Gamificação contribui para fixar conteúdo
Com um tablet, computador ou mesmo celular nas mãos, crianças de todo o mundo têm acesso a uma infinidade de jogos on-line. De acordo com estudo realizado pela Universidade de Amsterdam, na Holanda, e pelo Instituto Karoliska, na Suécia, passar muito tempo jogando videogames pode aumentar a inteligência. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports e mostram um aumento de cerca de 2,5 pontos no QI de crianças que tinham esse hábito.
Enquanto a ciência tenta entender as influências positivas e negativas dos jogos eletrônicos para o desenvolvimento infantil, a apropriação desses recursos pela educação formal parece ser um movimento definitivo. Especialistas defendem que usar recursos digitais, principalmente jogos, é uma forma de atrair a atenção dos estudantes para conteúdos trabalhados em sala de aula e fixar os conhecimentos. Para a coordenadora de conteúdo digital do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Giselle Corso, essa estratégia é fundamental para dialogar com as novas gerações de estudantes. “Há uma certa dificuldade de engajamento, na sala de aula, porque muitas crianças estão habituadas às possibilidades de interatividade oferecidas pelas telas. Então, na comparação, os livros e cadernos podem parecer monótonos. Trazer os games para dentro desse espaço é uma forma de unir os dois mundos”, sugere.
Ensino público pode se beneficiar de gamificação
Trazer essas soluções para o âmbito do ensino público brasileiro é um desafio, mas pode representar um ponto de virada importante para os estudantes dessa imensa rede. Segundo dados do Censo Escolar 2021, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 49,6% dos estudantes brasileiros frequentam escolas municipais, enquanto outros 32,2% estão matriculados em escolas estaduais. Isso significa que mais de 81% das crianças e adolescentes em idade escolar no país estão no ensino público.
Giselle explica que, mesmo com todas as adversidades envolvidas na educação pública, é nela que reside o grande potencial transformador do ensino. “Se temos a maior parte das nossas crianças nas escolas públicas, precisamos oferecer a elas os melhores estudos possíveis. Só assim poderemos construir um país melhor”, ressalta. Os jogos on-line com objetivo pedagógico são uma das formas de fazer isso. Atualmente, há uma boa variedade de conteúdos gamificados que ajudam a fixar os assuntos trabalhados pelos professores em sala de aula. “Por meio dos jogos on-line, jovens e crianças conseguem revisar as matérias e desenvolver a curiosidade por diversos assuntos ao mesmo tempo. Isso permite que eles explorem possibilidades novas durante o processo de aprendizagem”, destaca.
Três jogos on-line para ensinar brincando
Da Língua Portuguesa à música, todo assunto trabalhado dentro da escola pode ser ensinado também com a ajuda da gamificação. Giselle pontua alguns desses conteúdos que podem contribuir para o desenvolvimento infantil.
Esse jogo on-line e gratuito ensina Geografia por meio de atividades lúdicas. O primeiro passo é, como com um quebra-cabeças, montar diversos mapas. Cada etapa cumprida dá direito a “passagens virtuais” para destinos turísticos, com curiosidades e detalhes sobre os lugares visitados.
Escolhendo as notas, ritmos e instrumentos musicais, as crianças vão descobrindo o universo da música. Comandar as “pick-ups” virtuais é fácil com o “Eu sou DJ”, jogo criado para apresentar esse mundo aos pequenos e incentivar o interesse deles pela música.
Descobrir as partes do corpo e aprender as funções de cada uma é mais divertido quando se está jogando. O “Charadas do Corpo Humano” foi idealizado para ensinar a localização e o que fazem os principais órgãos do corpo. Muito interativa e colorida, a plataforma pede primeiro que o estudante encaixe cada órgão no local correto. Depois, é preciso responder a perguntas sobre eles e, por fim, identificar a que órgão se referem algumas curiosidades.
