Home Blog Page 386

A nova geração das tecnologias em sala de aula

0

Enzo Kalinke*

O uso de tecnologias no ensino, por parte de professores e alunos, traz não apenas novas possibilidades em sala de aula e novas propostas pedagógicas, como também muitos debates para entender até que ponto a tecnologia pode ser benéfica para o aprendizado.

No início dos anos 2000, debatia-se, amplamente, se o uso da internet em salas de aula seria benéfico. Seriam as informações encontradas na rede confiáveis? Ou teriam um caráter acadêmico? No início da década de 2010, o debate era sobre a popularização dos smartphones, e como esses dispositivos poderiam ser distratores no ambiente escolar. Na primeira metade da década de 2020, discutimos a I.A. (Inteligência Artificial). 

Hoje, percebe-se que a internet não apenas auxiliou professores e alunos, mas também foi a base do ensino durante a pandemia de covid-19, quando fomos obrigados a aprender e ensinar por meio da rede. Em um grande número de colégios, a rede é encontrada em todas as salas de aula. Para os estudantes, é uma ferramenta utilizada como plataforma de ensino, meio de pesquisa e até uma nova forma de comunicação  com colegas e professores. O uso da rede global de computadores dentro das escolas já é um consenso. 

Seguindo a evolução tecnológica, chegamos aos smartphones, telefones com acesso à internet. Acredito que tais dispositivos têm o potencial de serem utilizados em sala de aula como facilitadores. Porém, o mesmo aparelho que apresenta em segundos os resultados de uma pesquisa, ou faz um cálculo matemático, traz o acesso a jogos, mídias sociais e inúmeras outras funções que tornam-se distratores dentro de sala de aula. Sendo assim, o uso de smartphones nesse espaço acaba por não formar uma unanimidade entre os profissionais da educação.

Hoje, discute-se uma tecnologia que é diferente das citadas acima. Falamos sobre a Inteligência Artificial, a qual, diferentemente dos smartphones e da internet, tem uma capacidade de criação antes  encontrada apenas no cérebro humano. Não apenas discutimos uma tecnologia que facilita o acesso dos estudantes e dos professores à informação, mas uma inteligência capaz de criar textos, imagens e até mesmo respostas prontas, trabalhos discursivos inteiros e ainda explicar satisfatoriamente o motivo de uma resposta ter sido escolhida como correta. 

A Inteligência Artificial como novo membro da sala de aula, traz inicialmente os mesmos debates que as outras tecnologias. Questiona-se até que ponto a I.A. é uma facilitadora ou um problema dentro das escolas. A falta de concordância sobre o uso da I.A. em salas de aula é provada quando percebemos que escolas, como as do estado de Queensland, Austrália, proíbem o uso de uma das I.A. mais populares atualmente, o ChatGPT. 

Ainda na Austrália, as universidades Flinders University, University of Adelaide e University of South Australia tomaram decisões diferentes, permitindo o uso da I.A., desde que seja declarado. Ou seja, em uma mesma nação, encontramos  divergências em relação ao uso de tal tecnologia. 

Como professor, sou a favor de todas as tecnologias que possam auxiliar o aprendizado, facilitando o acesso à informação. Deve-se antes compreender, de que forma a I.A. pode auxiliar o professor e seus alunos, e quais as suas vantagens pedagógicas. Porém, penso que é dever da escola e dos educadores garantirem que todo tipo de tecnologia possa ser utilizada de maneira correta.

A internet como ferramenta escolar é um consenso, os smartphones não. Já a I.A. ainda levanta debates sobre de que modo seu conhecimento pode auxiliar os alunos, ou se pode acostumá-los a apenas digitar para ter uma resposta. O meu receio, assim como dos educadores em geral, é da criação de uma geração de alunos sem capacidade de síntese e sem senso crítico.

Sinto que a internet é uma “nova Barsa”, trazendo todos os tipos de conhecimento condensados em uma só rede, de modo que a enciclopédia antes encontrada apenas em folhas de papel, pode agora ser acessada com o toque de alguns botões. As capacidades de pesquisa e síntese da I.A são inegáveis, e trazem não apenas os dados condensados na rede, mas os interpreta e cria respostas lógicas. Resta saber de que modo essas capacidades podem fazer com que os alunos aprendam, ou se podem prejudicá-los por não precisar mais desenvolver as habilidades que a I.A. agora traz.

