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Mandela Day lembra importância de líder sul-africano para combate ao racismo

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Celebrado no dia 18 de julho, dia de Nelson Mandela destaca luta contra Apartheid e traz reflexões para discussões antirracistas no século XXI

No dia 18 de julho de 2013 faleceu Nelson Mandela, o mais importante nome da luta contra o Apartheid na África do Sul. Liderança negra histórica, Madiba, como também era chamado, chegou a ficar preso por 27 anos pelo regime que ajudou a combater. Livre, chegou à presidência do país em 1994. Quase uma década depois de sua morte, aos 95 anos, seu legado para o movimento antirracista ainda perdura. 

Do ponto de vista da história, tudo o que Mandela enfrentou ao longo de sua vida aconteceu ontem. Diante dos milhões de anos que soma o planeta Terra e dos milhares já acumulados pelo Homo sapiens, uma história que se passa entre os anos de 1940 e 1990 ainda é significativamente recente para ser esquecida. E a atuação de Madiba, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993 em reconhecimento à luta contra o Apartheid, é inspiração para uma série de movimentos que vieram depois e têm se fortalecido nos últimos anos. A assessora de Geografia do Sistema Positivo de Ensino, Rafaela Pacheco Dalbem, explica que as batalhas vencidas no passado, inclusive a de Mandela, foram o ponto de partida para verdadeiras revoluções culturais e estéticas em todo o mundo. “O afrofuturismo, por exemplo, é um conjunto estético e corrente de pensamento que influencia a música, a literatura, o cinema e a moda, levando em consideração a diáspora africana e, consequentemente, muito de suas tradições. Na mesma medida de importância, essas tradições ganham novas roupagens e representações na atualidade”, detalha. 

O afrofuturismo surgiu através de críticas da população negra ao não se ver representada em produções artísticas que são consideradas grandiosas dentro do seu campo. Rafaela explica que essa corrente é a ideia de considerar os negros no futuro, uma forma de contar novas histórias das populações negras. “Essa corrente, que tem uma forte pegada estética, surgiu da hipótese de falta de presença negra no futuro – e essa hipótese é baseada em dados, do presente e do passado, das populações negras”, conta. Por isso, quando era responsável pelo conteúdo de Geografia da África junto a algumas turmas de 8º ano, Rafaela buscava não contar apenas uma geografia daquele continente. “Mostrar outros lados ajuda na ponderação, na empatia e na alteridade. Qualidades fundamentais para gerar, de fato, consciência. Histórias como a de Mandela, o presidente negro e Nobel da Paz que lutava pela diminuição das sequelas coloniais em seu país, ajudam a mostrar esses outros lados”, completa. 

A relevância de Mandela 

Nascido em 1918, Nelson Mandela entrou na década de 1940 para o Congresso Nacional Africano (CNA), partido que se colocava contra a segregação racial promovida na época na África do Sul. Instituído pela minoria branca em 1948, o Apartheid retirou uma série de direitos da população negra do país, proibindo os relacionamentos entre negros e brancos, separando fisicamente negros e brancos na vida cotidiana e atuando violentamente na repressão aos negros. 

O professor de História e coordenador do Núcleo de Evolução de Conteúdo do Sistema Positivo de Ensino, Norton Frehse Nicolazzi Jr., explica que a violência contra a população negra era brutal. “Em muitas cidades, os negros eram segregados em guetos, por exemplo, e precisavam de cartões de identificação para que pudessem sair deles. Mandela começou defendendo a ideia de desobediência civil contra as leis estabelecidas pelo regime, por meio de uma resistência pacífica. Mas, conforme a repressão aumentava, ele começou a participar da luta armada”, narra. 

Em 1964, ele foi preso e condenado à prisão perpétua. Mas o acirramento do clima político no país, a resistência cada vez mais intensa de grupos como o CNA e as pressões internacionais – vários países passaram a aplicar sanções à África do Sul como forma de protesto contra o tratamento dispensado aos negros -, acabaram levando ao fim do Apartheid e à libertação de presos políticos, entre eles Madiba, a partir da década de 1990. 

“Depois que assumiu o governo do país, ele se dedicou a enfrentar as consequências trazidas pelo regime que dominou a África do Sul por quase 50 anos. Em seu mandato, que se estendeu até 1999, Mandela criou projetos de educação, desenvolvimento, saúde e habitação para a população negra. Também foi fundamental na aprovação de uma nova constituição nacional”, afirma Nicolazzi. Mesmo depois de deixar a Presidência, o líder continuou trabalhando por causas sociais como o acolhimento às crianças e às vítimas do HIV.

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Sobre o Sistema Positivo de Ensino 

É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.

A escovação errada dos dentes pode causar inflamação na gengiva

Você sabe escovar os dentes? Tem certeza ? A maioria das pessoas acreditam que sabem, mas não fazem da forma correta. Escovar os dentes errado pode causar alguns problemas bucais sérios como a sensibilidade.

Nesse vídeo o Dr. Alkamim explica a forma correta de escovar os dentes. É preciso seguir uma sequência para que todas os dentes sejam escovados. Se você escovar corretamente os dentes com toda certeza vai economizar em dentista.

16ª edição da Feijoada dos Amigos do HC  

Em sua 16ª edição, a tradicional Feijoada dos Amigos do HC será realizada no próximo dia 6 de agosto, no Salão Azul do Clube Curitibano. Será servido um buffet livre com entrada, feijoada completa, sobremesa, chopp, refrigerante e água. Os ingressos custam R$150 por pessoa.

Toda a renda obtida com a venda de convites será revertida para a construção do CEDIVIDA, o Centro de Direitos à Vida da Pessoa Idosa, que já está em obras e vai funcionar ao lado da sede da Associação dos Amigos do HC.

Tradicional, o encontro promovido pelos Amigos do HC já faz parte do calendário de eventos de Curitiba. “A feijoada caiu no gosto do curitibano, e é muito importante a participação porque vamos arrecadar recursos para o CEDIVIDA. Por isso, convido a todos para que venham brindar conosco neste grande evento”, afirma Pedro de Paula Filho, presidente da Associação.

O preparo da feijoada ficará a cargo do experiente Buffet Deucher e Deucher, responsável pelos eventos gastronômicos do Clube Curitibano desde 1981. “Sempre gostei de ajudar, de fazer doações, agora fiquei sabendo que os Amigos do HC precisavam de alguém para fazer a feijoada, então abracei a causa e deu certo. Tenho certeza que vai ser um evento maravilhoso”, conta o proprietário do buffet, Gilson Deucher.  

Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos pelo site amigosdohc.org.br.  

Serviço:

16ª Feijoada dos Amigos do HC

Data: 6 de agosto (sábado)

Local: Clube Curitibano – Salão Azul 

Horário: 12h

Endereço: Av. Pres. Getúlio Vargas, 2857 – Água Verde.

Ingressos pelo site: amigosdohc.org.br 

Requião Filho cobra programa de apoio psicológico aos policiais do Paraná

Nos últimos tempos, tem se tornado recorrente as manchetes nos jornais sobre policiais que, movidos por algum distúrbio psicológico, tomam atitudes infelizes, cometendo assassinatos em série por motivos torpes e até suicídios. Diante da falta de um efetivo maior no estado do Paraná, a corporação tem sofrido as consequências de jornadas extenuantes e baixa valorização. Esta semana, um caso chocou a sociedade paranaense, quando um policial em surto assassinou seis pessoas de sua própria família e outros dois cidadãos, demonstrando claramente que seu inconsciente estava pedindo socorro.

Para o deputado Requião Filho, esse esgotamento vem causando prejuízos em todas as esferas da segurança pública e representa o reflexo da falta de gestão do atual governo estadual. 

STJ anula investigação da Lava-Jato que envolvia Eduardo Antonello, ex-Seadrill

“Soubemos que eles até criaram um programa de apoio psicológico, um tal de ‘Prumos’, mas sequer é de conhecimento dos próprios policiais e seus familiares a existência disso. Eles não sabem a quem recorrer, estão cansados, debilitados, e suas famílias já não sabem mais como ajudar. Está na hora do governo tomar alguma providência urgente”, afirmou

Na intenção de cumprir com seu papel na fiscalização das ações do Executivo, Requião Filho está encaminhando nesta sexta-feira (15) um pedido de informações ao Secretário de Segurança Pública, para obter dados concretos das ações que têm sido realizadas pelo projeto ‘Prumos’, em apoio ao tratamento psicológico da corporação, das Polícias Civil e Militar do Paraná. 
“Meus sentimentos às famílias que perderam seus entes queridos nessa triste tragédia de Toledo e meu compromisso com a saúde do profissional da segurança pública do Estado do Paraná”, declarou o deputado.

Evento de escalada oferece experiência terapêutica para pessoas com deficiências físicas e intelectuais

Neste domingo, 17 de julho, Curitiba recebe a segunda edição do “Escalada Terapêutica”, um evento voltado para pessoas com deficiências.  O objetivo é, através da prática da escalada, melhorar a autoestima e a autoimagem desse público. “Os participantes têm a oportunidade de se desafiarem, superarem seus próprios limites e provarem a si mesmos que as maiores limitações estão em suas próprias mentes” explica o idealizador do projeto, o psicólogo e praticante amador de escalada,  Allef Furtado.

O encontro vai ser no Ginásio Campo Base, em Curitiba, um dos maiores do Sul do país. No local, os participantes vão enfrentar um muro de quase 20 metros. “Nós temos equipamentos adaptados com capacidade de levantar, com segurança, até uma cadeira de rodas”, afirma Furtado. Com o psicólogo estarão instrutores e ajudantes para acompanhar os participantes em uma experiência transformadora. 

“A sensação de  liberdade, de capacidade, é uma quebra de paradigmas internos, que só vivenciando para entender” revela Alexandre Salum de Oliveira, presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP), instituição apoiadora do evento,  que participou da primeira edição do projeto, em dezembro de 2021.  

Sobre Allef Furtado

Psicólogo formado pela PUC-PR, especializado em Psicodrama Terapêutico pela Associação Paranaense de Psicodrama e escalador amador. Utiliza a atividade esportiva para reforçar o vínculo terapêutico com os pacientes. “A escalada  é uma paixão pra mim e os meus pacientes começam o atendimento no muro de escalada, para depois virem para o consultório”, explica. O profissional da saúde acredita que a atividade esportiva traz uma ligação de confiança única. “É quase que um cordão umbilical, pois na escalada a corda é o objeto que garante que quem está escalando  não vai cair no chão” analisa. “É a mesma confiança que o paciente precisa estabelecer com o terapeuta” conclui.

Allef Furtado também atua como palestrante e coordenador de vivências psicodramáticas. O Projeto Escalada Terapêutica é uma iniciativa pessoal, que busca inclusão social para pessoas com deficiência e mobilidade restrita, incluindo a Para escalada para auxiliar nos aspectos relacionais e psicológicos importantes para desenvolver vínculos.

Serviço

Escalada Terapêutica

Dia: 17/07 – domingo 

Horário: das 9h às 12h

Local: Campo Base Ginásio de escalada (Rua: Presidente Kennedy, 35 – Rebouças).

Inscrições pelo WhatsApp (41) 99999-0604, no valor de R$:50,00.

Informações sobre o projeto no site

Realização: @allefpsico

Apoiadores:

@campobaseescalada @arientiequipamentos @psicodramaparana @adfp.pr

#escaladaterapeutica #escaladaadaptada #pcd #adfp

Casa de Bolos inaugura sua 14ª unidade no Paraná

Depois de ultrapassar a marca de 400 lojas pelo Brasil e se consolidar como a maior rede do segmento de bolos caseiros, a Casa de Bolos mantém seu plano de expansão e inaugura uma loja no bairro de Novo Mundo, em Curitiba, chegando a  14 unidades no estado do Paraná.

Murilo Bonucci, o franqueado à frente da nova unidade, já conhecia muito bem a rede. Esta é sua sétima franquia, a segunda na capital paranaense, cidade onde morou por 10 anos e que nutre um carinho especial. “A Casa de Bolos tem um lado humanizado, com princípios e valores bem definidos. Levar um modelo de negócio como este, com produtos de qualidade, caseiros e sempre frescos para os clientes, foi a maneira que encontrei de retribuir meu carinho com esta cidade que me acolheu tão bem”, explica. 

O cardápio da Casa de Bolos conta com mais de 100 sabores de bolos, incluindo versões diet, integral, funcional, Bolo Caseiro no Pote, bolos baby, tortas, cucas e bolos de aniversário, todos feitos com ingredientes de qualidade e frutas de verdade.  Para maior comodidade dos consumidores, a rede conta com aplicativo de delivery próprio para entregar aos moradores da cidade todo cuidado e carinho de um produto livre de conservantes e aromatizantes.

Atualmente a Casa de Bolos possui mais de 400 lojas espalhadas pelo Brasil e a  franqueadora oferece três modelos de negócios, com investimento inicial entre R$ 95 mil, R$ 142 mil e R$ 169 mil, respectivamente. Para quem estiver interessado em empreender com uma franquia consolidada e reconhecida no franchising brasileiro, consulte o site.

Serviço:

Endereço: Rua São Judas Tadeu, 22, Loja 11 – Novo Mundo, Curitiba – PR

Horário de funcionamento: 2ª a 6ª das 8h30 às 19h – Sábado das 8h30 às 17h

Ambiente inovador impulsiona negócios de Curitiba para o mundo

Indicada a segunda melhor cidade para empreender no país, a capital paranaense coloca o seu DNA no universo dos negócios nacionais

É corrente a percepção de que Curitiba tem uma ótima infraestrutura, um mercado pulsante, com a vantagem de ocupar uma área menor que a de São Paulo, o que potencializa a troca de conhecimentos. O fato é que a capital do Paraná é considerada a 2ª melhor cidade do Brasil para se empreender.

A pesquisa do SEBRAE, recentemente divulgada, consolida a cidade como foco de inovação e tecnologia. Para ser um dos melhores locais para se fazer negócio no país, foi feita a lição de casa.

“O desenvolvimento do ensino e da pesquisa na região proporcionou o que hoje vemos, com a instalação de polos de conhecimento em universidades, cursos técnicos e centros de tecnologia. Essas são as bases, a partir das ciências exatas, como as engenharias, e humanas, para que emergissem diferentes frentes empreendedoras”, informa o CEO da Gateware, Francisco Ferreira. Ele lidera a empresa, focada em TI, que aproveitou o boom de conhecimento da cidade e há mais de 20 anos se desenvolve de Curitiba para o mundo. São mais de 140 colaboradores espalhados por todo o Brasil, incluindo presença na Argentina e Estados Unidos.

Empreender com foco na administração do negócio

Não basta querer empreender, é preciso conseguir. Para isso, é necessário considerar um dos principais desafios do empresário: a carga tributária. Investimentos num determinado município devem considerar os tributos e os incentivos fiscais que possam atrair negócios de fora para diversificar o mercado.

“Qualquer 0,5% que o empresário consiga como incentivo é atraente. Afinal, a carga tributária está presente na contratação de funcionários, compra de equipamentos, local físico da empresa, na emissão de notas, entre outros fatores”, enumera o CEO.

Considerando a competitividade, a dica é se aprimorar com treinamento e formação na área financeira, fiscal e administrativa da empresa.

“Pode-se crescer muito rápido, mas há questões implicadas nesse crescimento que devem ser administradas. Sem esquecer de perseverar sempre diante dos desafios que o negócio impõe”, enfatiza.

Mercado exige produtos competitivos

Antes de tudo, empresas de tecnologia que pretendam expandir devem ter um excelente produto ou serviço.

“É necessário também contar com uma área comercial efetiva, procurando novos nichos de mercado, além de manter os conquistados”, destaca Francisco, ao referir a realidade das startups, por exemplo.

“Um bom serviço ou produto que se venda garante a receita de sucesso. E isso passa pelo alinhamento com a equipe de marketing. Esses elementos tornam possível gerar caixa para a empresa e incrementam os processos de prospecção”, finaliza.

Sobre a Gateware – Focada em tecnologia e inovação, a Gateware foi fundada em 2000. Com matriz localizada em Curitiba, no Paraná, também possui unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Argentina e EUA. Atualmente conta com mais de 140 funcionários e atua em quatro suites: GW Value Strategy (PMO Gestão de Projetos e GMO Gestão de Mudanças), GW Outsourcing (Alocação e Hunting de Profissionais de TI), GW Solution (Aplicativo LivID que realiza Prova de Vida e Recadastramento Digital por meio do reconhecimento facial e inteligência artificial, e a Consulta de Óbito em todo território nacional) e GW Labs (Fábrica de Softwares Multiplataforma).

Férias de julho: dicas de roteiro pelo patrimônio histórico de Curitiba

O Centro Histórico de Curitiba é palco de mais um Festival de Inverno. Até o dia 16 de julho, moradores e turistas podem conferir uma programação com muita música, arte, gastronomia, atrações circenses, cinema ao ar livre e caminhadas por roteiros históricos da capital paranaense. Os organizadores estimam que 30 mil pessoas visitem a região do Largo da Ordem até o fim do evento.

Formada em Arquitetura e Urbanismo com doutorado em Geografia, a professora do UniCuritiba, Caroline Afonso, diz que a visitação aos prédios históricos envolve todos os sentidos: da atmosfera do espaço aos materiais e decorações do lugar, além do cheiro, sons e sensações.

“Além de conhecer a história, é importante perceber como nos sentimos nestes espaços, qual a relação que as pessoas tinham e têm com aquela edificação. É um mergulho em vários aspectos, a partir dos quais podemos aprender muitas coisas.”

A preservação do patrimônio histórico das cidades mantém viva a memória coletiva e ensina sobre técnicas construtivas, relações espaciais, sociais, econômicos e estéticas e, segundo a especialista, esses elementos ajudam as pessoas a compreender melhor o seu lugar no mundo.

Roteiro para as férias de julho
Além do Festival de Inverno no Centro Histórico de Curitiba, a arquiteta e urbanista Caroline Afonso sugere que moradores e turistas aproveitem as férias escolares de julho para visitar os locais interessantes da cidade. “Temos trechos muito ricos, com edificações nas quais se pode ter uma bela leitura espacial urbana, com uma escala bastante humana, que nos transporta a épocas de outras relações das pessoas com suas cidades”, explica.

As dicas da especialista são:
• Passeio pela Rua XV de Novembro, em especial nas conexões entre as praças Osório e Tiradentes, se estendendo até a Generoso Marques. A região tem edificações de diversas épocas e estilos arquitetônicos, como o “arranha-céu” Moreira Garcez, com linhas art déco, passando pelo eclético Palácio Avenida, Biblioteca Pública do Paraná e chegando à neogótica Catedral.

• Paço Municipal, um dos mais belos exemplares ecléticos de Curitiba, muito bem preservado e com guias locais bem-preparados para receber o público.

• Centro Histórico, Largo da Ordem e praça do “Cavalo Babão” até a rua Portugal, com vários edifícios de diferentes períodos e estilos.

Cidades para conhecer
Cidade brasileiras como Ouro Preto, em Minas Gerais; São Miguel da Missões, no Rio Grande do Sul; Paraty, no Rio de Janeiro e os Centros Históricos de São Luís (MA), Salvador (BA), Olinda e Recife (PE) são exemplos de preservação do patrimônio histórico e valem uma visita.
No Paraná, além de Curitiba, as cidades de Lapa, Morretes, Paranaguá, Antonina e Castro se destacam, ainda que careçam de mais investimentos para a preservação do patrimônio histórico, avalia a professora do UniCuritiba.

Judicialização não é o remédio adequado para a saúde

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Gabriel Schulman*

Um em cada quatro brasileiros utiliza os planos de saúde. Essa modalidade contratual tão importante frequentemente gera discussões na justiça, e, entre os temas mais debatidos, a extensão da cobertura com certeza tem destaque. Entre outros aspectos, os tribunais discutem  a natureza do rol de procedimentos estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em outras palavras, a questão é definir em quais situações os planos de saúde são obrigados a cobrir os procedimentos, exames e tratamentos.

Em recente decisão, a 2.ª seção do Superior Tribunal de Justiça estabeleceu que o rol da ANS é taxativo. Esse julgamento teve ampla repercussão, afinal, estabelece  que as operadoras são obrigadas a cobrir somente procedimentos que estejam na lista da ANS. A tese, ou seja, a interpretação pode ser dividida em quatro itens: o rol de procedimentos da ANS, em regra, é taxativo; o plano de saúde não é obrigado a arcar tratamento que não conste do rol da ANS, desde que esteja prevista uma alternativa eficaz, efetiva e segura prevista na listagem; é possível contratar coberturas adicionais, ou seja, “extra rol”; e, por fim, se não houver alternativa de tratamento no rol, pode ser coberto o tratamento indicado por médico ou odontólogo desde que, ao mesmo tempo, sua inclusão não tenha sido negada pela ANS, existam evidências científicas suficientes e recomendações de órgãos técnicos de renome. Exige-se também, sempre que possível, que o juiz escute pessoas ou entes com especialidade em saúde, inclusive a própria comissão responsável pela atualização do rol. 

Em termos práticos, a decisão do Superior Tribunal de Justiça confere uma importância central para o rol da ANS, antes considerado uma simples referência. Além disso, estabeleceu regras mais claras acerca das possíveis exceções, restringindo a possibilidade de ultrapassar o rol.

É interessante notar que essa mudança de entendimento veio acompanhada da mudança na sistemática da atualização da lista da ANS. A legislação vigente reduziu o tempo de análise pela ANS para 180 dias (prorrogáveis por mais 90), e, no caso de inclusão de novos medicamentos para tratamento oral e domiciliar contra o câncer o prazo é de apenas 120 dias (prorrogáveis por mais 60). Uma vez que o procedimento é incluído no rol, a cobertura se torna obrigatória em apenas 10 dias. E o que acontece se a ANS não cumprir os prazos? Ocorre a inclusão automática da cobertura. Em outra mudança importante, as tecnologias incorporadas ao SUS são igualmente acrescentadas no rol da ANS em um prazo de 60 dias.

Verifica-se um amplo conjunto de mudanças em relação ao rol. A interpretação de sua natureza taxativa certamente limita o acesso a alguns procedimentos, mas, por outro lado, organiza o sistema, confere mais previsibilidade para os pacientes, médicos e planos de saúde. A maior velocidade na avaliação e incorporação dos procedimentos igualmente beneficia os pacientes, com uma vantagem a mais: o Judiciário deixa de ser uma etapa necessária para alcançar o acesso aos tratamentos. Entre críticas e elogios, não resta dúvida que a judicialização não é o remédio adequado para a saúde.

*Gabriel Schulman, doutor em Direito, especialista em Direito da Medicina, advogado e professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo (UP).

Avaliação virtual externa e modernização do processo regulatório no ensino superior

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Leide Albergoni*

A Lei n.º 14.375/2022 alterou o trecho da Lei n.° 10.861/2004, do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – SINAES, permitindo que a avaliação in loco das instituições de ensino superior (IES) e seus cursos seja realizada de forma remota.

O modelo de avaliação virtual foi implementado em abril de 2021, em resposta às restrições da pandemia, mas, em sua concepção, verificou-se possibilidades de ampliação do uso por conta das vantagens que a estratégia traz. 

Há redução de custos com passagens e estadias de avaliadores, que respondiam por mais da metade do custo de uma avaliação e, em alguns casos, ultrapassava o valor da taxa paga pela instituição naquele processo. Além disso, o processo virtual proporciona celeridade nas avaliações em locais de difícil logística, pois, comumente, ao ver o tempo de viagem, a quantidade de conexões e os tipos de transporte a usar, os avaliadores solicitavam dispensa da comissão.

Outra vantagem é a redução do tempo de dedicação dos avaliadores ao processo pela ausência da viagem de deslocamento e a conciliação de compromissos pessoais e profissionais nas noites do período de visita, o que aumentou a disponibilidade de agenda para designação em comissões e suas confirmações. 

A gravação de partes das avaliações também representa uma vantagem para as instituições e para o INEP, além de trazer transparência ao processo, pois é possível utilizar esses arquivos para analisar recursos decorrentes de possíveis erros ou injustiças do relatório, ou ainda, fraudes realizadas pelas IES.

Há a possibilidade de aumento de fraudes nas avaliações que não seriam passíveis de serem executadas caso a avaliação fosse presencial, o que é consideravelmente preocupante, já que nas avaliações presenciais era possível perceber algumas irregularidades. Nesse sentido, é necessário ampliar o cuidado nas verificações de documentos e nas imagens transmitidas, sendo que a gravação é um mecanismo importante para se comprovar e punir as irregularidades.

Se para algumas instituições a avaliação virtual é uma vantagem pela possibilidade de fraude nas demonstrações, para muitas significou uma desvantagem na avaliação da infraestrutura, pois o primeiro balanço de resultados do INEP demonstrou que a média dos resultados dessa dimensão caiu em comparação com a avaliação presencial.

A interação pessoal entre avaliadores e representantes das instituições de ensino superior era um ponto importante no processo avaliativo, não apenas para troca de experiências como uma sensibilização subjetiva dos avaliadores quanto à importância da instituição naquele local, ou os cuidados e as práticas de gestão percebidas nas sutilezas das interações em momentos fora das reuniões previstas, que impactava positivamente nos resultados das avaliações. Assim, o processo de avaliação se tornou mais objetivo, considerando-se apenas os documentos disponibilizados e as demonstrações e os depoimentos nos momentos formais de interação. 

Como profissional envolvida nos dois lados da avaliação virtual, considero importante avaliar cuidadosamente a possibilidade de retomada das avaliações presenciais para cursos da área de saúde, com laboratórios mais complexos, e em recredenciamento das instituições com autonomia para criar cursos, dado o impacto que os resultados de possíveis fraudes decorrentes desses processos têm na sociedade. 

Mas, de modo geral, como as vantagens são superiores às desvantagens, e há possibilidades de fraudes nas avaliações presenciais, a aprovação definitiva da modalidade de avaliação virtual representa um avanço tecnológico e metodológico na política regulatória, e permite a celeridade dos processos represados por empecilhos logísticos. 

*Leide Albergoni, é avaliadora de credenciamento institucional do INEP, professora e Procuradora Institucional da Universidade Positivo (UP).