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Lixo da Região Metropolitana de Curitiba  pode virar energia elétrica

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Lixo da Região Metropolitana de Curitiba  pode virar energia elétrica

A região metropolitana de Curitiba é destaque em um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) sobre as regiões com maior potencial de geração de energia a partir do lixo urbano. 

De acordo com o estudo, a região tem a possibilidade de receber 4 usinas de recuperação energética (URE), com 20MW de potência instalada cada, totalizando um potencial superior a 80 MW de potência instalada, com uma produção de energia limpa e renovável na ordem de 661 mil MWh/ano – o suficiente para suprir o consumo de mais de 300 mil residências – o equivalente a cerca de 25% da população da região.

A iniciativa, que envolveria investimentos de cerca de R$ 2,9 bilhões – a nível público ou privado, pode gerar 4,9 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Além disso, estima-se uma arrecadação de R$ 4,2 bilhões em tributos durante o período de operação da usina, estimado em 40 anos.

Segundo Rubens Aebi, vice-presidente da ABREN, “esse tipo de empreendimento, que oferece diversos benefícios ambientais, também é considerado mundialmente a solução mais adequada para resolver o desafio da destinação dos resíduos sólidos urbanos”. Com pouco mais de 3,6 milhões de habitantes, a região metropolitana de Curitiba produz cerca de 2 mil toneladas de lixo por dia, que soma 730 mil toneladas por ano. 

Uma URE pode ser viabilizada por meio de um consórcio entre as cidades que constituem a Região Metropolitana de Curitiba, como prevê novo Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026/2020). Durante a vida útil da usina, a cidade pode evitar a emissão de 67 milhões de toneladas de CO2, além de recuperar 1,3 milhão de toneladas de metais ferrosos e não ferrosos, sendo que a maior parte das cinzas podem ser reaproveitáveis pela construção civil e pavimentação. 

Além disso, o tratamento adequado do lixo evitaria gastos da ordem de R$ 1,5 bilhão para a saúde pública, relacionados a doenças causadas pela exposição dos cidadãos a condições insalubres de lixões, além de mitigar os gastos com danos ambientais provenientes do armazenamento inadequado de resíduos, estimados em R$ 2,2 bilhões.

O projeto de uma URE colabora ainda com a economia circular, pois auxilia na gestão mais eficiente dos recursos naturais existentes e otimiza o ciclo de reciclagem, contribuindo também com os coletores de materiais recicláveis.

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