
Edital de Abandono de Emprego
Empregada: Mohammed Delwar Ahmed
Cpf: 012.794.209-28
Empregador: Central Islâmica de Alimentos Halal Ltda;
CNPJ: 05.869.291/0001-72
Vimos por meio desta informar que seu Contrato de Trabalho está sendo rescindido com data de 13-05-2022, COM JUSTA CAUSA, por motivo de ABANDONO DE EMPREGO, não compareceu na empresa desde 07-02-2022.
Três cinturões, 14 lutas e a estreia do filho de Wanderley Silva são atrações do Max Fight
Depois de três anos de ausência devido a pandemia do covid-19, o Max Fight, um dos maiores eventos de MMA do Mundo está de volta. A edição de número 24 acontece no dia 27 de maio em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba com grandes atrações. Serão 14 lutas no total, sendo três delas valendo cinturão e a estreia de Thor Silva, filho do lendário Wanderley Silva.
“O Max Fight tem como propósito contribuir com a carreira de quem almeja viver do esporte. Desde 2006 descobre talentos e os revela para os melhores eventos do mundo”, disse Ricardo Saldanha, idealizador do Max Fight.
Essa é a expectativa de Thor Silva que fará sua estreia no evento diante de Gabriel Ferreira.
“Estar em um evento como esse é uma grande alegria, uma oportunidade única para que eu possa colocar em prática tudo aquilo que venho treinando”, afirma Thor Silva.
Os curitibanos Marcos Pirata x Mario Souza fazem a principal luta da noite no peso médio. Vice-líder do ranking nacional de MMA, Souza vai defender o cinturão que conquistou na edição anterior em 2019.
“Sei que o Pirata é um adversário experiente, mas estou bem treinado e pronto para uma guerra. O Max Fight é uma grande vitrine para os maiores eventos do Mundo, como o UFC, e a expectativa é imensa”, falou o lutador que contabiliza três vitórias na competição e nenhuma derrota.
O adversário vê a luta como a oportunidade da vida. “Será minha primeira vez no Max e estou muito animado com isso. Mantive meus treinos mesmo na pandemia para esse momento”, disse Pirata.
Outro curitibano que defende o cinturão é Rodrigo Cavalheiro da Thai Brasil no peso médio (até 77 kg).
O piauiense Flávio Negrão disputa o cinturão no peso leve (até 70 kg) com o colombiano Carlos Garcia.
Entre as disputas, duas serão femininas. Destaque para o confronto de Pamela Mara da Inside MMA, 6ª no ranking nacional de MMA e Andressa Romero, da Thai Brasil Floripa, 14ª no ranking.
Para a narração das lutas, o Max Fight 24 vai trazer dos Estados Unidos o announcer Xicão Joly, um dos principais nomes na área com mais de oito mil lutas no currículo.
A pesagem dos atletas acontece na quinta-feira 26/05 às 19:30 no Mondrí, em São José dos Pinhais (Av. Rui Barbosa, 5813).
No dia do evento terão atrações gratuitas na área externa do ginásio das 16h às 20 horas. Serão quatro shows abertos ao público e diversas atividades recreativas. Estarão presentes nas arquibancadas 300 crianças praticantes de artes marciais de projetos sociais da prefeitura de São José dos Pinhais.
O ingresso para as lutas pode ser adquirido pelo https://www.sympla.com.br/max-fight-24-edicao__1519236 ou na bilheteria do ginásio ao preço de R$ 50,00
Para nós da Action Eventos é uma honra trazer o Max Fight ao cenário nacional, agregar ao evento o potencial dos shows de artistas do nosso casting e colocar os melhores atletas do Brasil na vitrine nacional. Todas as cidades que receberem o Max Fight a partir de agora terão muito mais que um evento de luta e sim uma festa para a comunidade”, o Diretor da Action Eventos Fernando Nunes.
