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A guerra em nova fase, mas com a crueldade de sempre

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João Alfredo Lopes Nyegray*

No dia 24 de outubro, a guerra na Ucrânia entrará em seu oitavo mês. No total, são oito meses de surpresas, crueldades e desumanidades. Em fevereiro, quando o conflito começou, não era possível imaginar que o segundo maior exército do mundo enfrentaria tanta resistência. De moral elevada e armamento novo fornecido pela OTAN, os ucranianos têm não apenas repelido a invasão, como reconquistado áreas tomadas pelos russos. 

Foi em resposta aos recentes avanços de Kiev, que o presidente russo convocou cerca de 200 mil reservistas para combater na Ucrânia. A convocação não apenas gerou protestos nas maiores cidades russas, como gerou longas filas de automóveis na direção das fronteiras. O governo chegou a proibir que passagens aéreas fossem vendidas a homens em idade militar. A Duma, o parlamento russo, aprovou uma lei que pode condenar a até 15 anos de prisão os críticos das ações militares russas. Para aqueles que se recusarem a lutar ou desertarem, a pena é de 10 anos de reclusão. Nesse contexto, os russos realizaram referendos de anexação nas regiões em disputa de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson. Buscando “ouvir a vontade da população de tornar-se parte da federação russa”, os referendos obviamente fraudados tiveram resultados pró-Moscou. 

Nessa escalada de tensões, vieram as ameaças nucleares: Putin, Sergey Lavrov – ministro das Relações Exteriores, Dmitri Medvedev – vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e várias outras autoridades reforçaram que o uso de armas de destruição em massa é factível. O que inicialmente parecia um recado ao Ocidente, tem se tornado uma possibilidade próxima. Com mais de seis mil armas nucleares em seu arsenal, a Rússia pode lançar esse tipo de ataque se considerar que a sobrevivência do país está em jogo. O uso mais provável é das chamadas “armas nucleares táticas”, de menor potencial ofensivo e destinada a alvos específicos como cidades, batalhões ou bases militares.

Aliada fiel da Rússia, Belarus está deslocando mais de 70 mil homens para a fronteira com a Ucrânia. Ainda que Lukashenko afirme que não irá tomar parte na invasão, foi a partir de seu país que tropas russas tentaram tomar Kiev – o que segue sem ocorrer. 

O que de fato aconteceu foi a maior crise de refugiados e de crimes de guerra na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial. Investigadores das Nações Unidas já confirmaram que esses crimes existiram, e os recentes bombardeios a áreas civis, assim como as imagens de civis mortos com mãos amarradas às costas na cidade de Kherson, apenas confirmam o que já se sabia. Com a destruição de parte da ponte que ligava a Rússia à Crimeia, ocorrida no sábado, dia 8 de outubro, esses atentados e bombardeios a áreas civis se intensificarão, sob a sombra da ameaça nuclear. É mais uma demonstração não apenas do pouco apreço de Putin à vida humana, mas de sua disposição em levar essa guerra até as últimas e mais nefastas consequências. 

*João Alfredo Lopes Nyegray, doutor e mestre em internacionalização e estratégia, especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais, é coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo. Instagram @janyegray.

Oratória fica mais fácil se desenvolvida ainda na infância, defendem educadores

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Professoras dão dicas para aperfeiçoar a capacidade de comunicação oral e persuasão, habilidades essenciais para qualquer profissão

Saber falar em público e ser articulado para debater e argumentar sobre diferentes assuntos são habilidades importantes para a interação social e uma das mais exigidas no mundo do trabalho. Desenvolver o pensamento crítico e, principalmente, a autoconfiança em expressar opinião é um processo que deve ser iniciado cada vez mais cedo, defendem os educadores. Nos Estados Unidos, por exemplo, há o incentivo à oratória em crianças, seja por meio de alguma disciplina na escola, ou dos tradicionais concursos de oratória, ou, ainda, de discursos em celebrações familiares.

Segundo a professora de Língua Portuguesa do Colégio Positivo – Londrina, Danielle Bartelli Vicentini, a cultura do Brasil e, de modo geral, de países menos desenvolvidos, não propicia o desenvolvimento da oratória desde cedo. “Por aqui, ainda há certo tabu sobre o tema, porque acredita-se que pessoas tímidas não podem ser boas oradoras, e que não se aprende a ser bom comunicador, apenas se ‘nasce’ sabendo. Mas a verdade é que quanto antes a oratória for ensinada e aprendida, mais benefícios vai trazer para nossas crianças agora e no futuro profissional”, pontua.  