*Enzo Kalinke, especialista em Educação Internacional, é professor de História do Colégio Positivo.

Associação que representa mais de mil condomínios no Paraná tem novo presidente

A Associação das Administradoras de Condomínios do Estado do Paraná (AACEP) tem novo presidente. A partir de janeiro quem coordena os trabalhos da entidade que representa mais de mil condomínios no Paraná é o advogado Claudio Marcelo Baiak.

Entre os objetivos desta nova gestão para os próximos dois anos está a ampliação do número de administradoras filiadas à entidade, gerar mais benefícios aos participantes, criar um clube de serviços, aproximar a AACEP de órgãos representativos de classe, do município e do Estado.

“Também convidamos alguns profissionais experientes do mercado para serem colunistas em nosso site. Dessa forma, todo mês eles devem escrever sobre temas relacionados à gestão condominial, leis, novidades, atribuições do administrador, do síndico, dos moradores entre outros assuntos. O objetivo é trazer mais conhecimentos e prestar um serviço gratuito àqueles que transitam pelo segmento condominial e que também residem em condomínios em todo Paraná”, explica Baiak.

Segundo estimativas do setor, em Curitiba e Região Metropolitana existem cerca de 10 mil condomínios residenciais, empresariais e mistos. No Paraná, o número fica próximo de 20 mil ambientes coletivos. Já no Brasil, segundo a base de dados da Receita Federal, existem cerca de 500 mil condomínios registrados.

Fortalecimento do setor
A Associação das Administradoras de Condomínios do Estado do Paraná foi fundada em maio de 2016 e tem sede em Curitiba (PR). A entidade foi criada para auxiliar empresas do ramo condominial, trazer novidades e informações para desenvolver o setor com profissionalismo, compromisso, ética e qualidade.

Em 2022, a entidade realizou o Segundo Meeting de Administração Condominial e movimentou o setor com novidades, interações e palestras gratuitas. Em 2023, segundo o presidente Claudio Marcelo Baiak, está prevista uma nova edição do Meeting – associado à uma feira de serviços –e uma série de palestras formativas ao longo do ano.

“Pretendemos criar mais ações para aproximar ainda mais as administradoras conveniadas à entidade, trazer informação e qualificação ao setor que representamos”, destaca. O calendário de ações da entidade poderá ser conferido no www.aacepr.com.br.

“A luta por mudanças na modelagem do pedágio ou até por um novo modelo econômico avança”, afirma dep. Arilson após reunião com ministro em Brasília

O pedágio proposto para as rodovias paranaenses começa a ganhar novos contornos após reunião em Brasília nesta quinta-feira (09/02). O encontro ocorreu entre o deputado estadual Arilson Chiorato (PT), a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, o ministro do Transporte Renan Filho (MDB), vários deputados da bancada do Partido dos Trabalhadores, tanto estaduais quanto federais, coordenadores do estudo técnico sobre o pedágio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e também integrantes da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, da Assembleia Legislativa do Paraná.

O coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, deputado Arilson Chiorato, garante que o modelo atual de pedágio passará por mudanças e não descarta, inclusive, uma nova modelagem. “A reunião desta quinta-feira foi muito produtiva, por mais de duas horas, discutimos o pedágio do Paraná. Mais uma vez, argumentos técnicos embasaram a reunião e a luta por mudanças na modelagem do pedágio ou até por um novo modelo econômico avança”, afirma.

Prefeito Ulisses Maia participa de missão sobre gestão pública na Colômbia

De acordo com o deputado Arilson, o professor e coordenador do estudo sobre o pedágio proposto ao Paraná, Roberto Gregório da Silva, apresentou contraponto técnico, como os passivos de obras e indícios de duplicidade. “Por exemplo, apenas 51% das obras listadas no contrato original foram cumpridas. Permitir que o modelo atual siga em frente, como está proposto, significa dar continuidade a um modelo injusto, caro e ineficiente”, adverte.

Já o também professor da UFPR, Luiz Antônio Fayet levou a proposta de uma nova modelagem. “Essa proposta inicial tira o aporte, que é um inibidor de descontos, e apresentou o caução com título da dívida pública para diminuir a tarifa. O ministro ouviu e entendeu a proposta e abriu continuidade para negociação, inclusive, uma nova reunião técnica já está marcada”, revela o coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio.

