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Baleia, baleia, baleia

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Daniel Medeiros*

Saí do cinema engasgado e tive de sentar no banco do shopping para recuperar o fôlego. Tinha um jantar com amigos logo na sequência e precisava saber se conseguiria dar esse salto de volta para o cotidiano assim tão prontamente. O filme havia me atingido como o susto de um carro que freia diante de você, a centímetros de seus joelhos. Eu  precisava saber o  porquê dessa reação, embora desconfiasse que seria uma tarefa sem muita utilidade ou fim satisfatório. Não há como saber objetivamente por que uma narrativa mexe com as cordas internas do nosso corpo, desequilibrando-o, deixando um gosto ruim na boca, um peso no estômago, uma perda de energia quase no limite do desfalecimento. A melhor saída é sentar e esperar. Pouco a pouco, o sistema volta a operar, você enxuga a furtiva gota de suor que escorre da testa, levanta-se e segue com sua rotina. Resta uma espécie de fantasma que enevoa ainda um pouco a vista, lapsos muito rápidos que causam um breve enjoo, até que cessa de vez. Aos amigos, você diz, entre uma taça de vinho e uma garfada no rigatoni ai frutti di mare: “Hoje vi um filme ótimo, vocês vão gostar.”

A baleia de Ahab é a personificação da sua inquietude e do seu deslocamento em relação a si mesmo. Como diz o personagem: “É o meu jeito de afastar a melancolia e regular a circulação. Sempre que começo a ficar rabugento; sempre que há um novembro úmido e chuvoso em minha alma; sempre que, sem querer, me vejo parado diante de agências funerárias, ou acompanhando todos os funerais que encontro (…) então percebo que é hora de ir o mais rápido possível para o mar.”

A baleia de Charlie é a busca de sua redenção impossível, na forma de uma redação escrita pela filha, aos oito anos, prova de seu talento e criatividade. Ahab e Charlie são consumidos por uma culpa: em Ahab, a culpa não tem nome; em Charlie, trata-se do amor por outro homem e o abandono da filha. Em Ahab, os demônios são internos e ele os personifica no grande cachalote; em Charlie, os demônios são as convenções que definem o “amor verdadeiro” e o confinam sob um peso insuportável. Ambos protagonizam uma tragédia inevitável: a destruição do corpo como forma última de se livrar do objeto de sofrimento, naufragando abraçado a ele. Ambos agarram-se à baleia e deixam-se ser arrastados para o fundo do mar (ou para o ar), não suportando a fúria de seus próprios sentimentos. 

Nas duas histórias, uma tábua de salvação é o relato de Ismael, é a redação da filha desesperadamente rebelde, é a disposição dos estudantes do curso de escrita criativa. A palavra que torna o evento em reflexão é o Jonas bíblico que, mesmo tomado de medo e sentindo-se incapaz da tarefa que D’us havia lhe ordenado, acaba salvando uma cidade com suas palavras amorosas. 

Sempre ri de uma frase do surrealismo fantástico que mostra uma baleia atirando em outra baleia e assassinando-a. A manchete : “Baleia, baleia, baleia.” O nonsense é hilário. Depois de meu susto com o filme, relembrei dessa frase, mas com o significado que busquei nesse texto: Ahab, Charlie, Jonas. Baleia, baleia, baleia. Todos carregamos uma em nossa alma.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo. @profdanielmedeiros

Bem longe de casa: os navios de guerra iranianos atracados no Brasil

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João Alfredo Lopes Nyegray*

No domingo, 26 de fevereiro, o comando da Marinha brasileira autorizou que dois navios de guerra do Irã atracassem no porto do Rio de Janeiro. Trata-se das embarcações Iris Makran, um porta-helicópteros com capacidade para transportar cerca de 80 mil toneladas de petróleo e 20 mil toneladas de água; e do Iris Dena, uma fragata de 95 metros de comprimento e capacidade de transportar torpedos, mísseis, armas variadas e até 140 pessoas. 

A chegada dos navios iranianos e a recepção em portos brasileiros já haviam sido motivos de pressão dos EUA, nosso segundo maior parceiro comercial. Quando da visita do presidente Luís Inácio Lula da Silva a Washington, no início de fevereiro, os estadunidenses haviam pedido que o governo brasileiro não recebesse as embarcações – e esse pedido foi reforçado pela embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, em 15 de fevereiro. Passada a visita a Biden, o governo Lula voltou atrás e mudou de ideia, autorizando a atracação das embarcações de Teerã. 