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Sobre o Aprende Brasil
O Sistema de Ensino Aprende Brasil oferece às redes municipais de Educação uma série de recursos, entre eles: avaliações, sistema de monitoramento, ambiente virtual de aprendizagem, assessoria pedagógica e formação continuada aos professores, além de material didático integrado e diferenciado, que contribuem para potencializar o aprendizado dos alunos da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Saiba mais em http://sistemaaprendebrasil.com.br/.
Universidade Positivo seleciona bolsista para programa de pós-graduação em parceria com Fundação Araucária e Renault
Com ingresso no segundo semestre de 2022, processo seletivo é realizado em três etapas
Estão abertas até quarta-feira (12) as inscrições para bolsa no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial, da Universidade Positivo (UP), por meio do Centro de Pesquisa da Universidade Positivo (CPUP), e o Programa de Bolsas da Fundação Araucária e da Renault do Brasil. O valor mensal da bolsa é de R$ 2,8 mil e o tema é “Estudo de impacto nas emissões de CO2 na cadeia automotiva”. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail ppg@up.edu.br.
Uma live na terça-feira (11), das 14h às 14h30, está agendada para tirar dúvidas sobre o edital. Os interessados podem acompanhar pelo link https://lnkd.in/dg7xRPTu. O candidato aprovado para a bolsa será orientado pela doutora em Engenharia Química, com estágio sanduíche no Instituto VTT, na Finlândia, professora Maura H. Sugai Guerios. O bolsista não pode ter vínculo empregatício nem acumular bolsas. Além disso, deverá disponibilizar, no mínimo, 24 horas por semana para permanência na empresa, localizada em São José dos Pinhais (PR), durante 12 meses consecutivos.
O processo seletivo é realizado em três etapas. Na primeira, a banca avaliadora analisa a redação sobre a trajetória do candidato e o anteprojeto solicitado pelo edital. Na segunda fase, o candidato apresenta, durante uma entrevista, as razões, motivações, disponibilidade e as condições para o mestrado. Já na terceira, a entrevista consiste em análise para a concessão da bolsa. O ingresso no programa acontece em outubro.
Serviço
Bolsa para o Programa de Mestrado em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo (PPGBiotec/UP) com o Centro de Pesquisa da Universidade Positivo (CPUP), por meio do Programa de Bolsas Fundação Araucária e Renault do Brasil
Inscrições: até 12 de outubro, via e-mail: ppg@up.edu.br
Mais informações: https://www.up.edu.br/mestrado-e-doutorado/mestrado-em-biotecnologia-industrial
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo é referência em Ensino Superior entre as IES do Estado do Paraná e é uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta e mais de 400 mil metros quadrados de área verde no campus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A Instituição conta com três unidades em Curitiba (PR), uma em Londrina (PR), uma em Ponta Grossa (PR) e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de graduação, centenas de programas de especialização e MBA, seis programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam cerca de 3.500 metros quadrados. Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações em up.edu.br/
Poucos segundos para a meia noite: a escalada de tensões que pode levar a uma catástrofe nuclear
João Alfredo Lopes Nyegray*
Em 1947, no início daquela que hoje estamos chamando de “Primeira Guerra Fria”, um grupo de cientistas e estudiosos de energia atômica da Universidade de Chicago criou o “relógio do juízo final”. Trata-se de uma contagem simbólica em que a meia noite representaria um apocalipse causado por uma guerra nuclear. À época, um dos momentos em que o relógio quase atingiu a 00 hora foi em 1962, quando da crise dos mísseis de Cuba.
Este ano, ao menos três décadas depois do fim da Guerra Fria, o relógio mais uma vez se aproxima do horário apocalíptico. A escalada de tensões na Europa, que se iniciou com a invasão russa à Ucrânia em fevereiro deste ano, atingiu seu ponto mais tenso em semanas. Na semana passada, enquanto o mundo ainda assistia ao velório da rainha Elizabeth II e se preparava para a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o parlamento russo aprovou uma lei que pode condenar a até 15 anos de prisão os críticos das ações militares russas. Para aqueles que se recusarem a lutar ou desertarem, a pena é de 10 anos de reclusão.