A reunião deverá ocorrer na próxima segunda-feira entre os técnicos do ITTI, da UFPR, técnicos da Assembleia Legislativa do Paraná e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Avalio essa reunião como um avanço. Acredito que vamos ter mudanças significativas, que diminuam o preço da tarifa do pedágio paranaense. A luta segue incansável por uma tarifa barata, que caiba no bolso das pessoas, e garanta segurança”, diz.

Reunião – Participaram da reunião em Brasília com o Ministro Renan Filho, os deputados federais Carol Dartora, Ênio Verri, Tadeu Veneri, Gleisi Hoffmann e Elton Welter.

Prefeito Ulisses Maia participa de missão sobre gestão pública na Colômbia

Ecossistema de inovação, aceleração econômica, requalificação dos espaços públicos, inovação social, mobilidade sustentável, atendimento ao cidadão e planejamento urbano são pautas contínuas na gestão municipal de Maringá, que recebeu diversos reconhecimentos importantes por instituições renomadas, pela adoção de ações e projetos de sucesso.

Com foco em uma gestão eficiente e inovadora, o prefeito Ulisses Maia é um dos seis prefeitos do Brasil que formam a delegação para a missão da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) nas cidades de Medellín e Bogotá, na Colômbia, entre 26 de fevereiro e 3 de março. A missão tem por objetivo conhecer cases de sucesso, debater projetos sobre gestão pública com lideranças políticas daquele país, além de conhecer programas que possam ser aplicados em Maringá e região. 

Medicina integrativa pode evitar 80% de doenças relacionadas ao envelhecimento

A missão em que o prefeito Ulisses Maia participará na Colômbia visa pensar sobre a cidade no futuro, com sustentabilidade, acessibilidade, ordenamento territorial e justiça social. “A gestão municipal deve administrar para todos e promover o bem coletivo da população. A busca por eficiência, inovação e justiça são pilares indispensáveis, que devem ser buscados continuamente pelos gestores públicos”, afirmou o prefeito Ulisses Maia. “Conhecer novos projetos, debater propostas e vislumbrar experiências bem-sucedidas é importante para que, juntos, possamos compartilhar experiências a favor da comunidade”, comentou.

Universidade Pública: pilar da contemporaneidade

O trabalho pela cidade hoje e o planejamento para o futuro, é traçado por ações executadas a curto, médio e longo prazo. A exemplo, a elaboração do primeiro plano gestor de arborização da história de Maringá, que especifica as espécies de árvores adequadas que devem ser plantadas em cada rua do município. Há ainda a instalação de Retentores de Impurezas de Águas Pluviais (Riaps) que impedem que folhas e resíduos entupam as galerias, evitando alagamentos de vias e a contaminação de córregos e rios. Sobre sustentabilidade e também gestão eficiente é possível citar o projeto para implantação de duas usinas fotovoltaicas, que abastecerão a energia em todos os prédios públicos da cidade, com uma economia de mais de R$ 1 milhão por mês.

Vendas via WhatsApp: como usar essa estratégia no e-commerce?

Pensando uma cidade ágil e segura, o PlanMob foi discutido por meio de audiências públicas com a participação da comunidade e é o primeiro plano de mobilidade urbana do município. O objetivo é melhorar a vida da população, reduzindo a poluição e os acidentes e estimulando o transporte público e outras formas de locomoção. Pensando o futuro e a micromobilidade, Maringá possui 47 km de ciclovias que interligam todas as regiões da cidade. Além disso, a inteligência artificial, com software de última geração e câmeras que permitem o reconhecimento facial e a identificação de placas de veículos, foi adotada na segurança, por meio da Central de Monitoramento da Guarda Civil Municipal que será inaugurada no fim deste mês.

Na consolidação de Maringá como smart city, o município implantou o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que agiliza procedimentos administrativos, o que permitiu a transformação digital no atendimento da população e diminuiu consideravelmente a emissão de papéis, contribuindo para o meio ambiente. Desde a implantação do SEI, no final de 2020, cerca de 13 mil procedimentos passaram a ser online, resultando em eficiência e agilidade. A população pode optar pelo atendimento público municipal em aplicativos, como o ′Ouvidoria 156′, para o registro de sugestões, reclamações e solicitações, e o Petis, que disponibiliza feirinhas de adoção de animais online e também pedidos de castração gratuitos. O fomento para a criação de um ecossistema de inovação e o impulsionamento econômico é buscado por meio de alianças estratégicas com municípios da região. A criação da Agência Maringá de Inovação e Tecnologia (Amtech) aproxima o setor de tecnologia da informação do governo municipal.