Serviço
Data: 27 de maio
Local: Centro de Esporte e Lazer Max Rosenmann – Av. Rui Barbosa, 4997 – Afonso Pena, São José dos Pinhais
Atrações gratuitas 16h às 20h
Max Fight início às 20h
www.maxfight.com.br
Sustentado no conforto e na leveza, “Estilo Comfy” é tendência na decoração de ambientes em 2022
A combinação de elementos naturais e decorativos garante um toque extra de aconchego e bem-estar ao lar
Aprendizados, transformações e novas prioridades. Assim como as mudanças experimentadas ao redor do mundo nos últimos tempos fizeram com que todos olhassem para o verdadeiro sentido de ser e estar, elas trouxeram ao centro das prioridades o como e onde vivemos.
A casa voltou a ganhar um olhar especial, simbolizando um lugar de segurança, aconchego e revelando muito da personalidade de cada um. Não é à toa que uma nova maneira de pensar os elementos que compõem os ambientes virou uma tendência mundial.
É o “estilo comfy“, abreviação da palavra “comfortable” em inglês que, traduzido para o português significa confortável. Na decoração de interiores, a arquiteta do Grupo A.Yoshii em Londrina, Ana Paula Pimentel, explica que o estilo pode ser caracterizado “pela combinação de objetos e elementos decorativos que conferem aconchego e leveza aos ambientes com o objetivo de estabelecer uma estética confortável e tranquila”.
Os elementos naturais, “como móveis executados com madeiras, fibras, tecidos naturais e pedras que, juntamente com a iluminação e ventilação naturais, proporcionam ambientes que conectam o morador à natureza e convidam ao relaxamento e bem-estar simbolizam muito bem essa tendência”, afirma a arquiteta.
Os empreendimentos do Grupo A.Yoshii evidenciam o estilo comfy em diferentes propostas. Além dos espaços integrados do Epic, projeto de luxo do grupo localizado em Curitiba, a sensação de bem-estar é ampliada pelas paredes revestidas em madeira e tons claros, assim como o mobiliário fluido e espontâneo.
“As cores mais claras ou neutras dão esse efeito de acolhimento nos ambientes, e a combinação orgânica de linhas curvas e retas garante a tranquilidade e a elegância com conforto, o que caracteriza a estética comfy”, completa a profissional.
Em Campinas (SP), o empreendimento Aura incorpora a arquitetura biofílica, promovendo a harmonia e o equilíbrio entre o homem e a natureza. A biofilia aplicada em centros urbanos e paisagem de espaços construídos proporciona sensação de acolhimento por meio das percepções olfativa, tátea, sonora e visual criando um laço de pertencimento com o ambiente.
Toque macio
Alguns elementos que já são indispensáveis em casa também ajudam a compor a estética comfy, como almofadas, cortinas, mantas e tapeçarias. A arquiteta da A.Yoshii destaca que o diferencial na presença desses itens está no toque mais macio.
“Os modelos podem variar de tamanhos e cores, desde que tenham essa textura mais confortável, para ficar à vontade mesmo. A pandemia trouxe várias mudanças de comportamento na sociedade, entre elas, a necessidade de uma permanência maior dentro de casa, e, com isso, o olhar das pessoas está mais atento a tudo que está relacionado ao aconchego”, afirma.
Nos lançamentos Atmosphere, em Maringá (PR) e Casa Palhano, em Londrina (PR), a versão comfy surge nas cadeiras com revestimentos mais macios, nos sofás e cabeceiras almofadados e nos tecidos em geral, mais suaves ao toque. Ambos são projetos orgânicos, que valorizam a liberdade das formas e priorizam os aspectos circulares no mobiliário.
