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O futuro do varejo é verde e tecnológico

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O futuro do varejo é verde e tecnológico

Cida Oliveira*

Assim como o varejo vem se transformando nos últimos anos, o consumidor também está mais exigente e atento às tendências do mercado. Na era ESG (Environmental, Social and Governance), a sustentabilidade se torna cada vez mais relevante para o consumidor e fator decisivo na compra. O assunto foi um dos temas debatidos na última edição da maior feira de varejo do mundo, a NRF Retail’s Big Show, realizada em Nova Iorque. 

A economia circular é uma aliada, não apenas do meio ambiente, mas do varejo. Ações que visam esse objetivo, como entrar na loja, comprar, trocar, tendo serviços à disposição do cliente de forma simplificada, ganham destaque na mente do consumidor. Segundo um levantamento de 2023 da Kantar, 56% dos brasileiros deixaram de adquirir serviços ou produtos de empresas que não investem em sustentabilidade. 

Nessa linha, gosto de um case da “Best Buy”, uma das maiores lojas de eletrônicos dos Estados Unidos. A gigante americana aumentou o número de vendas permitindo a troca de produtos com muita agilidade e sem atrito na comunicação. O sucesso foi tanto que a rede desenvolveu novas lojas apenas com produtos que foram trocados, muitas vezes por não agradarem o cliente. Ou seja, o consumidor tem a oportunidade de comprar um item sem defeito por um valor menor. Todos saem ganhando, meio ambiente, lojista e consumidor.

Na outra ponta, mas de forma convergente, a inteligência artificial (IA) ganhou os holofotes em várias áreas, e no varejo não foi diferente. A tecnologia, apresentada por meio de inúmeras ferramentas, amplia a capacidade de inovar, torna os processos mais produtivos e, ainda, interfere em decisões que muitas vezes passam despercebidas pelos consumidores. 

Um case do Walmart exemplifica bem essa tendência e nos mostra o quanto a IA pode ser uma grande aliada. A companhia percebeu que nas sextas-feiras a procura por aperitivos, bebidas e alimentos mais práticos aumentava. Utilizando a inteligência artificial para segmentar a ferramenta de busca, o Walmart desenvolveu um sistema que permitia aos clientes fazer pedidos como “sexta com amigos”. A IA, então, sugeria todos os itens necessários para a ocasião, incluindo produtos que o consumidor talvez não tivesse considerado, mas que faziam sentido para aquele momento. O resultado foi uma compra mais rápida e assertiva, economizando o tempo do cliente, um ativo valioso que todos reconhecemos. E, claro, o volume de vendas aumentou.

Esses são apenas alguns exemplos da importância da sustentabilidade, tecnologia e experiência do consumidor. Quem souber caminhar bem por essas tendências estará um passo à frente no mercado

*Cida Oliveira, diretora de marketing do Grupo Tacla Shopping.

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