Maringá é pensada para as pessoas. A gestão investe na modernização e revitalização de espaços públicos e incentiva que a população ocupe praças, centros esportivos, Vila Olímpica, entre outros, para atividades de lazer, esporte e cultura. A cidade é destaque em investimento na área de assistência social, sendo a 6ª cidade do Sul do Brasil e a 34ª do país, entre os 5.400 municípios pesquisados pela FNP. Entre as políticas públicas estão a construção de três restaurantes populares, que servem refeições elaboradas por nutricionistas ao custo de R$ 3.

Confira a programação da missão na Colômbia:

26/02/23 – MEDELLÍN 

• Jantar de boas-vindas 

27/02/23 – MEDELLÍN (INOVAÇÃO E ATRAÇÃO DE NEGÓCIOS) 

• Boas-vindas do prefeito de Medellín, Daniel Quintero 

• Ruta N: Ecossistema de inovação – capacita e fomenta a instalação de startups de tecnologia e inovação 

• Agência de Cooperação e Investimentos de Medellín – ACI: Agência de atração de investimentos e cooperação entre cidades 

28/02/23 – MEDELLÍN (REQUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS E INOVAÇÃO SOCIAL) 

• Comuna 13: Bairros de baixa renda em uma encosta no oeste de Medellín – iniciativa promove segurança, inclusão social e qualidade de vida para população periférica 

• Encontro com o governador de Antioquia, Aníbal Gaviria 

01/03/23 – DESLOCAMENTO MEDELLÍN – BOGOTÁ 

02/03/23 – BOGOTÁ (MOBILIDADE SUSTENTÁVEL) 

• Boas-vindas da prefeita de Bogotá, Claudia López 

• Visita a Secretaria Distrital de Mobilidade de Bogotá: Apresentação do Plano de Mobilidade Sustentável de Bogotá (projetos estratégicos) e o modelo de eletrificação da frota de transporte público 

• Centro de Controle Operacional do Transmilenio 

• Pátio de recarga de ônibus 

03/03/23 – BOGOTÁ (ATENDIMENTO AO CIDADÃO, PLANEJAMENTO URBANO E MOBILIDADE) 

• Manzanas del Cuidado: Nova forma de ordenamento territorial em Bogotá, que coloca as necessidades de cuidados dos cidadãos no centro do planejamento urbano. Com oferta de serviços públicos e atendimento ao cidadão, estão instaladas nos bairros a uma distância de até 20 minutos de caminhada. 

• Ciudad Bolívar: Visita ao TransMiCable Ciudad Bolívar, Manzana de Atendimento Ciudad Bolivar

PT apoia reforma tributária proposta por Haddad para impulsionar crescimento e empregos no País

Zeca Dirceu disse estar otimista com a aprovação da reforma tributária ainda neste semestre. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criou um grupo de trabalho para tratar do tema. O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) será o relator e o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) coordenador do grupo. O texto da reforma tributária está pronto e não vai começar do zero. No encontro com a bancada, Haddad assinalou que a reforma tributária será essencial para turbinar a economia do País.

No encontro com o ministro da Fazenda, os parlamentares solicitaram medidas de apoio a pequenas e médias empresas e a agricultores familiares. Manifestaram também apoio às declarações do presidente Lula contrárias à taxa de juros de 13,75% mantida pelo Banco Central.

Medicina integrativa pode evitar 80% de doenças relacionadas ao envelhecimento

Os deputados também pediram a correção da tabela do imposto de renda, o aumento real do salário mínimo e a implementação do Desenrola, programa de refinanciamento de dívidas de pessoas físicas. Essas três medidas vão atender mais de 60 milhões de brasileiros, na estimativa de Zeca Dirceu.

Universidade Pública: pilar da contemporaneidade

Para o líder do PT, a taxa do BC é “inexplicável, não existe nada igual no mundo”. Ele criticou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição por manterem taxas estratosféricas de juros, na contramão de bancos centrais como o dos EUA e da União Europeia, onde a inflação é maior que a do Brasil.

“O povo brasileiro passa fome, o desemprego é altíssimo, as empresas não captam empréstimos para investir por causa da taxa de juros. É uma política totalmente errada a do Banco Central”, disse o parlamentar. A taxa de juros real do Brasil é de 8% ao ano, a mais alta do planeta.