A gerente do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento (CIPP) do Colégio Positivo, Maria Fernanda Suss, concorda com Danielle e destaca que a oratória fará parte da vida profissional independentemente da área escolhida. “Trabalhar esse aspecto desde a infância permitirá destravar e desenvolver essa habilidade. Nas escolas, essa prática está presente em sala de aula nas apresentações de trabalho e dinâmicas do dia a dia de interação entre professores e alunos. Porém, vai além, passando pela interação entre as crianças, que têm mais confiança em expor a sua opinião, até encontrar com mais facilidade solução para possíveis problemas”, comenta.

De acordo com Danielle, um dos maiores empecilhos de se sair bem em uma discussão ou debate é o nervosismo e despreparo em relação ao assunto que está sendo tratado, aliado à postura. “A comunicação oral é pré-requisito em praticamente todos os ramos do conhecimento humano. Quando se fala em oratória, mais do que conhecer e se aprofundar no assunto a ser transmitido (linguagem verbal), é preciso que o aluno saiba utilizar a seu favor outros meios de comunicação (linguagem não verbal), tal como a expressão corporal. Em suma, o sucesso da comunicação não está apenas naquilo que se diz, mas como se diz”, reitera.

Para se sair bem em discussões, debates, apresentações de trabalhos ou qualquer outra ação que precise ser feita em público, conseguindo expor o ponto de vista de forma que as outras pessoas entendam, a professora Danielle repassa algumas dicas importantes:

  • Analise o público para o qual você está falando.
  • Empregue a linguagem adequada, e cuide do vício de linguagem.
  • Faça um esboço, mesmo que mentalmente, sobre o assunto, com começo, meio e fim. Por isso a importância de saber fazer resumos.
  • Estude o assunto, pesquisa e fundamentação, para não se contradizer ou passar vergonha por conta de um conhecimento superficial sobre o tema.
  • Leia e assista noticiários para ficar por dentro dos acontecimentos, evitando assim a alienação e propagação de fake news.
  • Cuide da postura, emissão de voz, pronúncia e articulação das palavras para ter clareza na explanação.
  • Trabalhe a linguagem corporal. Ela demonstra segurança e desenvoltura do orador. Técnicas teatrais podem ajudar.
  • Seja ético, sem plágio.
  • Tenha em mente que há limites para a liberdade de expressão.
  • Saiba ouvir, pois um bom ouvinte tem maior capacidade argumentativa, que é a base de uma boa comunicação.

Os pais também podem contribuir para melhorar a capacidade de comunicação e oratória dos filhos, desde cedo. Confira algumas sugestões:

  • Incentive a leitura de jornais, revistas e sites.
  • Crie momentos para debate de temas diversos entre a família.
  • Faça jogos de mímicas e trava línguas.
  • Aproveite momentos juntos como almoço, jantar e finais de semana para conversar sobre assuntos variados, a fim de despertar o interesse e a curiosidade dos adolescentes. Sempre procurando saber o que pensam sobre o assunto.
  • Incentive a fazer curso de teatro, que auxilia na linguagem corporal, desenvoltura e segurança, por exemplo ou, ainda, monte e incentive a criação de peças de teatros em casa.
  • Ensine sobre a hora de ouvir e argumentar, respeitando sempre a opinião do outro, mesmo que contrária à sua.

E, para quem quiser se aprofundar ainda mais sobre como ter mais desenvoltura ao falar em público, a professora recomenda alguns livros:

  • “TED: falar, convencer e emocionar. Como se apresentar para grandes plateias”, de Carmine Gallo.
  • “Comunicar para liderar”, de Milton Jung e Leny Kyrillos.
  • “A arte de falar em público”, de Stephen Lucas.
  • “Falar bem é fácil”, de Lena Almeida e Eunice Mendes.
  • “Os 7 princípios da persuasão”, de Bill McGowan.

Sobre o Colégio Positivo

O Colégio Positivo compreende sete unidades na cidade de Curitiba, onde nasceu e desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo – Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo – Hauer, o Positivo International School, o Colégio Positivo – Água Verde e o Colégio Positivo – Boa Vista atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Em 2016, o grupo chegou em Santa Catarina – onde hoje fica o Colégio Positivo – Joinville e o Colégio Positivo – Joinville Jr. Em 2017, foi incorporado ao grupo o Colégio Positivo – Londrina. Em 2018, o Positivo chegou a Ponta Grossa (PR), onde hoje está o Colégio Positivo – Master. Em 2019, somaram-se ao Grupo duas unidades da escola Passo Certo, em Cascavel (PR), e o Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR). Em 2020, o Colégio Vila Olímpia, em Florianópolis (SC), passou a fazer parte do Grupo. Em 2021, com a aquisição da St. James’, em Londrina (PR), o Colégio Positivo passa a contar com 16 unidades de ensino, em sete cidades, no Sul do Brasil, que atendem, juntas, aproximadamente 16 mil alunos desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.

Afonso Pena terá voo direto Curitiba – Santiago

A partir desta terça-feira (01), passageiros com destino ao Chile poderão embarcar no aeroporto Afonso Pena. A rota direta Curitiba – Santiago, da Latam, terá 3 voos semanais, nas terças, quintas e sábados, às 19h25.O novo itinerário faz parte do plano de recuperação de produtos internacionais da empresa.

Os voos,  com 3h45 de duração, serão operados com aeronaves Airbus A320, que possuem capacidade para até 176 passageiros (8 classe Premium Economy e 168 classe Economy). As passagens desta rota custam a partir de R$ 1.363,59* (preço de ida e volta com taxas inclusas), para viagens entre novembro de 2022 e janeiro de 2023.

De acordo com a Subsecretaria de Turismo do Chile, Veronica Kunze, o país é um destino seguro, com alta taxa de vacinação e o mercado brasileiro é um dos principais emissores de turistas e viajantes. “Sabemos que os números de visitantes podem crescer ainda mais se considerarmos que na temporada de neve, entre junho e julho deste ano de 2022, os turistas brasileiros aumentaram somaram quase 60 mil visitantes, 49% a mais do que o projetado para o período”, disse em tom otimista.

Inovação e transparência devem andar de mãos dadas

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Por Isaac Ferreira*

Segurança gera confiança e ajuda fidelizar o cliente. Sucesso e reconhecimento dependem dela. Mas, para ter clareza nos propósitos e ações, é preciso inovar. Mais do que nunca, a tecnologia se confunde com produtos e serviços; permite sair do lugar-comum, melhorar a qualidade das entregas e assegurar a sobrevivência das companhias.

Os processos de inovação são um dos principais fatores de sucesso de uma empresa, de qualquer ramo ou porte. É por meio dela que uma companhia consegue encontrar saídas eficientes e com menores custos. Além disso, pode impulsionar vendas, conquistar mais espaço e ter uma visão distinta de desejos específicos de seus clientes e até dos problemas na rotina da corporação. Quando efetiva, a gestão da inovação transforma, revigora.

A inovação flui por meio do incentivo à transparência. Motivos não faltam para estimular a transparência corporativa. As vantagens incluem: melhora no clima; maior colaboração; aumento de confiança da equipe; e fortalecimento da comunicação. Na prática, significa que especialistas, gestores e avaliadores precisam de feedback no decorrer das iniciativas inovadoras. E de espaço, não somente físico, que permita troca assertiva de ideias. Em resumo: é essencial dar autonomia. Em vez de manter as gerências como gargalos, a proposta é permitir que as equipes discutam, cooperem e inovem.

A transparência organizacional é o desejo autêntico de informar – pontos fortes e fracos, pois todos devem ser trabalhados. O propósito é adquirir a confiança do mercado, divulgando clara e oportunamente tudo que seja relevante. Seja uma instituição iniciante ou consolidada, é imprescindível cultivar a transparência, rever posicionamentos e caminhos – ou seja, se reinventar. O tempo todo. Se uma organização não consegue obter a melhor versão de si, com inovação e ética, dificilmente poderá fazê-lo por seus públicos, internos ou externos.

Para inovar, os novos recursos tecnológicos devem ter, cada vez mais, implantação descomplicada e o mínimo impacto na rotina do cliente – e o pano de fundo é a revolução dos modelos de negócio. Afinal, algo original só pode ser aplicado com êxito se tiver uma sustentação igualmente disruptiva.

A importância das novas soluções para a transparência do mercado é ainda maior diante de um futuro que precisa ser contextualizado em uma realidade volátil e imprevisível; de mudanças velozes que sofrem múltiplas influências, nem sempre controláveis. Em um piscar de olhos, o rumo das transformações pode surpreender – e tirar o sono de quem não estiver pronto para lidar com as transições.

Os desafios que as empresas precisarão enfrentar, tendo como alicerce as expectativas do consumidor, por exemplo, são inúmeros. Estar em conformidade com a legislação, a transparência, os princípios éticos e as melhores práticas de mercado é determinante para o futuro dos negócios.

* Isaac Ferreira é head de Engenharia de Produtos da Tecnobank

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Através do presente, FRANCISCON AGROPECUÁRIA S/A, inscrita no CNPJ nº 80.049.141/0001-
38, estabelecida na Rua Prof Izidoro Luiz Cerávolo, nº 38, CEP: 86.800-185, Centro, em
Apucarana, Paraná, por sua Presidente; convoca seus acionistas para reunirem em Assembléia
Geral Extraordinária; no próximo dia 8/11/2022, às 10:00 horas em primeira convocação e em
segunda e última convocação às 10:30 horas; para deliberar sobre os seguintes assuntos: 1 –
REDUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL em R$532.177,00 e por consequencia a extinção de 6.957 ações;
para devolução de imóveis a título de restituição de capital, aos acionistas Marcelo Franciscon,
Paulo Eduardo Franciscon e Pedro Franciscon Neto; 2 – Reforma do Estatuto Social da
Companhia.
Apucarana, Paraná; 27 de Outubro de 2022.
Lidia Sartori Franciscon
Presidente

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Através do presente, FRANCISCON AGROPECUÁRIA S/A, inscrita no CNPJ nº 80.049.141/0001-
38, estabelecida na Rua Prof Izidoro Luiz Cerávolo, nº 38, CEP: 86.800-185, Centro, em
Apucarana, Paraná, por sua Presidente; convoca seus acionistas para reunirem em Assembléia
Geral Extraordinária; no próximo dia 8/11/2022, às 10:00 horas em primeira convocação e em
segunda e última convocação às 10:30 horas; para deliberar sobre os seguintes assuntos: 1 –
REDUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL em R$532.177,00 e por consequencia a extinção de 6.957 ações;
para devolução de imóveis a título de restituição de capital, aos acionistas Marcelo Franciscon,
Paulo Eduardo Franciscon e Pedro Franciscon Neto; 2 – Reforma do Estatuto Social da
Companhia.
Apucarana, Paraná; 27 de Outubro de 2022.
Lidia Sartori Franciscon
Presidente

Liberdade de imprensa ou sobre o que o sonho humano alimenta

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Daniel Zanella*

Em 1953, Cecília Meireles retratou a história de Minas Gerais desde o início da colonização portuguesa até a Inconfidência Mineira (1789-1792). Depois de mais de dez anos de pesquisa jornalística, o Romanceiro da Inconfidência se estabeleceu como um marco de nossas letras. Ainda trouxe versos marcantes sobre o que é liberdade: 

Liberdade — essa palavra

que o sonho humano alimenta:

que não há ninguém que explique,

e ninguém que não entenda!

Quase 70 anos depois e às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil — um período não exatamente reconhecido pela plasticidade lírica, nem pela inteligência no uso das exclamações —, novamente estamos às voltas de um monotema que sempre emerge em dias chuvosos da esfera pública brasileira: liberdade de imprensa. E óbvio que não se trata de ter mais liberdade de imprensa.

A liberdade de imprensa é defendida pela Constituição e é tida como um dos pilares da democracia brasileira. Se recuarmos um pouco mais no tempo, no entanto, perceberemos que ela nunca foi um valor especialmente caro ao Brasil e à turma da caneta pesada. Antes de 1808, sequer era permitido imprimir qualquer coisa, que dirá circular ideias diversas. Nosso primeiro jornal, A Gazeta do Rio de Janeiro, era submetido à censura prévia. 

Diante de sucessivas decisões de retirada de conteúdo jornalístico do ar por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), discutir tal prática hoje, além dos limites do Jornalismo (ou do mau Jornalismo), é pertinente. Não se trata apenas do entendimento do TSE — que pode gerar precedentes perigosos—, mas também da relembrança do histórico nacional de cerceamento ao Jornalismo.

Antes: sabemos que empresas de conteúdo são formadas por pessoas e por jornalistas. Quando pensamos em liberdade de imprensa, não podemos deixar de pensar em cosmovisão — visão geral da vida de pessoas e, aqui, de veículos noticiosos. Jornais erram, jornais acertam. Melhor: enxergam conforme o prisma da realidade que recortam. É o jogo.

Discutir orientação editorial de veículos de informação, quando tratamos de liberdade de imprensa, é inócuo. Discutir decisões que colocam o Judiciário na posição de decidir sobre o que um veículo jornalístico precisa despublicar é fundamental. O Jornalismo é uma área de interesse público. Opera a partir da busca pela verdade factual e da prática de princípios éticos profissionais. Como um ministro do TSE conseguirá diferenciar reportagem mal apurada de fake news + clickbait, por exemplo?

É possível fazer o combate às fake news e questionar o Jornalismo de baixa qualidade com critérios do lado de cá, a partir da própria classe e da sociedade civil, sem interferência estatal. As iniciativas que partiram do Estado contra a desinformação (ou qualquer informação) sempre foram desastrosas. É o combo censura, perseguição política e prisões. Por sua vez, a liberdade editorial permite a pluralidade de informações e a livre circulação de ideias. O Estado, aliás, não produz Jornalismo. O Estado produz releases.

Em tempo, liberdade de imprensa não é liberdade para agredir, manipular ou mentir. Mas não seria melhor corrigir em tempo hábil, esclarecer o erro com o mesmo destaque da publicação original (seguindo trâmites judiciais, inclusive)? Apagar uma publicação retira da sociedade o potencial de cobrar o trabalho do Jornalismo — e de observar, na prática, quando o veículo se vê obrigado a retificar uma informação verificada como falsa.

A livre circulação de informação nos diferencia dos tempos monárquicos e do passado recente da Ditadura. Jornalismo informa, incomoda, acerta, erra. Praticar Jornalismo com liberdade de imprensa é um sonho humano a ser alimentado, independentemente do que consideramos bom ou mau Jornalismo. 

*Daniel Zanella, jornalista, professor de Jornalismo da Universidade Positivo (UP) e editor do RelevO, impresso mensal de literatura.

Com carta de drinks inédita, hotel NH Curitiba The Five promove festa de Halloween

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Doces ou Travessuras? Five Lounge será palco de evento com decoração “assustadora”, bebidas exclusivas e DJ com setlist temático

“Doce Veneno”, “Shot Coágulo” e “Magia Negra”: quem se atreve a experimentar? Essas são algumas das novidades que o Five Lounge, wine & cocktail bar do NH Curitiba The Five, está preparando para a festa temática de Halloween, marcada para o próximo sábado (29), a partir das 19h. 

Antecipando as horripilantes comemorações, a edição especial do “Halloween do Five” vai colocar todo mundo no lounge do hotel, das 19h às 22h. Com decoração temática e monstros no serviço do salão, a festa terá repertório musical temático pelas pick-ups da DJ Rêh Freak. 

Para deixar a festa ainda melhor, a equipe de bartenders do Five Lounge criou três drinks especiais, disponíveis exclusivamente para a ocasião: “Doce Veneno”, feito com gin Tanqueray tradicional com corante vermelho, tônica e frutas vermelhas; “Shot Coágulo”, feito com Licor 43, Baileys, licor fino e grenadine; e “Magia Negra”, elaborado com vodka, suco de limão, xarope de gengibre e espuma de gengibre, com corante negro. 

O menu da noite de Halloween terá decoração temática e será preparado pelo chef Silvonei Souza, com inspiração espanhola. Entre as opções, seleção de tapas, como croquetas de presunto parma, cortes de presunto serrano, croquetas de jamón e finger food de arroz de mariscos. Para adoçar, os famosos churros espanhóis com doce de leite, o chocolate três texturas, com cristais de sais, e o pastel de massa filo com maçã e nozes, servido com calda de damasco. Fantasias são desejáveis, porém, opcionais. Os convidados fantasiados ganharão um welcome drink para começar a noite.

Para quem preferir outras bebidas, o bar sedia o conceituado Projeto Tão Longe, Tão Perto, criado pela sommelière Gabriela Monteleone, wine director do grupo D.O.M., e pelo argentino Ariel Kogan, importador e comerciante de vinhos. A iniciativa inovadora consiste em uma curadoria de vinhos brasileiros que prioriza produtos feitos de forma artesanal com um diferencial: o vinho é retirado diretamente da torneira e servido na pressão.

Serviço 

Halloween do Five 

Dia 29 de junho, a partir das 19h

Endereço: Rua Nunes Machado, 68 – Batel | Curitiba – PR 

Telefone: +55 41 3434-9400

Instagram: @nhhotelsbrasil e @fivelounge

SOBRE NH HOTELS

NH Hotels é a marca de luxo do NH Hotel Group, destacada por seus hotéis modernos e singulares em localizações perfeitas na Europa e na América Latina, que se conectam facilmente com as cidades e bairros. Cada NH Hotel é cuidadosamente projetado para oferecer uma experiência confiável que sempre atenderá às expectativas dos hóspedes. Seu estilo descontraído, urbano e fresco faz deles um marco para se hospedar, trabalhar e interagir agradavelmente fora de casa. Quer os viajantes visitem os NH Hotels a negócios ou a lazer, esses hotéis oferecem a seus hóspedes um serviço caloroso e excelente para garantir uma estada perfeita e prática, com uma boa relação custo-benefício. Eles estão prontos para atender adequadamente às necessidades dos hóspedes, felizes em ir além, para que as estadas dos hóspedes sejam sempre um prazer.

Empresas adotam práticas para recolocação de profissionais mais velhos

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Iniciativas unem trabalhadores experientes – que reinventam carreiras – e jovens talentos no ambiente corporativo

Enquanto a população brasileira envelhece e a aposentadoria fica mais distante, o mercado de trabalho precisa se reinventar para essa nova realidade. Em um país onde mais de 54 milhões de brasileiros têm mais de 50 anos, as oportunidades de emprego ainda são restritas. Hoje, são 1,4 milhão de pessoas acima dessa idade em busca de uma recolocação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o Caged, mais de 700 mil profissionais nessa faixa etária perderam seus empregos durante a pandemia. De olho nessa necessidade, empresas começam a entender o potencial de unir profissionais experientes e jovens talentos no ambiente de trabalho.

Na contramão da dispensa dos profissionais maduros, há iniciativas de inclusão. Mario Faria, 52 anos, faz parte dos 10% de profissionais mais velhos que estão ativos no mercado de trabalho, conforme estudo da plataforma de realocação Maturi e da EY Brasil. Sua trajetória profissional começou a mudar em 2008, quando sentiu que sua carreira precisava se renovar. “Criei coragem para voltar para as salas de aula e terminei a faculdade de Ciências da Computação. Um passo importante para enfim trabalhar com o que sempre sonhei”, relata Mario.

Os desafios enfrentados para a recolocação foram grandes. As portas se abriram apenas após um longo período se candidatando a diversas vagas. Hoje, Mario já soma mais de uma década na TOTVS Curitiba, empresa de tecnologia que deu a oportunidade para seu novo começo. “Após os 40 anos, a gente ainda está com fôlego total para criar, fazer coisas novas e repetir sucessos anteriores. Isso traz maior maturidade nas decisões”, declara o consultor especialista de desenvolvimento.

Quebra de paradigmas

Em 2060, 25,5% da população brasileira será composta de pessoas na faixa etária acima dos 60 anos, de acordo com dados do IBGE. Por isso, a implementação de ações que aumentem na prática a contratação de pessoas com mais idade é urgente. Para Márcio Viana, diretor-executivo da TOTVS Curitiba, à medida que aumenta o número de funcionários de gerações mais velhas no ambiente de trabalho, o preconceito tende a diminuir. “Trazendo esses profissionais preparados e aptos para dentro da empresa, conseguimos quebrar o paradigma na prática”, afirma.

“Quanto vale o aprendizado daqueles que vivenciaram várias crises econômicas? E qual a relevância do conhecimento conquistado por meio dos erros já cometidos?”, questiona Márcio Viana. O executivo acredita que a mescla de gerações dentro de uma corporação permite um repertório mais amplo na solução dos problemas. “A  revisão do lugar dos idosos em nossa sociedade dá novo olhar às relações e ao envelhecimento. O fato é que, com uma população cada vez mais velha, mudanças virão, mesmo que tardias”, conclui. 

Sobre a TOTVS  

Líder absoluta em sistemas e plataformas para gestão de empresas, a TOTVS entrega produtividade para 70 mil clientes por meio da digitalização dos negócios. Indo muito além do ERP, oferece serviços financeiros e soluções de business performance, investindo R$ 2 bilhões em pesquisa e desenvolvimento nos últimos cinco anos para atender as exigências de 12 setores da economia. Como uma empresa originalmente brasileira, a TOTVS acredita no “Brasil que Faz” e apoia o crescimento e a sustentabilidade de milhares de negócios e empreendedores, de norte a sul do país, por meio de sua tecnologia. Para mais informações, acesse o site.

Cuidado! Tem pirata de olho na sua empresa

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Márcio Viana*

A lista de piratas da ficção é grande e recheada com figuras fora-da-lei que saqueiam grandes riquezas. Mas não apenas em filmes e livros, antes mesmo da era de ouro da pirataria, séculos 17 e 18, eles já estavam presentes em oceanos do mundo real. Nem todos com uma perna de pau, olho de vidro ou a cara de malvado, porém, definitivamente à espreita da oportunidade certa para aplicar um golpe. Nos dias de hoje, eles podem parecer uma pessoa comum ou, pior, um profissional apto a resolver os problemas de uma empresa. Quando, sem o menor escrúpulo, roubam informações importantes e vendem serviços piratas.

Apesar de distante dos oceanos, o mundo corporativo é um alvo cada vez mais comum de piratas modernos. É dentro de pequenas e médias empresas, principalmente, que criminosos encontram um ambiente propício para ataques cibernéticos. Isso porque, em alguns casos, estão desprovidas de uma infraestrutura de cibersegurança adequada, muitas vezes sem uma equipe habilitada para cuidar da proteção dos dados. Mas estão enganados os grandes empresários que pensam que sua empresa está a salvo. Quando esses piratas querem navegar por organizações maiores, e mais seguras, eles vão até os marujos: fornecedores e, até mesmo, colaboradores da empresa.

Os piratas encontram brechas na corrupção dessas pessoas que uma vez pareciam profissionais comprometidos dentro de uma empresa. Quando menos se espera, algum marinheiro embarca no navio pirata e entrega na mão de bandidos os tesouros da corporação. E dali em diante, o golpe é quase inevitável. Pois é difícil outras empresas identificarem, sobretudo quando o pirata é especialista, está uniformizado e passa confiança com palavras técnicas. Por isso, esqueça os navios com canhões em riste. Os piratas mudaram de armas e estão trabalhando ali na esquina, perto da sua casa ou firma. É onde eles praticam a venda e distribuição de produtos ou serviços sem autorização do titular de uma marca. 

As invasões virtuais ou físicas são orquestradas e com o foco em quanto elas irão render, seja financeiramente ou até como forma de retaliação ao meio empresarial. Então, se existisse um manual de como estar protegido contra esses piratas, com certeza, o primeiro passo seria selecionar parceiros e funcionários confiáveis. Entender o fator humano e incentivar o tipo de conduta que manterá os dados e sistemas seguros é um grande feito para a segurança da empresa. O próximo ponto importante está na atenção aos possíveis golpistas. Afinal, os piratas do mundo corporativo não têm cabelos desgrenhados, barbas enormes e espadas afiadas, mas chegam sorrateiramente até os mares de empresas em busca de navios para saquear. 

O esforço pela segurança deve ser responsabilidade de toda a empresa. Os colaboradores podem, por meio do próprio comportamento, facilitar esses crimes ou evitá-los. Para isso, a organização deve informar ao máximo as pessoas que integram o time, dando o devido incentivo para reportarem qualquer suspeita e analisarem todas as comunicações que recebem. O trabalho coletivo precisa estar focado na antecipação, esforçando-se para neutralizar tentativas de crime, monitorando o tráfego da rede interna e as comunicações vindas do exterior. Só assim podem ser identificados movimentos suspeitos que surgem de fora.

Tão antiga quanto a própria história da navegação, a pirataria se fez presente desde os tempos antigos. Hoje, sem bandana ou bandeira negra, os piratas são mais inteligentes do que se imagina e estão conectados atrás de computadores, prontos para saquear informações valiosas. Mas eles embarcaram nessa vida movidos pelo mesmo objetivo daqueles de séculos atrás: a ganância de se apoderar das riquezas alheias e capturar tudo o que tiver valor. A pirataria é capaz de penetrar nos modernos sistemas e causar enormes danos econômicos. É preciso uma solução antes que o problema se torne ainda maior. Mas enquanto isso não acontece, a frota de piratas deve continuar aumentando sua presença. E a atenção precisará seguir redobrada para quem não quer parar na prancha de nenhum navio fantasma e cair num mar repleto de tubarões.

*Márcio Viana, diretor-executivo da TOTVS Curitiba.