Logo após a aprovação da lei, o presidente russo anunciou a convocação de cerca de 300 mil reservistas para lutar contra a Ucrânia. Trata-se claramente de uma resposta às importantes vitórias ucranianas sobre as tropas russas ocorridas nas últimas semanas. Com moral elevado, armamento ocidental novo e altamente tecnológico, os ucranianos retomaram várias áreas sob controle de Moscou – o que, para Putin, certamente caiu como uma grande vergonha.
Ao convocar reservistas – e com isso gerar uma fuga em massa de homens em idade militar do país e protestos em todas as grandes cidades – Putin, de certa forma, admite o fracasso de sua campanha militar até agora. Trata-se de um claro sinal de que o conflito não só não está saindo como esperado, mas que a Rússia não tem sido capaz de manter o controle das áreas que ocupou.
Mais perigoso do que tudo isso é a carta nuclear: o líder russo afirmou estar disposto a usar bombas nucleares contra a Ucrânia e ameaçou o ocidente como um todo. Considerando que os russos possuem o maior arsenal nuclear do planeta, o uso desse armamento não seria impossível – mas, certamente, traria uma forte reação de todo o mundo. Aqui entram as chamadas “armas nucleares táticas”, de menor potência mas igualmente nocivas. Se essas armas forem de fato utilizadas, aqueles que mantêm apoio velado à Rússia – como China e Índia – dificilmente permaneceriam ao lado de Putin.
Enquanto há analistas que acreditam que a fala do líder russo denota desespero e preocupação com os rumos que o conflito tomou, há quem – como eu – entenda nessa afirmação a demonstração de que Moscou está disposta a lutar por muito tempo, mesmo com as inúmeras sanções ocidentais. No fundo, fica cada vez mais claro que Putin tem pouco a perder.
*João Alfredo Lopes Nyegray, especialista em Negócios Internacionais, doutor em estratégia, coordenador do curso de Comércio Exterior e professor de Geopolítica e Negócios Internacionais na Universidade Positivo (UP). @janyegray
Certificação de segurança da informação não é velocidade, mas constância
Paulo Cury*
Dono dos três últimos recordes mundiais na prova de 100m rasos, Usain Bolt é o homem mais rápido da história. Pistas de todas as partes do mundo viram os pés do jamaicano passar voando em Olimpíadas, campeonatos mundiais e outras grandes competições, ao longo de sua brilhante carreira. Chegar primeiro, no caso do jamaicano, era questão de velocidade. Afinal, a modalidade em que ele se consagrou é um tiro curto, em que qualquer erro, por menor que seja, pode comprometer o resultado.
Por outro lado, o episódio ocorrido com o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, mostra que, quando se trata de uma maratona, mais que a velocidade, é preciso garantir um desempenho regular do início ao fim da prova. Embora estivesse em primeiro lugar com alguma vantagem sobre o segundo colocado, quando faltavam apenas sete quilômetros para o fim da corrida, o atleta foi empurrado por um manifestante irlandês e viu ruir o sonho do ouro olímpico.
Longe das pistas, no mundo dos negócios, assegurar uma certificação de segurança da informação se parece muito mais a uma maratona que a uma prova de 100m rasos. Ainda que a conquista de uma certificação traga alívio e a sensação de missão cumprida, é preciso mais que isso para manter o nível de qualidade alcançado.
Em geral, uma empresa passa alguns anos se preparando e investindo em processos e tecnologias antes da auditoria da ISO. Da Presidência aos estagiários, é fundamental que todos os colaboradores estejam cientes dos processos. E, depois de todo esse esforço, a tentação de descansar é natural. Mas, assim como na maratona, relaxar pode significar uma perda indesejável de atenção e foco aos detalhes.