Pautas prioritárias

A reforma tributária é apontada como uma das pautas prioritárias do novo governo e do Congresso Nacional. Na Câmara e no Senado, estão em discussão algumas propostas de emenda à Constituição (PECs) que têm o propósito de modificar as normas de tributação. Três delas (PEC 45/19 e PEC 7/20, na Câmara, e PEC 110/19, no Senado) foram objeto de debate nos últimos anos.

A PEC 7, aprovada na comissão especial, pretende cobrar o imposto sobre o consumo apenas na venda final ao consumidor, permite aos estados a adoção de alíquotas complementares de Imposto de Renda e busca retirar encargos da folha de salários. As duas outras propostas têm um mecanismo que busca descontar o imposto pago em fases anteriores.

Em 2020 e 2021, o deputado Aguinaldo Ribeiro produziu um relatório, unificando os textos das PECs 45 e 110. A PEC 45, que chegou a ser avocada para ser votada diretamente pelo Plenário, foi baseada em estudos realizados pelo novo secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy.

(Liderança do PT na Câmara dos Deputados

Medicina integrativa pode evitar 80% de doenças relacionadas ao envelhecimento

0

Hospitais públicos e privados apostam em tratamentos que têm ajudado a reduzir uso de medicamentos ao focar no indivíduo e ultrapassar dualidade saúde-doença

80% das doenças atreladas ao processo de envelhecimento são completamente evitáveis com o apoio da medicina funcional e integrativa. Segundo um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o estilo de vida e o ambiente são decisivos para uma pessoa viver mais de 65 anos. Por isso, hospitais públicos e privados têm dado novos passos na direção de tratamentos que olhem para além da doença do paciente. “A saúde precisa começar por dentro e levar em consideração todos os aspectos que formam o ser humano. É nesse ponto que entra a medicina integrativa, como um elo para guiar a promoção de saúde e qualidade de vida”, afirma a clínica-geral dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, Larissa Hermann.

A medicina integrativa reafirma a importância da relação entre médico e paciente. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o foco precisa estar no indivíduo e ultrapassar a dualidade saúde-doença. Ao estar embasado em evidências científicas e fazer uso de múltiplas abordagens, o médico observa diferentes ângulos do paciente: mental, emocional, funcional, espiritual, social e, até mesmo, comunitário. Isso não quer dizer que não sejam mantidos tratamentos tradicionais ou medicamentosos, mas, sim, que a adição de novas abordagens pode trazer benefícios reais para cada pessoa. “O objetivo é somar esforços com outras áreas, acompanhando o paciente como referência para a avaliação inicial e coordenação do cuidado”, explica a clínica-geral dos hospitais de Curitiba (PR).

A adesão a essa prática tem ajudado a reduzir o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e encaminhamentos para exames de alta complexidade, que estão entre os maiores gastos do país com a saúde. É o que verificou uma pesquisa realizada pelo Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS), já que o cuidado integral permite um diagnóstico mais preciso para pacientes que chegam às unidades de saúde. No Brasil, a oferta de tratamentos complementares acontece no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006 e, atualmente, conta com mais de 28 modalidades na rede pública, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC). O destaque está para tratamentos relacionados à oncologia, cardiologia e pediatria.

Centro do cuidado

A característica principal da medicina integrativa é pensar no indivíduo integralmente e dar valor para a promoção da saúde, mesmo que a pessoa não esteja doente. Segundo a clínica-geral Larissa Hermann, é cada vez mais evidente a necessidade de se discutir novas formas de lidar com o cuidado. “As pessoas esperam ser olhadas e tratadas como um todo, e não somente em partes, como se estivessem fazendo a revisão das peças do carro num mecânico, por exemplo. Elas querem e devem ser observadas na totalidade: corpo, mente e alma”, enfatiza.

“A medicina integrativa não substitui a medicina tradicional, mas ela é uma grande aliada para tratar não só a doença como o indivíduo”, assegura Larissa Hermann. É exatamente isso que a abordagem procura resgatar por meio de valores importantes como: integralidade, preservação da saúde e autocuidado. “É importante que esse tipo de cuidado esteja dentro dos hospitais. Mas antes disso, deve estar presente na vida das pessoas. Porque a promoção da saúde não pode acontecer apenas no consultório médico, precisa estar no dia a dia”, reforça.

O futuro da medicina vai além da tecnologia e do ato de curar. Cada vez mais, o médico assume o importante papel de tratar as raízes dos problemas e evitar o surgimento de outras doenças. “A medicina integrativa precisa ser preventiva, colocando o paciente como protagonista do cuidado com a saúde. O foco no equilíbrio metabólico e nos pilares do ser humano gera um envelhecimento saudável e com qualidade”, conclui.

Universidade Pública: pilar da contemporaneidade

0

Daniel Medeiros*

Descartes já dizia que o bom senso “é a coisa do mundo melhor partilhada”, e que todos possuem a sua cota de racionalidade para melhor compreender. No entanto, dá muito trabalho abandonar as formas não racionais de enxergar as coisas, exigindo tempo, experiência e esforço. Ou seja, não se pode esperar que isso ocorra magicamente.

Kant, um cartesiano de carteirinha, pelo menos até aquele escocês  aparecer na sua vida, destacava que a busca pela autonomia intelectual, consolidada no que ele chamou de “maioridade”, era muito difícil de se alcançar sozinho, pois o medo, a preguiça e a comodidade exercem um poder muito grande sobre a nossa vontade, determinando, na maior parte das vezes, a famosa “área de conforto”, em torno da qual balizamos nossa existência e nossas decisões. “Ousa pensar”, exasperava-se o filósofo alemão, testemunhando o estrago causado pelas superstições, pela manipulação das vontades pueris, pelos preconceitos que ameaçavam existências. No entanto, sem um ambiente para que essa racionalidade possa prosperar, retroalimentar-se e dividir suas conquistas, seremos como os cegos do livro do Saramago, aprisionando-nos, com nossas próprias mãos, ao fundo da caverna.

Foram os franceses quem implementaram a ideia de uma prática coletiva da Razão, transformando a Ciência em uma atividade estratégica para o desenvolvimento da sociedade e o fortalecimento do Estado. Os estudiosos não precisariam mais contar apenas com o mecenato dos ricos e dos nobres, como aconteceu no Brasil com D. Pedro II, conhecido por doar bolsas para artistas e ganhar fama de filantropo enquanto o país patinava na insignificância da educação pública em meio a uma escravidão anacrônica que se estendeu até o penúltimo ano de seu reinado. Surgem na França, ainda em 1794, a Escola Politécnica, para formar engenheiros, e a Escola Normal, para formar professores. É fato que esse impulso acabou tolhido pelas idas e vindas do reacionarismo, mas o bem já estava feito: a contemporaneidade implicaria a Educação Pública como instituição basilar na formação e expansão da racionalidade e no desenvolvimento da ideia de um conhecimento “cívico”, voltado para o bem-estar da sociedade. Hoje consubstanciadas nas universidades públicas, esse espaço onde se “ousa pensar” e amadurecer as racionalidades, esse bastião contra os retrocessos medievais e contra o assalto às conquistas da modernidade. Portanto, um pilar sem o qual qualquer projeto de Nação Moderna e aspirante ao futuro tende a desmoronar.

É evidente que a Ciência, que trouxe avanços inegáveis para a humanidade, principalmente no campo da saúde, da produção de alimentos, na estrutura das cidades, no conforto e bem- estar das pessoas, também proporcionou violência em escala inaudita. Principalmente porque a lição de Kant foi esquecida, a do uso da Razão para delimitar o campo da Ética, por meio de seu imperativo categórico: faça apenas o que puder ser universal. Máxima que, até hoje, é de grande utilidade, quando, por exemplo, você resolve colocar na sua página da internet um fato sem verificação, apenas porque agrada ao seu modo de ver o mundo. Imagina se todos pudessem fazer a mesma coisa? Acabaríamos com as instituições com as quais fizemos um pacto de confiança para manter e expandir o modelo que define a própria contemporaneidade: saúde pública, universidades, imprensa, divisão dos poderes, ciência. Mergulharíamos no caldeirão do preconceito e da superstição, onde o que vale é o que se acredita, sem questionamento. E a falta de questionamento, de problematização, é o veneno da Razão.

Os caminhos que temos diante de nós são muito claros: apostar no que construímos de mais confiável ou entregarmo-nos aos desvarios das certezas da opinião. Como diria Descartes: afundarmos na areia movediça ou fincarmos nossa bandeira sobre rocha sólida? A resposta não é uma mera escolha individual, mas um compromisso público: seremos uma Nação do Bem Comum ou um campo de batalha devastado. 

Sapere Aude !

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.

@profdanielmedeiros

Eventos com temática consciente em Curitiba

Se você é daquelas pessoas que procura lugares com uma pegada diferenciada que representa o equilíbrio entre o consumo consciente e uma alimentação natural, este fim de semana será perfeito para dar um rolê por Curitiba. “Da Terra Feira Vegana” acontece neste sábado, dia 11, no Vila Urbana Gastronomia, enquanto que o “Encontro de Brechós Saí do Armário” será realizado nos dias 11 e 12 na Vila Ida Curitiba. Tudo de um jeito vegano pode sim trazer tendências que consideram, e muito, valores para uma vida mais consciente, com bem-estar e alimentação saudável.

Os eventos acontecem simultaneamente com o objetivo de proporcionar praticidade às pessoas, pois elas podem se locomover de um local para o outro de maneira fácil, uma vez que ambos estão situados próximos no Centro da cidade. De acordo com a empreendedora Gabriela Feola, “Da Terra – Feira Vegana” “tem o objetivo de concentrar diversos empreendedores veganos, artesanais e cruelty free em um mesmo local, para maior praticidade do consumidor”. A ideia aqui é apoiar marcas de pequenos negócios locais e conscientização sobre veganismo com 15 expositores que oferecerão diversos produtos, desde alimentação à decoração de casa, tudo vegano.

Já o “Encontro de Brechós Saí do Armário” está em sua 16ª edição e mantém seus 22 expositores com diferentes stands em cada dia oferecendo ao público roupas femininas, masculinas e infantil, para todos os tamanhos. Além disso, esta edição do encontro contará com outros expositores como o espaço relax com terapia e massagem, acessórios, produtos geek, papelaria e sex shop, e os brechós com peças a partir de 10 reais”. esclarece a empreendedora e produtora de eventos, Kerolen Martins.

Estima-se que 16% dos curitibanos sejam veganos ou vegetarianos. Isso corresponde a mais de 200 mil pessoas que se enquadram nesse estilo de vida onde o que é mais importante é a saúde, o respeito e cuidados com os animais, a sustentabilidade para consumo consciente e reciclado e a proteção ao meio ambiente.

Muitas pessoas não sabem, mas o veganismo está presente em muito mais do que apenas alimentos. Ele se tornou uma filosofia de vida, uma forma de viver de maneira mais humanizada e sem exploração animal. Peças de vestuário, decoração ou de qualquer outra finalidade também são produzidas de maneira sustentável e que se enquadram no conceito vegano desde que não tenham nada de origem animal, como couro por exemplo, e não explorem o trabalho de animais. 

Desperte seu jeito vegano de ser e faça parte dessa história! 


Informações de Serviço dos Eventos:

Da Terra Feira Vegana

* Mais informações e entrevista com: Gabriela Gelinski Feola (41) 9 8488-0053 WhatsApp

Local: Vila Urbana Gastronomia

Endereço: Rua Marechal Deodoro, 686 – Centro – Curitiba/PR – CEP: 80010-010 – próximo ao Shopping Itália, no segundo piso.

Entrada: Franca 

Data: 11 de fevereiro – Domingo.

Horário:  das 10h às 18h 

Rede sociais: 

Instagram

Facebook 

16° Encontro de Brechós Saí do Armário 

* Mais informações e entrevista com: Kerolen Martins (41) 9 9586-8935 WhatsApp

Local: Vila Ida Curitiba

Endereço: Al. Dr. Muricy, 1089 – Centro – Curitiba/PR CEP: 80020-040

Entrada: Franca   

Data: 11 e 12 de fevereiro  

Horário:  das 11h às 18h 

Rede sociais: 

Instagram 

Facebook 

Five Lounge participa do 1.º Circuito de Caipirinhas de Curitiba

0

Com valor único de R$ 18, bar do NH Curitiba The Five preparou duas brasileiríssimas caipirinhas com combinações inusitadas e a cachaça premium Dona Maria

Uma das principais novidades de entretenimento e adições ao cenário curitibano, o Five Lounge participa da 1.ª edição do Circuito de Caipirinhas de Curitiba, evento promovido pela Curitiba Honesta que acontece até 12 de fevereiro. O bar localizado no Batel, mais precisamente no segundo andar do NH Curitiba The Five, contempla um espaço fechado com proposta de identidade visual e design que remete aos elementos da coquetelaria clássica e contemporânea, e ainda, o grande terraço do Complexo The Five, um espaço a céu aberto com poltronas e sofás para aproveitar as noites quentes de verão ao ar livre. 

Com uma carta com 18 drinks autorais, o Five Lounge criou duas caipirinhas especialmente para a ocasião. A Caipirinha Tropical reúne uma refrescante combinação de tangerina, limão Taiti, maracujá, xarope de açúcar, raspas de canela, cachaça Dona Maria e um toque do bitter Fernet branco. Já a segunda criação é a Fiverinha, uma caipirinha de tangerina com café extra forte, xarope de açúcar e Dona Maria, que é produzida artesanalmente em alambique e armazenada em tonéis de inox por seis meses, conferindo uma bebida suave com frescor de cana-de-açúcar recém-colhida. Ambas as caipirinhas têm o preço fixo de R$ 18 e serão servidas com o valor promocional de segunda-feira a sábado, de 15h à 0h. 

SERVIÇO:

Five Lounge & 1.º Circuito de Caipirinhas de Curitiba

Data: 18 de janeiro a 12 de fevereiro

Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 15h à 0h

Endereço: Rua Nunes Machado, 68 – 2.º andar – Batel | Curitiba – PR 

Telefone: +55 41 3434-9400

Instagram: @fivelounge

Opinião: Ano novo, velhas barbáries

0

Mal começamos 2023 e seguimos sentindo os efeitos dos ocorridos de 2022. Em setembro do ano passado, Mahsa Amini, de 22 anos, foi detida pela polícia da moralidade iraniana. Sob a acusação de estar infringindo o rígido código de vestimenta do país, Amini foi levada a uma delegacia da capital Teerã. Três dias após passar mal na delegacia e ser levada ao hospital, a jovem faleceu. Embora as autoridades iranianas afirmem que a morte se deveu a uma doença prévia, a família e os amigos próximos alegam que houve espancamento – tudo por uma mecha de cabelo que estava descoberta.

A morte de Mahsa Amini desencadeou protestos e revoltas por toda a República Islâmica do Irã. Tanto por Amini quanto contra as leis morais e a falta de direitos, mulheres aboliram seus véus, cortaram os cabelos em praça pública e arrastaram milhares de pessoas para as ruas do país. Ainda em setembro de 2022, o presidente iraniano – o ultraconservador Ebrahin Raisi – pediu à polícia que respondesse com firmeza contra os manifestantes. Não adiantou.

Os protestos se espalharam por universidades, escolas de ensino médio e geraram inúmeras greves. Com o lema “Mulher, vida, liberdade”, comerciantes, professores e até mesmo o pujante setor petrolífero do país parou. O resultado do confronto entre polícia e manifestantes foi não apenas milhares de detidos, mas mais de 580 mortos e 1.100 feridos. Em 13 de novembro de 2022, um tribunal iraniano anunciou a primeira condenação à morte de uma pessoa acusada de participar dos protestos. Três dias depois, outras três pessoas foram condenadas à pena capital. Em 8 de dezembro, o primeiro enforcado. No dia 12, a segunda execução pública. Nos últimos meses, mais de 40 pessoas foram condenadas à morte.

Duas execuções provocaram ondas de protesto pelo mundo: um campeão de karatê e um treinador voluntário de crianças e jovens foram enforcados. Embora as execuções no país não sejam novidade – em 2021, o Irã executou mais de 300 pessoas – agora, muitos dos acusados não têm direito à defesa, e outros tantos estão sendo torturados para confessar crimes que não cometeram, segundo a Humans Rights Watch. Na onda de execuções, o país também enforcou o iraniano-britânico Alireza Akbari, de 61 anos, ex-ministro da Defesa, acusado pelo regime de Teerã de espionar para o Reino Unido. Em meio às execuções e aos protestos que geram em todo o mundo, o país do Oriente Médio anunciou novas punições contra mulheres que não usarem o véu, e as proibiu de exercer certas profissões.

Infelizmente, a barbárie não está contida no Irã. No front ucraniano, os russos continuam a guerra iniciada ano passado. Incontáveis bombardeios a áreas civis foram realizados nos últimos dias, mostrando que a covardia de Moscou não tem limites. Iniciamos essa segunda-feira, 16 de janeiro, com mais de 40 mortos em Dnipro, e os últimos dias vêm mostrando outros incontáveis ataques a importantes áreas para a população. Ao que parece, Hannah Arendt estava certa: “Vivemos tempos sombrios, em que as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.”

*João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo (UP). @janyegray