Grupo A.Yoshii
Fundado em 1965, o Grupo A.Yoshii já construiu mais de 2 milhões de m² do Sul ao Nordeste do Brasil, entre obras industriais, edifícios corporativos e residenciais, escolas, universidades, teatros e centros esportivos. É composto pela A.Yoshii Engenharia, com sólida atuação em construções de edifícios residenciais e comerciais de alto padrão em Londrina, Maringá, Curitiba e Campinas; pela Yticon Construção e Incorporação, que realiza empreendimentos econômicos, localizados em regiões de potencial valorização em municípios do Paraná e interior de São Paulo; pelo Instituto A.Yoshii, voltado para a inserção social e a democratização cultural; e atua em Obras Corporativas, atendendo a grandes corporações em suas plantas industriais, nos mais variados segmentos da economia, como papel e celulose, alimentício, químico, agronegócio, energia, assim como usinas sucroalcooleiras, centros logísticos, plantas automobilísticas, entre outros. Mais informações: www.ayoshii.com.br.
Massa de ar polar derruba as temperaturas no Paraná
A chegada de uma massa de ar polar vai derrubar as temperaturas no Paraná a partir desta terça-feira (17), com expectativa de zero grau no extremo Sul do Estado. De acordo a previsão, o vento intenso dará a sensação de temperaturas ainda mais baixas do que aquelas registradas nos termômetros. O Simepar – Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná alerta para a ocorrência de geada, mas sem condições favoráveis para a neve.
Nesta segunda-feira (16), em Curitiba, a temperatura mínima registrada foi de 11°C no início do dia, mas a menor ocorrerá à noite, segundo o Simepar, situação que se repetirá em todas as regiões paranaenses.
Nos próximos dias, no Paraná, os termômetros chegam a 3ºC em muitos pontos do Estado, com sensação térmica ainda mais baixa. “No Paraná, a tendência é de termos temperaturas mais baixas entre o Sul, Centro-Sul e o Leste do Estado, com temperaturas abaixo dos 5 graus nos termômetros na divisa com Santa Catarina. Entre as cidades da região, como Guarapuava, Palmas e General Carneiro, fica próxima a zero grau, com a sensação de frio acentuada pelos ventos”, detalha o meteorologista do Simepar Lizandro Jacóbsen.
Sobre a possibilidade de neve no Paraná, ele explica que os indicadores apontam para a ocorrência de chuva congelada na divisa com Santa Catarina devido à garoa. Embora sejam fenômenos bem próximos, ela é formada por um tipo de granizo bem pequeno, enquanto a neve chega em forma de flocos. “A chuva congelada quica no para-brisa enquanto a neve gruda nele”, simplifica Jacóbsen.
Ao longo de terça, as nuvens perdem força, mas não esquenta. Na página do Simepar, é divulgada a previsão para os próximos 15 dias.
GEADAS – Previstas em vários pontos do Estado, as geadas ocorrem de intensidade fraca a moderada de acordo com a região, exceto no Litoral. Com o fenômeno, na cafeicultura recomenda-se o enterrio de mudas. Hortaliças, leguminosas, árvores frutíferas tropicais recém-plantadas e demais culturas sensíveis devem ser protegidas com aquecimento, irrigação ou cobertura, enquanto granjas de aves e suínos precisam ser aquecidas.
O IDR-Paraná oferece o serviço Alerta Geada por meio de diversos canais, pelas redes sociais oficiais e pelo Disque Geada (43) 3391-4500.
DEFESA CIVIL – A Defesa Civil alerta para a necessidade de medidas de proteção voltadas à população mais vulnerável, como aquela que vive nas ruas. A rede de serviços públicos que atua nestas ações, que envolve as secretarias municipais de Assistência Social, Saúde e Agricultura, entre outras, e o Corpo de Bombeiros, já foi acionada.
Confirma a previsão do tempo para Curitiba:

Edital de Abandono de Emprego
Empregada: Mohammed Delwar Ahmed
Cpf: 012.794.209-28
Empregador: Central Islâmica de Alimentos Halal Ltda;
CNPJ: 05.869.291/0001-72
Vimos por meio desta informar que seu Contrato de Trabalho está sendo rescindido com data de 13-05-2022, COM JUSTA CAUSA, por motivo de ABANDONO DE EMPREGO, não compareceu na empresa desde 07-02-2022.