São inúmeros os pormenores necessários para manter os níveis de qualidade da operação. E é fácil permitir que algum deles passe ao largo, principalmente aqueles que não são visitados regularmente. Um processo de backup e restore, por exemplo, é um controle que precisa ser feito diariamente devido à sua utilização, porém um processo de análise de risco tem um intervalo de execução e revisão que às vezes chega a 12 meses. Como, então, não esquecer dele?
A resposta está em manter um cronograma sempre atualizado e realizado. Sem essa disciplina, a possibilidade de controles caírem no esquecimento é muito grande. Ter em mente todos os detalhes que foram exigidos antes do selo é indispensável. Também convém criar caminhos para possibilitar a comunicação constante com cada um dos colaboradores, o que ajuda a mantê-los engajados.
Comunicações regulares sobre os aspectos da segurança da informação são relevantes, bem como o emprego de ferramentas auxiliares que possibilitam a divulgação e o treinamento. Para isso, é válido usar das técnicas mais tradicionais às ferramentas de mercado que utilizam gamificação para disseminar o conhecimento e envolver os colaboradores, premiando aqueles que se destacam.
Outro fator que apoia a manutenção da certificação são os processos automatizados. Revisar os acessos dos usuários nos sistemas é importante? Então, configure sua ferramenta de service desk para registrar um chamado mensalmente. Assim, a revisão poderá ser feita e documentada de forma adequada. Verificar a execução de backup é importante? Que tal configurar o envio dos logs de backup por e-mail? Automatizar os detalhes ajuda a evitar que algum deles fique para trás na rotina atribulada do dia a dia.
Por último, lembre-se de manter a alta direção engajada no processo de segurança da informação. Assim como nas Olimpíadas, é necessário manter a “chama” sempre acesa, como um lembrete do objetivo final dessa jornada e da razão pela qual ela deve ser percorrida com foco e atenção aos detalhes, muito mais que apenas velocidade.
*Paulo Cury é superintendente de Infraestrutura de TI na Tecnobank.
Eleições fictícias ensinam cidadania e consciência ambiental
Enquanto adultos elegem seus representantes e debatem em quem vão votar no segundo turno, “Eleições na Floresta” e “Eleições no Fundo do Mar” acontecem em escolas públicas de municípios espalhados pelo país
Teo Tirico e Lourival do Céu, do Partido das Folhas, terão uma missão complicada em 2022: derrotar nas urnas as chapas de oposição, compostas por Olívia Cordeiro e Draque Lara (Partido dos Rios) e Grazi Lazuli e Luna Ximin (Partido das Sementes), nas Eleições na Floresta. Cada uma das chapas precisa desenvolver propostas e montar uma plataforma de governo para disputar os votos dos eleitores, assim como acontece nas eleições presidenciais. A diferença é que a eleição é realizada em escolas públicas de Ensino Fundamental, uma forma de ensinar cidadania às crianças.
Realizada em municípios brasileiros de todas as regiões do país, a disputa fictícia é parte do projeto “Eleições na Floresta”, do Sistema de Ensino Aprende Brasil. O objetivo é falar sobre educação política nas escolas e preparar as crianças para um futuro como cidadãos conscientes e autônomos. E, se o município for litorâneo, a ação vira “Eleições no Fundo do Mar”, como forma de engajar crianças que estão habituadas a conviver com o oceano.
Para a gerente de marketing e produto do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Damila Bonato, o objetivo é falar sobre cidadania, democracia e, como o tema é a floresta, também consciência ambiental. “Pensamos em todo o projeto para que as crianças se envolvam em todas as etapas do processo eleitoral, do período da campanha, passando pela fase de debate das propostas entre os candidatos até a apuração dos votos na urna”, detalha.
Dia de votação
Assim como acontece em uma eleição no mundo real, os candidatos têm partidos, vice-presidentes, números para votação e propostas eleitorais. Com o título de eleitor fictício em mãos, cada estudante vota em uma urna eletrônica que segue o padrão daquelas utilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Por meio de um aplicativo, a urna tem programados os candidatos ao governo da Floresta ou do Fundo do Mar. Os estudantes que representam esses candidatos precisam elaborar suas propostas de governo e fazer campanha entre os colegas da escola. Enquanto isso, os demais alunos se dividem entre mesários, voluntários e eleitores, cada um com um título de eleitor fictício. A urna fica em uma cabine eleitoral. Assim que o estudante aperta o botão “confirma”, ela emite o mesmo som característico da urna eletrônica verdadeira. Na saída, todos recebem um comprovante de votação. A iniciativa, que está sendo levada para escolas de todo o país, é um projeto do Sistema de Ensino Aprende Brasil, que atende à rede pública municipal de ensino de municípios de todas as regiões do país. Os enxovais de material para a campanha fictícia já foram baixados por mais de 1,1 mil pessoas.
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Sobre o Aprende Brasil
O Sistema de Ensino Aprende Brasil oferece às redes municipais de Educação uma série de recursos, entre eles: avaliações, sistema de monitoramento, ambiente virtual de aprendizagem, consultoria pedagógica e formação continuada aos professores, além de material didático integrado e diferenciado, que contribuem para potencializar o aprendizado dos alunos da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Saiba mais em http://sistemaaprendebrasil.com.br/.
O que o álbum da Copa tem a ensinar sobre educação financeira?
Objetivo de completar coleção de figurinhas é oportunidade para falar de dinheiro com crianças, diz especialista
A cada quatro anos, crianças (e adultos) de todo o Brasil correm para as bancas com uma árdua missão: completar o álbum de figurinhas da Copa do Mundo. Pacotinho após pacotinho, as páginas vão se preenchendo com imagens de jogadores, estádios e seleções, conquistadas com esforço, negociação e uma pitadinha de sorte. Toda essa experiência já tem mais de 60 anos e vem marcando gerações de aficionados por futebol, mas também pode ser uma boa oportunidade para ensinar lições de economia pessoal para as crianças.
Em 2022, completar o álbum da Copa custa, para os brasileiros, pelo menos R$ 548. Esse cálculo leva em consideração o valor da edição mais simples do álbum e os 134 pacotes de figurinhas necessários para conseguir as 670 imagens que estão nele. Cada pacotinho custa R$ 4 e, por isso, um colecionador sem sorte que não queira trocar figurinhas pode gastar até mais de R$ 9 mil, segundo estimativas. Para o coordenador pedagógico da Conquista Solução Educacional, Fernando Vargas, “produtos como o álbum da Copa têm a ver com a relação entre desejo e necessidade. Por isso, essa pode ser uma forma interessante de contribuir para a construção de autonomia das crianças”. Ele explica que ensinar os pequenos a negociar, trocar e até vender as figurinhas repetidas trabalha habilidades como paciência, resiliência e frustração.
Não vale confiar só na sorte
Completar o álbum sem precisar trocar figurinhas depende de muita sorte ou muito dinheiro. Enquanto as chances de ganhar na loteria são de uma em 50 milhões, as chances de encontrar 148 figurinhas que não sejam repetidas é de uma em mais de 55 milhões. A capacidade de negociar, portanto, é fundamental para quem não pretende gastar muito. Este ano, aliás, essa brincadeira ficou mais cara. Em 2018, um pacote com cinco figurinhas custava R$ 2, metade do valor de 2022.
Além de aprender a lidar com o impulso de compra, todo o processo de encontrar as figurinhas que faltam ensina a ter organização, responsabilidade e até generosidade. “Não se trata apenas de terminar de colar as imagens nas páginas, mas também de uma vivência social. Por meio das trocas e da negociação, as crianças desenvolvem importantes competências socioemocionais”, detalha Vargas. Todas essas coisas, afirma, estão intimamente relacionadas a uma vida financeira saudável. Crianças que são capazes de lidar com suas frustrações e negociar com os colegas serão adultos com menor propensão a fazer compras por impulso, por exemplo.
Ética e honestidade
Outro benefício do álbum é a possibilidade de ensinar lições valiosas sobre conceitos como honestidade e ética. Isso porque, para a perspectiva infantil, pode ser tentador levar vantagem nas negociações. “Na hora de negociar, os pais podem incentivar que os filhos sejam honestos para com seus interlocutores, mas a via contrária também é verdadeira. Ou seja, as crianças podem também aprender a lidar com quem tenta levar vantagem sobre elas, pessoas que existem não apenas na infância, mas são uma realidade ao longo de toda a vida”, ressalta.
Por meio da observação, os pais conseguem ensinar as crianças a contornar esse tipo de situação e se defender delas, o que também exercita a resiliência. Prestar atenção a comportamentos suspeitos e não aceitar qualquer proposta, mesmo aquelas que parecem mais tentadoras, são efeitos colaterais desse exercício.
Diálogo e exemplo são a chave do sucesso
Assim como acontece com os pequenos na hora de conseguir as imagens que faltam, a conversa é uma das melhores maneiras de transmitir a eles as principais lições de educação financeira sobre o álbum. “O diálogo é sempre muito importante, mas precisa vir acompanhado pelo exemplo. Não adianta apenas explicar que essa brincadeira custa caro, é preciso estabelecer os objetivos e envolver a criança no planejamento, desenvolvendo junto dela estratégias para conquistar o livrinho completo no final do processo”, finaliza.
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Sobre a Conquista Solução Educacional
A Conquista é uma solução educacional que oferece aos alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio uma proposta de educação que tem quatro pilares: a educação financeira, o empreendedorismo, a família e a educação socioemocional. Com diversos recursos, material didático completo e livros de Empreendedorismo e Educação Financeira, o objetivo da solução é ajudar, de forma consistente, os alunos no processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de suas capacidades. Atualmente, mais de 2 mil escolas de todo o Brasil utilizam a solução.
MiniPreço se transforma em universo encantado do mundo infantil
Pensando em atrair pais e filhos, a rede varejista MiniPreço aposta em oferecer experiências dentro e fora das lojas. Com ações de marketing que vão além da venda dos brinquedos, o grupo coloriu as lojas, fantasiou a equipe de vendedores e preparou uma série de ações lúdicas para encantar as crianças.
No sábado e no domingo, dias 08 e 09 de outubro, o grupo preparou uma programação especial, com mais atrações, brincadeiras e distribuição de guloseimas. Nessas datas, a equipe estará fantasiada como alguns heróis do universo infantil.
Além disso, foram contratados atores que estarão caracterizados como personagens, com destaque para o clássico “Alice no País das Maravilhas”.
Ao todo, são sete lojas do MiniPreço na Grande Curitiba, todas já decoradas e em clima de Dia das Crianças: Fazendinha, Xaxim, Santa Felicidade, Av. das Torres, Linha Verde, Pinhais e Fazenda Rio Grande.
“Para nós essa é uma data muito importante, a terceira melhor do comércio, por isso a preparação começa meses antes, com planejamento de ações de marketing, reforço no estoque e treinamento da equipe para receber os clientes com atenção e preparo para tirar todas as dúvidas sobre os brinquedos”, explica Beni Gelhorn, gerente comercial do Grupo MiniPreço.
Considerada a terceira melhor data do comércio, o Dia das Crianças gera uma expectativa de crescimento das vendas de 25% em comparação ao último ano.
Dentre as principais ofertas e produtos disponíveis estão brinquedos, livros e jogos de tabuleiro, para crianças de todas as idades.
Serviço:
Dia das Crianças MiniPreço
Datas: 08.10 das 08h às 20h e 09.10 das 10h às 18h
Lojas: Fazendinha, Xaxim, Santa Felicidade, Av. das Torres, Linha Verde, Pinhais e Fazenda Rio Grande.
Globalizar a escola: um ato (im)possível
Luiz Fernando Schibelbain*
Há quantos anos você ouve falar sobre globalização? Esse conceito, que parecia distante no final do século passado, já é parte das nossas vidas há tantos anos que fica fácil esquecer que ele está, hoje, em grande parte do que fazemos, consumimos e aprendemos. O mundo é, atualmente, como adiantaram muitos autores, uma “aldeia global”. E o mesmo deveria acontecer com a educação.
Enquanto países como a Coreia do Sul já falam sobre educação no metaverso, com soluções inteiramente voltadas ao ensino on-line, a maior parte das escolas, em todo o mundo, teve dificuldades para lidar com as aulas virtuais forçadas pela pandemia de covid-19. A verdade é que, apesar dos muitos avanços, o conceito de educação global precisa se adaptar mais rapidamente à realidade de nossas sociedades cada vez mais interconectadas.
Crianças brincam e têm a oportunidade de contato on-line com com pessoas ao redor do mundo. Eventos distantes podem afetar o que acontece em nosso dia a dia e novos vizinhos podem falar uma língua que talvez nunca tenhamos ouvido. A aproximação internacional não deve mais ser o privilégio de poucos. Ela deve permear o currículo escolar para que diferentes culturas e línguas não sejam mais “estrangeiras” aos nossos estudantes, mas os fascinem e os entusiasmem.
Para quem ainda acha que na escola somente nos concentramos em nosso próprio país e que o isolacionismo é mesmo uma opção, basta considerar um exemplo muito atual. O conflito na Ucrânia teve uma ampla gama de repercussões mundiais que, por sua vez, tiveram implicações para a vida cotidiana ao redor do mundo. A dor ao abastecer nossos veículos e outros custos aumentados pode ser a consequência mais óbvia das sanções contra a Rússia, mas certamente não é a única.
O fluxo constante de refugiados ucranianos que cruzam fronteiras também chega ao Brasil. Essas pessoas se comunicam em pelo menos duas línguas: ucraniano e inglês, a língua franca que aproxima nações e, nesse contexto, serve para acolher, entender e fazer planos. E, se isso não for suficiente, há outros bons exemplos. Um deles é o maior desafio que os estudantes de hoje enfrentarão: a estabilização e manutenção do nosso meio ambiente. Como isso pode ser feito sem compreensão e compromisso com diferentes culturas e sociedades? A resposta é uma só: não pode. Precisamos colaborar uns com os outros.
Inicialmente, é comum pensar nos estudos no exterior como o modo clássico da educação internacional, mas esse é apenas um dos aspectos. A educação global pode começar na pré-escola ou até mais cedo, com a introdução de palavras de diferentes línguas no cotidiano, apreciação de alimentos e costumes internacionais e compreensão de diferentes culturas.
As escolas cosmopolitas têm a vantagem de que os alunos podem compartilhar suas culturas, afinal escolas que trabalham com duas ou mais línguas conseguem ensinar além da cultura nacional, o que é necessário para ajudar as crianças a contextualizar seu aprendizado no mundo. Mas isso não quer dizer que escolas mais monoculturais devam ficar de fora. Professores precisam ser criativos para oferecer uma educação culturalmente mais diversificada.
Ironicamente, o isolamento forçado pela pandemia nos deu uma enorme oportunidade de globalizar nosso aprendizado por meio da adoção repentina de práticas de aprendizagem remota. Agora, por meio do uso do Zoom, Google Meet e outros programas cotidianos, parece completamente viável a ideia de duas turmas de alunos do quarto ano, em lados opostos de um oceano, colaborarem em um projeto enquanto aprendem sobre as culturas e idiomas um do outro.
Tais projetos precisam deixar de ser exceção para se tornarem a norma. Agora temos a tecnologia e as habilidades para globalizar nossas salas de aula e currículos. Ensinar sobre tolerância não é suficiente, mas felizmente nossas crianças podem aprender a entender, apreciar e valorizar a diversidade deste mundo e seus povos antes que nossa falta de tolerância os deixe sem reparos.
*Luiz Fernando Schibelbain é gerente de conteúdo no PES English.