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Homens devem cuidar da saúde o ano inteiro

A saúde do homem deve ser prioridade o ano todo e vai muito além do Novembro Azul. Porém, devido a aspectos culturais, parte da população masculina ainda resiste em ir ao médico com regularidade, ainda mais quando o assunto é a prevenção de doenças como o câncer de próstata.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do homem em 2019 era de 73 anos, enquanto a da mulher era de 80 anos. Entre as principais razões para essa diferença estão o medo de descobrir enfermidades, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, não seguir os tratamentos recomendados, acreditar que não vai adoecer e não procurar os serviços de saúde.

“É fundamental que os homens criem o costume de ir periodicamente ao médico, pelo menos uma vez ao ano. Um exemplo dessa importância é que a maioria dos cânceres de próstata não apresentam sintomas. Por isso, os homens devem seguir os exemplos das mulheres e superar preconceitos”, diz Roney Alan Nogueira, mestre em Promoção de Saúde e coordenador de Área de Saúde 1 no Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR).

Câncer de próstata
O câncer de próstata é o tumor mais comum em homens acima de 50 anos. Os fatores de risco são a idade avançada, histórico familiar da doença, questões hormonais e ambientais, sedentarismo, excesso de peso, hábitos alimentares inadequados com dieta rica em gordura e pobre em verduras, vegetais e frutas. Os negros constituem um grupo de maior risco para desenvolver a doença, embora não se saibam os motivos.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, em 2022 foram estimados 71.730 novos casos. “O diagnóstico precoce é essencial para encontrar o tumor em fase inicial, possibilitando assim, uma maior chance de um tratamento bem-sucedido”, explica Nogueira.

Alguns sintomas que devem alertar os homens são a dificuldade de urinar, a sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e a presença de sangue na urina.

Dicas para o verão
Engana-se quem acredita que apenas as mulheres devem se preocupar com a pele e a saúde no verão. “Os homens também precisam ficar atentos com os cuidados e os prejuízos que a estação mais quente do ano pode trazer, devido à exposição ao sol”, explica Nogueira, que dá algumas dicas sobre o assunto.

  1. A primeira delas é usar sempre e em qualquer horário o protetor solar, mesmo quando o sol não está “queimando”. A exposição às radiações solares pode causar problemas mais graves como rugas e até câncer de pele.
  2. Beba muita água. Em altas temperaturas, as glândulas sudoríparas produzem suor como uma forma de regular a temperatura corporal. Por isso, perdemos sais minerais que devem ser repostos.
  3. Hidrate bem a pele. A hidratação ajuda as glândulas sebáceas a não trabalharem mais do que o necessário para compensar o ressecamento.
  4. Tome cuidado com as micoses. A recomendação é sempre secar muito bem os pés, as axilas e as partes íntimas. Além disso, evite manter no corpo roupas molhadas ou suadas.
  5. Faça atividades físicas leves, sob orientação de um médico, e tenha uma alimentação saudável. Evite gorduras e alimentos ultraprocessados.

Cinco erros que pais cometem ao ensinar finanças aos filhos

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Como ensinar crianças a lidar com o dinheiro, sendo responsáveis por consumir de forma consciente e controlada? Se essa não é a pergunta de um milhão de dólares, no mínimo é uma questão importante para famílias que desejam deixar um legado de equilíbrio financeiro para seus filhos. Isso pode ser feito de diversas maneiras, mas alguns erros comprometem os resultados.

Para o consultor pedagógico e key account manager da Conquista Solução Educacional, Fernando Vargas, é preciso tomar cuidado na hora de ensinar finanças aos pequenos. O especialista menciona alguns dos erros mais comuns da educação financeira conduzida pelos pais e responsáveis.

  1. Não falar sobre dinheiro

O dinheiro e suas muitas relações com a vida cotidiana precisam fazer parte do dia a dia das famílias. “Não falar de dinheiro com as crianças, sejam de que idade forem, é o primeiro passo para que esse assunto se torne um tabu”, afirma Vargas. Explicar como o dinheiro funciona, de onde ele vem e o valor que tem é fundamental para educar crianças financeiramente conscientes.

  1. Sentir-se culpado por não comprar 

Muitas vezes, os filhos pedem por itens de consumo absolutamente desnecessários. Da balinha no supermercado ao brinquedo caro, nem toda vontade precisa ser imediatamente satisfeita. Sentir-se culpado por não cumprir com esse desejo só atrapalha. “Temos que saber falar não e não sentir medo da frustração dos nossos filhos, porque isso faz parte do processo. Traga o contexto, explique por que está dizendo não ou tente oferecer alternativas criativas ou um planejamento para que aquela vontade possa ser satisfeita no longo prazo”, sugere.

  1. Confundir consumo e consumismo

Consumir faz parte da vida contemporânea. É preciso comprar alimentos, roupas, sapatos e outros bens que ajudam a facilitar o dia a dia. No entanto, nem todo bem é indispensável. Saber avaliar o que é necessário e o que é apenas um desejo é outro passo importante para conseguir ensinar aos filhos como lidar com o dinheiro. Enquanto o consumo é fundamental, o consumismo é um erro grave.

  1. Faça o que eu digo, não o que eu faço

“Exemplo é tudo. Não adianta querer ensinar sem dar o exemplo, porque as crianças absorvem mais o que fazemos do que o que falamos. Não basta ensinar a gastar somente o necessário e poupar dinheiro, é preciso aplicar esses ensinamentos para que elas realmente compreendam a importância deles”, detalha o especialista.

  1. Não explicar a importância do equilíbrio entre trabalho e família

Quando os filhos são pequenos, muitas vezes sofrem com a separação sempre que os pais saem para trabalhar. Mas o trabalho é fundamental para a manutenção da família. “Nunca diga ao seu filho que você trabalha para pagar as contas dele, mas explique sempre que é o trabalho que permite manter a família. E, claro, tenha uma rotina que valorize tanto o trabalho quanto os momentos em família, os momentos de diálogo e diversão juntos”, finaliza.

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Sobre a Conquista Solução Educacional

A Conquista é uma solução educacional que oferece aos alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio uma proposta de educação que tem quatro pilares: a educação financeira, o empreendedorismo, a família e a educação socioemocional. Com diversos recursos, material didático completo e livros de Empreendedorismo e Educação Financeira, o objetivo da solução é ajudar, de forma consistente, os alunos no processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de suas capacidades. Atualmente, mais de 2 mil escolas de todo o Brasil utilizam a solução.

Quanto mais Bolsa Família melhor. Mas de onde vêm o dinheiro?

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Guilherme Marques Moura*

O Bolsa Família, apesar de suas falhas, é reconhecido como um programa que de fato contribuiu tanto na distribuição da renda quanto na redução da pobreza. Dito isto, é consenso a necessidade de programas de redução da pobreza, principalmente no Brasil onde o cenário pandêmico acentuou históricos problemas socioeconômicos. O grande questionamento recai sobre o financiamento desse auxílio e seu impacto sobre as finanças do país. Dentre as diversas questões, é válido discutir a construção do orçamento e o efeito do aumento do endividamento sobre os juros.

Tentativas de contornar o orçamento ou a Lei de Responsabilidade Fiscal não são novas. No governo Itamar, por exemplo, receitas sociais já foram desvinculadas do orçamento para manter o funcionamento de programas sociais. Tais discussões orçamentárias também permearam os governos de FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. Durante as negociações, vários novos termos são formados, como “PEC Kamikaze” e, agora, a “PEC de Transição”. Será que todos esses governos faltavam com a responsabilidade fiscal e/ou a construção do orçamento pode evoluir?

Na esteira da redemocratização, a proclamação da Nova Constituição 1988 foi marcada por significativos avanços sociais. Entretanto, a criação de novos direitos/deveres não foi acompanhada de compensações pelo lado fiscal. Criou-se um desequilíbrio na despesa, no qual os governantes são compelidos/obrigados a gastar mais do que arrecadam. Mas, na prática, o aumento dos gastos para outros fins, além de programas sociais.

Mais do que discutir a elevação da despesa, faz-se necessário rever a construção desse orçamento e suas fontes de receita. Muito usado no meio empresarial, a construção de um Orçamento Base Zero pode ser uma alternativa para reavaliar a prioridade dos gastos. Do lado da receita, a discussão se mostra ainda mais espinhosa. A complexidade tributária brasileira expõe um empecilho ao crescimento do país, além do seu caráter extremamente regressivo. Inúmeras propostas de reforma tributária tramitam na câmara a décadas, mas apenas ajustes marginais foram realizados até então. 

O grande temor do “mercado” reside no impacto da elevação da dívida no comportamento dos juros. Dentro do orçamento executado pelo governo federal em 2021, metade foi destinada ao pagamento de juros e amortizações. Essa preocupação é justa. Na prática, quanto maior o “furo no teto” maior a dívida e, no futuro, ainda maior a despesa com juros. Além disso, quanto maior o grau de endividamento maior ainda os juros cobrados, tornando ainda mais complexa a rolagem dos débitos já contraídos. 

Esse aumento do endividamento impacta a gestão intertemporal do orçamento público, ao gastarmos mais hoje podemos comprometer o gasto de amanhã. Não existe almoço grátis. A Lei de Responsabilidade Fiscal e o Teto de Gastos foram criados pelo viés de endividamento do setor público, não como medidas para penalizar a parcela mais pobre da população. Nesse sentido, a reorganização das receitas frente ao ajuste da despesa se mostra imperativo para a liberação de recursos, como os requeridos para a manutenção do Bolsa Família. 

*Guilherme Marques Moura, doutor em Desenvolvimento Econômico, é professor da Escola de Negócios da Universidade Positivo (UP).

Paraná se torna a 4.ª maior economia do país

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Guilherme Marques Moura*

Dentre os fatores que permitem a melhoria no padrão de vida de uma localidade, está a produtividade. Quanto mais produtivos os trabalhadores, maiores os salários e, logo, mais podem consumir. A elevação da produtividade está intimamente ligada à competitividade. Um Estado competitivo gerencia melhor seus recursos produtivos, buscando  tanto a geração de bem-estar e serviços públicos quanto o desenvolvimento econômico local, gerando mais empregos e renda para a população. No Brasil, o Centro de Liderança Pública (CLP) classifica anualmente os municípios e estados brasileiros segundo a competitividade.

O Ranking de Competitividade produzido pelo CLP objetiva apoiar os líderes públicos brasileiros nas tomadas de decisão, com foco na melhoria da gestão dos seus Estados. São 86 indicadores adotados, com eixos temáticos como capital humano, infraestrutura, inovação, sustentabilidade, dentre outros. São Paulo, que é o Estado mais populoso e que mais gera riquezas, também é a Unidade da Federação que lidera o Ranking de Competitividade dos Estados. Mais especificamente, o Paraná, agora 4.º Estado mais rico do país, ascendeu uma posição no ranking de competitividade, ocupando agora a 3.ª colocação.

Dentre os potenciais paranaenses, o indicador aponta a sustentabilidade ambiental, a eficiência da máquina pública e sua capacidade inovativa. Tradicionalmente, o Estado é referenciado como um exemplo de desenvolvimento sustentável no país, tal que 10% dos 500 municípios mais sustentáveis do Brasil estão no Paraná, segundo o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC). Mas o ranking indica que ainda existem espaços para melhorias, principalmente na recuperação de áreas degradadas, eficiência do Judiciário e na concessão de bolsas de mestrado e doutorado.

Entre os principais desafios para os gestores do Estado, o relatório anual destaca o custo da mão de obra, o crescimento potencial da força de trabalho e o planejamento orçamentário. Os dois primeiros indicadores levantam uma preocupação quanto ao futuro do mercado de trabalho. O paranaense possui o 6.º maior rendimento médio do trabalho segundo o IBGE, refletindo a maior produtividade e qualificação média de seus habitantes. Contudo, a queda na natalidade e o envelhecimento da população podem se mostrar como restrições ao crescimento econômico no futuro. Apesar da preocupação no que se refere ao planejamento orçamentário, a Unidade da Federação ocupa uma posição mediana quanto à solvência e à dependência fiscal.

Dentre as cidades, Barueri (SP) lidera o ranking, seguida de Florianópolis (SC) e São Caetano do Sul (SP). Em linha com o Paraná, Curitiba se destaca como a 6.ª mais bem-posicionada no ranking de competitividade, a 3.ª quando considerada a Região Sul. Conhecida como uma das capitais mais inovadoras do país, a cidade é destaque quanto à sua complexidade econômica e à aplicação de recursos para pesquisa e desenvolvimento científico. O ranking destaca ainda como potenciais do município o funcionamento da máquina pública e o acesso ao saneamento básico. A cidade lidera em três quesitos de saneamento: cobertura do abastecimento de água, coleta de resíduos domésticos e destinação do lixo.

Sobre os pontos de melhoria, o principal desafio recai sobre o Meio Ambiente. Dentre os 415 municípios analisados, Curitiba ocupa apenas a posição 346.ª em relação à cobertura de floresta natural e 354.ª na recuperação de áreas degradadas. Apesar de possuir a 15.ª maior renda média do trabalho formal, a capital paranaense ocupa posição intermediária no crescimento da renda (186.ª) e na geração de empregos (315.ª) deste tipo de trabalho. Em contraste, a cidade é destaque quando se analisa a competitividade do seu capital humano, ocupando a 15.ª posição, refletindo principalmente a qualificação dos seus trabalhadores (12.ª) e a renda média dos trabalhadores (15.ª).

Em linhas gerais, os resultados do Ranking de Competitividade dos Municípios ressaltam o protagonismo do Paraná e de sua capital. Apesar dos pontos de melhoria, os trabalhadores tanto do Estado quanto de Curitiba apresentam rendimentos e qualificações significativamente superiores aos dos demais municípios do país. A implicação prática desse protagonismo é a possibilidade de maior qualidade de vida de seus habitantes. O grande desafio do futuro será conciliar a melhoria do bem-estar da população frente às mudanças demográficas e impulsionar o desenvolvimento sustentável.

*Guilherme Marques Moura, doutor em Desenvolvimento Econômico, é professor da Escola de Negócios da Universidade Positivo (UP).

Estudantes de escola de Curitiba trabalham a autoestima em projeto e produzem livros para ajudar crianças

Trabalhar as emoções de crianças e adolescentes com atividades de conscientização e expressão de sentimentos. Esse foi o objetivo de um projeto da Escola Pedro Apóstolo, no bairro Capão Raso, em Curitiba, durante o segundo semestre de 2022. O trabalho, realizado com estudantes do Ensino Fundamental II, contou com um belo intercâmbio de conhecimentos com outras instituições, até mesmo de fora do Brasil. E o fruto desse projeto foi bastante inusitado: a produção de livros direcionados ao público infantojuvenil em que os alunos falam sobre autoestima. As obras foram produzidas em parceria com alunos de uma escola pública do bairro Parolin, que trabalharam nas ilustrações. Para encerrar o projeto, os estudantes fizeram uma sessão de autógrafos.

Segundo Carolina Paschoal, pedagoga e diretora da Pedro Apóstolo, a ideia do projeto, intitulado “Eu vejo você!”, surgiu quando os profissionais da escola identificaram a necessidade de trabalhar a autoestima dos estudantes em seu retorno à rotina regular pós pandemia. Ela acredita na influência das redes sociais na vida dos jovens, especialmente depois deste longo período reclusão. 

“Nós entendemos que principalmente nesse período os estudantes tiveram sua autoestima abalada. No dia a dia da escola nós podemos perceber o quanto os alunos se baseiam na vida de outras pessoas que se expõem mais nas redes sociais. Quando a criança e o adolescente, com a consciência ainda em desenvolvimento, são influenciados por uma rotina do mundo virtual, podem se frustrar por achar que a vida ideal é aquela que se baseia em número de curtidas. Como escola, precisamos trabalhar sobre estas impressões e até que ponto são genuínas”, afirma a diretora.

Dentro do projeto, os alunos tiveram contato com realidade de fora do Brasil. A escola realizou videochamadas nas quais seus estudantes ouviram relatos das crianças e adolescentes de escolas de outros países sobre os pontos positivos e negativos que eles enfrentam em suas rotinas. “Muitas vezes o brasileiro tem autoestima baixa e o pensamento de que somente aqui no nosso país enfrentamos problemas e não conseguimos resolvê-los. Esse contato foi importante para nossos alunos conhecerem que isso acontece em outros países e perceberem que essas crianças também enfrentam momentos de alegria e tristeza”, comenta Jhony Grein, o professor coordenador deste projeto.

“Expressões que se complementam”

Na prática, o projeto aconteceu por meio de propostas nas quais os alunos trabalharam ansiedade, angústia e frustrações de forma coletiva e individual. A escola os incentivou a produzirem textos nos quais expressam suas emoções. O conteúdo foi transformado em livros feitos em parceria com estudantes de uma escola pública do Parolin. 

Funcionou assim: a equipe da Pedro Apóstolo levou os textos dos seus estudantes para a instituição da comunidade que, com base na escrita, incentivou seus alunos a produzirem as ilustrações e, dessa forma, também demonstrarem seus sentimentos. “Foi uma experiência importante para as crianças das duas escolas esse intercâmbio. Nossos alunos se expressaram por meio da redação e na comunidade isso ocorreu por meio de desenhos. Duas formas de expressão que se complementam”, afirma a diretora.

Após a finalização das obras, os livros foram colocados à venda. Como bons escritores, os alunos participaram no início de dezembro de uma tarde de autógrafos, momento no qual a comunidade escolar pode conhecer melhor tanto o projeto, como as obras produzidas nesse intercâmbio.

Os alunos também realizaram uma aula de campo no Museu da Vida, que fica no bairro Vista Alegre, com intuito de conhecer o trabalho realizado na Pastoral da Criança, instituição que tem como propósito apoiar e ajudar crianças em situação de vulnerabilidade. Lá, os estudantes visitaram uma exposição que mostra a réplica de uma comunidade carente e as condições que algumas pessoas vivem. Para o coordenador do projeto, “esta vivência permitiu aos alunos entenderem não só a importância do autoconhecimento, mas, sobretudo, a realidade do próximo, enriquecendo ainda mais a visão deles sobre o mundo que os cerca”.

Contribuição de quem trabalha nas redes

Outra atividade que a escola realizou com os estudantes foi uma palestra do influenciador Rui Morschel, conhecido por ter participado de um reality show de culinária na TV. Nessa oportunidade, os alunos puderam conhecer a realidade por trás das redes sociais, quais os impasses e dificuldades que um influenciador digital pode enfrentar e como o contato com essa realidade pode afetar a rotina e a autoestima de uma pessoa que trabalha dessa forma.

“Muitas vezes os influenciadores estão sujeitos aos juízes do mundo digital. Esse contato permitiu que nossos estudantes percebessem o quanto isso pode atingir pessoas que estão completamente envolvidas com essa realidade”, explica a diretora.

Quadrinhos, charges, poemas: como diferentes gêneros textuais ajudam a compreender o mundo

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A capacidade de ler e interpretar textos em múltiplas linguagens é fundamental para participar da sociedade contemporânea

Uma placa de trânsito, um meme nas redes sociais, um poema escrito em 1852, uma foto. A leitura e interpretação de textos de diferentes tipos e gêneros é indispensável para que os seres humanos possam se comunicar e participar da sociedade contemporânea. E esse é um exercício que começa a ser feito desde cedo, ainda na primeira infância.

Ao longo da vida, uma pessoa será exposta a todo tipo de comunicação, veiculada nos mais variados meios. Da música ao e-mail corporativo, das pinturas ao E cortado por uma faixa vermelha, proibindo estacionar: tudo é texto ─ embora nem todo texto seja verbal, isto é, escrito com letras e palavras. Ler e compreender os mais diversos textos é fundamental para o convívio social e o exercício da cidadania, como lembra a gerente editorial da Aprende Brasil Educação, Cristina Kerscher. “Isso é o que chamamos de letramento. Uma coisa é decodificar o alfabeto, outra é compreender o conteúdo de um texto Para que uma pessoa consiga entender o mundo e participar da sociedade, ela precisa se apropriar dessa diversidade de recursos de comunicação que existem, ser capaz não apenas de ler os códigos, mas de compreender a intenção de um texto, as informações explícitas, mas também o que não foi dito”, explica.

O desenvolvimento, portanto, de capacidades de leitura contribui para a criticidade e a formação do cidadão. “Não é só o texto escrito que traz informações importantes para o cotidiano. Se alguém, por exemplo, estaciona seu carro em um local proibido simplesmente porque não sabe o que uma placa significa, isso trará consequências legais, como uma multa. Estar no mundo depende de fazer, diariamente, essa leitura ampla de textos de diferentes gêneros”, afirma.

Desde cedo

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica, prevê que os educadores trabalhem uma ampla diversidade de gêneros textuais desde a Educação Infantil. Nos primeiros anos de vida, a criança já tem contato com vários gêneros textuais, como quadrinhos, tirinhas, adivinhas, poemas, muitos dos quais se caracterizam pela combinação de texto verbal e imagético. Ao longo da vida escolar, os estudantes ampliam seu repertório de leituras e produções textuais, o que, consequentemente, faz com que tenham acesso a um universo de informações e desenvolvam a imaginação e o senso crítico.  

“É importante que crianças e adolescentes sejam incentivados a fazer a leitura de gêneros multimodais e a desenvolver a capacidade de entender as relações de sentido que se estabelecem em cada um deles. Assim, há uma preocupação, é claro, em trazer para a sala de aula tipos e gêneros textuais que circulam socialmente, com os quais eles terão contato em situações comunicativas variadas, no cotidiano ou em contextos mais formais”, destaca Cristina.

Interesse pela vida em sociedade

Ser capaz de compreender os diferentes signos que se apresentam no mundo não é apenas uma necessidade, um interesse natural. A especialista afirma que, desde cedo, principalmente quando são adequadamente motivadas, as crianças já demonstram vontade de ler e entender diferentes textos. “Trazendo-se textos adequados a cada faixa etária, com temáticas adequadas à etapa de ensino, claramente se desperta nos pequenos o interesse por fazer essas leituras. As crianças, assim como nós, adultos, querem fazer parte desse mundo repleto de informações, ideias, reflexões e criatividade”, finaliza.

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Sobre o Aprende Brasil

O Sistema de Ensino Aprende Brasil oferece às redes municipais de Educação uma série de recursos, entre eles: avaliações, sistema de monitoramento, ambiente virtual de aprendizagem, assessoria pedagógica e formação continuada aos professores, além de material didático integrado e diferenciado, que contribuem para potencializar o aprendizado dos alunos da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Saiba mais em http://sistemaaprendebrasil.com.br/.

O novo surto de covid-19 na China que estremece o planeta

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João Alfredo Lopes Nyegray*

No início do mês de novembro, imagens de trabalhadores fugindo de uma unidade da Foxconn tomaram as redes e os sites de notícias. A Foxconn é uma empresa taiwanesa de eletrônicos, computadores e componentes – alguns dizem a maior do mundo –, e que fabrica os produtos da Apple, os videogames da Sony e os telefones da Motorola, além de peças para a Dell e para a HP. Em que pese sua sede ser em Taipei, suas principais unidades produtivas ficam na China continental, especialmente em Shenzhen e Zhengzhou, cidades altamente industrializadas.

É exatamente na China continental que o governo vem aplicando a política de tolerância zero contra a covid-19: uma estratégia rigorosa de isolamento domiciliar, empresarial ou mesmo de cidades inteiras, em que há total restrição da circulação de pessoas e testagem diária em massa. Não é a primeira vez que os chineses lançam mão dessa estratégia, e várias vezes num passado recente fábricas foram fechadas e os maiores portos simplesmente pararam de operar, causando falta de peças e itens por todo o mundo.

Para evitar que ficassem trancados com colegas de trabalho, no início de novembro, trabalhadores chineses desesperados fugiram da fábrica da Foxconn em Zhengzhou. Agora, ondas de protesto se espalham por toda a China, num teste imediato para o terceiro mandato do Todo Poderoso Xi. Num país em que protestos não só não são comuns, como são reprimidos violentamente, há certamente algo ocorrendo na China que extrapola o desespero de uma população com medo de mais um rígido “encarceramento” obrigatório.

A China já chegou a anunciar 31 mil casos de covid num só dia. Com o receio de mais um fechamento de fábricas e portos, chineses fogem das maiores cidades ou protestam nas ruas. Os efeitos econômicos dos protestos e do receio de uma nova onda de lockdowns também já são sentidos. Na terça-feira, dia 29 de novembro, o preço das commodities caiu em bolsas de todo o mundo, assim como as ações de empresas que dependem de insumos vindos do gigante asiático.

O questionamento que fica é: será essa política de tolerância zero uma estratégia de saúde pública, ou o receio de novas mortes? Seja como for, parece que o número de vítimas da covid-19 na China é muito maior do que os 5.200 falecidos anunciados oficialmente por Pequim.

*João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo. Instagram @janyegray

AS MÁSCARAS SEMPRE CAEM :Servidora que defendeu pedágio na ALEP pede demissão para atuar ao lado das concessionárias

Natália Marcassa deixou o cargo do Governo para montar a a própria associação que reúne principais pedageiras do país

Natália, aqui você não está falando pra empresários, mas para o povo e os deputados paranaenses”. Com essa frase, em fevereiro de 2021, o deputado Requião Filho iniciou sua fala criticando o modelo de pedágio apresentado em audiência pública, por representantes do Ministério da Infraestrutura, no plenário da Assembleia Legislativa.

 

O vídeo desse discurso na época viralizou nas redes sociais e, em poucas semanas, foi compartilhado milhares de vezes por diversas pessoas em todo país. No entanto, a suspeita que o parlamentar levantava na ocasião, hoje se comprova que sim, tinha fundamento.

 

A servidora em questão designada para defender o modelo de pedágio proposto pelos Governos Ratinho Jr e Bolsonaro, era Natália Marcassa, deixou o cargo recentemente e, em menos de três meses, inaugurou a MoveInfra que, segundo reportagem do Jornal O Globo, reúne entidades gigantes do segmento, como CCR, Ecorodovias, Rumo, Santos Brasil e Ultracargo, todas operadoras de contratos públicos.

A especialista em Regulação de Serviços de Transportes Terrestres da ANTT, preside a nova associação desde novembro, segundo seu próprio perfil no LinkedIn. “Tempo curto demais, para quem até então vinha defendendo o interesse público e querendo convencer o povo do Paraná que o projeto deles seria o melhor para desenvolver nas rodovias do Estado”, avalia o deputado Requião Filho.

 

“Era um projeto caro, oneroso para o Estado e para os usuários. A gente fez esse debate de forma ampla na Assembleia Legislativa, mas muitos deputados aqui sequer deram ouvidos. E a gente estava certo! Ela estava mesmo agindo em favor das pedageiras e não em benefício da população. A quem mais interessaria 30 anos de um pedágio sem qualquer garantia de obras e com altas tarifas?”, questionou Requião Filho.

 

Na tribuna, o deputado ainda questionou o acordo homologado na semana passada, em que o Paraná abre mão de mais de R$ 5 bilhões da dívida da Rodonorte com usuários do pedágio.

 

Assista:

 

Dívida do Pedágio

SAIBA MAIS:

Justiça aceita acordo e Paraná abre mão de mais de R$ 5 bilhões da dívida da Rodonorte com usuários do Pedágio