Em situações assim, a Marinha apenas autoriza a atracação de embarcações estrangeiras após sinal positivo do Itamaraty. O Ministério das Relações Exteriores, por sua vez, leva em consideração questões como logística e o pedido da embaixada solicitante. 

A mudança de ideia do presidente Lula da Silva e a autorização da Marinha do Brasil geraram um mal- estar com os EUA, segundo destino mais frequente dos produtos brasileiros. O Iris Makran e o Iris Dena chegaram ao Rio de Janeiro domingo, e, na terça-feira, o senador republicano Ted Cruz, membro dos comitês de Relações Exteriores e de Comércio, Ciência e Transporte do Senado dos EUA, criticou severamente o presidente brasileiro, afirmando que os Estados Unidos devem rever suas parcerias com o Brasil. É importante lembrar que o Irã é um dos países mais sancionados pelos EUA. Além disso, a chegada dos dois navios iranianos ocorreu na mesma semana em que o enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, esteve no Brasil. 

Se, por um lado, o Brasil deve de fato pautar sua política externa a partir dos próprios interesses – sem aquiescer a pressões externas e sem alinhamentos automáticos, de outro, é essencial considerar o momento em que o mundo se encontra. Os iranianos estão entre os principais fornecedores de armas para os russos, e são justamente drones iranianos que atingem alvos civis na Ucrânia com grande frequência. 

Mais do que qualquer pressão estadunidense, o Brasil deveria ter considerado o quase uníssono coro global contra a invasão russa. Além do Irã, estão ao lado de Putin a Nicarágua e a Síria – praticamente párias internacionais, isoladas de boa parte das discussões políticas globais.

*João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray

Valmet apresentará soluções para maximizar a qualidade do papel e reduzir o consumo energético no Tissue Summit

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Evento acontecerá nos dias 8 e 9 de março em São Paulo e reunirá os principais players da indústria de papel tissue do Brasil

Com a palestra “Aprimoramento da produção e qualidade de papel tissue através da refinação e utilização de MFC”, o gerente de tecnologia e vendas para preparação de massa e MFC (celulose microfibrilada) da Valmet, Roberto Franchini, será um dos palestrantes da 3.ª edição do Tissue Summit, promovido pelo Grupo Nexum.

“Farei um overview da tecnologia de celulose microfibrilada (MFC) fornecida pela Valmet e suas principais vantagens na produção de papel tissue. Ainda, abordaremos o OptifinerPRO, um refinador que trata suavemente a fibra, maximizando a qualidade do papel e, paralelo à produção, reduz o consumo de energia elétrica”, explica Roberto. A palestra acontecerá no dia 9 (quinta-feira), às 14h45.

O Tissue Summit tem como objetivo analisar e debater o cenário atual do mercado tissue, apresentar as últimas soluções tecnológicas, expor as tendências do segmento e personal care e discutir o futuro da indústria. O evento ainda premiará as personalidades, empresas e produtos que se destacaram no segmento nos últimos anos. O evento acontecerá nos dias 8 e 9 de março, é aberto ao público e as inscrições são pagas e limitadas. A programação completa e a inscrição estão disponíveis no site.

Sobre a Valmet

A Valmet é líder global no fornecimento e desenvolvimento de processos, tecnologias, automação e serviços para os segmentos de celulose, papel e energia. A visão da Valmet é se tornar líder global no atendimento aos clientes. O escopo completo de fornecimento inclui fábricas de celulose, linhas de fabricação de papel, cartão e tissue, além de plantas para geração de bioenergia. Os serviços abrangem desde manutenção e peças de reposição até melhorias nas fábricas. Já as avançadas soluções em automação da Valmet englobam desde simples medições até projetos de automação completos em toda a planta fabril, otimizando o uso de matérias-primas e energia. A Valmet possui mais de 14 mil colaboradores em todo o mundo e, na América do Sul, opera com unidades em Araucária (PR), Sorocaba (SP), Belo Horizonte (MG), Imperatriz (MA) e Concepción, no Chile. Mais informações: www.valmet.com.br.

O que fazer quando um cosmético causa reação adversa

A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de suspender a comercialização de todas as pomadas para modelar e trançar cabelos após usuários relatarem reações adversas serve de alerta: o que o consumidor deve observar antes de comprar produtos de beleza? Quais são os direitos do consumidor nos casos em que a integridade física ou a saúde são afetadas pelo uso de um cosmético?

A medida cautelar da Anvisa se deu após centenas de notificações de cegueira temporária, ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, inchaço ocular, lesão na córnea e dor de cabeça. Os primeiros episódios surgiram em 2022 e, neste mês, mais de 3 mil marcas do produto foram proibidas preventivamente, enquanto a Anvisa investiga o caso.

Doutor em Direito Econômico, Sandro Mansur Gibran explica que os consumidores lesados e que tiveram sua integridade física ou moral afetada podem obter indenização se comprovarem a relação com o produto utilizado.

“Sempre que um serviço ou produto resultar em um mal à saúde, ocorre o que chamamos de ‘fato do produto’, reconhecido pela lei como algo mais grave do que o vício do produto. O vício não causa danos à integridade física. É o caso de uma roupa com defeito que pode ser trocada. Já o fato do produto é mais grave por comprometer a integridade física do consumidor”, explica com o professor do Programa de Mestrado e Doutorado do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação.

Com experiência em direito do consumidor e consumo consciente, Sandro explica que a Anvisa suspendeu a comercialização das pomadas capilares com base no Artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor, que define o que é fato do produto. “Nestes casos, os consumidores que utilizaram as pomadas e tiveram qualquer reação mais grave, crise alérgica ou cegueira têm direito à indenização”, explica.

Atenção ao escolher cosméticos
A fisioterapeuta e biomédica Ana Cleia Cardoso, professora dos cursos de Biomedicina e Fisioterapia do UniCuritiba, diz que os consumidores devem ficar atentos à qualidade dos produtos. “De acordo com a sua classificação, os cosméticos passam por estudos científicos para comprovar a qualidade, a eficiência e a segurança à saúde.”

No Brasil, a Anvisa é a responsável pela regularização de produtos cosméticos. O órgão vinculado ao Ministério da Saúde mantém um endereço eletrônico para consultas de cosméticos registrados.

“A Anvisa segue critérios e classificações de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que levam em consideração a probabilidade de efeitos indesejados, finalidade, fórmula, áreas do corpo às quais são destinados e os cuidados necessários na utilização”, explica a professora que atua na área de estética.

Segundo Ana Cleia, sempre que o consumidor tiver um efeito adverso após o uso de um cosmético, a indicação é procurar um centro médico. Dependendo da gravidade do caso o paciente é submetido a exames para identificar o grau de toxicidade e o efeito alérgico do produto.

Direito à indenização
Nos casos em que um produto causa reações que colocam em risco a integridade física do consumidor é possível pleitear indenizações. O ideal é que o usuário reúna todas as informações e comprovações de atendimento em hospitais, atestado médico, cópia da receita dos medicamentos utilizados para controlar as reações adversas etc.

O professor do UniCuritiba explica que este tipo de documentação, assim como a nota fiscal do produto, estabelece um vínculo mínimo de prova. “Ainda que no direito do consumidor exista a inversão de prova, ou seja, a prova não é obrigação do cliente lesado e sim do fornecedor, que deve provar sua inocência, eu sempre recomendo que as pessoas tenham provas a seu favor.”

Reclamação no SAC
A primeira medida quando o consumidor se sente lesado é procurar o fabricante. A reclamação pode ser feita no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC). As conversas são gravadas e o protocolo também serve como prova.

No caso de produtos importados, a responsabilidade não recai apenas sobre o fabricante. As empresas importadoras, farmácias e lojas de cosméticos que porventura comercializaram os produtos são consideradas corresponsáveis.

Caso nenhum desses agentes se disponha a resolver o problema do consumidor, a saída é recorrer ao Procon, seja presencialmente ou por meio do registro formal de reclamações no site. A Anvisa também tem um canal direto para queixas e denúncias.

Notificação de eventos adversos
A professora Ana Cleia, do curso de Biomedicina, explica que o consumidor pode acessar o site da Anvisa, na aba Cosmetovigilância – Orientações e Formulários, e conferir os produtos com restrição ou as empresas notificadas por ocorrências indesejadas no uso de artigos de higiene, perfumes, cosméticos, saneantes e alimentos.

“Quem deseja fazer uma denúncia precisa preencher o formulário com dados que constam no rótulo do produto. Depois, uma equipe da Anvisa analisa as informações e, se for o caso, inicia uma investigação”, informa.

As notificações de eventos adversos recebidas pela Anvisa são investigadas pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), que inclui a Anvisa, as vigilâncias sanitárias locais (estaduais, distrital e municipais) e laboratórios oficiais. Os dados do notificador e do consumidor informados na notificação são mantidos em sigilo.

Ação judicial
Bacharel em Direito, Sandro Mansur Gibran diz que, em casos graves, o consumidor lesado pode recorrer ao Juizado Especial Cível, que trata de pequenas causas. No Tribunal de Justiça do Paraná é possível formalizar o pedido de indenização por meio eletrônico. As audiências são realizadas virtualmente sem custo para o cidadão.

Se a pretensão de indenização não ultrapassar 20 salários-mínimos, o consumidor não precisa de advogado. Já indenizações entre 20 e 40 salários-mínimos exigem o acompanhamento de um advogado. Se eventualmente as despesas médicas e os danos morais excederem 40 salários-mínimos, o caminho é a Justiça Comum.

Outra dica do professor Sandro Mansur Gibran, do UniCuritiba, é que os consumidores se mantenham atentos e denunciem os estabelecimentos que desrespeitarem a determinação da Anvisa ou insistirem na comercialização de produtos suspensos, a exemplo das pomadas modeladoras. “Em um primeiro momento, vale a pena solicitar amigavelmente que o estabelecimento siga a regra, mas em caso de insistência em vender o produto, o caminho é formalizar a denúncia no Procon ou na Anvisa.”

Muro de colégio de Curitiba vira biblioteca digital a céu aberto

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Intitulado “Além dos Muros da Escola”, projeto tem como objetivo facilitar aos alunos e à comunidade externa o acesso à leitura. Inauguração acontece dia 14 de fevereiro

Ao idealizar a reforma dos muros de uma de suas unidades na capital paranaense, o Colégio Positivo decidiu aliar literatura com arte, com a criação do projeto “Além dos Muros da Escola”. Por meio de uma pintura especial, o muro da unidade Ângelo Sampaio foi transformado em uma biblioteca digital a céu aberto, que oferece obras literárias via código QR code ilustrado nos muros e pode ser aproveitada também pela comunidade externa.

O espaço conta com títulos de diversos tipos de literatura, desde grandes autores clássicos até nomes contemporâneos e de vários componentes curriculares presentes na vida dos estudantes, além de material extra produzido pelos professores, como podcasts e análises das obras. “Há também espaço para livros infanto-juvenis que foram indicados pelos próprios estudantes por meio de um levantamento realizado pelo colégio”, revela o assessor de Literatura e Arte do Ensino Médio do Colégio Positivo, Rodrigo Wieler.

A responsável pela obra de arte nos muros é a Mucha Tinta Produções Culturais, produtora artística e cultural contemporânea, fundada em 2007, que reúne uma diversificada equipe de talentos e jovens profissionais, designers, desenhistas e ilustradores. O projeto foi conduzido pela designer gráfica e fundadora da produtora, Giusy de Luca, e realizado pelo artista Deagostine Murilo Pereira, conhecido no meio artístico como Seth, que trabalha com grafite desde 2009 e que, além de murais em todo o Brasil, já levou sua arte também para a Itália, Inglaterra e Alemanha.

Para Giusy, produzir obras em grande escala para um centro educacional tem muito a ver com um dos objetivos da Mucha Tinta, que é justamente unir arte e educação. “As imagens do artista Seth também traduzem os objetivos da instituição, pois falam da importância da leitura e do conhecimento não só para os estudantes, mas também para a população de maneira geral. Colocar obras de arte em tamanho gigante, que transmitem uma mensagem positiva para quem passa por elas todos os dias, é satisfatório”, conta.

Os muros apresentam livros indicados por professores do Colégio Positivo, com destaque para títulos da literatura brasileira que frequentemente são abordados nos vestibulares, como “Dom Casmurro”, “Os Sertões” e “Macunaíma”, e também conta com obras indicadas pelos alunos, como “Harry Potter”, “O Pequeno Príncipe” e “Percy Jackson”.

Além disso, uma parte do muro é dedicada exclusivamente para uma seção com as obras de leitura obrigatória para a realização do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), oferecendo aos vestibulandos alguns títulos recomendados em literatura, bem como outros materiais de apoio, conforme aponta Rodrigo. “O objetivo central do projeto é aliar a educação de qualidade fornecida pelo colégio com o interesse da comunidade externa, transformando os muros em prateleiras de livros que facilitem o acesso à leitura”, finaliza. Confira alguns dos livros indicados por professores e alunos no site do Colégio Positivo.

Sobre o Colégio Positivo

O Colégio Positivo compreende sete unidades na cidade de Curitiba, onde nasceu e desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo – Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo – Hauer, o Positivo International School, o Colégio Positivo – Água Verde e o Colégio Positivo – Boa Vista atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Em 2016, o grupo chegou em Santa Catarina – onde hoje fica o Colégio Positivo – Joinville e o Colégio Positivo – Joinville Jr. Em 2017, foi incorporado ao grupo o Colégio Positivo – Londrina. Em 2018, o Positivo chegou a Ponta Grossa (PR), onde hoje está o Colégio Positivo – Master. Em 2019, somaram-se ao Grupo duas unidades da escola Passo Certo, em Cascavel (PR), e o Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR). Em 2020, o Colégio Vila Olímpia, em Florianópolis (SC), passou a fazer parte do Grupo. Em 2021, com a aquisição da St. James’, em Londrina (PR), o Colégio Positivo passa a contar com 16 unidades de ensino, em sete cidades, no Sul do Brasil, que atendem, juntas, aproximadamente 16 mil alunos desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.

Universidade inaugura clínica escola de Odontologia para atendimento gratuito na região do Parolin

Nesta segunda-feira, 6 de março, o Centro Universitário UniDomBosco inaugura sua Clínica Escola de especialidades odontológicas para atender gratuitamente mais de 60 mil habitantes da região do Parolin e entorno.  Com equipamentos de alta tecnologia e profissionais altamente qualificados, a clínica irá atender adultos e crianças a partir de 4 anos e prevê realizar até 1.000 atendimentos odontológicos por semestre.  

Pensando em abrangência de atendimento, a população do Parolin tem aproximadamente 12 mil pessoas, o bairro Vila Guaíra possui em média 14 mil pessoas e a Vila Izabel cerca de 38 mil pessoas. Esse quantitativo será diretamente impactado pelos serviços da clínica.

Rucieli Toniolo, diretora acadêmica da instituição enfatiza que “o Centro Universitário UniDomBosco confere à comunidade a nova Clínica Escola de Odontologia que vai levar à população carente por serviços odontológicos, uma estrutura nova de qualidade e conforto”.

“Os bairros ao redor do Centro Universitário totalizam em média 3 unidades de saúde que oferecem atendimento odontológico e nossa clínica vem para dar vazão à necessidade da população local”, enfatiza Lorena Almeida, coordenadora de Relacionamento do UniDomBosco. 

Para atender à comunidade de forma substancial, o espaço localizado na Av. Presidente Wencelau Braz, 1172, recebeu investimentos para reforma, equipamento e recursos humanos. Durval Antunes Filho, diretor administrativo do Centro Universitário UniDomBosco destaca que em termos de infraestrutura “o espaço conta com 25 cadeiras para atendimento, unidade móvel de raio X, unidade de prótese e de esterilização para que os pacientes sejam confortavelmente atendidos”.

“Atenderemos todas as áreas odontológicas, como dentística, periodontia, endodontia, cirurgia, prótese, tratamento dentário. A clínica terá como supervisora a Dra. Paula Dresh Portela, docente do curso de Odontologia do UniDomBosco”, reforça o Dr. Luiz Vicente Lopes, coordenador do curso de graduação em Odontologia do Centro Universitário UniDomBosco. Os atendimentos serão realizados mediante agendamento.

A instituição realizou estudo das necessidades da região onde a mesma está localizada e visa contribuir, assim, com o município, na definição de estratégias para o aperfeiçoamento de atendimentos dentários. 

Informações e agendamento de consultas: (41) 3213-5273

Após enchente, escolas de Morretes recebem doações

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Instituto Positivo arrecada verba com ajuda da sociedade e escola retoma as aulas recuperada dos prejuízos

Para contribuir com a recuperação de escolas de Morretes, atingida pelas fortes chuvas de dezembro, o Instituto Positivo realizou uma campanha de arrecadação de recursos por meio de vaquinha virtual. Com os recursos obtidos, a entidade dobrou o valor das arrecadações e realizou a compra de freezer, cômodas, trocadores, armários, materiais de papelaria, jogos educativos, entre outros itens, que foram doados para o Centro Municipal de Educação Infantil Maria Luísa Burtz Merkledo e a Escola Municipal Miguel Schleder, as mais atingidas pela enchente. “Muitas pessoas e contribuíram com a nossa campanha e conseguimos reverter o valor arrecadado em itens de primeira necessidade nas escolas. O  ano letivo está começando e a doação fará muita diferença. Estamos presentes com ações junto ao ADE Litoral Paranaense e queremos contribuir cada vez mais com a melhoria da educação da região”, destaca a diretora do Instituto Positivo, Eliziane Gorniak.

O Centro de Educação Infantil Maria Luisa Burtz Merkledo recebeu freezer, trocadores, cômodas, armário e berços. Já na Escola Municipal Miguel Schleder, que atende crianças em fase de alfabetização, foram entregues materiais pedagógicos como caixas silábicas, jogos de memória, dominó e quebra-cabeça, jogos educativos Primeiras Palavras, Vira Letras e Descobrindo a Matemática, além de ábacos, legos, massa de modelar, papel sulfite, lápis de cor e baús de madeira multiuso e de contação de histórias.

Com o olhar voltado para a melhoria na educação

Desde o início de 2022, o Instituto Positivo (IP) apoia o Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) Litoral Paranaense, que conta com a participação dos sete municípios da região: Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná. O foco de trabalho, definido pelo grupo com base em uma análise cuidadosa do diagnóstico do território, é a melhoria na aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, e a função do IP neste cenário é atuar como mentor técnico da iniciativa.

Instituto Positivo

O Instituto Positivo (IP) foi criado em 2012 para fazer a gestão do investimento social de todo o Grupo Positivo em favor da comunidade. A missão do Instituto Positivo é contribuir para a melhoria da qualidade da Educação Pública do Brasil por meio do incentivo ao Regime de Colaboração. Para tornar isso possível, o IP incentiva e apoia a implantação de Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADE) em todo o país, desenvolve pesquisas e publicações sobre o tema e participa de discussões em instâncias como MEC, CNE, Senado e Câmara de Deputados a fim de contribuir em propostas de lei e resoluções que favoreçam esse modelo de Regime de Colaboração. O Instituto também é responsável pela gestão do Centro de Educação Infantil Maria Amélia, em Curitiba, que atende gratuitamente cerca de 100 crianças em situação de vulnerabilidade social. Para ter mais informações, acesse o site do Instituto Positivo: instituto.positivo.com.br.

A atualidade do fascismo

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Daniel Medeiros*

Quando estava no exílio, nos EUA, nos anos 40, o filósofo alemão Theodor Adorno, que havia fugido do nazismo – sorte que seu amigo Walter Benjamin não teve -, contribuiu para a criação do que se chamou de “escala F”, uma espécie de teste de personalidade voltado para identificar pessoas mais ou menos suscetíveis a embarcar nas mensagens fascistas. Aliás, essa era uma das grandes questões filosóficas do grupo que ficou conhecido como Escola de Frankfurt e que, além de Adorno e (de certa maneira) Benjamin, contou também com nomes como Horkheimer, Marcuse e Erich Fromm (e depois, Habermas e Axel Honneth): por que os trabalhadores alemães disseram não às promessas libertadoras do movimento espartaquista, liderado pela polonesa Rosa Luxemburgo e embarcaram com tanto entusiasmo no autoritarismo xenófobo e racista do nazismo?

Sobre os elementos capazes de identificar uma personalidade autoritária, Adorno afirmou que se trata de alguém obcecado pelo aparente declínio dos padrões tradicionais, incapaz de lidar com mudança, preso na armadilha do ódio a todos que não são considerados como parte do grupinho e preparado para agir para defender a tradição contra a degenerescência.

Esse estudo, que Adorno transformou em livro, destacou ainda um outro aspecto bastante perturbador: padrões de personalidade que foram rejeitados por serem patológicos porque não combinavam com as tendências mais comuns e manifestas ou os ideais mais prevalentes numa sociedade, numa análise mais profunda, mostraram ser nada mais que manifestações exageradas daquilo que era quase universal sob a superfície daquela sociedade. O que hoje é psicológico pode, com mudança nas condições sociais, tornar-se a tendência dominante de amanhã.

Há duas afirmações nessas citações (que colhi no excelente livro sobre a Escola de Frankfurt, chamado Grande Hotel Abismo, do jornalista inglês Stuart Jeffries) que se revestem de grande atualidade. A primeira é o ódio como combustível, um ódio que se espalha como hidra contra todos os que ameaçam o mundo estático e reconhecível do fascista: a família fundada no respeito reverencial da mulher pelo homem, traduzida em obediência e temor; o trabalho como repetição de tarefas determinadas por uma autoridade maior e inalcançável por sua riqueza meritória; o Estado como o chão firme da proteção e identificação ao qual o cumprimento do dever é natural e necessário; a Pátria, como símbolo unificador desses predicados de estabilidade e reconhecimento, garantindo a cada um o seu lugar ao qual todos são capazes de compreender e assimilar, sem os riscos das temidas irrupções do novo.

A segunda afirmação é a que se refere à capacidade dessa visão de mundo existir e sobreviver em estado larvar, abaixo da superfície da sociedade em ebulição, aguardando o momento de irromper e estabelecer-se. Um tipo de entropia ao contrário: a natureza do mesmo impondo-se ao fluxo dos acontecimentos e ao abalo das certezas.

Adorno já alertava, nos anos 40, que o fascismo não se limitava a um fenômeno histórico. Pelo contrário, ele despreza o tempo e suas circunstâncias. Ele espera pelo cansaço das novidades para retomar sua cantilena do “certo” e do “sempre”, entendendo o certo e o sempre como a submissão ao “um”, a velha obsessão humana desde Tales de Mileto (tudo vem do Um), única forma de garantir a ordem e de prever o futuro, esse fantasma aterrorizante.

O fascista, podemos concluir, é o avô que teme as mudanças e o apagamento do mundo que conhece; é a dona de casa que não compreende o funcionamento das máquinas com as novas tecnologias e acha que está sempre sendo enganada; é o casal de classe média que não alcança os signos de sucesso e de reconhecimento social que acredita merecer e se ressente com todos os que julgam estar no seu caminho; é o jovem apavorado com as exigências profissionais do futuro próximo, e, face a esses medos, busca guarida na nostalgia de um passado imaginado, sob o manto repousante de um líder eloquente que promete acabar com todos os que abalam o sentido do mesmo, e devolver a vida “simples e adequada” que um dia fez do mundo (sic) um lugar melhor.

Pois é. Os campos de concentração que o digam.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo. @profdanielmedeiros

Espionagem disfarçada de meteorologia – o balão que agrava as tensões entre EUA e China

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João Alfredo Lopes Nyegray*

Desde o governo de Donald Trump, as relações entre Estados Unidos e China estão desgastadas. Seja pela tentativa estadunidense de atrair novamente suas empresas que estabeleceram manufatura no país asiático, seja pelo aumento de tarifas de importação de produtos vindos de lá para os EUA, a questão é que o crescimento econômico e a influência chinesa pelo mundo preocupam e incomodam o Tio Sam. 

Numa tentativa de apaziguar as relações e, eventualmente, buscar uma mudança na postura chinesa em relação aos ataques russos na Ucrânia, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, tinha uma viagem marcada a Pequim. Os planos dos EUA e de Blinken foram adiados indefinidamente após um misterioso balão aparecer no céu do estado de Montana no dia 2 de fevereiro. Para o Pentágono, tratava-se de um “balão de vigilância chinês de alta altitude”. O Ministério das Relações Exteriores da China, no entanto, afirmou que o balão era um dirigível civil utilizado para fins de pesquisa meteorológica, e que se desviou da rota. 

O artefato que sobrevoava o céu dos Estados Unidos tinha – segundo o governo do país – um tamanho de aproximadamente três ônibus escolares e sobrevoava a uma altitude de cerca de 18.600 metros. Para se ter uma ideia, isso é aproximadamente de 6 a 8 quilômetros mais alto do que a altitude padrão de voos comerciais. Além disso, a altura do item era de 61 metros, o equivalente a um prédio de 25 andares.

Três dias após o surgimento do artefato nos céus da região norte dos EUA, o balão foi abatido por um míssil de curto alcance disparado por um caça da Força Aérea. Seus destroços caíram no Oceano Atlântico, na costa do estado da Carolina do Sul, e foram prontamente recolhidos pela Marinha. A identificação do balão deu-se quando do sobrevoo pelo estado de Montana – onde se localiza a base aérea de Malmstrom, que abriga pelo menos uma centena de mísseis balísticos intercontinentais. 

Após a derrubada do item, os chineses manifestaram “forte insatisfação e protesto contra o uso da força pelos EUA para atacar aeronaves civis não tripuladas”. Logo a seguir, a Força Aérea colombiana também confirmou ter avistado um balão semelhante em seu espaço aéreo. Tanto o uso desse tipo de artefato quanto sua presença em distintos lugares do planeta dão claros sinais de que os chineses estão mantendo o mundo em vigilância. Para o Departamento de Defesa dos EUA, os chineses operam esses balões em cinco continentes. Com ou sem balão, meteorológico ou não (provavelmente não), esse é mais um capítulo que desgasta e coloca em rota de colisão as duas maiores economias do planeta. Que os destroços desse choque não cheguem até nós.

*João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray

Dez palavras em inglês que você provavelmente está usando errado

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Quando se aprende um novo idioma, é necessário aprender um novo conjunto de vocábulos, o que é instigante, porém desafiador. Quanto mais o tempo passa, mais complexo é, para o cérebro, fazer novas conexões entre palavras e seus significados. E essa dificuldade pode aumentar quando se fala de expressões idiomáticas e de falsos cognatos, por exemplo, aquelas palavras que são muito parecidas com o português, mas que têm significados completamente distintos. 

De acordo com o gerente de conteúdo do PES English, Luiz Fernando Schibelbain, “o segredo para aprender é a persistência. Não se pode ter receio de cometer erros, porque é com eles que se aprende. Ler bastante sobre essas palavras que podem confundir é uma boa maneira de começar a usá-las corretamente”. O especialista selecionou algumas dessas palavras e conta seus verdadeiros significados. 

  1. Explanation x Explication

Sempre que você quiser explicar algo a alguém, o termo correto é “explanation”. Embora “explication” exista, essa palavra tem um significado muito mais técnico e quer dizer buscar significados mais aprofundados. Seu uso é mais restrito a textos literários.

Exemplos: There’s too much explication in the movie and not enough action. | What was his explanation for why he was late? 

  1. Historic x Historical

Novamente, as duas palavras existem, mas seus significados são ligeiramente diferentes. Se você quer dizer que um fato ou acontecimento é histórico, provavelmente deve usar a palavra “historic” para se referir a ele. “Historical” é qualquer acontecimento passado, porque quer dizer “baseado na história”. Enquanto isso, “historic” é tudo o que for grandioso, inédito ou muito difundido na história. 

Exemplos: Landing on the moon was a historic occasion. | She loves to read historical novels. 

  1. Uninterested x Disinterested

Enquanto “uninsterested” é uma pessoa que não demonstra interesse, ou, em bom português, que está genuinamente desinteressada de algo, “disinterested” tem um significado completamente diferente. Quem está “disinterested” está se mantendo imparcial, sem julgamentos. Ou seja, alguém pode, literalmente, estar disinterested e uninterested ao mesmo tempo. 

Exemplos: I’m completely uninterested in sports. | They made a completely disinterested decision.

  1. Alternately x Alternatively

Essas duas palavras tão parecidas também têm traduções parecidas em português e, por isso, é mais fácil compreender as diferenças entre elas – mas, nem por isso, é fácil lembrar qual delas usar no dia a dia. “Alternately” significa alternadamente, quer dizer, coisas que acontecem de forma alternada e sequencial. Por sua vez, “alternatively” significa alternativamente, ou seja, diz respeito a possibilidades diferentes. 

Exemplos: My heart rate was 160, my blood pressure alternately spiking and falling. |  We could go to the Greek restaurant, or alternatively, we could try that new Italian place. 

  1. Specially X Especially

“Specially” passa a ideia de “fim específico”, “propósito”, “para aquele fim em particular”. Por sua vez, “especially” nos informa algo acima de tudo (sobretudo), algo especial, algo que deve ser notado e ressaltado. 

Exemplos: The children really liked the museum, specially the dinosaurs. | It’s a pity you couldn’t come. We especially wanted you to meet my friend Bob.  

“Isso mostra que, por mais que você estude um idioma, sempre haverá o que aprender de novo”, ressalta Schibelbain. 

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Sobre o PES English

O PES English é um programa de Inglês avançado destinado a escolas particulares. Ele oferece aos professores assessoria pedagógica especializada, portais de conteúdo e uso da língua inglesa, além de materiais didáticos internacionais publicados por editoras de referência. Presente em mais de 390 escolas em todo o país e atendendo a mais de 105 mil alunos, a solução educacional tem como objetivo desenvolver as habilidades de leitura, fala, escrita e escuta do Inglês em alunos entre 3 e 16 anos. Com certificação e reconhecimento internacionais, o PES também oferece a escolas e alunos assessoria na administração e aplicação de exames de proficiência Cambridge e Michigan Assessment English.