Viajar: uma questão de escolha ou um privilégio para poucos?
Walcir Soares Junior*
Blogueiros e influenciadores no mundo inteiro se utilizam do mote “escolher viajar” para defender que qualquer um que tenha força de vontade, com planejamento, pode viajar todos os anos, conhecer novos países e se desenvolver culturalmente. A experiência de uma viagem é inigualável e, qualquer um que tenha acesso a outras culturas, compreende melhor de si mesmo, sua própria cultura, pratica outras línguas, conhece novas pessoas e se sente simplesmente feliz com essas realizações. Mas, será que viajar é mesmo uma escolha que depende de planejamento ou um privilégio para poucos?
Dados da PNAD Contínua, de janeiro de 2022, mostram que a renda média da população brasileira caiu 1,1% em relação ao trimestre anterior (outubro de 2021), de R$ 2.518 para R$ 2.489. Em termos da renda média per capita, a renda do brasileiro é de R$ 1.052. Esse número esconde ainda outro problema, a desigualdade. Segundo dados de 2019, do IBGE, a camada 1% mais rica da população recebia neste ano 34 vezes a renda dos 50% mais pobres. Portanto, quando falamos da média, podemos incorrer na ilusão de que um país com dois indivíduos, em que um ganha R$ 1 mil e o outro ganha R$ 99 mil, tem uma renda média de R$ 50 mil, quando a realidade é muito mais desproporcional.
A expressão “escolher viajar” é tão falaciosa quanto a crença de que existe meritocracia. Ainda que o planejamento seja um aspecto importantíssimo na realização das coisas que almejamos, para a grande maioria dos brasileiros, a realidade impõe restrições de níveis muito mais básicos como alimentação, moradia e saúde. Segundo a calculadora da desigualdade da Oxfam, se você mora sozinho e ganha R$ 3 mil, você já faz parte do grupo dos 10% mais ricos do país. E não é porque você é rico, mas sim porque os outros são muito pobres. Apenas 10% da população brasileira apresenta renda per capita acima de R$ 2.600. Considerando a estimativa do Dieese de que um salário mínimo, para ser compatível com as despesas básicas de uma pessoa, deveria ser de R$ 6.394,76, que espaço podemos encontrar para outras coisas que não as necessidades básicas em um salário médio de R$ 1.052?
À parte das críticas em termos das possibilidades financeiras para a maioria dos brasileiros, viabilizar projetos como viagens depende de muito mais do que força de vontade. Assim como qualquer orçamento, o primeiro passo se refere à simples comparação entre receitas e despesas. A forma mais direta de auxiliar nesse caminho é o investimento em si mesmo, por meio da qualificação. Ampliar as receitas para que as despesas se tornem relativamente menores. Um segundo passo, é o planejamento financeiro, que é uma condição necessária para realizar qualquer coisa. Evitar gastos desnecessários e planejar gastos maiores. Entender que uma viagem também é um investimento em si mesmo, pois, além de agregar cultura, está relacionada à saúde mental e, quando estamos bem, trabalhamos e estudamos melhor. Mas é justamente do lado das receitas que está a raiz dos problemas de desigualdade no Brasil.
Um dos setores que mais absorve a mão de obra não qualificada é o próprio setor de turismo. Dados de 2021 do Ministério do Turismo mostraram redução de 59% no faturamento do setor. Na estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor deixou de faturar em 2021 mais de R$ 214 bilhões. Essa fragilidade está relacionada aos trabalhadores de mais baixa renda, pois é justamente nos serviços que a informalidade encontra refúgio, especialmente em momentos de crise. Portanto, os impactos da pandemia ampliaram ainda mais essas desigualdades e a pobreza, quando não é influenciada pela falta de acesso a bens considerados não básicos – como a possibilidade de viagens – é afetada também pela falta de trabalho e demanda para seus produtos.
Ainda que o setor de turismo seja visto como um consumo supérfluo, ele tem a importância de gerar renda para uma camada não privilegiada da população, absorver mão de obra quando o setor formal está em crise e ser solução para diversas atividades que se utilizam da criatividade para se manter. E a resposta, mais uma vez, cai no clichê da educação. A capacidade de ganhar mais está intimamente relacionada a produzir mais do que se custa. Quando a nossa sociedade for realmente capaz de ter uma vida digna com seu próprio trabalho no seu próprio território, talvez ela realmente consiga escolher olhar para fora.
*Walcir Soares Junior (Dabliu), doutor em Desenvolvimento, é professor do curso de Ciências Econômicas na Escola de Negócios da Universidade Positivo.
Nem todo mundo quer ser presidente
Francis Ricken*
Nem todo mundo quer disputar de forma franca a Presidência da República, algo que você já deve ter percebido. Geralmente, temos uma infinidade de candidatos ao cargo de chefe do Poder Executivo, mas nem todos têm condições políticas, econômicas ou interesse de vencer a disputa. Estar na presidência é se colocar de forma muito evidente no jogo político e, muitas vezes, ser o responsável por acertos ou o culpado pelos erros de sua administração, interesse não compartilhado por todo grupo político.
Vamos falar da terceira via. Partidos que se recusam a entrar na base de apoio das principais candidaturas e que juram de pé juntos que irão criar uma grande coalizão para escapar da chamada “polarização”, dentre eles: União Brasil, PSDB, PSD, MDB, Podemos e Cidadania. Esses partidos têm em comum o discurso, o desencontro de ideias e a incapacidade de formar alianças. O que temos até o dado momento são apenas nomes relativamente conhecidos do público, entre eles, Sérgio Moro, João Dória, Eduardo Leite, Luciano Bivar e Simone Tebet, que dificilmente deixarão suas pretensões pessoais, ou terão capacidade de formar um acordo e rivalizar com as candidaturas de Lula e Bolsonaro.
Temos também os candidatos de voo solo, que têm o papel de divergir e não desistir de seu espaço na disputa à Presidência da República, pelo menos até o resultado do primeiro turno. Essas candidaturas não têm o intuito de vencer a disputa, mas de criar espaço para o trabalho de seus colegas de partido nas disputas de cargos nos Estados e para vagas na Câmara e no Senado. São candidatos que acabam chamando a atenção para o posicionamento e para a imagem do partido, que pode sair fortalecido das eleições. Podemos colocar nesse grupo as candidaturas de Ciro Gomes, do PDT e de Felipe D’Ávila, do Novo.
Destaco também os grupos políticos com posicionamentos ideológicos enfáticos, ou seja, aqueles que não abrem mão de suas convicções para formação de grandes coalizões políticas, capazes de vencer a disputa. Esses grupos dificilmente venceriam uma eleição presidencial. Para eles, o que importa é a presença e a capacidade de debater temas, mas a tendência é que esses pequenos grupos políticos diminuam de tamanho cada vez mais e acabem sendo engolidos pelas cláusulas de barreiras de acesso ao fundo partidário, dificultando ainda mais sua sobrevida. Destaque para os pequenos partidos de esquerda como PSTU, PCO e PCB.
Outro caso que chama atenção é o Centrão, grupo de partidos de centro-direita que sempre se posicionam favoráveis ao governo de plantão, não importando a ideologia do chefe do Poder Executivo. Esses partidos costumam defender de forma enfática o governo da vez e não têm identificação com bandeiras ou posicionamentos políticos. De forma geral, tendem a defender seu bom desempenho eleitoral. O Centrão se aproxima dos grandes “puxadores de votos” nas eleições majoritárias para governo de Estados e Presidência da República, com objetivo de apoiar os vencedores e se beneficiar do status de ser governo. O apoio de partidos de centro pode ser medido pela capacidade do governo do momento e, quando as dificuldades surgem, são os primeiros a desembarcar, sempre pensando no momento eleitoral futuro. Observe os grandes nomes que integram o grupo de apoio do atual presidente da República e você encontrará vários que já apoiaram e fizeram parte dos governos de FHC, Lula, Dilma e Temer. Dificilmente encontraremos esses partidos com candidatos próprios ao Palácio do Planalto. Eles se encaminham para entrar na base de apoio das candidaturas fortes ou até mesmo renunciar à disputa, focando nos cargos legislativos.
Nem sempre seu candidato tem condições ou quer ganhar as eleições. Na política, muitas vezes, o que importa são as articulações e as estratégias. A jogada ou o recuo do presente pode ser uma estratégia para o futuro.
*Francis Ricken é advogado, mestre em Ciência Política e professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo (UP).
Muito além do chip da beleza
Natália Piovani Banzato*
Você, com certeza, nos últimos meses já ouviu falar do famoso “chip” da beleza. Artistas e influenciadoras digitais relatam o uso do “chip” e melhora da celulite, perda de peso e ganho de massa muscular. Mas, será que isso é possível mesmo? Apenas um “chip” inserido em consultório médico poderia trazer tantos benefícios? Infelizmente a resposta é não, por isso, vamos esclarecer os mitos que rodeiam o uso do chip da beleza.
O termo “chip da beleza” é conhecido como o implante de Gestrinona, que foi desenvolvido há cerca de 40 anos e ganhou esse nome pelos possíveis efeitos benéficos que traria ao corpo da mulher. É tradicionalmente usado por modelos, influenciadoras e outras mulheres que dependem da forma física.
Os implantes hormonais, sejam eles de Gestrinona ou outros hormônios, são inseridos no tecido subcutâneo, ou seja, sob a pele, em consultório médico, com anestesia local, normalmente nas nádegas, e liberam gradualmente determinada substância hormonal. No Brasil, são comercializadas duas formas de implante: os absorvíveis (que não precisam ser retirados e apresentam durabilidade em torno de 5 meses) e os inabsorvíveis (que devem ser retirados ao final de um ano de tratamento).
Entretanto, precisamos entender o que é esse hormônio e como ele funciona. A Gestrinona é uma substância hormonal sintética da família das progesteronas, semelhantes às que são utilizadas como anticoncepcionais, causando um bloqueio dos ciclos menstruais. Além disso, tem como efeito colateral uma forte ação androgênica, aumentando os níveis naturais de testosterona, e, por isso, pode favorecer o ganho de massa muscular, queima de gordura, perda de peso e aumento do libido.
A Gestrinona na forma oral não é uma substância nova. Ela é uma velha aliada dos médicos ginecologistas no tratamento de algumas doenças dependentes de estrogênio, como a endometriose, miomatose uterina e adenomiose – no organismo, ela atua inibindo o estrogênio, limitando sua atuação, ao mesmo tempo em que estimula a produção de testosterona.
O uso dos implantes hormonais não é proibido no Brasil, mas deve ser inserido com indicações formais e nunca com fim estético. As sociedades de Ginecologia e Endocrinologia indicam o uso com cautela, exclusivamente com o fim de tratar doenças ginecológicas, e apenas se for uma decisão conjunta da paciente com seu ginecologista, de que é a melhor opção de tratamento.
Infelizmente, todos os dias recebemos no consultório pacientes desejando a inserção do implante, sem indicação médica, apenas almejando os possíveis efeitos de melhora da composição corporal. Sempre reforço às pacientes que os benefícios do uso do “chip” são para pessoas magras e com hábitos saudáveis diários, como observamos pelas artistas e influenciadoras digitais que utilizam o implante de gestrinona. Nenhum tratamento isolado para perda de peso funciona.
Como todo medicamento, os efeitos indesejados também são observados: inchaço, queda de cabelo, aumento de acne e pêlos corporais, além da piora dos níveis de colesterol, devido ao aumento dos níveis de testosterona. Muitos desses efeitos são reversíveis e, com o término do uso do implante, desaparecem.
*Natália Piovani Banzato, ginecologista e obstetra, é professora do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP).