os processos de trabalho e, ao mesmo tempo, transforma as relações”, pontua o diretor-executivo da TOTVS Curitiba, Márcio Viana.

Próximos passos

À medida que a Inteligência Artificial se torna um imperativo para modelos de negócios em todos os setores, diretores e empresários têm a obrigação de identificar possíveis caminhos para inserir essa tecnologia nos processos. Com insights valiosos a partir dos dados coletados, a IA permite que empresas sejam mais assertivas nas tomadas de decisões estratégicas, além de ajudar no fluxo de trabalho e reduzir o estresse mental em tarefas repetitivas. É o que mostrou uma pesquisa realizada pela GitHub com colaboradores que utilizam ferramentas de programação alinhadas com Inteligência Artificial. “Mais do que nunca, tecnologias capazes de se conectarem a todas as fontes de dados e analisarem informações devem ser aliadas para alavancar negócios e apoiar gestores na tomada de decisão”, avalia Márcio Viana. 

Considerada a força motriz por trás da Quarta Revolução Industrial, a Inteligência Artificial pode contribuir para aumentar em US$ 15,7 trilhões o PIB global até 2030, um salto de quase 15%, segundo a consultoria PwC. No entanto, o diretor-executivo da TOTVS Curitiba explica que a adoção de IA não pode se resumir apenas a uma corrida tecnológica, mas, também, que demanda um esforço para garantir que a tecnologia seja utilizada de forma ética e responsável. “É necessário um planejamento cuidadoso, com investimentos na infraestrutura e na capacitação dos colaboradores para trabalhar com a tecnologia. Além disso, a utilização de IA também traz preocupações em relação à privacidade e à segurança dos dados, o que exige que as empresas sejam transparentes sobre suas práticas e adotem medidas de proteção”, complementa. 

Cada vez mais, os gestores enxergam a Inteligência Artificial como uma ferramenta estratégica para aprimorar suas atividades. A perspectiva é que as novas tecnologias continuem a ganhar espaço nos orçamentos das empresas brasileiras, embora ainda haja um desafio em relação à confiança na capacidade dessa tecnologia em tomar decisões. “A revolução tecnológica já está caminhando a passos largos com aplicativos, softwares e novas ferramentas desenvolvidas diariamente. Por isso, o momento é de deixar o medo para trás e abrir os olhos para receber o que está por vir”, conclui Márcio Viana.

Sobre a TOTVS  

Líder absoluta em sistemas e plataformas para gestão de empresas, a TOTVS entrega produtividade para 70 mil clientes por meio da digitalização dos negócios. Indo muito além do ERP, oferece serviços financeiros e soluções de business performance, investindo R$ 2 bilhões em pesquisa e desenvolvimento nos últimos cinco anos para atender as exigências de 12 setores da economia. Como uma empresa originalmente brasileira, a TOTVS acredita no “Brasil que Faz” e apoia o crescimento e a sustentabilidade de milhares de negócios e empreendedores, de norte a sul do país, por meio de sua tecnologia. Para mais informações, acesse o site.

Instituto Positivo divulga balanço de atividades de 2022

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Projetos e ações desenvolvidos em regime de colaboração com foco na melhoria da educação pública são os destaques do ano

Em 2022, o Instituto Positivo (IP) completou 10 anos de gestão do Investimento Social Privado do Grupo Positivo com inúmeras ações e serviços realizados. Focando no fortalecimento e na melhoria da Educação Básica pública, teve como destaque a implantação do primeiro Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) do Paraná, o ADE Litoral Paranaense. No entanto, o trabalho foi além, com ações junto ao ADE Granfpolis, em Santa Catarina, lançamentos de e-books sobre os Arranjos brasileiros e do instrumento  de avaliação da colaboração, doação de material educacional para escolas, promoção  do Movimento SOS para ajudar as escolas atingidas pelas chuvas e continuidade do trabalho junto ao Centro de Educação Infantil Maria Amélia (AMA). 

“Foi um ano bastante positivo. Buscamos cada vez mais nos aproximar dos profissionais da Educação que já trabalham em regime de colaboração e mostrar a outras regiões a importância da união para melhorar a Educação. O apoio mútuo entre secretarias de Educação de municípios de um mesmo território geográfico tem feito a diferença, e a disseminação de conhecimentos e incentivo à implantação de ADEs é fundamental. Além disso, contribuímos com escolas em busca sempre do desenvolvimento dos alunos”, destaca a diretora do Instituto Positivo, Eliziane Gorniak.

O trabalho em colaboração intermunicipal se mostrou um valioso aliado na recuperação da aprendizagem, bastante defasada no período de escolas fechadas e ensino remoto. Pensando nisso, a produção de conteúdo para a disseminação do Regime de Colaboração e o mecanismo dos Arranjos continuou, com duas edições da Revista ColaborAção, artigos e e-books. Iniciada em 2021, foi concluída a publicação da coleção de e-books lançada pelo Instituto Positivo. Foram 13 documentos que contam as histórias  de ADEs brasileiros em atividade hoje, como foram implantados, as ações desenvolvidas e os resultados obtidos, servindo de inspiração para outras regiões que querem implantar o modelo de trabalho.

Entre os ADEs que tiveram sua história contada em e-book está o ADE Granfpolis, formado pelos 22 municípios membros da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis. A parceria iniciada em 2015 com a implantação do Arranjo, primeiro ADE do Sul do país, continuou em 2022 com os projetos Gestores Escolares em Movimento (GEM), no qual diretores de escola participam de encontros para promover a reflexão dos profissionais sobre suas concepções e suas práticas no ambiente de trabalho; e o Gestão para Alfabetização, desenvolvido, segundo dados de outubro, em 58 escolas de 19 municípios e com a participação de 2.985 alunos, com apoio também do Instituto Fefig. Ao longo do ano, também foi trabalhado o planejamento estratégico do ADE Granfpolis para os próximos anos com ações independentes, ou seja, sem a participação do Instituto Positivo, que passa a focar esforços no ADE Litoral Paranaense.

Após mais de um ano de estudos, análises de dados e muito diálogo com secretários municipais de Educação de diferentes regiões do Paraná, foi escolhido o território da Associação dos Municípios do Litoral Paranaense (Amlipa) para implantação do primeiro Arranjo do estado do Paraná, o ADE Litoral Paranaense, que contempla sete municípios da região: Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná. As atividades iniciaram oficialmente em abril e, ao longo do ano, foram desenvolvidos diferentes projetos e ações. Entre eles, o projeto Liderar, no qual secretários de Educação e técnicos da área participaram de encontros que, por meio do desenvolvimento pessoal e da troca de experiências, buscam o fortalecimento das lideranças. Destaque ainda para o Projeto “Vozes do Litoral”, uma pesquisa direcionada aos professores da Educação Infantil, Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Educação Especial, além dos coordenadores pedagógicos para mapear os principais desafios enfrentados em sala de aula nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. A pesquisa foi respondida por 809 profissionais e a partir da análise dos mais de 24 mil dados coletados será possível construir os projetos a serem desenvolvidos pelo ADE Litoral Paranaense a partir de 2023.

Entre outros projetos do Instituto Positivo estão:

Movimento SOS pelas escolas atingidas pelas chuvas

Fortes chuvas causaram prejuízos em escolas de cidades dos dois territórios apoiados diretamente pelo IP: São João Batista, em Santa Catarina, e Morretes, no litoral paranaense. Como forma de colaboração foram realizadas duas vaquinhas virtuais, e o valor arrecadado foi dobrado pelo Instituto e revertido em insumos demandados pelas escolas, conforme avaliação do prejuízo sofrido com as águas. Duas escolas de Morretes receberam freezer, cômodas, trocadores, armários, materiais de papelaria, jogos educativos, entre outros. Para as escolas de São João Batista foram encaminhadas seis geladeiras.

Lançamento de instrumento de avaliação da colaboração 

Para contribuir com reflexões e estratégias de sustentabilidade do regime de colaboração em um território foi lançado pelo IP, em novembro, um instrumento de avaliação da colaboração. Nele é possível avaliar a internalização da cultura de colaboração no contexto do ADE e também o grau de sustentabilidade e autonomia da iniciativa, por meio da observação do nível de engajamento e maturidade do grupo. O instrumento é auto aplicável e gera um relatório de resultados sistematizados, contendo recomendações. A ferramenta pode ser encontrada no site institutopositivo.com.br/avaliacao/.

Curadoria em conteúdo para curso do MEC

Desde 2021, o MEC busca, por meio da Diretoria de Articulação e Apoio às Redes de Educação Básica (DARE), desenvolver uma formação sobre Arranjos de Desenvolvimento da Educação, e o IP apoiou a iniciativa já no início. A elaboração e formatação do material, por meio de equipe da Universidade Federal de Goiás, terminaram em dezembro, sendo encaminhado à equipe técnica do Instituto Positivo para análise e contribuições no conteúdo, antes que fosse disponibilizado no Portal AVAMEC. “O curso, ofertado pelo MEC, representa um significativo avanço na disseminação do modelo de trabalho em formato de Arranjos, o que contribui em grande escala com a nossa missão; foi uma imensa responsabilidade, e também uma honra contribuir nesse projeto”, destaca a coordenadora de Produção e Disseminação de Conhecimento e Comunicação no Instituto Positivo, Maria Paula Mansur Mäder.

Lego

Pela primeira vez, em parceria com Disney, LEGO Foundation DOW e FIRST, o Instituto Positivo selecionou, por meio de edital, 38 Associações de Pais e Mestres (APMs) de escolas públicas para receberem gratuitamente ferramentas educacionais da LEGO® Education, com material da temporada e acesso aos materiais digitais, além das formações necessárias para a aplicação do programa com pelo menos 40 estudantes. Os materiais serão usados no preparo de crianças para o torneio de robótica.

Centro de Educação Infantil Maria Amélia (AMA)

Em 2022, a gestão do CEI Maria Amélia, em Curitiba, numa parceria com o Colégio Positivo, continuou forte e com muitas ações. Após dois anos com a rotina escolar bastante comprometida por conta da pandemia, a AMA retomou seus trabalhos em período integral para todos os alunos. Também foi possível a realização de ações com as famílias e projetos com alunos dos colégios Positivo e da Universidade Positivo. Entre os projetos desenvolvidos estão: Dia da Família, Positivação de Inverno, Papo em família – Escola de pais, Capoeira, Entrada das Famílias na Escola, Noite da Lua, Semana da Criança, Exposição de Atividades AMA e Natal Solidário. Além de ações com alunos dos cursos de Medicina, Farmácia, Medicina Veterinária, da UP, e os projetos Humanizar-se, do Colégio Positivo – Ângelo Sampaio e atividades com alunos do Ensino Médio do Positivo International School, que organizaram dinâmicas a cada 15 dias, entre elas música, experiências, aula de inglês, atividades de movimento e doação de alimentos.

“2022 trouxe nossa primeira década de atuação e também um saldo positivo de realizações. Foi mais um ano de muito trabalho e com resultados que nos enchem de orgulho. A colaboração de cada um permitiu tirar muitos projetos do papel. Seguimos com nosso propósito de melhoria da educação pública que beneficia crianças, professores e gestores”, finaliza Eliziane.

Veja aqui o relatório de atividades: http://relatorioinstitutopositivo.com.br/2022/

Em Curitiba, escolas católicas debatem presença feminina na educação

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Escolas católicas parceiras do Sistema Positivo de Ensino de todo o país se reúnem em Curitiba para falar sobre a presença feminina na missão educativa. Entre os dias 26 e 28 de abril, professores e gestores de instituições de ensino de inspiração cristã participam do XI Encontro de Escolas Católicas.

Promovido pelo Sistema Positivo de Ensino, o encontro tem o objetivo de falar, sob um ponto de vista confessional, sobre a atuação das mulheres nos processos de ensino e aprendizagem e como o exemplo de Maria pode inspirar essas profissionais em sua atuação no cotidiano escolar. De acordo com a coordenadora pedagógica para escolas confessionais conveniadas ao Sistema Positivo de Ensino, Lúzia Martins, o trabalho feminino junto aos estudantes sempre teve papel fundamental na formação cidadã e humana. “Historicamente, estamos à frente da missão de humanizar as relações entre as pessoas e os conteúdos, facilitando o processo de aprendizagem e aproximando os estudantes e suas famílias da equipe escolar”, contextualiza.

Tradicionalmente administradas por padres, as escolas católicas foram, ao longo dos últimos séculos, tornando-se espaços cada vez mais ocupados por mulheres. Muitas das instituições mais conhecidas e prestigiadas do Brasil são, hoje, conduzidas por freiras e noviças de várias congregações. Além dos times administrativos, em boa parte das escolas o corpo docente é majoritariamente composto também por mulheres.

Inspiração mariana

Não à toa, a grande inspiração para o trabalho desenvolvido por essas escolas vem da figura feminina mais importante a aparecer na Bíblia: Maria, mãe de Jesus. Admirada como exemplo de força e resiliência feminina, ela segue sendo, ainda hoje, modelo para as ações de todas aquelas que buscam oferecer uma educação mais humana e dedicada.

“Maria aparece, em muitas passagens bíblicas, como uma agente pacificadora e conciliadora, um papel que é indispensável para quem trabalha com a missão educacional. A exemplo de Nossa Senhora, podemos aprender a exercitar diversas habilidades fundamentais para o educador, como a paciência, a dedicação, o amor e a delicadeza”, afirma Lúzia. O encontro é realizado uma vez por ano entre os educadores e gestores que trabalham em instituições de ensino que têm entre seus valores a religiosidade, uma oportunidade para debater os desafios e as possibilidades na educação católica.

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Sobre o Sistema Positivo de Ensino

É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.

Com sistemas híbridos, compra e venda de veículos ficam mais personalizadas e aquecem mercado automotivo

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Digitalização faz grupo de concessionárias alcançar 10 milhões de novos usuários, com 55% dos atendimentos sendo convertidos em vendas

O digital é a escolha de mais de 90% dos consumidores para pesquisar automóveis no processo de compra. O dado faz parte do relatório da GearShift TNS Kantar, que mostra: a busca por informações no ambiente on-line tem sido determinante para a tomada de decisão. Para acompanhar a mudança de comportamento do consumidor, as concessionárias estão apostando em sistemas híbridos, que têm o digital como pontapé inicial na jornada de compra. Cada vez mais, a indústria automotiva deve combinar elementos do mundo virtual com o do físico para personalizar ainda mais a relação com o cliente.

“É preciso repensar a forma como as empresas se posicionam em relação aos clientes e migrar para o on-line sem esquecer da importância do atendimento humanizado”, analisa Marcos Pavesi, head comercial da Dealersites, startup que lidera a digitalização do setor automotivo no Brasil. Com o olhar voltado para o mercado, o especialista entende que uma jornada de compra enriquecedora começa com estratégias alinhadas e integração de dados. “Não basta apenas fazer bom uso dos recursos tecnológicos, tem que se preocupar também com a performance de vendas e o ranqueamento do site”, explica.

A transformação digital não é apenas um diferencial competitivo, mas uma necessidade. Investir em inovação e tecnologia faz parte da estratégia de concessionárias que entendem que essa é uma escolha inteligente para alavancar os resultados. É o que acontece no Grupo Urca, que é referência no país ao utilizar o meio digital como aliado para melhorar a experiência de compra, o alcance de público e a eficiência de negociações. “Hoje, a digitalização já é natural para o consumidor, que vê a tecnologia presente em tarefas diárias e em vários segmentos do mercado. Por isso, acompanhar a trajetória do cliente, desde o primeiro contato com a empresa até a aquisição do carro, é uma receita de sucesso”, reforça o gerente de CRM do Grupo Urca, Edcarlos Silva.

Conectividade gera negócios

São 15 milhões de sessões e 10 milhões de novos usuários que passaram pelo site do Grupo Urca apenas entre março e outubro de 2022. Os números são significativos, já que 73% dos agendamentos marcados pelo site foram realizados e 55% convertidos em vendas. A nova aposta segue um planejamento cuidadoso para acompanhar a sequência de bons resultados do grupo que conta com mais de 15 concessionárias em Minas Gerais e Goiás. “Mês a mês percebemos que a digitalização está trazendo resultados sólidos. Hoje, o nosso grande sucesso vem ao encontro das parcerias que estabelecemos com empresas como a Dealersites, que nos ajuda a fortalecer esse conceito de concessionária do futuro”, afirma Edcarlos.

O site é a primeira impressão que o cliente tem sobre a concessionária, e precisa ser rápido, fácil de usar e apresentar informações atualizadas sobre os veículos disponíveis. Após acompanhar de perto as mudanças dentro do Grupo Urca, Marcos Pavesi percebe que a adoção de uma estratégia digital e o investimento em soluções inovadoras são pontos fundamentais para garantir a competitividade no mercado. “São grandes os desafios na busca pela consolidação da venda de automóveis por meio do digital, mas tudo é possível quando juntamos know-how de mercado combinado com as melhores ferramentas”, salienta o head comercial da Dealersites.

O futuro do mercado automotivo é virtual e algumas concessionárias já estão se preparando para essa evolução. Nesse cenário, as expectativas para os próximos anos são de que a venda de veículos de forma 100% digital se torne uma rotina para consumidores e revendedores do mundo todo. No Brasil não será diferente e as concessionárias que se adaptarem a esse novo modelo de negócios mais cedo sairão na frente dos concorrentes. “Não apenas os carros precisam ser mais tecnológicos, eficientes e sustentáveis, chegou a hora do processo de venda ser digitalizado para gerar novas experiências”, conclui Edcarlos.

Sobre a Dealersites

A Dealersites é uma startup paranaense que atua na digitalização do mercado automotivo. Criada em 2015, a startup tem mais de mil clientes em todo o país. O foco da empresa é atuar na experiência do consumidor, investindo em estratégias de marketing digital para gerar maior conversão para as concessionárias. Para isso, desenvolve plataformas digitais 100% voltadas ao setor automotivo, à performance de vendas e a análises e integração de dados, além de realizar um trabalho de SEO para manter os clientes bem ranqueados nos mecanismos de busca e oferecer indicadores de marketing digital – como métricas de analytics – que ajudam nas estratégias e tomadas de decisões.

Técnica cirúrgica reverte sintomas do Parkinson em curto e longo prazo

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Pacientes de hospitais públicos e privados realizam procedimento que estimula cérebro e recupera coordenação motora, mesmo após 15 anos do dispositivo implantado

Tremores involuntários, rigidez muscular e lentidão nos movimentos fazem parte do dia a dia de pessoas diagnosticadas com o Mal de Parkinson. Mas a medicina já tem uma solução para controlar os sintomas motores dessa doença: implantes de pequenos eletrodos em estruturas específicas do cérebro. Um procedimento minimamente invasivo e com o paciente acordado que pode surtir efeitos de curto e longo prazo, mesmo após 15 anos do dispositivo implantado. É o que mostrou um estudo publicado pela revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia. E, há mais de duas décadas, pacientes de hospitais de Curitiba (PR) contam com essa opção de tratamento. 

Além de conter os tremores, uma pesquisa publicada na revista Frontiers in Neurology indicou que o implante reduz em 51% o uso de medicamentos para controle de dopamina, neurotransmissor que está em escassez na massa cinzenta de quem sofre da doença de Parkinson. Na falta da dopamina, o corpo demora para ouvir ordens para se mover e os comandos são descoordenados. “O melhor resultado é a combinação da cirurgia com a dose exata da medicação. A doença não é curada, mas a soma dos dois fatores eleva a longevidade e traz mais qualidade de vida para os pacientes”, explica o neurocirurgião dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Alexandre Novicki Francisco.

Recomeços

Mais de vinte anos se passaram desde que o padre Valnei Pedro Reghelin começou a perceber os primeiros sinais de tremores nas mãos. Ele é um dos 200 mil brasileiros que vivem com Parkinson e está entre os 2% de pacientes que receberam o diagnóstico antes dos 40 anos, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A descoberta da doença chegou enquanto realizava uma missão pastoral na China e, logo em seguida, o agravamento dos sintomas levou o sacerdote a buscar tratamentos no país de origem. Apenas em março de 2015, Valnei entrava no Hospital Marcelino Champagnat para realizar uma cirurgia que permitiria um novo começo. 

“Durante as consultas, os médicos explicavam que a doença poderia me tirar os movimentos das pernas a ponto de depender de uma cadeira de rodas. Por isso, não exitei em realizar o procedimento o mais rápido possível e, hoje, afirmo que essa cirurgia trouxe uma mudança muito grande na minha vida”, conta o paciente, emocionado. “É inesquecível o momento exato em que o eletrodo começa a funcionar. Ainda na sala de cirurgia, o médico testa o nível de energia e, no mesmo instante, tudo fica calmo, porque os tremores simplesmente param”.

Após doze meses do eletrodo implantado no cérebro, o padre Valnei já embarcava de volta para a China. Hoje, com 57 anos, ele leva uma vida muito próxima do normal, com acompanhamento de outros especialistas e livre de fármacos, buscando conscientizar sobre a importância do tratamento precoce do Parkinson. “O que quero deixar para o mundo é que não podemos desistir nem deixar que essa doença nos defina. Eu não sou o Parkinson, apenas tenho e convivo com a doença”, reflete o padre.

Marca-passo da esperança

Mesmo diante de sintomas complicados do Parkinson, o tratamento é possível. E a esperança está na Estimulação Cerebral Profunda (ECP), também conhecida como marca-passo cerebral. O funcionamento das estruturas cerebrais é normalizado a partir de uma corrente elétrica que passa por diversas regiões do cérebro e por anos sem interrupção. Essa terapia tem evoluído desde os anos 1980, quando começou a ser utilizada para tratar a doença, e é indicada para pacientes que estão na fase intermediária. “A partir do quinto ano de diagnóstico, o paciente começa a não responder corretamente aos medicamentos e precisa aumentar as doses, e é nesse momento que é indicada a cirurgia”, explica o neurocirurgião. 

Realizada pelos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, a cirurgia se divide em duas etapas. Na primeira, um ou mais eletrodos, dependendo do caso, são implantados no cérebro, por meio de uma pequena incisão na região frontal do crânio, utilizando-se um arco de precisão submilimétrica. O indivíduo fica acordado durante esse processo para que, uma vez que os eletrodos estejam no lugar, os médicos avaliem a fala, a coordenação motora e os tremores. O dispositivo envia sinais elétricos constantes e pode ser colocado em três núcleos diferentes do cérebro envolvidos com o Parkinson. Na segunda etapa, um gerador de pulsos, chamado neuroestimulador, é inserido na área da clavícula com uma bateria acoplada, que necessita de troca a cada cinco anos, em média

A capacitação das equipes médicas e a estrutura hospitalar tornam realidade cirurgias como a de Valnei. “Para que o procedimento alcance resultados satisfatórios, diferentes especialistas estão envolvidos. Além do neurocirurgião e nossa equipe intermitente, o neurologista desempenha um papel fundamental”, conta Alexandre Novicki. Há mais de duas décadas atuando com pacientes parkinsonianos, o médico explica que o Hospital Universitário Cajuru desponta como pioneiro na realização desse tipo de procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná e a equipe tem sido procurada por unidades hospitalares do interior do estado para treinamento de outros profissionais. “É um trabalho em conjunto, em que o maior objetivo é prestar um serviço de qualidade para a sociedade”, finaliza.

Biomédicas alertam sobre sintomas e diagnóstico da hemofilia

Cerca de 350 mil pessoas em todo mundo têm hemofilia; uma alteração genética-hereditária e rara no sangue que pode causar distúrbios na coagulação. No Brasil são mais de 13 mil portadores da doença, o que coloca o país na quarta posição global, segundo a Federação Mundial de Hemofilia.

O Ministério da Saúde orienta que o diagnóstico seja realizado precocemente para que os pacientes recebam os cuidados o quanto antes. O tratamento da enfermidade é integral e gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS).

“O assunto ganha relevância em abril – quando o tema é mais abordado para conscientizar as pessoas sobre a doença – mas o alerta vale para o ano todo”, explica Daiane Pereira Camacho, doutora em Microbiologia, diretora da 15ª Regional de Saúde de Maringá e vice-presidente do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª região (CRBM6).

O que é a hemofilia
A hemofilia é uma doença que provoca sangramentos prolongados em virtude da dificuldade na coagulação sanguínea, ocasionada pela deficiência de proteínas.

As pessoas devem suspeitar quando houver sangramentos sem causa aparente. A hemofilia é uma enfermidade ligada ao cromossomo X, acomete mais homens – uma vez que eles têm apenas um cromossomo X – é rara no sexo feminino e não é contagiosa.

Sintomas
Geralmente a hemofilia é identificada ainda na infância. Ela é percebida devido ao surgimento de hematomas, sangramentos demorados diante de pequenos traumas logo que a criança começa a engatinhar, andar e cair.

Os sangramentos podem ser internos, nas articulações, na região subcutânea [pele e músculos] e provocar o surgimento de manchas roxas que demoram a sumir. Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares que desgastam primeiro as cartilagens e depois provocam lesões ósseas. Os principais sintomas são dor forte, aumento da temperatura e restrição de movimento. As articulações mais comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e cotovelo.

Em casos graves, as hemorragias podem acontecer sem causa aparente, sendo desencadeadas até mesmo por atividades do dia a dia como caminhar, correr e realizar atividades domésticas.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito observando o quadro clínico do paciente e realizando exames de sangue específicos como a dosagem de atividade coagulante, testes que permitem avaliar o tempo de coagulação e a identificação do que está em falta no organismo.

“Para que a identificação seja precisa, a recomendação é fazer exames clínicos em laboratórios reconhecidos, certificados, que tenham profissionais devidamente habilitados para ter segurança nos procedimentos e nos resultados das análises”, esclarece Gislaine Cavicchioli, biomédica, conselheira suplente do CRBM6 e responsável técnica do Laboratório-Escola do Centro Universitário Uningá.

Tratamento
Após o diagnóstico, é fundamental iniciar o tratamento para fazer a reposição dos fatores de coagulação deficientes no organismo, que podem vir do sangue humano ou ainda por meio de técnicas de engenharia genética.

Também existem tratamentos adicionais que envolvem fisioterapia para fortalecer músculos e articulações e medicação para controlar a dor e prevenir infecções. “Em todos os casos, é fundamental ter orientação e supervisão de um médico. Nada de se automedicar ou ignorar a doença”, enfatiza Daiane.

Tipos de Hemofilia
A hemofilia é classificada nos tipos A e B. Pessoas com o tipo A são deficientes de fator VIII (oito). Já as pessoas com o tipo B são deficientes de fator IX (nove); componentes importantes que ajudam na coagulação do sangue. A ausência desses fatores ocorre devido a uma mutação nos genes responsáveis pela produção deles, que estão no DNA.

Em ambos os casos, os sangramentos são iguais. Porém, a gravidade depende da quantidade de fator presente no plasma (líquido que representa 55% do volume total do sangue), que geralmente se mantém o mesmo durante toda a vida.

Cuidados básicos
Os pacientes hemofílicos precisam tomar alguns cuidados básicos para evitar ou minimizar os riscos de hemorragias e complicações.

Daiane Pereira Camacho, vice-presidente do CRBM6, e Francine Maery Dias Ferreira Romanichen – doutora em Ciências da Saúde, professora dos cursos de Biomedicina e Farmácia do Centro Universitário Uningá e farmacêutica-bioquímica do Laboratório Central da Prefeitura de Maringá – listam algumas precauções:

  1. Siga o plano de tratamento prescrito pelo médico, incluindo o uso de concentrados de fatores de coagulação e outras medicações, conforme necessário;
  2. Evite atividades físicas ou esportes que possam aumentar o risco de lesões, especialmente em áreas vulneráveis como as articulações. É importante encontrar atividades que possam ser feitas com segurança e evitar aquelas que envolvam contato físico;
  3. Seja prudente e evite lesões acidentais. Utilize equipamentos de proteção adequados como capacetes, joelheiras, cotoveleiras, etc;
  4. Evite tomar medicamentos sem orientação médica, pois alguns deles podem aumentar o risco de hemorragias;
  5. Evite procedimentos invasivos como extrações dentárias. Caso necessário, o paciente deve ser pré-tratado com concentrados de fatores de coagulação para minimizar o risco de sangramento;
  6. Mantenha boa higiene bucal e visite o dentista regularmente para prevenir problemas dentários e reduzir a necessidade de procedimentos invasivos;
  7. Tenha uma alimentação saudável e equilibrada para manter uma boa saúde. Evite alimentos que possam interferir na coagulação sanguínea como aqueles ricos em vitamina K;
  8. Faça check-ups regulares com um hematologista para monitorar a saúde e ajustar o tratamento conforme necessário.

“Lembre-se de que os cuidados básicos podem variar, dependendo do tipo e da gravidade da hemofilia de cada paciente. Portanto, é fundamental conversar com um médico especialista e obter orientações específicas sobre o tratamento e os cuidados necessários”, finaliza a vice-presidente do CRBM6, Daiane Pereira Camacho.

  DJ Meme, ícone da House Music Brasil, chega à Curitiba

O produtor musical – considerado um dos ícones da House Music Brasil, com 23 discos de ouro -, Marcello Mansur, conhecido como DJ Meme, estará em Curitiba, nesta sexta-feira (28), às 19h, para debater o cenário da música no Brasil.

Além dos discos de ouro, Marcelo acumula 15 de platina e 13 de diamante e oito indicações para melhor DJ da DJ Sound Awards.  Com mais de 30 anos de carreira, O DJ Meme produziu para grandes artistas nacionais e internacionais, como Lulu Santos, Marina Lima, Rita Lee, Shakira e Mariah Carey, entre outros. Possui dezenas de músicas de autoria própria, além de trilha sonora de filmes, novelas e comerciais. 

O evento é uma parceria do curso de produção musical do Centro Europeu com a Academia Internacional de Música Eletrônica (AIMEC).

De acordo com o diretor da AIMEC Brasil, André Motta, o workshop vai abordar a produção musical, área na qual o artista é um dos mais relevantes. “Não existe na música eletrônica alguém com tantos títulos como ele, que produz também para diversos artistas nacionais e internacionais”. 

Durante o evento, Marcelo vai falar sobre a própria experiência e interagir com o público em bate-papo. “Os interessados vão poder entender o processo de como fazer um remix encomendado, como funciona para produzir uma música própria, um artista que contrata um produtor. Ele vai abrir um projeto de música no computador para que as pessoas possam ver esse material”, explicou o diretor que também será responsável por moderar o evento. 

Para participar basta se inscrever pelo link abaixo previamente. A entrada é 1 kg de alimento não perecível. Serão feitos sorteios de licença para software de produção musical. 

CURSO – O Centro Europeu oferece os cursos de DJ e produção musical para quem tem interesse em ingressar neste mercado. Segundo o supervisor do curso, Sandro Cruz, o aluno sai da instituição pronto para o mercado de trabalho. “Ensinamos desde o básico; quem nunca mexeu no equipamento e não sabe nada de música sai tocando de forma profissional, aprende desde o zero até a parte performática. Já quem estuda produção musical já sai do curso com uma música autoral”, ressalta. 

Como diferencial os alunos contam com professores que atuam no mercado. “Temos também uma parte bem didática e próxima dos alunos, procuramos sempre atender a todos da melhor forma possível, proporcionando uma experiência individual para que todos sintam-se bem estudando conosco”, disse o supervisor. 

Serviço: 

DJ Meme em Curitiba 

Data: 28/04/2023

Horário: 19:00 horas

Inscrições neste link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc9YaQk0gQHS3FqNh9KW-vVSX_FTEB1MQOScC9-6kavv6ELbA/viewform

Local: Hotel Centro Europeu

Praça Gen. Osório, 61 – Centro, Curitiba – PR

(41) 3021-9900

Coisas que nunca reparamos até que o ódio exploda

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Daniel Medeiros*

Converso com professores de todo lugar e tenho uma história a contar dessas conversas: grande parte dos professores acredita saber reconhecer as “vítimas” preferenciais do bullying.

Alguns depoimentos: “Quando começa o ano, fico na porta recebendo as crianças e, só de olhar, já sei quem vai ter problema e quem vai dar problema”.

Já pego os fraquinhos e ponho mais perto de mim e digo pra eles: qualquer coisa, fala comigo, tá?”

“Eu converso com os pais e já vou alertando sobre os filhos deles. Se os pais não preparam os filhos para a escola, eu sozinha é que não vou conseguir dar conta!”

Bom, há muitas variações sobre o mesmo tema. Há uma pré ocupação com certos tipos de alunos e alunas: os magrinhos, baixinhos, tímidos, com alguma deficiência física ou mental, gordos, com manchas ou cicatrizes aparentes, etc. Não é difícil imaginar outros exemplos de candidatos às brincadeiras, achincalhes, discriminações, agressões físicas e morais, isolamento, humilhações e exposição a todo tipo de ridículo, durante a aula e ao longo dos intermináveis recreios.

Interessante é que muitas dessas preocupações acabam enfatizando essas diferenças já no início do ano.

Olha aí turma, não é porque o colega é gordinho que eu quero ver aqui qualquer tipo de brincadeira com ele, está certo?”

“Atenção, atenção, a amiga de vocês tem uma dificuldade de acompanhar a aula porque ela teve um probleminha na infância. Quero todo mundo ajudando e colaborando com ela, ok? E nada de gracinhas!”

Boa parte dessas expressões preocupadas são detalhadas pelos pais. Conheci um que chegou a combinar com a professora um complexo sistema de sinais para que ela entendesse as necessidades da filha, tão tímida que não conseguia falar durante a aula. Assim, se ela coçava a orelha é porque desejava ir ao banheiro; se apertasse o nariz, queria tirar uma dúvida; se pegasse no cabelo, é porque alguém a estava incomodando.

As crianças e adolescentes, de maneira geral, são observadores e perspicazes. Não há convite mais irresistível que essas chamadas de atenção dos adultos.

Lembro da mãe que assistia ao desfile de 7 de setembro da minha escola e gritava, histérica: “João Ricardo! João Ricardo! Olha! É a mamãe!” Todos olhavam, menos o coitado do João Ricardo que queria que um fosso se abrisse sob seus pés para sumir e escapar das inevitáveis brincadeiras dos colegas.

Ou da outra mãe que interrompeu uma aula, preocupada, com uma lancheira de cor salmão nas mãos: “Desculpe, professor, quero só entregar o “lanchinho” para o Vítor, que esqueceu”. E dirigindo-se para o filho: “Vitinho, não se preocupe mais, mamãe trouxe o lanche”.

Vítor era aluno do nono ano.

Não há pais mal-intencionados. Não há como imaginá-los conspirando antes de expor os filhos a situações dessa natureza. Mas exemplos como esses são comuns, muito comuns.

Alguns professores são muito jovens. Ou consideram-se jovens. Ou precisam, precisam muito, parecer jovens. E estabelecem padrões de relacionamento com seus alunos que inclui aceitar ser chamado por apelidos e atribuir apelidos aos alunos.

Isso acontece com muitos pais também. De alguma maneira, consideram essa postura uma forma de identidade com os filhos. São “amigos”, brincam como amigos, trocam insultos, “mas tudo numa boa”.

Isso acontece com irmãos e irmãs mais velhas. Parentes. Amigos dos pais. Todos consideram que os apelidos familiares podem atravessar a fronteira da intimidade do lar e ganhar o mundo. É só brincadeira, sem maldade.

Não conheço professores que se comportem assim com a intenção malévola de prejudicar ninguém. Pelo contrário, acreditam que agindo assim, facilitam o aprendizado e tornam a vida dos alunos e alunas na escola menos chata, mais interessante.

Todos querem ajudar. Ou apenas fazer uma brincadeira. Ou não querem nada em especial.

Agora pergunto: quais são as ações, gestos ou palavras que proferimos envolvendo alguém e não reparamos? Ou mesmo reparando, não medimos suas consequências? Ou mesmo medindo as consequências, não imaginamos se a vítima vai concordar ou não com elas? E fazemos tudo isso com pessoas que gostamos ou contra as quais não alimentamos qualquer oposição.

Perguntas como essa exigem reflexão. Reflexão é uma palavra muito rica. E também poderosa. Significa “voltar-se sobre a minha ação”.  Ou seja, um revisitar de coisas que faço sem que tenha pensado antes de fazer isso.

Professores, pais, parentes, amigos, quase nenhum deles acredita ser responsável por parte importante das práticas de bullying que assolam o país. Mas são. Somos.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros